A outra volta do parafuso

A outra volta do parafuso Henry James




Resenhas - A Volta do Parafuso


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condadodeyork 21/10/2016

Daisy Miller e o direito de ir e vir
Ler a novela Daisy Miller é Fávero refletir sobre os direitos da mulher de ir e vir. A questão a moralidade é o argumento... mas o que aconteceu fora da moralidade.
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Sr. Machado 09/05/2015

A novela psicológica de Henry James
“A Volta do Parafuso” é um relato de uma moça cuja função é ser preceptora de uma casa assustadora. Por que assustadora? Bom, digamos que é pelo fato da casa se localizar em um local chamado Bly, uma local enorme, típico casarão clássico de histórias assustadoras. Essa moça (seu nome não é citado) recebe um convite para tomar conta de um casal de crianças órfãs, a entrevista é feita pelo tio das crianças, descrito como um homem bonito e cheio de encantos. Agora é importante citar que esse homem, tio das crianças, impõe uma condição muito estranha para que a moça possa ocupar o cargo de preceptora: ela não pode reclamar de nada, nunca deve entrar em contato com ele, precisa tomar conta de tudo sozinha. Mesmo com toda essa responsabilidade, a moça aceita o trabalho que lhe foi oferecido e se dirige para Bly para começar a prestar seus serviços.

Logo em sua chegada ela conhece a Senhora Grose, uma mulher que já trabalhava na casa. A senhora Grose será de extrema importância para a nova preceptora, é ela que vai explicar como funcionam as coisas em Bly e fará o possível para deixar a nova preceptora confortável. Depois temos o momento onde a preceptora conhece as crianças e fica impressionada com a beleza e inteligência de ambas, são crianças como ela nunca havia visto antes. É claro que isso não é o suficiente para trazer o tom assustador ao livro, portanto, coisas estranhas começam a acontecer.

Vou fazer comentários breves para tentar esclarecer o clima do livro, tudo que for dito a seguir é colocado ao leitor no começo do livro, sem spoilers, claro.

Nossa narradora descobre que anteriormente outra mulher tinha ocupado o cargo de preceptora, era ela responsável pela menina Flora. A Senhora Grose explica que recentemente essa mesma mulher tinha ido embora. Essa mulher morreu. Outra coisa que a nova preceptora vai tomar conhecimento é de um homem que anteriormente cuidava do menino Miles e de algumas coisas do seu patrão. Esse homem também morreu. É dessa forma que a história ganha o seu tom de assustador, a nova preceptora em alguns momentos começa a ver essas duas figuras que anteriormente haviam educado as crianças (educado de forma estranha) e começa a acreditar que eles ainda exercem alguma influência nas crianças. É trabalho da preceptora encontrar uma forma de cuidar das crianças, sempre seguindo a condição que foi estabelecida no começo: não comunicar de forma alguma o tio das crianças.

A escrita de Henry James é simples, os diálogos são prazerosos e as descrições fazem o leitor entender bem o local onde tudo acontece. Confesso que em alguns momentos (lá para a metade) fiquei desanimado com a narrativa do livro, pois algumas situações demoram muito para ser esclarecidas. Mesmo assim foi o tipo de leitura que não me arrependo de ter feito, a história volta a ganhar ritmo quando vai se aproximando do final fazendo o interesse do leitor crescer novamente. Vale a pena conhecer esse clássico do terror psicológico.
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Milla Carvalho 15/10/2015

"Sim, (...) tudo depende!”
Resenhar este livro não é tarefa fácil. Não por conta das impressões pessoais que cada resenhista carrega. Ou da forma que cada um interpreta as entrelinhas que o autor colocou no texto. A verdade é que Henry James brincou com uma história simples e corriqueira de sua realidade e a transformou em um conto de terror sinistro e dúbio.
Inicialmente, vemos um grupo de pessoas reunidos em uma sala, conversando animosamente entre si, até que alguém sugere que se conte uma história de terror. Douglas, que fica encarregado de narrar, começa a construir a atmosfera ao dizer que o momento não é o propício, uma vez que possui o manuscrito assombroso e precisa dele para contar melhor os fatos. Fatos que causarão grande pavor.

A partir daí, A Volta do Parafuso começa a ser contada. É uma narrativa simples, de uma jovem inglesa, filha de um pároco, contratada para ser preceptora de duas crianças em uma casa de campo, em Bly, interior da Inglaterra. O nome da moça não é citado na obra. É notável como esta senhorita fica deslumbrada com o trabalho e a oportunidade de lecionar essas duas crianças.

Ao chegar à mansão interiorana, a protagonista e narradora da história encontra com a Sra. Grose, governanta da casa, que será seu braço direito durante toda a estadia, e a pequena Flora, uma de suas pupilas e pela qual fica extremamente encantada. O proprietário da casa e tio das crianças fez um único pedido a nova preceptora: que resolvesse todos os assuntos referentes às crianças sem incomodá-lo.

Nos dias seguintes, especialmente com a chegada de Miles, seu outro pupilo, a clima de um lugar diferente e de muitos cômodos fechados se instaura. E o descoberta das mortes de um ex-funcionário da mansão e da última preceptora da criança mexe com nossa protagonista, que começa a vê-los na mansão e ao seu redor.

Neste ponto, o conto começa a se desenvolver, conjuntamente com nossas dúvidas e receios. Isto ocorre, porque apesar de linguagem ser simples (quem tiver a oportunidade de ler esta versão bilíngue, verá que o texto original também levou em conta a simplicidade na escrita inglesa), o autor nos traz muita ambiguidade. E a narração da nova preceptora nos confunde e nos aprisiona durante toda história.

Talvez seja aí que Henry James tenha pecado, visto que, por ser um conto de literatura clássica, se torna cansativo aguardar alguns desdobramentos da ação no livro. Além disso, o repetitivo deslumbramento da protagonista com tudo relacionado às crianças é um exagero a parte. Mas observando o conto em seu conjunto, também é um acerto do autor.

Ambíguo? Sim, meus caros. Não há como fugir. Esta é uma das sensações ao se ler este livro. Com uma narrativa imprecisa, só nos resta pensar ao analisar se os fatos são verossímeis ou ilusórios, vítimas ou não de uma boa contadora de história ou de uma mente perturbada pela sua criação supostamente rígida.

Sobre o livro da Editora Landmark que li, a diagramação é muito boa, simples e de agradável leitura. A tradução é de Francisco Carlos Lopes e revisão de Francisco de Freitas, que fizeram um bom trabalho com um texto de significado tão dúplice. Mas um adendo: cuidado com esta versão da Editora Landmark! O texto inicial chamado de Eficácia do Parafuso (com subtítulos: “Sinistra e Peçonhenta” e “O Principal Suspeito”, de Francisco Lopes), que conta aspectos importantes sobre a obra, deveria ser lido posteriormente à leitura do conto. Isso porque, ao meu ver, trouxe uma visão bem detalhista sobre o que o autor poderia ter dito, influenciando assim a conclusão do leitor.

E eu tenho quase certeza que ao terminar este conto, Henry James encostou-se a sua cadeira, juntou as páginas escritas e sorriu.

#DesafioDeLeitura #Item26 #UmLivroComMaisDe100Anos #Booo #OutubroDoTerror #FantasmasOuLoucura#Recomendo

Para esta e outras resenhas de livros, por favor, visite o Blog Cinco Garotas Exemplares:

site: http://cincogarotasexemplares.com.br/
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Louryne 19/10/2015

Muito bom. Final surpreendente.
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Suelany 05/11/2015

Sem suspense
O autor perdeu mto tempo descrevendo os achismos da personagem principal e pouco tempo desenvolvendo o objeto de estudo dela. Sem relações profundas entre eles, o final é diferente e ousado mas não esclarece a dúvida principal que ficou no ar: o q aconteceu com os fantasmas, e a garotinha da história?
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Cruz Santos 03/12/2015

Conto de terror gótico ! (clássico)
James Henry James foi um dos grandes autores do seculo XIX. Leva em sua conta, a responsabilidade de ter sido um dos inventores do flash-back e da narração indireta. Dentre romances, não ficção, contos e pequenas narrativas, publicou em 1898 A outra volta do parafuso, uma de seus livros mais conhecidos embora não seja ao mais importante. Embora possua um título que não remeta diretamente ao tipo de história, este é um livro de terror, e é um livro clássico do gênero com direito a fantasmas, vultos, mansões mal assombradas e crianças angelicais feat bizarras rsrsrs enfim tudo que um terror gótico oferece. A estória na verdade começa com um grupo de amigos ao redor da lareira contando casos fantásticos numa vespera de natal. Um dos quais (Douglas) decide então narrar um conto, na verdade, ler uma correspondência de uma amiga (já falecida) de um caso verídico que a própria foi protagonista, ou seja, nada melhor do que uma história de terror escrita em primeira mão por um observador factual. Bom, a história começa com uma jovem (a amiga falecida) de 20 anos que é contratada por um senhor muito rico (porém sem muito tempo nem paciência disponível) para trabalhar em uma mansão como preceptora de seus sobrinhos, uma casal de crianças, Miles, e flora que tiveram que morar com o io após a morte dos pais. Ambos primorosamente educados e gentis quase como anjos na terra. Um belo dia Miles chega na mansão expulso de seu colégio interno por motivos misteriosos. Nesse meio tempo coisas estranhas começam a acontecer. Sons misteriosos durante a noite e pessoas parecem observar a preceptora durante seus passeios na propriedade... curiosa, ela descreve aos empregados da mansão um desconhecido que ela viu caminhar pela casa e descobre que a sua descrição corresponde ao antigo mordomo, ja falecido!. Como se já não fosse suficiente, o ex-mordomo parece não ser o único morto presente nas redondezas. A última preceptora das crianças, que tambem faleceu, parece estar rondando o local. Como não existe nada tão ruim que não possa piorar, a jovem governanta suspeita que exista alguma relação bizarra entre as criancas e os tais fantasmas. E assim começa o desenrolar da estória, com a investigação da governanta pra provar sua hipótese embora ela mesmo duvide que anjos como aqueles possam ter algo a ver com esses seres demoníacos. Entre o racional e o sobrenatural a granda sacada de Herry James foi criar uma história onde, inicialmente o leitor, crê priamente na governanta mas no desenvolver da narrativa, acontecimentos passíveis de interpretações ambíguas, criam dúvidas na cabeça do leitor e ao mesmo tempo prendem sua atenção. Os acontecimentos são de fato sobrenaturais ou a sanidade da preceptora está comprometida? qual será a verdade ? ao longo de 177 páginas, A outra volta do parafuso é um clássico de terror vai te deixar com a pulga atras da orelha, respondendo algumas perguntas mas não todas, deixando vc livre para tirar suas próprias conclusões ao fim da história. Minha edição é da Clássicos Abril Coleções =)
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Larissa Rodrigues 10/02/2016

Vale a pena mas nem assusta tanto??
Não foi um livro que senti medo ou me assustou na leitura. Mas é cheio de mistério e dúvidas, e muitas deles ainda continuam mesmo quando termina o livro. Tenho a impressão de que o autor fez dessa forma para que nós mesmos tirassem nossas próprias conclusões. O autor tem uma escrita meio pesada e em alguns momentos cansativa, mas mesmo assim recomendo a leitura. Pra quem gosta, a história faz lembrar o filme Os outros e A Chave Mestra.
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KADU-BASS 25/02/2016

Um bom suspense
Pra quem curte suspense , este e um bom livro . Na minha visão ele peca em alguns momentos nos discursos da governanta jovem , se estende muito . Mas vale a pena .
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Tamara Dias 17/03/2016

Mais ou menos
Confesso que tinha muitas expectativas pra esse livro é me decepcionei demais! Claro... Levei em conta o ano que foi escrito... Mas sei lá achei mto parado e arrastado e no final da história não entendi nada! Demorei 3 meses pra conseguir ler 160 páginas pq desiste do posfácio! Pensei que fosse só minha opinião mas vi que outras pessoas por aqui passaram pela mesma situação! Enfim fico feliz por poder ter lido esse clássico, mas não gostei quase nada... :(
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Blog Cinco Garotas Exemplares 11/04/2016

Resenhar este livro não é tarefa fácil. Não por conta das impressões pessoais que cada resenhista carrega. Ou da forma que cada um interpreta as entrelinhas que o autor colocou no texto. A verdade é que Henry James brincou com uma história simples e corriqueira de sua realidade e a transformou em um conto de terror sinistro e dúbio.
Inicialmente, vemos um grupo de pessoas reunidos em uma sala, conversando animosamente entre si, até que alguém sugere que se conte uma história de terror. Douglas, que fica encarregado de narrar, começa a construir a atmosfera ao dizer que o momento não é o propício, uma vez que possui o manuscrito assombroso e precisa dele para contar melhor os fatos. Fatos que causarão grande pavor.

A partir daí, A Volta do Parafuso começa a ser contada. É uma narrativa simples, de uma jovem inglesa, filha de um pároco, contratada para ser preceptora de duas crianças em uma casa de campo, em Bly, interior da Inglaterra. O nome da moça não é citado na obra. É notável como esta senhorita fica deslumbrada com o trabalho e a oportunidade de lecionar essas duas crianças.

Recordo todo o início como uma sucessão de altos e baixos, como uma pequena gangorra de emoções desencontradas. Depois do entusiasmo com que atendi ao apelo dele na cidade, tive sob todos os aspectos alguns dias muito difíceis vi-me novamente cheia de dúvidas, chegando a ter certeza de que fizera a coisa errada. (APreceptora)

Ao chegar à mansão interiorana, a protagonista e narradora da história encontra com a Sra. Grose, governanta da casa, que será seu braço direito durante toda a estadia, e a pequena Flora, uma de suas pupilas e pela qual fica extremamente encantada. O proprietário da casa e tio das crianças fez um único pedido a nova preceptora: que resolvesse todos os assuntos referentes às crianças sem incomodá-lo.

Nos dias seguintes, especialmente com a chegada de Miles, seu outro pupilo, a clima de um lugar diferente e de muitos cômodos fechados se instaura. E o descoberta das mortes de um ex-funcionário da mansão e da última preceptora da criança mexe com nossa protagonista, que começa a vê-los na mansão e ao seu redor.

Era como se, enquanto eu assimilava o que pude assimilar , a morte se tivesse precipitado por tudo ao seu redor. Ainda escuto, enquanto escrevo, o profundo silêncio que calou os sons noturnos. (A Preceptora)

Neste ponto, o conto começa a se desenvolver, conjuntamente com nossas dúvidas e receios. Isto ocorre, porque apesar de linguagem ser simples (quem tiver a oportunidade de ler esta versão bilíngue, verá que o texto original também levou em conta a simplicidade na escrita inglesa), o autor nos traz muita ambiguidade. E a narração da nova preceptora nos confunde e nos aprisiona durante toda história.

Talvez seja aí que Henry James tenha pecado, visto que, por ser um conto de literatura clássica, se torna cansativo aguardar alguns desdobramentos da ação no livro. Além disso, o repetitivo deslumbramento da protagonista com tudo relacionado às crianças é um exagero a parte. Mas observando o conto em seu conjunto, também é um acerto do autor.

Estamos acompanhados temos os outros, de fato, eu concordei.
Mas, embora tenhamos os outros, ele retornou, ainda com as mãos nos bolsos e plantado à minha frente, eles não contam muito, não é mesmo?
Procurava ser ágil e brilhante, mas me sentia apagada. Depende do que você chama de muito!
Sim, com toda condescendência tudo depende! (A Preceptora e Miles)

Ambíguo? Sim, meus caros. Não há como fugir. Esta é uma das sensações ao se ler este livro. Com uma narrativa imprecisa, só nos resta pensar ao analisar se os fatos são verossímeis ou ilusórios, vítimas ou não de uma boa contadora de história ou de uma mente perturbada pela sua criação supostamente rígida.

Sobre o livro da Editora Landmark que li, a diagramação é muito boa, simples e de agradável leitura. A tradução é de Francisco Carlos Lopes e revisão de Francisco de Freitas, que fizeram um bom trabalho com um texto de significado tão dúplice. Mas um adendo: cuidado com esta versão da Editora Landmark! O texto inicial chamado de Eficácia do Parafuso (com subtítulos: Sinistra e Peçonhenta e O Principal Suspeito, de Francisco Lopes), que conta aspectos importantes sobre a obra, deveria ser lido posteriormente à leitura do conto. Isso porque, ao meu ver, trouxe uma visão bem detalhista sobre o que o autor poderia ter dito, influenciando assim a conclusão do leitor.

E eu tenho quase certeza que ao terminar este conto, Henry James encostou-se a sua cadeira, juntou as páginas escritas e sorriu.

site: https://cincogarotasexemplares.com.br/2015/10/12/resenha-a-volta-do-parafuso-henry-james/
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Nélio 13/04/2016

O título não ajudou! Fiquei um bom tempo querendo ler pela resenha de capa esse livro, mas o título não contribuía... até que resolvi!
E gostei!
Um livro diferente dos tradicionais livros que tendem a resolver tudo no final.
Não se resolveu tudo, ficou um gosto de queria saber mais...
Mas a leitura é boa. O autor nos prende com uma fórmula de abordagem de uma estória meio gótica, mas que para mim foge do lugar comum... Há muita sugestão... Tudo converge para a presença de fantasmas, mas quem os vê? Não há uma certeza... Apenas uma personagem parece vê-los de verdade!?!!?!?
E as crianças, anjos ou diabretes... Quem é bom? Quem é mal? Quem é forte? E fraco?
O autor cria muitas situações que giram entre o racional e o inexplicável. É uma luta entre o ver e o não ver, entre o crer e o duvidar. O livro é todo ambiente sombrio em que a incerteza, a dúvida, a desconfiança etc. comparecem. Assim, vamos penetrando na narrativa e quando damos por nós mesmos, a obra acaba...
O final, com certeza, é outra torção faz mais sentido, essa tradução no parafuso, pois o enigma ali se faz presente...
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Lia @liaolivro 16/05/2016

O que eles faziam???
Uma jovem governanta é contratada para cuidar de um casal de irmãos pelo seu tio solteiro que não quer se envolver com eles. Toda as decisões sobre as crianças devem ser tomadas por ela sem que o tio seja importunado sob qualquer hipótese.

A escrita desse livro é um pouco difícil, mais ainda porque o autor faz muito mistério sobre os acontecimentos. Sabemos sobre o que aconteceu no passado pela empregada da casa. Ela quer contar, mas não conta direito, ou não consegue contar direito...

A governanta aceita o emprego um pouco contrariada, mas chegando à casa ela se deslumbra, ainda mais quando conhece a Flora, uma das crianças, pois ela é muito educada, amável, carismática... Miles está na escola quando ela chega (tipo de colégio interno, ele só voltaria nas férias), mas em poucos dias ele volta para casa com uma carta de expulsão. Aí já começa a primeira dúvida da governanta, se deve entrar em contato com o tio ou não. Mas Miles é tão carismático (assim como a irmã) que ela começa a se convencer de que a escola não tem preparo para ficar com uma criança tão extraordinária quanto ele.

Ela também começa a ver pessoas que não foi apresentada nos limites da propriedade. Então, a empregada revela que podem ser os dois ex-empregados da casa, Quentin e Jessel, que já faleceram.

O pior da história, a meu ver, não é ela ENXERGAR PESSOAS MORTAS. Mas sim O QUE ELAS FIZERAM ANTES DE MORRER. Principalmente com as crianças. Aí é que Henry James nos confunde e nos ilude... não temos as palavras exatas do que aconteceu... e só podemos ficar imaginando e nos angustiando com a governanta que quer enfrentar o sobrenatural e ao mesmo tempo está como nós, querendo descobrir o que de fato aconteceu...

site: https://youtu.be/CrIFPdCxZtg
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Gustavo 01/07/2016

Freud
No livro “A volta do Parafuso” logo de começo é perceptível do que se trata a história, terror! No entanto não é somente isso. Esse livro tem uma importância muito grande ao que percebi por se tratar de coisas que normalmente não gostaríamos de pensar. A todo momento o livro é narrado de somente uma visão sobre tudo o que acontece, a da “babá”. Com base no que foi estudado de Freud e que percebi, o ponto alto do entendimento do livro é quando se percebe a função das crianças na narrativa. A todo momento pela visão da moça que cuida deles somos levados a pensar neles como reais anjos injustiçados, o que ao se pode provar se realmente são ou não...
O narrador se refere às crianças de forma angelical e cega, claramente cega sobre o que acontece. Veja, tudo o que acontece pode nos levar a pensar em incorporamento e aparição de espíritos, o que não seria descartado porque se a babá tivesse algum problema psicológico ela nunca poderia imaginar a feição do casal que esteve ali antes dela. Se sabe que realmente haviam aparições e o fato do menino ter sido expulso do colégio e a razão disso não ter sido dita... Pior! Nem ao menos mostrar nenhum sentimento sobre isso, fora o da abstinência, o de querer mudar de lugar, o de ter atos estranhos muitas vezes assustadores para uma criança.
Esse é o ponto: “atos assustadores para uma criança” A todo momento enquanto lia, percebia meu coração acelerar a ponto de ter que fazer pausas para refletir no intervalo dos capítulos; claramente é uma narrativa pesada, até pela linguagem que nãopode se dizer que é simples, é uma obra clássica. Mas por que essa palpitação, pelos fatos que vão sendo revelados à nós pelos olhos da babá a medida que vão acontecendo. Por isso o título do livro “A volta do parafuso” não “volta” de retorno, mas sim de movimento giratório. Uma volta do parafuso a cada parágrafo fazendo as cenas cinematográficas ficarem cada vez mais fortes e incessantes!
Várias coisas me deixaram horrorizado por vários momentos do livro, mas um aspecto peculiar foi a ação da menina, ou a falta dela. O autor coloca claramente o sexo feminino como inferior, mas não é que a garota sempre era passiva ao que estava acontecendo, fazendo eu me questionar sobre um possível envolvimento entre as duas crianças, mesmo sendo irmãs. E uma clara atração da babá pelo menino, a todo momento o vendo como um ser puro e perfeito até mesmo em aspectos físicos e ações. Essa atração, não necessariamente sexual, claro, é óbvia durante todas as ações, me fazendo pensar ainda mais que os atos do garoto são realmente perversos, não sei explicar se por causa do espírito que tinha tanta afeição por ele... Mas vi claramente que o garoto controlava a história por ações que não foram contadas na narrativa justamente pro causa da visão conturbada da narradora.
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