Fernanda 12/12/2012
A Sociedade Secreta da Bola de Cristal Cor-de-Rosa, de Risa Green
Erin Channing era uma garota com uma vida completamente sem graça. Não tinha um namorado, não fazia nada de especial e nem saía durante a semana nem nada do tipo. Para completar, era a melhor aluna do décimo ano do colégio e uma pessoa completamente racional, como sua mãe. Por causa disso, era muito difícil escrever uma dissertação explicando o porquê que ela deveria ser escolhida para uma viagem de férias à Itália juntos com mais alguns alunos de História da Arte.
Um dia, a mãe de Erin recebe um telefonema da melhor amiga de sua irmã, Kiki, contando que ela havia morrido. O choque foi bem grande, porque apesar dela não manter contato com a família há um ano (até então por motivos desconhecidos, já que sempre foram grandes amigas), ela não se lembrava de alguma briga que pudesse tê-las distanciado e, para Erin, Kiki era sua tia favorita.
Durante a cerimônia fúnebre (muito diferente de tudo o que você já ouviu falar, por sinal), a amiga de sua tia, chamada Roni, conversa com ela e lhe entrega uma caixa, que só poderia ser aberta quando estivesse sozinha. Junto também lhe dá o seu telefone, para ela entrar em contato quando “estivesse pronta”. Dentro da caixa contém uma pequena bola de cristal (de plástico) cor-de-rosa, e dois papéis: um com algumas instruções estranhas e aparentemente sem nexo, e outra com uma lista de nomes, sendo o último, de sua tia.
Erin, junto com suas melhores amigas, Samantha e Lindsay, descobrem que na verdade a bola de cristal não é como todas as outras: ela realmente tem poderes, e é capaz de transformar a vida delas. O problema é que nem sempre as mudanças são boas, e muitas confusões começam a aparecer. Para quem não aguentava mais ter uma vida maçante, Erin começa a sentir falta de como tudo era antes da bola aparecer.
Confesso que não fiquei muito animada quando vi que esse seria o livro para o mês, porque ainda não sentia que estava com ânimo para ler, então mesmo a leitura sendo bem gostosa, demorei um pouco para engrenar. A Erin é uma menina muito inteligente e sempre tenta ser racional, o que pode irritar um pouco no início, mas você acaba se acostumando ao jeito dela.
Sobre as amigas dela: Samantha parece ser a típica menina mais avançada que a idade, enquanto Lindsay se mostra muito meiga e até um pouco estranha, se considerarmos o fato dela adorar uma loja de produtos místicos, que prometem milhares de coisas, mas que na verdade não causam efeito. No livro também conhecemos Jesse, parceiro de um trabalho de História da Arte que costumava ser o melhor amigo de Erin até o pai dele morrer e ele mudar completamente seu estilo (até tatuagem ele tem!) e parar de falar com ela de uma hora para outra. Aliás, foi com Jesse que rolou seu primeiro beijo (dentro de um armário, diga-se de passagem), e, pelo visto, ele não demonstra lembrar do ocorrido.
Eu adorei a história, é bem leve e ao mesmo tempo mistura algumas aventuras e situações que eu, com meu coração de adolescente, gostaria muito de vivenciar. Comecei a prestar mais atenção à misticidade das coisas e a ver que nem tudo precisa ser levado tão racionalmente. Afinal de contas, a vida fica muito melhor quando tem alguma confusão! Eu recomendo a todas as garotas que gostam de romances adolescentes que não são tão enrolados (só alguns momentos que eu queria que tivessem passado mais rápido) e querem descobrir mais sobre os poderes mágicos da bola de cristal cor-de-rosa!