Pais e Filhos

Pais e Filhos Ivan Turguêniev




Resenhas - Pais e Filhos


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Carlos 01/02/2022

Uma romance primoros das diferenças entre gerações
Turgueniev em escrita objetiva e clara apresenta os amigos Arkadi e Bazárov em contante fluxo de idas e vindas à casa dos pais, que são apresentados no universo domésticos, como se estivessem enraizados à propriedade e aos valores familiares, militares e religiosos. Por outro lado, os filhos adeptos da ideologia niilista, sobretudo Bazárov, sente enfado pelo conformismo dos pais diante da nulidade da vida, é inimigo da demonstração de afeto, não respeita tradições, nem crê em princípios, condena arte e filosofia, em benefício da ciência. Esse embate gera um enredo que culmina num final chocante e merecedor da leitura.
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Andre | @oseasinsta 29/01/2022

C'est la vie
Leitura Bastante fluida, personagens bem descritos, e uma trama bem proxima de nós é impossível ler esse livro sem se identiticar com os personagens.
Sem entrar nas questões Russas específicas que surgem no livro, o que fica bem explicito é o conflito de gerações.

E no final fiquei com a censão de que é isso a vida é mesmo assim, essa tensões entre gerações são cíclicas, os jovens como sempre estão ai espermentando ideias e ideais- afinal de contas tem um momento que a vida pede posicionamentos, então é necessário "formar" seu sistema de valores -, como fez Arkádi. E apesar de todo drama que vivemos em nossos circulos sócias a maioria de nós jovens não se torna uma figura proeminente e, aí está "C'est la vie". Então história segue em frente e a próxima geração de jovens também terá seus dramas e angústias, terá o aquela gana para mudar o mundo.
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Felipe 27/01/2022

Conflito de gerações e o vazio do niilismo
Baita livro, com características difíceis de serem encontradas: linguagem objetiva, personagens muito bem construídos e narrativa harmoniosa.

Vários temas podem ser encontrados na obra de Turguêniev, contudo, o conflito de gerações e o niilismo ditam, ao meu ver, o ritmo da narrativa.

Bazaróv, um dos personagens centrais, pode ser insurportável para a grande maioria, mas todo o seu comportamento está em consonância com o fundamento de sua existência.

Em suma, diria que é uma leitura muito proveitosa e que toca em assuntos bem atemporais.
L
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ametista 24/01/2022

ainda somos os mesmos e vivemos como nossos pais
Esse livro foi muito especial para mim, amei a escrita simples e marcante do Turguêniev, e os temas tratados das crises geracionais são muito relevantes e atemporais, indicaria para todo mundo ler e inclusive pessoas que vivem em constante conflito com os pais/filhos por divergência de princípios e pensamentos. Amei a última seção que encerra o livro e me emocionei com a beleza do texto (quem não leu o final do livro pode ignorar)

"Será possível que as suas orações e suas lágrimas sejam inutéis? será possível que o amor, o amor sagrado, amor dedicação suprema, não seja onipotente? não! seja qual for o coração apaixonado, pecador e revoltado que se esconda num túmulo, as flores que crescem sobre ele nos fitam tranquilas, com os seus olhos inocentes. Elas não falam apenas da calma eterna, da grande, da infinita calma da natureza "indiferente": falam também da paz e vidas eternas."

Tão lindo!!! Com certeza lerei mais obras do grande Ivan Turguêniev, me apaixonei completamente.
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Stella F.. 19/01/2022

Conflito de gerações
Um livro sobre conflito de gerações, entre as décadas de 1840 e 1860.

São apresentadas duas famílias principais:

Arcádio é filho de Nicolau, um senhor de terras, com mujiques em processo de término da servidão, que estava sendo questionada naquele momento no país. As terras de Nicolau estavam maltratadas, mas ele estava sempre aberto a mudanças, tentando modernizá-la, mas estava passando por um momento difícil. Arcádio volta à fazenda, depois de um tempo longe, estudando fora. Mas retorna com o amigo Bazárov, um tipo de mentor, que se diz niilista, avessa a convenções e regras estabelecidas. Não acredita em autoridade, arte, amor, religião, ou seja, nada. “Quer dizer que essa palavra se refere ao homem que... em nada crê ou nada reconhece?” (pág. 32) O pai fica muito contente e Arcádio apesar de se declarar niilista, é menos radical que o amigo. É gentil com o pai e tenta ajudá-lo de alguma maneira. Nessa família encontra-se também um tio, Páviel, mais preso às tradições e que gosta de falar expressões em outros idiomas. Nicolau casou-se com uma “serva”, Fiênitchka,e tem um filho, Mítia.

Bazárov vem de uma família mais humilde, de classe média. O pai, Vassili, é médico, assim como Bazárov e tenta ajudar a todos em sua comunidade. Sua mãe, Arina, é bastante afetuosa e ansiosa pelo retorno do filho para casa, porque está ausente há muito tempo.

Os amigos conhecem a Sra. Odintsova, uma mulher viúva que vivia sua vida de uma maneira livre, e com muitas opiniões, exceção nesses tempos em que a mulher não devia e não podia tê-las, à frente do seu tempo. Uma mulher muito bonita que deixa os dois amigos admirados com sua postura e elegância. Junto em sua casa vivem Cátia, sua irmã e uma velha tia. Os amigos sempre estavam com ela em sua casa de campo, e ela dá preferência a Bazárov. Arcádio fica com ciúmes e leva como prêmio de consolação, ouvir e conversar com Cátia, uma menina tímida, mas com opiniões.

E os dois amigos se apaixonam: um não acredita no amor e não segue adiante e o outro se rende ao amor, e esse passa a ser o seu ideal.

Arcádio é uma pessoa gentil, e aos poucos vai mudando de opinião, deixa de pensar pela cabeça de Bazárov e este é prepotente, folgado, arrogante, e discorda de tudo simplesmente pelo prazer de fazê-lo.

Apesar do conflito de opiniões, fiquei admirada que os filhos Arcádio e Bazárov tratam os pais “respeitosamente”.

Tranquilo de ler e nos traz claramente o retrato de uma época.

“- Herdeiros – repetiu tristemente, com um suspiro, Nicolau Pietróvitch. Durante toda a discussão se sentia mal e só de soslaio contemplava Arcádio. – Sabe de que me lembrei, mano? Uma vez discuti com minha mãe. Ela, zangada, não me queria ouvir. Finalmente eu lhe disse que não podia compreender-me por que pertencíamos a gerações diversas. Ela sentiu-se profundamente ofendida e eu pensei: “Que hei de fazer? A pílula é amarga, mas é necessário engoli-la.” Chegou agora a nossa vez. Os nossos herdeiros ou descendentes podem declarar-nos: “Vocês não são da nossa geração”. (pág. 70)




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Eduardo Mendes 09/01/2022

Uma ideologia não pode nunca estar acima dos seus princípios e valores
Esta é a segunda obra de Ivan Turgueniev que tenho contato. A primeira foi o incrível “Diário de Um Homem Supérfluo”. Pais e FIlhos é considerado por muitos a grande obra prima do escritor russo, e de forma geral aborda o conflito de gerações.

Levando em conta o contexto histórico, o livro reflete um dos acontecimentos mais importantes de sua época na Rússia: o fim da servidão dos camponeses pelos senhores de terras. Diante de uma mudança tão significativa, Turgueniev usa este pano de fundo pra mostrar ao leitor o conflito de ideias entre duas gerações, os pais e seus filhos.

Arkádi Nikolaitch retorna da faculdade para a casa de seus pais acompanhando de um novo amigo e mentor, Bazárov, um jovem anti social, niilista, e que despreza qualquer tipo de autoridade. Acompanhamos então o crescente desgosto da família do protagonista com os novos pontos de vista e opiniões de Arkádi.

O mais interessante no desenrolar da trama é a mudança de perspectiva dos personagens e como o autor consegue mostrar os dois lados da história sem te empurrar goela abaixo o que é certo e o que errado. Acredito que se eu tivesse lido este livro quando era mais novo teria mais empatia com os jovens, e minha impressão ao chegar no final da trama é que os mais velhos se mostraram mais abertos e propensos a entender a nova geração do que seus filhos.

A relação de Arkádi tanto com seus pais quanto com seu amigo vai passando por transformações enquanto o personagem vai desenvolvendo seu próprio senso crítico. De uma forma muito bem construída, o autor mostra que uma ideologia não pode nunca estar acima dos seus princípios e valores, dessa forma o leitor aprende junto com os personagens a entender o mundo à sua volta e evoluir.

Turgueniev tem um estilo de escrita muito fluido, seus personagens aqui tem diversas camadas e em certas partes ele se vale de cenas cômicas, que contrastam com o tom conflituoso de Pais e FIlhos. Achei um livrasso!


site: https://jornadaliteraria.com.br/pais-e-filhos/
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Juliana 09/01/2022

Primeiro do ano tinha que ser russo
Gostei bastante da escrita do autor, como sou fã dos livros de Tolstoi , mas não do Dostoiévski, fiquei apreensiva de como esse livro iria ser.
Achei bastante fluido , li mto rápido em menos de um dia , mas confesso que esperava mais embates filosóficos .
O resumo pra mim é o quanto o barazov é insuportável e que nem no final ele se redime.
Quanto a não ficar claro de que lado o leitor ficaria, acho mto difícil ficar a favor dele .
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Bru 01/01/2022

Leitura fluída, que prende atenção do início ao fim. É sobre relações, entre pais e filhos, amigos, amorosas. Com diferenças de pensamentos entre as gerações, mostra as atitudes dos personagens perante elas.

Meu segundo contato com a literatura russa e me surpreendeu positivamente.

Ao final do livro, o autor traz uma análise das obras Hamlet e Dom Quixote, um pouco maçante.
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Paulo.Sakumoto 23/12/2021

Humano demasiadamente humano e que pode amar.
Romance importantíssimo de Ivan Turguêniev levando-se em conta o contexto de efervescência política vivida na Rússia em meados do século XlX com a abolição do sistema de servidão, e os problemas advindos com choque diversos desde os de classes, ideias e gerações.
Turguêniev aborda com muita sensibilidade as relações que se entrechocam, não por menos o romance repercutiu e influenciou muito os comportamentos e escritores da época. Aqui o Niilismo é abordado pela primeira vez, mas não toma partido, focando mais na condução e embates envolvidos entre os personagens envolvendo pais e filhos, o antigo e o novo, o romantismo e o materialismo, o conservadorismo e o progressismo, bem como os desfechos irônicos que essas conduções terminam.
Não há descrições psicológicas profundas como em Dostoiévski, mas são nítidos os conflitos e contradições existenciais em cada personagem do enredo. Fato é que Turguêniev dá uma colher de chá ao ser humano demasiadamente humano nietzscheano o qual nesse caso esforça-se para compreender tantas mudanças, choques, conflitos, preconceitos e a partir disso ainda adaptar-se aos novos tempos. No final, o amor parece prevalecer, derrubando qualquer muro por mais sólido que se levante e por mais irônico que isso possa parecer.
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Nati 19/12/2021

Pais e filhos é um retrato da sociedade Russa do século XIX, em um ambiente Rural e de extremas mudanças. Nesse livro, Ivan Turguêniev, com sua linguagem delicada, mas vívida, vai descrever o eterno embate de gerações em um ambiente social e político que torna essas relações ainda mais propensas a divergências.

Quando eu comecei a ler esse livro, julguei que seria uma leitura mais densa, porém foi tão gostosa, tão fluída e até bem divertida com personagens carismático e dramas pessoais. Não tem como não torcer para um dos lados, não julgar e rever os seus pontos de vistas a medida que a trama vai se desenrolando. Minha alma de idosa já foi logo tomando partido com o lado dos pais, que são uma fofura, tanto o pai do protagonista e como o pais do amigo dele, todos são um exemplo de amor aos filhos, gentileza e carinho.
Uma experiência deliciosa. É um livro excelente para começar a ler os Russos.
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Ester71 11/12/2021

Segundo livro russo que leio, e simplesmente continuo interessantíssima em ler mais! Passada numa Rússia tão antiga, porém, história tão atual sobre relacionamentos entre pais, filhos e amores!
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Eva 11/12/2021

Começo pelo enredo narrado em terceira pessoa e que trata da estória de Arkádi jovem estudante que está voltando para casa, após alguns anos de estudo em São Pettersburgo e traz consigo o amigo e mentor Bazárov, personagem principal.
Arkádi é recebido amorosamente por seu pai que demonstra-se muito afetuoso, Arkádi se mostra meio constragido e daí em diante já começamos a perceber a influência de Bazárov em seu comportamento, ao chegarem na propriedade do pai encontram o tio Pável, ex militar. Ao quererem saber mais sobre o amigo de Arkádi, este o define como niilista, que seria um corrente filosófica em que a pessoa nega tudo, não reconhece qualquer tipo de autoridade, instituição, tradição, não acredita em nada que não seja útil, seja no campo da ciência, arte etc. E ao dizer isso para o pai e tio acende os conflitos de idéias principalmente entre o tio e Bazárov. O pai apesar de não concordar com os pensamentos niilista assume uma postura apaziguadora, Arkádi que parece que ainda não tem os preceitos do niilismo totalmente absorvidos se mostra neutro na maior parte do tempo.

Os dois vão para outra cidade a passeio e lá encontram amigos e conhecem Anna Odintsov, jovem viúva, bonita, inteligente, segura de si, uma personagem feminina marcante. A partir disso a narrativa se desenvolve de forma que convicções de Bazárov caem por terra e percebendo isso o jovem se vê encurralado entrando em contradição com o rótulo que ele criou para si mesmo. Arkádi também percebe seu mentor em contradição então começa a se desvincular assumindo uma postura mais autônoma.

Vários pontos que gostaria de comentar, mas vou tentar me ater só aos mais importantes. Primeiro, Bazárov é um personagem muito fácil de ser odiado, mas que após sua desilusão amorosa eu meio que o entendi em uma frase que ele fala a Arkádi:
"Veja o que eu faço; há um lugar vazio, na mala, e vou pôr aqui um punhado de feno; o mesmo acontece na nossa mala da vida; nós a enchemos com alguma coisa, só para não ficar um vazio".
Ele se pôs um rótulo e tentou mantê-lo, mas que na verdade era só mais um jovem procurando algum sentido na vida.
Arkádi é muito influenciável, personagem sem brilho nenhum.
O pai de Arkádi e os de Bazárov são pessoas doces e amorosas e que na minha opinião não se mostram pessoas muito apegadas ao tradicionalismo, pelo contrário achei Nicholai até bem progressista respeitando a liberdade dos servos, na medida do possível. Talvez o mais ligado ao tradicionalismo, aristocrata, é o tio, Pável, que foi o personagem que realmente entrou em conflito com as ideiais niilistas, os pais mesmo foram só uns amorzinhos rsrsrs.

Fui surpreendida positivamente por Turguêniev, seja pela escrita fluída, sem floreios, seja pela forma que ele construiu sua narrativa de forma direta, objetiva, sem ser simplista e trazendo reflexões importantes.
Tão importantes que trouxe discussões para a sociedade russa na época da publicação, sendo o período em que a Rússia passava por mudanças sociais, como a abolição da servidão. Assim esse romance permanece sendo relevante até hoje.

Depois de ler Turguêniev pela primeira vez já fui logo colocar todos os livros dele disponíveis na Amazon na wishlist.
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Paula.Moreira 01/12/2021

Russos...
Não é comum eu ler por horas contínuas um livro com destaque num personagem tão irritante...Mas foi o caso. Achei a leitura bem fluida e agora que terminei estou com uma estranha sensação de vazio... Eu não diria que o livro é pesado em si, nem até mesmo triste, mas o meu estado atual é de uma melancolia incomoda.
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arthur966 29/11/2021

por que, mesmo quando experimentamos um prazer, com uma música, com uma noite agradável, com uma conversa entre pessoas simpáticas, por que tudo isso parece antes uma alusão a alguma felicidade ilimitada, que existe não se sabe onde, do que uma felicidade real, ou seja, aquela que nós mesmo desfrutamos?
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Luiz 23/11/2021

Retrato da realidade sem rodeios
Este é um livro claro e direto sobre o conflito geracional. O autor consegue, com esplendor, retratar a natureza humana: suas angústias, ambições e ódios. É uma leitura tão boa que você nem perceberá as reflexões surgindo no âmago do seu ser.
O herói/vilão vai ser identificado em cada um de nós.
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