Pais e filhos

Pais e filhos Ivan Turguêniev




Resenhas - Pais e Filhos


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DayanePrincipessa 17/12/2023

Que vontade de chorar
O Bazárov é um personagem do tipo: ou se ama ou se odeia. No começo eu estava odiando ele, mas com o tempo me apeguei.
Acho que tudo o que parecia arrogância e soberba apenas escondia um homem que na verdade era um menino, uma criança indefesa. Quando ele falava “suas verdades” e dizia não ter sentimentos, só estava tentando se defender. É meio óbvio que qualquer pessoa que se acha a “dona da verdade” é a criatura mais tola que existe, pois ninguém sabe tudo, ninguém ignora tudo, todo mundo tem algo para ensinar e para aprender, porém ele não sabia disso.
//Spoiller
Infelizmente descobriu que estava errado da pior maneira, quando foi surpreendido por um sentimento de amor ardente, mas platônico. Não foi a doença que o destruiu, foi a dor do amor não correspondido.
Fiquei feliz pelos demais personagens que de algum modo prosseguiram e tomaram rumos aparentemente bons, estáveis, lúcidos, mas a estrela era o Bazárov. Impossível terminar de ler sem sentir tristeza.
Para onde quer que os personagens vão após a morte, gostaria de mandar uma mensagem: Bazárov, eu te amei! (como amiga kkk, mas é amor mesmo assim).
Lido em 13/12/2023
Matheus 19/12/2023minha estante
Odiei Bazárov durante cada segundo de leitura. Pra evitar sofrimento é só se convencer que não sente nada. Tolo. O personagem mexe comigo, com meu senso de justiça, educação, cordialidade? Me dá nos nervos!
Tinha muito a ser ensinado pela vida, mas ele nunca teve a eternidade e sabia que nunca a teria.


DayanePrincipessa 19/12/2023minha estante
o legal é que a própria teoria dele falhou kkk




JonStoker 16/12/2023

"Pais e Filhos" é uma obra-prima do autor russo Ivan Turguêniev, publicada em 1862. O romance explora os conflitos geracionais e ideológicos entre pais conservadores e filhos revolucionários durante a Rússia do século XIX.

Turguêniev retrata as tensões sociais e políticas da época, oferecendo uma análise das mudanças sociais e das relações familiares. Através de personagens complexos e diálogos perspicazes, o autor apresenta um retrato vívido da sociedade russa, tornando "Pais e Filhos" uma leitura cativante e relevante até os dias de hoje.

Sobre o ponto de vista pessoal, confesso que esperava mais diante da proposta de um embate político-ideologico entre duas gerações e o emprego popularizador do termo "Niilismo" na obra que foram obscurecidos pelo emprego do romance na obra.
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Paula 13/12/2023

País e Filhos
O romance País e Filhos, de Ivan Turgueniv foi escrito entre 1860 e 1862, um período de transformações políticas na Rússia. Em 1861, o tzar Alexandre II decretou o fim do sistema de servidão no País. Tal sistema era semelhante ao regime escravocrata no Brasil. Além disso, o movimento Terra e Liberdade fomentou revoltas contra a autocracia.
Em se tratando de enredo, temos um conflito entre as gerações de 40 - formada por aristocratas, grandes proprietários de terra - e de 60, formada por intelectuais, filhos de médicos, professores e funcionários medianos da burocracia estatal. O romance se inicia com o estudante Arkádi Nikoláievitch Kirsánov voltando para a fazenda de seu pai, Nikolái Petróvitch Kirsánov. Ele chega acompanhado de seu amigo e mentor Evguéni Vassílievitch Bazárov, estudante de medicina e filho de um médico de província. Bazárov é um niilista, ou seja, alguém que não se submete a nenhuma autoridade, nem a nada que não possa ser comprovado cientificamente.
Na família Kirzanov, Nikolai é alguém que tenta se adaptar à nova situação política e procura ouvir os jovens. Seu irmão, Pável, é ainda mais preso às tradições e é com ele que Bazárov travará os primeiros e mais ferrenhos debates. Os diálogos são, realmente, o ponto forte da obra. Quanto mais a história se desenvolve, mais Bazárov precisa se esforçar para conservar seu niilismo.
Turgueniv foi muito criticado. Aristocratas enxergavam o romance como um apoio aos niilistas, enquanto a nova geração se sentiu alvo de troça. A verdade é que Turgueniv era um aristocrata não afeito a conflitos, cuja intenção era registrar o que estava ocorrendo na sociedade de sua época. Fez isso muito bem, em uma obra que tornou-se um clássico apesar das críticas.

#PaisEFilhos
#IvanTurgueniev ?????
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Salim 01/12/2023

Embate de gerações
A obra mostra bem o embate entre as gerações, o idealismo dos filhos versus as desilusões dos pais, na Rússia do século XIX.

Aliás, esse é o ponto forte da obra que, na minha opinião, perde muito da força quando se prolonga demais no romance de dois dos personagens principais.

Recomendo por ser um clássico, mas esperava mais...
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Ketley7 09/11/2023

Enfim o niilismo
Acho que esse livro trata muito sobre os diferentes tempos e moralidades? de que algumas concepções são consideradas melhores que outras e, portanto, mais dignas?
Pais e filhos é um bom título, afinal? pois traz muito da descendência e geração e os conflitos que perpassam ambas.
A sociedade russa funciona de uma forma diferente e bem patriarcal, os personagens masculinos se destacam aqui, embora as personagens femininas sejam bastante interessantes.
Me irritei com algumas coisas do livros: o machismo muito presente (claro, devo levar em conta a época escrita e o funcionamento da sociedade?. mesmo assim me irritou..), a enrolação para acontecer algumas coisas, e NÃO PODERIA DEIXAR DE DESTACAR ::::: o Bazárov - o niilista - !!!! nunca odiei/desprezei tanto um personagem. Fora isso, é uma leitura ok e bem profunda pois os diálogos e personagens são bem constituídos.

* Li por indicação do meu namorado que é viciado em literatura russa ??
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Lucas 06/11/2023

Reflexão atemporal sobre conflito de gerações
Obra prima de Turguêniev, que traz uma reflexão existencial tanto individual, quanto sobre as crenças entre gerações.
Conta a história de dois amigos, que circulam por diversos lugares da Rússia (casa dos pais, casa de prentendentes e uma cidade), que têm pensamentos novos e distoantes da realidade social da época. O desenvolvimento dos personagens e as incertezas e mudanças de pensamento que ocorrem com o tempo e a maturidade são extremamente bem conduzidos, como, em geral, acontece em nossas vidas.
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Fabíola 02/11/2023

Esperava bem mais, foi uma leitura legal no início, depois fiquei exausta e com ódio do carinha intelectual que não lembro mais o nome.
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Fabio.Nunes 31/10/2023

Obra-prima
Pais e filhos - Ivan Turguêniev
Editora: Cia das letras, 2019

Obra-prima!
Pronto. É isso.

Para quem acha que literatura russa é só Tolstói e Dostoiévski, tá aí uma prova de que não (ainda que existam outras).

Em Pais e Filhos Turguêniev nos apresenta oposições ligadas por laços de amor.
Uma obra que trata de forma inteligente e perspicaz o conflito entre a geração de 1840 (aristocrática, formal, liberal-conservadora, religiosa) com a geração jovem de 1860 (materialista e niilista, portanto alheia a princípios de toda a ordem e à autoridade), reproduzindo com maestria essa época histórica na Rússia do século XIX.

A despeito do que possa parecer, os conflitos na obra não são tratados de forma maniqueísta nem estereotipada. Existe uma complexidade e profundidade em todos os personagens que representam cada lado desse conflito. E isso é algo extraordinário!
Turguêniev cria personagens tão completos com tão poucas palavras que a gente pensa que pode tocá-los.

Uma leitura prazerosa do início ao fim e que me deixou um vazio ao acabar.
Max 31/10/2023minha estante
Um dos meus favoritos deste ano!
Resenha perfeita, Fábio! ?


Fabio.Nunes 01/11/2023minha estante
Obrigado! O livro realmente é bom demais.




Dilso 25/10/2023

Conflito de gerações...
Destaco uma discussão forte e acaloradíssima proporcionada pelo jovem e espirituoso Bazárov e o velho tio de seu amigo Arcádio, Páviel Pietróvitch. O primeiro, niilista e, pelo que vi, libertário; e o outro, conservador pré-libertação camponesa (dos mujiques) da servidão russa (1861, acho). O conflito dessas gerações me fez recordar das conversas, nem sempre pacíficas, entre meu pai e eu, em geral sobre política ou religião. No que, também, recordei da canção chamada "Como nossos pais", de Belchior, interpretada por Elis Regina (1976): porque amanhã sei que seremos nós os questionados por nossos filhos e estes, por sua vez, pelos nossos netos...

Um livro que diz muito e em várias camadas.
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bruna e livros 16/10/2023

"Talvez de fato, cada pessoa seja um enigma."
Que livro, meus amigos! Fazendo agora, a "digestão" literária, depois de uma surra de acontecimentos, diálogos, amadurecimento e tragédia. É, sem sombra de dúvida, um dos melhores livros que li neste ano!

Uma frase muito boa que combinaria com este livro, é de uma cena do filme "A sociedade dos poetas mortos" (1989) em que Mr. Keating diz que é preciso de médicos, engenheiros, todas essas profissões necessárias e louváveis, mas a posia/poeta, é mais do que isso. Como se, a arte, a literatura ela é a maneira do homem encontrar sua essência, ir além do que representa nessa terra. A partir disso, me lembrei de Bazarov, que está preso em uma filosofia que reprime amor, poesia, arte, dança... ele é pragmático, médico e sabe que pessoas nascem e depois morrem, fim. No entanto, ele é humano também, contraditório e ao longo do livro, não só ele, mas seu fiel discípulo, Arkárdi, se coloca em situações que vão comprovar o contrário, será que Bazarov consegue se manter nesta posição? Ele não sente nada a mais?

Dois jovens, Bazarov e Arkádi, vivendo o niilismo profundo de pensamentos sobre a geração anterior "atrasada", eles jovens e fortes, mais inteligentes. Niilistas que não servem à ninguém, não deitam, e agem por si mesmos, dizem não à arte, à poesia, dizem não sempre.
Mas, o melhor da literatura é quando, ao longo do processo desses personagens, nada é o que é ou pelo menos, na maioria das vezes. Bazarov disse 'sim' também, Arkádi, além do sim, recebeu outros 'sim' e sempre quis dizer 'sim', porém, tinha receio do mestre Bazarov.

Bazarov é um sujeito que lutou contra tudo isso, não conseguiu em alguns aspectos da história se segurar à sua filosofia, foi contraditório também. Ele era o personagem que mais foi rodeado de amor, e do mesmo jeito, reprimia. Ele sentia, só não queria mostrar 'moleza', era adepto em dizer o que pensava superiormente.

Bazarov era médico, dedicava-se aos estudos com afinco ou com amor. Às pessoas, aos seus pais que o amavam muito... não, na verdade, o idolatravam, ele era ríspido, porque eram muito velhos. Suas convicções estavam ultrapassadas demais.
Bazarov era pragmático, não um ser sem alma, era humano como todos. Isso é o que fica claro ao decorrer do livro, ele é um simples humano que tem ideias e quer praticá-las, que não está satisfeito, que vai contra até mesmo o que diz sem perceber.

Bazarov dizia-se niilista, mas antes disso e durante, nunca deixou de ser gente.
CPF1964 16/10/2023minha estante
Parabéns pelo conto digo resenha, Bruna ...???


Rodiney 16/10/2023minha estante
Pelo ritmo de sua escrita parece que o texto te acertou em cheio. Tudo que Turgueniev provoca...


Rodiney 16/10/2023minha estante
Pelo ritmo de sua escrita parece que o texto te acertou em cheio. Tudo que Turgueniev escreve provoca...


bruna e livros 17/10/2023minha estante
Sim! Me acertou!


Lobita_______ 18/10/2023minha estante
Esse acerta em cheio mesmo


Ellen256 19/10/2023minha estante
Que lindo! Quero ler esse no momento certo.




Karin 02/10/2023

Gostei muito do livro! E fica evidente que por mais convicções filosóficas que alguém possui o amor quando chega traz com ele os anseios de se entregar ao sentimento e viver essa história.
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skuser02844 01/10/2023

Conflito geracional da melhor qualidade
Para quem tinha experiência quase nula com literatura russa li dois grandes nomes no mesmo mês. E devo dizer que, apesar de Crime e Castigo ser muito mais consagrado que este, gostei bem mais de Pais e Filhos do que dele, não diminuindo, de forma alguma, o livro do Dostoiévski.
Aqui vamos conhecer Arkádi, que é um protagonista tipo o Nick, de O Grande Gatsby, um protagonista que é mais coadjuvante do que protagonista. Ele tem um amigo/mentor chamado Bazárov, um Niilista do pior tipo, é o personagem que vai representar a geração mais jovem, no caso, dos anos 1860... é o personagem criado para fazer raiva no leitor, ele é desrespeitoso, metido e inconveniente.
Arkádi vai visitar sua família e leva Bazárov com ele, que fica hospedado com toda a sua folga na casa do amigo, lá conhecemos, além dos pais de Arkádi, o tio do protagonista, Pavel, que será a personificação da geração de 1840, e o melhor personagem do livro.
Livros que tratam sobre conflitos geracionais sempre me chamam a atenção... e eu raramente fico do lado da geração mais nova, aqui, como já ficou claro, não foi uma exceção. Mais uma vez vemos jovens se experiência de vida achando que as vozes da cabeça deles ou o que ouviram falar os tornam mais inteligentes e superiores aos seus antecessores, em especial o Bazárov, mas o Arkádi vai muit na onda dele.
Para resumir bem o Arkádi, vou pegar emprestadas as palavras da Michelly Santos, mentora do Clube MSL, onde ela destrinchou essa obra: "Arkádi parece aquele jovem idealista que acha que vai mudar o mundo, aí ele cresce, começa a pagar uns boletos e acorda pra vida." esse é, definitivamente, a melhor síntese possível para o personagem.
Além da família do Arkádi conhecemos também os pais do Bazárov, que vai nos encher depena, pois o filho é, bem, o Bazárov... e é muito comum colocarmos a culpa da personalidade do filho nos ombros dos pais, e é obvio que eles têm muita influência na formação dos filhos, mas às vezes a fruta rola a colina e vai parar bem longe da árvore. Às vezes isso é bom, às vezes não.
O autor conduz a história com muita responsabilidade, sem deixar transparecer sua opinião sobre os personagens, faz isso tão bem que foi hostilizado por tudo e todos na época da publicação do livro porque achavam que estava defendendo um comportamento em detrimento ao outro que, na opinião deles, deveria ser o comportamento exaltado.
Em suma, é um livro fenomenal, de leitura deliciosa e extremamente fluida. Vai te fazer dar sorrisos, passar raiva e refletir sobre a vida, sua família e seus atos. Um daqueles livros que você indica para todo mundo.

site: https://hiattos.blogspot.com/2023/08/opiniao-pais-e-filhos-ivan-turgueniev.html
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Supercut09 25/09/2023

Guerra de gerações
Nos livros de Ivan Turgueniev as sinopses são simples, mas quando abrimos o livro ele nos dá histórias arrebatadoras escritas com leveza e, ao mesmo tempo, muito sérias e reflexivas. Assim como o seu livro Primeiro Amor(que já li e adorei) temos aqui também em Pais e Filhos uma obra do seu tempo, mas que não envelheceu em nada se compararmos com hoje em dia.

A sinopse do livro como comentei ali em cima e simples, mas no enredo tem uns toques de conflitos e nítido que o livro tem no enredo um embate forte entre a juventude e a velhice, e o velho e o novo. Cada conversa que existe entre pai e o filho deixa explicito os pontos diferentes entre eles.

E um livro curto, mas com ideias bem interessantes daquelas que te deixam pensando mesmo depois do final do livro. Uma dessas ideias e a principal deles e: o que é o niilismo? E por qual razão isso de tornou um assunto tão interessante para que o autor resolve usar esse tema como base em seu livro?

Conforme o dicionário(kkkk) o niilismo significa:
negação, declínio ou recusa, em curso na história humana e esp. na modernidade ocidental, de crenças e convicções — com seus respectivos valores morais, estéticos ou políticos — que ofereçam um sentido consistente e positivo para a experiência imediata da vida.
E quem leva mais a sério o contexto desse "niilismo" que ocorre no livro e Bazarov que por muitas vezes chega a ser um personagem irritante, quase agindo como do contra. Não concordo com o final dele mesmo não gostando do personagem.

O Arkadi e um personagem importante, mas eu sinto ele, mas como um papagaio de pirata do Bazarov. No decorrer do livro ele consegue mais independência para expor as suas ideias e ganha um novo tom.

O Pavel e um personagem divertido às vezes um tanto amargurado e esta sempre em conflito com as ideias de Bazarov. Tem um momento muito interessante no livro sobre esse "embate" dos dois.

Foi uma ótima leitura!!
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