Oiobomé

Oiobomé Nei Lopes




Resenhas - Oiobomé: a Epopeia de uma Nação


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Dani 08/01/2022

Oyó, Daomé, Oiobomé...
Uma primorosa e enciclopédica ficção histórica, cativante até a última página. Mostra-se eiras e beiras na prosa fácil mas intelectual de Nei Lopes.

Oiobomé exerce um mistério que nem Nei pôde nos contar por completo, muitas vezes ficando o leitor mesmo responsável por completar a imaginação sociológica à qual foi chamado. O que poderia ter sido se enrosca com o que foi e deixa sempre um gosto de querer ir mais fundo nas causas e consequências das histórias contadas sem muita precisão mas ricas em elementos.

A Oiobomé, misto de sonho e realidade, fantasia e a mais cruel vida real, de possibilidades e limites, de rupturas e repetições, cambaleando entre feitos é mal feitos, nos leva a pensar nas contradições enfrentadas no cotidianos daqueles que seguem em frente o desafio de construir o mundo.

É satisfatório encontrar o título disponível no programa do PNLD (Programa Naciconal do Livro Didático), disponível aos jovens que pouco são incentivados a redescobrir e cascaviar a negritude nas Américas.
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Janaína 07/07/2021

Meu primeiro contato com a escrita de Nei Lopes. Até que achei interessante a proposta da história, uma nação totalmente negra nas Américas, porém, mesmo sabendo que tudo é desejo utópico, achei que faltou aprofundamento crítico, pois tudo me pareceu uma troca de papéis apenas. A narrativa começa muito bem, mas se perde no meio do caminho, ainda assim a indico.
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Grace @arteaoseuredor 17/03/2021

?Oiobomé: A Epopéia de uma Nação, Nei Lopes

?O livro fala da criação de um país fictício no Século XVIII por Francisco Domingo Vieira dos Santos, um ex-escravo, que conhece Joaquim José da Silva Xavier, o Tiradentes, e acaba envolvido com os inconfidentes.
Depois da prisão de Tiradentes, dos Santos foge para o Pará, e na ilha de Marajó, funda com negros e indígenas Oiobomé. Vamos acompanhar o País por séculos.
Um País rico, onde teve ditaduras, socialismo, guerras e outras formas de governo, muitas coisas parecidas com o Brasil. E consegue chegar ao governo perfeito, com sua população de maioria negra e indígena, com educação, saúde para todos, religião e opção sexual sendo respeitadas,
aposentadoria, uma utopia infelizmente.
Durante os anos vemos vários personagens históricos passar por Oiobomé, Bolívar, Garibaldi, personagens da música e cultura em geral, é bem legal. A Capital de Oiobomé é transferida para uma cidade projetada por Oscar Nimuendaju, bem parecida com a de um certo país que conhecemos. Só que melhor.
Achei algumas partes cansativas, mas é bem interessante ver como seria bom, ter os direitos das pessoas sendo respeitados.
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May 09/03/2021

Muito boa
Uma história muito bem escrita, onde o personagem principal é uma nação, que não se curva ao imperialismo e ao colonialismo branco. Onde o sobrenome mais comum e mais desejado é o "dos Santos". Deixa com um gostinho de "pq o Brasil não é assim?" Mas não deixa de dar aquela esperança em pensar numa sociedade diferente da que vivemos.
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fev 13/01/2021

#BingoLitNegra #LeiaNegros

3,5

Que história genial! Nei Lopes conta a história de uma nação, Oiobomé, formada só por índios e pessoas negras na Ilha de Marajó no Norte do Brasil. Essa é uma nação que com o tempo se torna independente e não sofre influência nenhuma do "grande país da América do Sul". Tem sua própria, língua, cultura, forma de governar. O país surge ainda no Brasil Colônia e vai crescendo com o tempo. Nós acompanhamos principalmente os políticos que o governa durante o passar dos anos. E é incrível, porém rápida e sem grandes detalhes.

Foi essa falta de grandes detalhes e começo meio alucinado que me fizeram ficar um pouco triste. Mas não tem como não pensar como seria um país formado por negros ex-escravos e pelos nativos do Brasil. Com certeza seria incrível. O livro é uma ficção histórica e vire e mexe aparece algum personagem negro ou branco não só do Brasil, mas de outros lugares como Estados Unidos, Cuba, Jamaica. Ao mesmo tempo em que flashes da terra tupiniquim aparecem ali no meio. É um livro que enaltece de uma forma bem legal a cultura negra. Apesar dos vários problemas reais que aparecem ao longo da história de Oiobomé quase tudo ali parece meio fantasioso. Porque geralmente sempre acaba tudo bem. Utópico, na realidade.

É uma leitura rápida, prazerosa e instigante a partir de quase da metade do livro quando realmente Oiobomé é fundada. Recomendo porque a premissa do livro é incrível.

P.s: fiquei bem chateado quando no único momento em que o autor fala sobre relações homoafetivas no epílogo do livro ele usa "homossexualismo". Foda ):
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