Sarah

Sarah JT LeRoy
Laura Victoria Albert




Resenhas - Sarah


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MarAlia63 07/08/2020

Sinto um certo desconforto em ter gostado tanto do livro.
A narrativa é tão simples, que em certos trechos eu me assustava em estar lendo aquilo de forma tão explícita.
Eu sou muito fã dessas leituras que fazem a gente sentir um soco no estômago e ?Sarah? conseguiu cumprir isso. Um soco delicado, mas bastante dolorido
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Bonaldi 14/06/2009

Mesmo que não exista, JT Leroy (ou quem quer que tenha escrito o livro) recria com um fascínio quase religioso toda a atmosfera "White trash" do universo em que vivem seus tão singulares personagens: tristes, bêbados, dorgados, prostituídos, envolventes e acima de tudo fascinantes. Sarah é de uma ambiguidade quase simbólica, um retrato do lado mais selvagem, estranho e exêntrico da América.
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Edna 20/01/2024

Fascinante
Sem expectativa alguma descobri um livro fascinante que me prendeu como há tempos ñ acontecia.

O autor foi comparado pela sua genialidade e esquisitice a JD Salinger, escreveu essa obra que tem pontos autobiográficos e muita de sua imaginação.

A personagem principal é uma criança graciosa e andrógina que narra a história, a trágica e dolorosa vida de um mundo que nos parece paralelo mas que é tão abusivamente existente.

Em vários trechos a tristeza dele te alcança vc incorpora o drama, sofre, se desespera com ele num mundo perversamente idílico e delirante, patético e infelizmente tão real.
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Christian 19/01/2012

A fábula de um universo cruel
O que levou a todos a comprar este livro foi a propaganda feita sobre o nome do autor. JT Leroy seria a crianca narradora que vivia em uma parada de caminhoneiros do meio oeste americano com a mae prostituta, nutrindo por ela uma fixacao e admiracao tao forte que o levava a se travestir e a se prostituir com os caminhoneiros locais.
Depois se provou que o autor era apenas uma criacao; na verdade ele era uma mulher disfarcada.
Mas isso nao interessa nem um pouco, porque o livro é estupendo. A narrativa sob a visao de um garoto, construida em tom de fábula, para mostrar um universo perverso e cruel, é perfeita.
5 estrelas!!!
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Cherry 06/12/2012

Melancólico, intenso e efêmero. Esse livro é um cometa. Terminei aliviado, mas ainda carregando a tristeza de Jeremiah. Indico para a vida.
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Barbara 23/09/2014

Muita imaginação.
O livro é bacana, de leitura rápida e fácil. O interessante é que a história é meio louca, mas não o suficiente pra você pensar que é tudo uma ficção, às vezes parece que você está lendo uma história baseada em fatos reais e às vezes parece que foi tudo invenção de uma mente bem fértil.

Não foi o melhor livro que li, mas é bacana!
ana neri 20/11/2014minha estante
oiii....troca este livro por algum da minha estante?




Leonardo 05/05/2012

Mal escrito
Comecei a ler este livro com profundo interesse, após conhecer a verdadeira autora por trás de JT LeRoy em uma sessão de autógrafos. A história muito me cativou - tenho atração, desde a pré-adolescência, pelo submundo da prostituição - mas a escrita é meio sofrível. Os travessões se confundem, com o mesmo personagem usando vários travessões seguidos, fazendo com que o leitor adivinhe/deduze quem tá dizendo o quê. Não sei se a obra original da Laura Albert também é assim, mas essa tradução em português está lamentável.
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Karina 08/03/2015

SARAH – JT Leroy.
JT Leroy é dono de uma habilidade e imaginação fora do comum. Sarah é um romance que retrata o quadro da prostituição atual de maneira real, mas consegue transformar a vulgaridade da prostituição em um mundo de beleza lírica e absurda.
Em uma época onde os meninos se vestiam de mulheres para se prostituir nas paradas dos caminhões, conhecemos nosso personagem principal.
Um garoto lindo, com seus cachos loiros que fazia inveja a muitos, filho de uma das prostitutas mais respeitadas das redondezas.
Sarah, sua mãe, o tratava de forma negligenciada. Mas sempre deixou claro que o amava, a sua maneira, mas o amava.
Ele sentia orgulho dela. Quando voltava para casa, e o abraçava.
E também quando batia em seu frágil corpo, era uma forma meio absurda que fazia sentir cada vez mais ligado a ela.
Mas tudo começou a mudar, quando seu corpo se transformou na adolescência, seu rosto angelical deixava todos apaixonados.
Todos os clientes de sua mãe, no meio da noite pulavam para sua cama e abusavam daquele garoto.
Não que ele se importasse nada disso. Ele adorava roubar os clientes de sua mãe. E decidiu que iria se prostituir, e ser tão famoso quando Sarah.
Foi então atrás de Glad, um dos cafetões mais respeitados da região.
Glad aceitou que ele fizesse parte de seu mundo, mas seria iniciado vagarosamente.
Primeiro teriam seus treinos, até se tornar uma prostituta de verdade.
Mas ele queria mais. Era ambicioso e ansiava por dar prazer àqueles caminhoneiros.
Ele queria o prêmio que Glad dava aos melhores, ele queria ser o melhor, queria ser melhor que sua mãe.
Buscou então ajuda a uma entidade mística da cidade. Fez um pacto e pediu fama.
Foi quando Leloup, um cafetão totalmente diferente de Glad, apareceu em sua vida.
Ele disse que seu nome era Sarah e que era sim uma prostituta. Sentiu tanta confiança em Leloup que foi junto para sua casa.
Seu terror então se iniciou.
Sarah foi abusada, drogado, mutilado.
Em todos os sentidos.
Sonhava com o dia em que sua mãe, a verdadeira Sarah, e Glad, viriam lhe buscar.
Mas ele não suportava mais a vida que levava.
Ele será resgatado?
Até quando aguentará todas as maldades de Leloup?
Um personagem tão improvável quanto engraçado, tão triste e trágico quanto patético, afunda então num reino delirante e perversamente idílico.
Um livro memorável e terrível, tão acolhedor quanto sofrido, tão belo e poético quanto apavorante, e sem dúvida surpreendentemente genial.
Casa de Livro Recomenda.

Levanto a mão mais para cima, o osso embrulhado em minha palma, e observo a luz dançar sobre as pontas de meus dedos.

Titulo: Sarah
Titulo Original: Sarah
Autor: JT Leroy
Ano: 200
Páginas: 155
Editora: Geração Editorial.

Boa Leitura.
Casa de Livro.

Karina Belo.

- Eu sei, já senti os movimentos dentro de mim algumas vezes – sussurro lembrando às vezes em que os namorados de Sarah se aproximavam de mim enquanto ela estava fora trabalhando. Depois de tropeçar em latas e garrafas vazias no quarto escuro, eles levantavam as cobertas e entravam em mim, me possuindo com estocadas silenciosas e invasivas.

Ouço-os gritarem por mim e me chamarem de todos os palavrões possíveis e imagináveis. As plantas carnívoras e urticárias machucam minhas pernas e tornozelos e os mosquitos me sugam como se eu fosse um refrigerante. Mas fico onde estou bem atrás de folhas imensas de repolho-gambá. Espio para ver a turba enfurecida com as tochas na mão.

Começo a cheirar cola e a beber uísque barato com a tenacidade de um rato encurralado. Para financiar meus novos hábitos faço todos os programas que posso e roubo o maior número possível de carteiras.

Minha recuperação demora mais de um mês. Fico no trailer de Glad e como as sopas especialmente preparadas por Bolly. Meu cabelo cresce a ponto de roçar minhas orelhas pela primeira vez em quase dois anos.
Pie e Sundae trazem livros e me distraem com as histórias de seus últimos programas.
Sempre que pergunto a elas sobre Sarah, mudam de assunto na hora.

site: www.casadelivro.com.br
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Zeka.Sixx 15/08/2016

Cumpre a promessa
Lindo, poético, visceral, absurdo... O livro, para mim, foi tudo o que eu esperava dele - e minha expectativa era bem alta! Pouco importa se JT LeRoy não existia de verdade, o romance não deixa de ser impactante por causa disso! Recomendo!
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Ângelo Von Clemente 20/11/2019

Um paradoxo
Reconheço que, para mim, essa leitura se mostrou um tanto quanto desafiadora. A avaliar os temas que são abordados na obra; são de uma delicadeza lacerante, e poderiam se constituir uma infâmia atroz e mal escrita, não fosse a narrativa singular do autor, que confere uma "marca" curiosa de si mesmo na óptica do submundo degradante no qual somos introduzidos. A omissão de detalhes que poderiam causar repulsa, e o eufemismo adornam cada parágrafo, cada linha. Percebe-se certa preocupação (ao menos penso eu) por parte do autor em ser mal interpretado, e de estar "escandalizando apenas por escandalizar."
Em alguns trechos, quem sabe? Mas não como um todo.

Inegável que, para bem ou mal, se trata de um livro que consegue mexer e até mesmo marcar aqueles que tentam decifra-lo.

É capaz de despertar revolta, repulsa, ódio, compaixão, apego, riso, descontração, angústia, tristeza, apreensão... Tudo isso em um espaço de tempo relativamente curto. Para mim, se trata de uma espécie de icognita.
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