O mal-estar da pós-modernidade

O mal-estar da pós-modernidade Zygmunt Bauman




Resenhas - O Mal-estar da Pós-Modernidade


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Romeu Felix 19/02/2023

Fiz o fichamento sobre esta obra, a quem interessar:
O livro de Zygmunt Bauman, O mal-estar da pós-modernidade, traz reflexões sobre o mundo contemporâneo e sua relação com a modernidade. O autor explora como a pós-modernidade é caracterizada pela fragilidade das relações sociais, pela falta de compromisso e pela ausência de valores universais. Bauman argumenta que, diferentemente da modernidade, a pós-modernidade é marcada por uma fluidez e falta de estabilidade, o que gera uma sensação de incerteza e mal-estar.

O autor discute a transformação das relações humanas e sociais, afirmando que as relações humanas se tornaram descartáveis, líquidas e superficiais na pós-modernidade. Isso gera um sentimento de insegurança e vulnerabilidade nos indivíduos, uma vez que eles não têm mais a segurança das relações duradouras e profundas que a modernidade oferecia. Bauman também destaca como a sociedade pós-moderna tem dificuldade em lidar com a ambiguidade e a incerteza, buscando respostas e soluções rápidas e superficiais para os problemas.

O autor explora como a pós-modernidade afeta as instituições sociais, políticas e econômicas. Bauman afirma que a pós-modernidade traz uma crise nas instituições sociais, como a família, a escola e a religião, que perdem sua função e significado na sociedade atual. Ele também analisa a crise política da pós-modernidade, argumentando que a falta de compromisso e valores universais tornam difícil a construção de uma política capaz de lidar com os problemas e conflitos da sociedade.

Por fim, o autor explora como a pós-modernidade afeta a identidade e a subjetividade dos indivíduos. Bauman argumenta que a pós-modernidade traz uma sensação de insegurança e falta de estabilidade, o que gera um constante processo de construção e desconstrução da identidade. Ele destaca como a identidade passa a ser moldada pela mídia e pela cultura de consumo, o que traz consequências negativas para a vida das pessoas.

Conclusão:

Em O mal-estar da pós-modernidade, Zygmunt Bauman traz reflexões profundas sobre o mundo contemporâneo e sua relação com a modernidade. O autor analisa as transformações que a pós-modernidade trouxe para a sociedade, destacando a fragilidade das relações sociais, a falta de compromisso e a ausência de valores universais. Bauman argumenta que a pós-modernidade traz uma sensação de incerteza e mal-estar, o que gera dificuldades para as relações humanas, instituições sociais, política e economia. Por fim, o autor explora como a pós-modernidade afeta a identidade e a subjetividade dos indivíduos, destacando a influência da mídia e da cultura de consumo. O livro é uma importante contribuição para a compreensão da sociedade contemporânea e suas transformações.

Sobre a Segunda leitura:

A pós-modernidade como uma época de incertezas e mudanças constantes, em que valores, referências e identidades são questionados e desestabilizados.

A reflexão de Bauman sobre a pós-modernidade se concentra em temas como a liquidez, a fragmentação e a individualização, que caracterizam essa época.

O conceito de "liquidez" é central no livro, e se refere à fragilidade e à instabilidade dos laços e das relações sociais na pós-modernidade. Bauman argumenta que a liquidez é resultado da flexibilização das estruturas sociais, econômicas e políticas, que gera insegurança e incerteza para os indivíduos.

A fragmentação é outra característica importante da pós-modernidade, e se refere à multiplicação de grupos, tribos e identidades, que se formam a partir de afinidades temporárias e superficiais. Para Bauman, a fragmentação enfraquece a solidariedade e a coesão social, tornando mais difícil a construção de projetos políticos comuns.

A individualização é a terceira característica central da pós-modernidade, e se refere ao processo de enfraquecimento dos vínculos coletivos e do valor atribuído ao coletivo em detrimento do indivíduo. Bauman argumenta que a individualização pode levar a uma sensação de isolamento e à dificuldade de estabelecer relações profundas e duradouras com outras pessoas.

Bauman também aborda a crise das instituições na pós-modernidade, como a política, a religião e a família, e questiona a capacidade dessas instituições de dar sentido e orientação para a vida das pessoas.

Ao longo do livro, Bauman discute diversos temas relacionados à pós-modernidade, como a globalização, a cultura de consumo, a tecnologia e a identidade. Ele faz críticas contundentes ao modelo econômico neoliberal e às desigualdades sociais que ele gera.

O livro é considerado uma das obras mais importantes de Bauman, e contribuiu para estabelecer o conceito de "liquidez" como uma das principais características da pós-modernidade. Além disso, ele apresenta uma reflexão crítica e pessimista sobre a época em que vivemos, mas também aponta caminhos possíveis para a superação dos desafios da pós-modernidade.
Por: Romeu Felix Menin Junior.
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Tamara Octaviano 30/11/2022

A criação de estranhos que sociedade os produz e ela mesma os reprime e fazem isso através do estado. A mesma farda que antes representava proteção, agora elimina aqueles que são estético, cognitivo ou moralmente fora do padrão
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maria (: 06/11/2022

Zygmunt Bauman
O primeiro livro de Bauman que li,mas acho que se você quer se introduzir nas obras dele esse não seria uma ótima escolha,a leitura é densa e obviamente tem sua complexidade mas não é tão difícil de ler como a maioria retrata.
Suas questões de assuntos como a arte,contemporaneidade,espectros políticos me deixam fascinada e foi através dele que conheci o Foucault,então foi uma leitura boa.
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Bea Talpai 07/08/2020

Complexo
Eu sempre leio esse livro por partes, nunca consegui ler ele como um todo. Mas mesmo lendo por partes, tudo se encaixa.
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Lista de Livros 18/02/2019

Lista de Livros: O Mal-estar da Pós-Modernidade - Zygmunt Bauman
Parte I:

“Qualquer valor só é um valor (como Georg Simmel, há muito, observou) graças à perda de outros valores, que se tem de sofrer a fim de obtê-lo. Entretanto, você precisa mais do que mais falta. Os esplendores da liberdade estão em seu ponto mais brilhante quando a liberdade é sacrificada no altar da segurança. Quando é a vez de a segurança ser sacrificada no templo da liberdade individual, ela furta muito do brilho da antiga vítima. Se obscuros e monótonos dias assombraram os que procuravam a segurança, noites insones são a desgraça dos livres. Em ambos os casos, a felicidade soçobra. Ouçamos Freud, novamente: “Estamos supondo, assim, que só podemos extrair intenso deleite de um contraste, e muito pouco de um estado de coisas.” Por quê? Porque “o que chamamos felicidade (...) vem da (preferivelmente repentina) satisfação de necessidades represadas até um alto grau e, por sua natureza, só é possível como fenômeno episódico”. Sem dúvida: liberdade sem segurança não assegura mais firmemente uma provisão de felicidade do que segurança sem liberdade. Uma disposição diferente das questões humanas não é necessariamente um passo adiante no caminho da maior felicidade: só parece ser tal no momento em que se está fazendo. A reavaliação de todos os valores é um momento feliz, estimulante, mas os valores reavaliados não garantem necessariamente um estado de satisfação.
Não há nenhum ganho sem perda, e a esperança de uma purificação admirável dos ganhos a partir das perdas é tão fútil quanto o sonho proverbial de um almoço de graça — mas os ganhos e perdas próprios a qualquer disposição da coabitação humana precisam ser cuidadosamente levados em conta, de modo que o ótimo equilíbrio entre os dois possa ser procurado, mesmo se (ou, antes, porque) a sobriedade e sabedoria duramente conquistadas nos impedem, aos homens e mulheres pós-modernos, de nos entregar a uma fantasia sobre um balanço financeiro que tenha apenas a coluna de créditos.”
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Mais do blog Lista de Livros em:
https://listadelivros-doney.blogspot.com/2019/02/o-mal-estar-da-pos-modernidade-parte-i.html

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Parte II:

“Não é preciso mencionar que o problema da justiça não pode ser sequer postulado a menos que já haja um regime democrático de tolerância que assegure, em sua constituição e prática política, os “direitos humanos” — ou seja, o direito a conservar a própria identidade e singularidade sem risco de perseguição. Essa tolerância é uma condição necessária a toda justiça. O ponto principal, porém, é que não é a sua condição suficiente. Por si mesmo, o regime democrático não promove (e muito menos assegura) a transformação da tolerância em solidariedade — ou seja, o reconhecimento da penúria e sofrimentos de outras pessoas como responsabilidade própria de alguém, e o alívio, assim como, subsequentemente, a eliminação da penúria como a tarefa própria de alguém. Na maioria das vezes, dada a atual configuração do mecanismo político, os regimes democráticos interpretam tolerância como empedernimento e indiferença.”
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https://listadelivros-doney.blogspot.com/2019/02/o-mal-estar-da-pos-modernidade-parte-ii.html

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Parte III:

“O fundamentalismo religioso pertence a uma família mais ampla de soluções totalitárias ou protototalitárias, oferecidas a todos os que deparam a carga da liberdade individual excessiva e insuportável Num mundo em que todos os meios de vida são permitidos, mas nenhum é seguro, (estas soluções) mostram coragem suficiente para dizer, aos que estão ávidos de escutar, o que decidir de maneira que a decisão continue segura e se justifique em todos os julgamentos a que interesse.
Longe de ser uma explosão de irracionalidade pré-moderna, o fundamentalismo religioso, muito parecido com os autoproclamados reavivamentos étnicos, é uma oferta de racionalidade alternativa, feita sob medida para os genuínos problemas que assediam os membros da sociedade pós-moderna. Como todas as racionalidades, ele seleciona e divide; e o que seleciona difere da seleção efetuada pelas forças desregulamentadas do mercado — o que não o torna menos racional (ou mais irracional) do que a lógica da ação orientada pelo mercado. Se a racionalidade típica do mercado se subordina à promoção da liberdade de escolha e prospera sobre a incerteza das situações de execução da escolha, a racionalidade fundamentalista coloca a segurança e a certeza em primeiro lugar e condena tudo o que solapa essa certeza — antes e acima de tudo, as extravagâncias da liberdade individual. Em sua interpretação fundamentalista, a religião não é uma “questão pessoal”, privatizada como todas as outras escolhas individuais e praticada em particular, mas a coisa mais próxima de uma completa mappa vitae: ela legisla em termos nada incertos sobre cada aspecto da vida, desembaraçando desse modo a carga de responsabilidade que se acha pesadamente sobre os ombros do indivíduo — esses ombros que a cultura pós-moderna proclama onipotentes, e o mercado promove como tais, mas que muitas pessoas acham frágeis demais para essa carga.
O fundamentalismo religioso, sugeriu Kepel, tem “uma singular capacidade de revelar os males da sociedade”. Até que ponto? Com a agonia de solidão e abandono induzida pelo mercado como sua única alternativa, o fundamentalismo, religioso ou de outra maneira, pode contar com uma clientela sempre crescente. Seja qual for a qualidade das respostas que ele fornece, as perguntas a que responde são genuínas. O problema não é como desprezar a gravidade das perguntas, mas como encontrar respostas livres dos genes totalitários.”
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Matheus Oliveira 03/01/2019

As dúvidas persistirão
O diálogo com Freud é feito brilhantemente por Bauman em uma de suas obras tradicionais, sendo um ?manual? perfeito para entender a pós-modernidade. Ótimo livro para iniciar as leituras das ideias do sociólogo. Contudo, como toda boa leitura, a obra nos traz mais questionamentos do que respostas. A eterna pergunta de Bauman ainda não foi respondida: Estamos vivendo em um mero período de intermediação ou, de fato, em uma nova era?
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PH 27/01/2015

Uma releitura Freudiana
O livro é divido em 14 capítulos, e neles Bauman aborda vários temas como a arte, construção de identidade, consumo, relações sociais, exclusão, etc. No geral eu achei o livro muito bom, e a sacada que Bauman faz em relação às previsões de Freud é genial, realmente algo a se considerar. No entanto, existem algumas passagens do livro que me pareceram muito estafantes, e a própria forma como o Bauman aborda os assuntos dá margem pra essa minha interpretação, já que ele me pareceu algumas vezes muito prolixo.
Talvez essa não seja a "melhor" porta de entrada para o pensamento do Bauman, já que é um livro denso e relativamente "difícil", porém, foi o livro que comecei e acredito que ele dá um panorama geral da teoria de Bauman acerca da modernidade e pós-modernidade. Espero que gostem!
Edu-sjc 16/08/2016minha estante
Sem dúvida, Baumann é bastante repetitivo e persistente ao expor suas ideias. Mas essa geralmente é uma característica dos autores de Humanas. Não abordam diretamente as ideias que construirão. Os conceitos da pós modernidade são explorados magnificamente, e nos permite refletir sobre esse mal-estar que sentimos por estarmos imersos nessa sociedade hiper-consumista e de rápida obsolescência.


hugaoo 01/01/2019minha estante
O que você sugere para início?


PH 03/01/2019minha estante
Acho que o "Vida líquida" é mais acessível em relação a amplitude do pensamento do Bauman. Acho que é o melhor pontapé.


hugaoo 04/01/2019minha estante
Ok, obrigado! Eu ia começar pelo Amores Líquidos.


Carol.Damasceno 11/02/2021minha estante
Eu comecei por Amor Líquido e gostei bastante. Mas este estou no começo e estou realmente achando ele um pouco difícil. Ele melhora mais p frente?


PH 11/02/2021minha estante
Em termos de complexidade não melhora não




Julião 18/07/2014

O Mal-estar na leitura
Tive que desgarrar da leitura. Posso dizer que garimpei uma ou outra ideia, mas o livro até onde o acompanhei foi uma decepção total. A obra é de causar um longo bocejo e bastante desagrado e enfado.

Autor prolífico, imaginei que se eu começasse por outro título eu teria mais sucesso. Porém, outras obras do autor, por exemplo "Globalização: as consequências humanas" e "Modernidade e Holocausto" são igualmente decepcionantes.

Quem sabe no futuro eu mudo de opinião? Pois até então, está na minha lista de autores que falam muito sem dizer (quase) nada!
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Manu 14/10/2010

O texto poderia estar melhor revisado pelo grau de importância que tem.


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