Diná 08/06/2016
Não tão empolgante quanto Fundação
Meu novo vício literário é ficção científica, desde que li sobre Isaac Asimov e seus livros tenho procurado saber mais sobre outros autores e refletido bastante nas propostas de futuro que cada um apresenta - algumas são otimistas demais na minha sincera opinião.
Nemesis, segundo o próprio autor, não pertence ao universo de Fundação, mas ele não contesta também esse universo - pelo que li nos livros e em artigos sobre o universo da Fundação. Inclusive ele é citado pelas personagens de Fundação e Terra, ou seja pelo menos a história é conhecida pelas personagens; se eles a consideram real ou não, isso não dá para saber.
Aqui temos uma Terra imersa num período que eu classificaria como anterior a saga Robôs... Já temos uma super população, mas os humanos ainda não tem a agorafobia e não possuem tecnologia suficiente para deixar o Sistema Solar. Nesse cenário existem a Terra (super povoada com 8 bilhões de habitantes... No final da década de 80, quando o livro foi publicado, a população mundial era de aproximadamente 5 bilhões ) e colônias espaciais que gravitam em torno do nosso planeta, de Marte e do cinturão de asteroides - de onde as colônias retiram matéria prima.
Dentro desse cenário acompanhamos Marlene Fisher. A garota de 15 anos é muito inteligente, contudo é desprezada por todos por não ser tão bonita quanto outras garotas de sua idade (ou como sua mãe, Insigna). Ela vive em uma colônia, Rotor, onde sua mãe é astrônoma; seu pai, Crile, era da Terra e após a deterioração de seu relacionamento com Insigna e diante da evidência de que Rotor deixaria o Sistema Solar, deixa a colônia.
Insigna ainda se recente do marido e Marlene sente um certo desprezo porte da mãe, esse cenário contribui para que Marlene desenvolva uma habilidade: descobrir o pensamento das pessoas. Ela não lê as mentes, mas descobre tudo através da linguagem corporal da pessoa - o que a deixa feliz, desconfortável, irritada. A garota desenvolve o desejo de viver na lua em torno da qual Rotor passa gravitar quando deixa o Sistema Solar, Erythro; dessa forma, o romance segue duas linhas narrativas: Marlene, que consegue convencer Janus Pitt (o líder de Rotor) a permitir que ela e a mãe vivam em Erythro e o seu contato com o planeta; Crile Fisher, que retorna e Terra e deseja rever Marlene a todo custo.
Confesso que não curti tanto esse livro, as personagens não me cativaram (Marlene é MUITO irritante e as outras personagens são muito caricatas, o menos pior é Sieve Genarr, que controla a colônia em Erythro) e vários pontos podiam ser desenvolvidos melhor, como a Terra (só sabemos como ela está através das críticas dos moradores das colônias), Erythro (só no final ela é mais descrita e revela ter um poder quase que mágico).
Claro que o pouco cenário futurista pintado é bem interessante, há mais personagens femininas nessa história (senti falta de mulheres em Fundação) mas... Fundação é melhor. Por isso minhas três estrelas.
No meu blog falei mais sobre a história do livro em si e minhas opiniões, espero que gostem.
site: http://aleitorafantastica.blogspot.com.br/2016/06/nemesis-isaac-asimov.html