rperesperes 20/11/2019Tudo sobre o livro + Resumo + Minhas breves consideraçõesRESUMO
A história de Jeff Bezos nos ensina que é preciso sonhar e agarrar com unhas e dentes as oportunidades que nos levam em direção a este sonho. Bezos sempre quis empreender. Soube aproveitar o momento e escolher o produto certo para trabalhar. A escolha de pessoas altamente capacitadas para também foi um fator primordial para o sucesso da empresa. Jeff nos ensina que antes de visar o lucro devemos atender e suprir as necessidades dos clientes, e sempre buscar o melhor para eles. Além disso, Bezos sempre esteve dois passos a frente, largando a frente de sua concorrência, com idéias inovadoras e surpreendentes.
MINHAS CONSIDERAÇÕES
- As paixões de uma criança podem revelar o propósito de vida do adulto.
- Tenha como objetivo suprir as necessidades dos clientes antes mesmo de buscar o lucro.
- É preciso ter resiliência e sabedoria para dar a volta por cima e aprender com os próprios erros.
- Esteja sempre alguns passos a frente da concorrência, inovando e oferecendo serviços e produtos de qualidade.
A partir daqui, tudo sobre o livro:
A INFÂNCIA E ADOLESCÊNCIA DE UM EMPREENDEDOR GENIAL
O avô de Jeff era um cientista espacial aposentado que trocou a pesquisa sobre mísseis pela vida simples e exigente da fazenda. Jeff passou todos os verões no rancho, até completar 16 anos. Com o tempo, ele aprendeu a limpar estábulos, a marcar e castrar gado, fazer encanamentos, entre outras tarefas da fazenda.
Seus pais se divorciaram quando Jeff tinha apenas 18 meses, quando pai abandonou a família. Felizmente, sua mãe foi muito mais bem-sucedida no segundo casamento. Miguel Bezos é o homem que Jeff considera como pai, pois foi quem o criou.
Jeff era uma criança focada e extremamente inteligente. Sua família mudou-se para Houston logo que Jeff entrou no jardim de infância. Anos depois, seus pais o inscreveram no programa Vanguard para atrair crianças superdotadas, na River Oaks Elementary School.
Foi na escola que teve seu primeiro contato com a informática. Jeff também era louco por leitura e adorava saber mais sobre Thomas Edison e Walt Disney, dois de seus heróis empresariais. Quando completou 13 anos, a família mudou-se para Flórida, e para Miami, 18 meses mais tarde.
O primeiro emprego de Jeff foi no McDonald’s. Na penúltima série do ensino médio, conheceu Ursula “Uschi” Werner. Após terminarem o ensino médio, os dois decidiram que era hora de serem seus próprios patrões, e davam aulas para crianças e adolescentes. Ensinavam sobre combustíveis fósseis e fissão, viagens interestelares, prospecção de colônias espaciais, buracos negros, correntes elétricas e as mais misteriosas áreas da televisão e da publicidade.
Jeff e Uschi pareciam fazer um trabalho impressionante e os estudantes gostavam das aulas. A verdadeira paixão de Jeff era seguir o impressionante caminho trilhado pelo avô em ciências espaciais.
Porém, segundo a história que contou para a revista Wired muitos anos depois, a mecânica quântica acabou com sua carreira em física. De repente ele descobriu que existiam alunos melhores do que ele nesses assuntos, e que ele não era o mais brilhante. Jeff se formou em ciências da computação e engenharia elétrica, pois tinha uma facilidade especial com computadores.
Em 1984, o emprego de seu pai levou a família temporariamente para a Noruega, e Jeff aceitou um emprego de verão como programador na Exxon. Indicado por um ex colega de classe, Jeff conheceu Graciela Chichilnisky, que estava à procura de cientistas de computação inteligentes para se juntarem à empresa de rede de comunicações dela, a Fitel. Este seria o ponto de partida da meteórica carreira do jovem cientista de computação. O autor conta que Jeff decidiu dar um voto de confiança à Fitel, porque era jovem, arriscada e desafiadora. Então, fez as malas e mudou-se para Manhattan.
A Fitel tinha contratado 15 jovens cientistas de computação extremamente inteligentes, inclusive Jeff, que era o funcionário número 11. Em menos de um ano, Jeff foi promovido de gerente de administração e desenvolvimento a diretor associado. Basicamente, isso fez dele o segundo na linha de comando da empresa. Aos 23 anos, Jeff gerenciava alguns programadores em escritórios diferentes da Fitel. O autor diz que apesar disso, ele era inquieto e ainda queria aprender os segredos de como se tornar um empreendedor.
Um ano depois de Bezos se juntar à empresa de Graziela, ela saiu para cuidar de seu filho pequeno. Um ano mais tarde, Bezos pediu as contas. Era abril de 1988, apenas dois anos depois de ele ter se juntado à Fitel.
Em 1990 Jeff ingressou no Bankers Trust. Começou como vice-presidente assistente e se tornou o mais jovem vice-presidente do Bankers Trust, aos 26 anos. Anos depois, foi promovido a vice-presidente sênior.
Quando Jeff já tinha decidido deixar Wall Street, um headhunter o convenceu a se reunir com os executivos de apenas mais uma instituição financeira, uma companhia de origem incomum. Jeff aceitou o convite para trabalhar na área de recrutamento da firma de investimento D.E. Shaw & Co, e foi lá que Bezos encontrou o fundador da empresa. Shaw era alguém com quem Jeff se identificava muito.
Jeff conheceu Mackenzie Tuttle, uma das sócias de pesquisa da empresa. Eles se casaram em 1993 e a vida de Bezos seguiu em direção à sua verdadeira meta: finalmente se tornar um empreendedor.
A GRANDE OPORTUNIDADE
David Shaw foi quem indicou o caminho da oportunidade para Bezos. Em 1994, Shaw lhe pediu para dar uma olhada naquela novidade que provocava um enorme burburinho, a internet.
O autor diz que na época, a internet era usada principalmente como uma rede que permitia que universidades, laboratórios de pesquisa e instituições governamentais trocassem informações. Shaw percebeu que a internet tinha futuro e deu a Bezos a tarefa de descobrir oportunidades nela. Em suas pesquisas, Bezos ficou impressionado com o que encontrou: a internet estava crescendo 2.300% ao ano! Ele sabia que haveria uma enorme população de internautas em pouco tempo, e o crescimento rápido quase sempre significa oportunidade!
Jeff sabia que a melhor abordagem era começar com o foco num mercado. Uma vez estabelecido em um mercado, ele também seria capaz de entender outros. Seu grande desafio era resolver que produto vender.
Ele dizia que procurava algo que as pessoas só conseguiriam fazer on-line, e que não pudesse ser replicado no mundo físico. Ele ficou maravilhado com o que descobriu quando analisou o potencial de venda de diferentes produtos on-line. Na realidade, o que Jeff criou foi simplesmente um serviço de venda de livros pelo correio que usava a internet para fazer pedidos.
Em 1994 Jeff desistiu de Wall Street para apostar na internet e pediu demissão. Uma vez tomada a decisão, ele sabia que era tempo de partir, e partir rapidamente. “Quando algo cresce 2.300% ao ano, você tem de andar depressa”, disse em seu discurso. Jeff tinha consciência de que a empresa que saísse primeiro na largada teria mais chance de obter os primeiros clientes e se firmar no negócio.
A ideia inicial de Bezos era simplesmente encomendar o livro em uma distribuidora, aguardar o recebimento e remetê-lo ao cliente assim que ele chegasse ao seu depósito. O autor diz que o primeiro passo na construção de uma empresa é encontrar boas pessoas. E isso pode ser um problema. Jeff havia feito diversas conexões de negócios em suas experiências anteriores, e ele era bom em explorá-las. Um amigo em comum indicou a Bezos uma dupla que também batalhava por uma boa oportunidade de utilizar a internet para empreender. Bezos se ofereceu para contratar tanto Kaphan como Herb. A conversa entre eles durou vários meses, enquanto Bezos fazia seus planos.
Jeff achou que Seattle, em Washington, terra natal da Microsoft, era o local certo para iniciar as atividades da empresa. Ele escolheu Amazon como nome, porque começava com A, estaria sempre em destaque em qualquer listagem alfabética, e porque, como o maior rio do mundo, refletia sua ambição para com a empresa. Além disso, era fácil de soletrar.
Em fevereiro de 1995, Bezos, conseguiu 100 mil dólares com a venda de ações para seu pai, Miguel Bezos. O suficiente para a empresa funcionar pelos primeiros seis ou sete meses.
Davis era um biólogo molecular de Londres que se mudou para Seattle e tornou-se engenheiro de software. Soube da nova empresa fundada em Seattle e decidiu conhecer. Conheceu Kaphan em outubro e ambos pareceram compatíveis, então foi contratado. A filosofia de Jeff era contratar pessoas com mais talento do que experiência.
O terceiro funcionário da empresa foi Mackenzie, a mulher de Jeff. O autor diz que ela atendia as chamadas telefônicas, fazia os pedidos e as compras, executava as funções de secretária e respondia pela contabilidade.
Richard conta que foi só depois de alguns meses de chegar a Seattle que Bezos decidiu assistir a um curso sobre como criar uma livraria. Com um curso introdutório sobre o comércio de livros, alguma experiência na compra de artigos on-line, um computador, dois engenheiros, sua esposa e uma garagem, ele estava pronto para começar a montar uma livraria on-line.
COMO CRIAR UMA LIVRARIA MELHOR
Jeff Bezos comprou duas ou três estações de trabalho, mas maior despesa da Amazon seria a compra ou a criação do software.
Ele cuidadosamente escolhia o que comprar e o que criar. Quando a empresa foi lançada em 1995, seu banco de dados de livros tinha mais de 1 milhão de títulos. Assim, Jeff passou a divulgar que a Amazon era “a maior livraria do mundo”. Mas na verdade, o que ele possuía era um enorme banco de dados de títulos de livros e informações sobre eles, e não a livraria em si, pois não desejava trabalhar com estoque.
Richard afirma que a diferença é que a Amazon podia encontrar os títulos rapidamente em seu banco de dados e atender aos pedidos mais rapidamente do que uma livraria física que usava pessoas para o balcão de atendimento.
A Amazon tinha a preocupação em relação aos pagamentos, pois o comercio online era algo novo para todos. Mas o crescimento foi tão rápido que as pessoas se acostumaram a fazer pedidos diretamente pelo site e isso não foi um grande problema como previam.
Os livros eram encomendados primeiro, para garantir que estivessem disponíveis. Só depois o cartão de crédito era cobrado. O sistema da Amazon ajudou a alcançar a meta de Bezos de criar uma boa experiência para os clientes. A equipe manteve o foco em priorizar mais as necessidades dos clientes do que no dinheiro que eles poderiam desembolsar.
Bezos queria usar a tecnologia para fornecer um ótimo atendimento ao cliente. Essa filosofia resultou no que talvez seja o mais famoso programa de software patenteado pela Amazon, conhecido como o “One-Click ordering” (ou “o pedido de Um Clique”).
Jeff Bezos estava disposto a fazer qualquer coisa para simplificar o processo de utilização do site, e pensou nisso antes do que qualquer outra pessoa. Bezos sabia que qualquer coisa on-line precisava ser simples em uma época em que as pessoas se tornavam completamente oprimidas por computadores e sistemas muito complicados.
A patente de “um clique” que era extremamente abrangente gerou bastante confusão, deixando a concorrência furiosa. Bezos sempre se manteve alguns passos a frente de todos, patenteando e sempre tendo uma ótima e inovadora idéia para facilitar a vida de seus clientes.
Richard diz que a Amazon foi lançada com a tecnologia mais avançada e com o design mais limpo possível, no meio do ano, quando o acesso à internet cresceu várias vezes, chegando a 16 milhões de pessoas.
Bezos tirou a empresa da garagem e se instalou em um bairro industrial de Seattle. Os pedidos começaram a chegar assim que o site foi lançado. O fato de Bezos ter conseguido estar on-line antes das grandes cadeias de livrarias foi uma enorme vantagem. Grande parte dos primeiros usuários da internet eram os famosos “formadores de opinião” da nova tecnologia. Os formadores de opinião descobriram a Amazon, gostaram e espalharam a notícia pela internet. O Yahoo colocou o site na lista e os pedidos dispararam. Até mesmo The Wall Street Journal publicou um artigo sobre a Amazon. Isso fez o movimento explodir.
Richard diz que a Amazon não era apenas um site de vendas: tornou-se um site pioneiro de uma rede social de fãs de livros. O crescimento da Amazon foi gigantesco em seu primeiro ano, mas ainda era limitado pela escassez de caixa. Como muitas empresas novas, a Amazon perdia dinheiro. O foco de Bezos não era só manter o crescimento que parecia vir tão facilmente, mas administrar a organização para torná-la rentável rapidamente.
Diversos investidores aplicaram dinheiro, e Bezos conseguiu levantar 981 mil dólares. Para poder adicionar mais talento gerencial à empresa, Bezos colocou os maiores investidores como conselheiros da empresa.
Seu conselho consultivo e alguns funcionários tinham conexões com a Kleiner Perkins Caufield & Byers, então as pessoas começaram a fazer ligações para John Doerr, da KPCB, provavelmente o principal investidor capitalista do Vale do Silício. Depois de algumas jogadas importantes e negociações, a KPCB oferecia 8 milhões de dólares por 13% das ações da empresa, dando-lhe um valor de 60 milhões de dólares.
VAMOS SER GRANDES JÁ!
Bezos agora estava lidando com dinheiro de verdade. Com isso, sua estratégia mudou. Ele havia planejado tornar a empresa rentável rapidamente, para que pudesse bancar as operações por contra própria ou atrair investidores sérios. Porém, fez isso sem lucros. Então, decidiu que deveria investir em mais pessoas, novas tecnologias e novas oportunidades de mercado. Richard diz que quem agarrasse primeiro a participação no mercado, conquistaria a “pole position” e seria difícil de ultrapassar. A nova ordem era: “Vamos ser grandes já!”.
Menos de dois anos depois inaugurar a empresa, Bezos ofereceu a Amazon ao público, a 18 dólares por ação, levantando outros 54 milhões de dólares e avaliando a empresa em 429 milhões de dólares.
Um ano depois da IPO, as ações da Amazon eram vendidas por 105 dólares por ação, avaliando a empresa em 5 bilhões de dólares. A Amazon tinha se tornado o principal site de comércio da internet.
O autor diz que as empresas “ponto com”, incapazes de alcançar rentabilidade, desmoronaram quando o mercado quebrou em 2000 e 2001. Mas a Amazon se tornou a primeira empresa da internet a redefinir completamente uma indústria.
Richard diz que mudar uma indústria exige muito mais do que uma grande ideia: exige mil novas ideias, execução quase impecável, e muita coragem. Assim que conseguiu garantir o financiamento do capital para o seu empreendimento, Bezos começou a adicionar recursos ao site e a contratar novas pessoas, além de investir fortemente em publicidade.
Bezos contratava apenas os melhores, e mantinha um ambiente de trabalho incomum. As pessoas até levavam seus cachorros, que perambulavam pelo prédio.
Conforme a Amazon cresceu, passou a não depender mais das distribuidoras. Agora tinha seus próprios depósitos e centros de distribuição de alta tecnologia. Para financiar tudo isso, teve de continuar explorando o leque de ações da empresa negociadas publicamente, que continuavam em alta.
Bezos estava pronto para assumir mais do que livros. Passou a vender CDs de músicas com o mesmo modelo que era usado para vender livros, e não demorou muito para ir além da venda de CDs.
Em 1998, Bezos fez mais duas aquisições. Uma delas era a PlanetAll, que oferecia um sistema de calendário e agenda de endereços pela web. O segundo era o Junglee, um site de comparação de preços. O autor diz que com isso, Bezos demonstrava que oferecer um grande serviço aos clientes ainda era mais importante do que efetivar a própria venda.
Em 1999, Jeff Bezos tinha transformado para sempre o negócio do varejo. Vendia 18 milhões de itens diferentes em seu site. Richard diz que ele tinha alcançado o topo da indústria que havia criado, e parecia que ninguém poderia tocá-lo. Porém, ele continuava não gerando lucros.
Quando a Amazon realizou sua teleconferência trimestral com os analistas, em junho de 1999, Wall Street estava menos impressionada do que de costume e as ações caíam rapidamente.
Joseph Galli foi contratado por Bezos para endireitar as coisas. Em janeiro de 2000, ele teve que demitir 150 pessoas para começar a colocar a Amazon no caminho da rentabilidade. Contratou novos gestores, implementou orçamentos mais apertados, exigiu que todas as compras importantes fossem aprovadas pela alta direção. Galli se tornou o símbolo da transformação da Amazon.
Richard conta que entre dezembro de 1999 e o final de 2000, as ações da Amazon perderam 90% de seu valor, recuando para cerca de 15 dólares por ação. Wall Street começou a pedir para Bezos crescer e começar a dirigir a empresa como um negócio, não como um cassino.
Bezos levou a crítica a sério. Mudou seu discurso. “Crescer rápido” já era. Ele agora precisava trabalhar para gerar lucros. Ele também começou a dirigir a Amazon mais como uma empresa varejista do que como uma empresa “ponto com”. Fechou as linhas de negócios não rentáveis, cancelou os investimentos ruins, ampliou a redução de custos e passou a exigir orçamentos mais realistas.
Em outubro de 2000, a Amazon começou a apresentar melhoras e Bezos provava que podia administrar um negócio rentável, pois manteve a expansão da empresa. Entretanto, seu mais importante novo negócio só viria em 2007. Era uma nova peça de hardware desenvolvida exclusivamente para a Amazon chama Kindle.
O KINDLE E OS PRÓXIMOS PASSOS DE BEZOS
O CEO da maior livraria do mundo acredita que os livros tiveram “uma bela carreira de 500 anos”, mas agora “chegou a hora de mudar”. Produzir e distribuir livros eletrônicos é infinitamente mais barato do que fabricar e distribuir livros em papel. Em 19 de novembro de 2007, Bezos anunciou o Kindle, o primeiro leitor eletrônico de livros.
As primeiras versões dos livros eletrônicos tinham muitas falhas e algumas pessoas não gostaram do design do produto, mas Bezos superou essas falhas fazendo como sempre fez: dando atenção aos detalhes.
Uma questão importante que a Lab126 resolveu era a queixa de que a leitura de textos na tela do computador durante longos períodos cansava os olhos. Então, a Lab incorporou ao Kindle tecnologias chamadas de “papel eletrônico” e “tinta eletrônica”.
Richard diz que desde que o Kindle foi lançado, a grande pergunta entre as editoras deixou de ser “será que as pessoas realmente querem livros eletrônicos?” para se tornar “será que as pessoas ainda querem ler livros físicos?”
Jeff Bezos sozinho virou as editoras de cabeça para baixo com o Kindle. Já em dezembro de 2010, os livros eletrônicos eram responsáveis por mais de 10% do faturamento de algumas grandes editoras, apesar de custarem metade do preço dos livros. Bezos diz que o preço baixo, junto com a nova tecnologia, simplesmente amplia o mercado, reduz os custos e permite que as pessoas comprem mais livros.
Os sonhos deste homem parecem não ter limites, e não terminam com a Amazon. Ele abriu uma segunda empresa para tentar realizar um sonho de infância. Ele quer explorar o espaço. Quando a Amazon parecia estar caindo aos pedaços, em 2000, Bezos começou um novo negócio. Foi nesse ano que ele incorporou uma empresa chamada Blue Origin.
O projeto é levar passageiros ao espaço e colocá-los em órbita. Visa tornar-se uma empresa comercial, dando aos turistas espaciais a chance de ver a Terra e as estrelas em órbita. O slogan da empresa é uma frase em latim: “Gradatim Ferociter”, que pode ser traduzida como “Passo a passo, corajosamente”. O autor diz que se a Blue Origin algum dia se tornar um verdadeiro negócio, ela pode até arrancar a Amazon do coração e da mente de Bezos, pois a exploração espacial, afinal de contas, provavelmente foi sua primeira ambição quando criança.