Thiago 13/07/2021
Simples, minimalista, pacato e extraordinário
Uma narrativa tão tranquila e tão pacata que quando o clímax surge, causa a impressão de que é outro livro, outra história.
"O artista, enquanto artista, podia estar sempre morto. Era um pouco absurdo querer preservá-lo. Qualquer pequeno ou grande acidente podia matar um homem, ou mil homens, ou mil milhões de homens de uma só vez. Se a noite matasse, pouco depois do pôr-do-sol morreríamos todos. Rugendas podia dizer como todo mundo, e especialmente depois do que havia ocorrido: "Eu já vivi bastante." Como a arte é eterna, nada se perde."
Como o título já diz, esta é uma simples história de um pintor viajante, que em uma de suas viagens, acontece algo que muda a sua vida pra sempre.
Um ótimo livro para refletir sobre a força que a arte proporciona para o artista. Se você espera encontrar grandes reviravoltas, talvez se decepcione, mas se ler esse livro despretensiosamente, com a mesma tranquilidade que ele transpassa, será uma leitura agradável e prazerosa.