Carla.Parreira 03/02/2024
O que não me contaram sobre casamento (Gary Chapman)...
Melhores trechos: "...Uma vez que se aceita a realidade dos conflitos, é necessário traçar um plano saudável para processar os seus. Um plano como esse começa com reconhecer a necessidade de ouvir. A maioria de nós tem conflitos, e sentimos a necessidade de falar, mas falar sem ouvir leva a brigas. A necessidade real é a necessidade de ouvir... Primeiro, o perdão não desfaz nossas lembranças. Segundo, o perdão não remove todas as consequências do erro cometido. Terceiro, o perdão não reconstrói a confiança. Quarto, o perdão nem sempre resulta em reconciliação... Ter certeza de que conhecemos as preferências e aversões um do outro é um passo importante no processo de decidir os papéis conjugais. Ideal seria se cada um pudesse fazer as coisas de que gosta. Mas, se nenhum dos dois gosta de determinada coisa, é óbvio que alguém deve aceitar a responsabilidade pela tarefa que não é necessariamente agradável. Porém, considerar o gosto de cada um deve ser parte do processo de decidir quem faz o quê... Para a esposa, as preliminares são mais importantes do que o ato sexual em si. As mulheres gostam de cozinhar em fogo brando, enquanto os homens tendem a chegar ao ponto de fervura muito mais rápido. São os toques carinhosos e beijos das preliminares que as levam ao ponto de desejar o ato. Se o marido se apressa até a linha de chegada, ela fica sentindo: 'O que há de tão especial nisso?'. Sem preliminares suficientes, a esposa geralmente se sentirá violentada. Uma esposa me disse: 'Quero me sentir amada. Tudo que interessa para ele é ter uma relação sexual'... A expectativa pouco realista do orgasmo simultâneo tem produzido ansiedade desnecessária em muitos casais... O amor verdadeiro está sempre procurando oferecer prazer ao parceiro. Nunca exige algo que o cônjuge considera censurável... Pessoas diurnas acordam com o ânimo de um canguru, pulando para encarar o dia com entusiasmo, enquanto a pessoa noturna se esconde debaixo das cobertas e pensa: 'Ele deve estar brincando — ninguém pode estar tão animado pela manhã'. Pessoas noturnas têm seu 'horário nobre' das 22 horas até... É nesse horário que gostam de ler, pintar, jogar, fazer qualquer coisa que exija muita energia, enquanto, a essa hora, a pessoa diurna vai perdendo a energia a olhos vistos. Essa diferença de personalidade pode ter um impacto profundo sobre o relacionamento sexual de um casal. A pessoa diurna quer ir para a cama às 22 horas, aconchegarse e fazer amor, enquanto a pessoa noturna diz: 'Você deve estar brincando. Não consigo ir para a cama tão cedo'. A pessoa diurna pode se sentir rejeitada, enquanto a pessoa noturna sente como se estivesse sendo controlada. Isso pode muito bem levar a discussões e aborrecimentos. Há esperança para esse casal? Com certeza, se os dois escolherem respeitar as diferenças e negociar uma solução. Por exemplo, a pessoa noturna pode aceitar fazer sexo às 22 horas se a pessoa diurna concordar que ela saia do quarto depois e vá cuidar de seus outros interesses até a meia-noite. Porém, se a pessoa diurna insiste para que a pessoa noturna permaneça na cama depois de fazer amor, esta pode se sentir manipulada, controlada e frustrada. Uma pessoa diurna jamais se tornará uma pessoa noturna, e uma pessoa noturna jamais se tornará uma pessoa diurna. É parte de nossa personalidade. Com empenho, podemos nos forçar a ser funcionais naqueles horários bem cedo ou bem tarde que não são nosso horário nobre. Mas nunca será sem esforço..."