Coruja 16/02/2012Acho que uns dois dias depois de ter devorado o Protocolo Bluehand
(e essa é exatamente a palavra, porque comecei a ler tão logo abri o pacote e quase varei a noite para chegar até o final...), ele esgotou. Fiquei indecisa entre morrer de rir da cara de desapontado do Dé, que decidira esperar (sabe-se lá o quê) para pedir o volume dele ou ficar com pena - mas, bem, eu AVISEI que estava acabando, o que eu podia fazer?
Mas aí eu viajei para Fortaleza em janeiro e levei o livro na mala para ele se virar e ler enquanto eu estava lá (porque eu não voltaria sem o bendito volume) e, felizmente, saiu a pré-venda da segunda edição. Afinal de contas, do Clube do Livro, o Dé é o único que tem treinamento em sobrevivência. Ele e o Flávio são da área de saúde (um biólogo e um psicólogo, ainda que psicologia hoje esteja dentro da área de humanas...) e vão ter de cuidar de toda a nossa comunidade de malu... digo, sobreviventes.
Feitas essas considerações iniciais, vamos ao que interessa... O Protocolo Bluehand é, muito basicamente, um manual de sobrevivência a situações limites - nesse primeiro volume, para os casos de invasão alienígena. Não ria! Eles estão entre nós e não se trata de uma possibilidade, mas apenas uma questão de tempo (aliás, se você riu, saiba que suas chances de sobreviver acabam de cair drasticamente).
De um dossiê básico sobre o assunto (afinal, conhecimento é poder) até estratégias rumo à reconquista - passando por questões de condicionamento físico e armamento necessário - o Protocolo aborda tudo o que você precisa saber para se preparar.
A pesquisa que se investiu também salta aos olhos. Aliás, é até engraçado, porque uma semana depois de terminar o Protocolo eu estava na Epopéia de Gilgamesh e cruzei com uma menção aos 'sete juízes do outro mundo', os Anunnaki, em meio à descrição do Dilúvio e imediatamente fiz a correlação.
O texto é direto ao ponto, claro e objetivo - o que é bastante lógico porque, no meio do caos apocalíptico de uma invasão, você não vai querer se perder entre metáforas e rodeios. Essa questão da linguagem tinha sido um dos meus problemas quando li A Batalha do Apocalipse. Em Protocolo Bluehand, o Spohr foi mais jornalista que romancista e a estrutura do texto me agradou bastante.
Quer acredite ou não que os alienígenas estão à solta, esperando o momento de colonizar (ou exterminar) a Terra, Protocolo Bluehand não é apenas uma ótima leitura, mas tem um projeto gráfico de fazer cair o queixo. Fiquei babando na arte, nas fontes, nos destaques... todos os detalhes são fantásticos.
Curiosamente, como ouvinte do Nerdcast, houve partes do livro que se transformaram em minha cabeça num audiobook com a voz do Azhagâl (Deive Pazos). Fiquei indecisa se isso me dava ou não medo...
E, finalmente, a quem interessar possa... PBHa+5581!*10132230324566707287
Agora toca esperar o próximo volume...
(resenha originalmente publicada em www.owlsroof.blogspot.com)