A Queda

A Queda Albert Camus




Resenhas - A Queda


178 encontrados | exibindo 1 a 16
1 | 2 | 3 | 4 | 5 | 6 | 7 |


debskii 01/04/2024

Ler camus é sempre um surpresa! a queda me fez debruçar em reflexões desconfortáveis e instigantes sobre nossos papéis na sociedade. o protagonista confessa toda sua trajetória de vida, antes e depois do rio sena. a gente vê o amadurecimento do personagem e, consequentemente, a queda de sua vida e percepções. me perdi um pouco no final, mas ainda sim valeu a experiência. (:
comentários(0)comente



Albner 22/03/2024

A queda de um homem pela noção de ter defeitos
''A partir do momento em que temi que houvesse em mim qualquer coisa para ser julgada, compreendi em suma, que havia neles uma vontade irresistível de julgar.''

Inicio esta resenha com essa citação, pois ela expressa a mensagem que o livro quer passar. Já que na historia acompanhamos a historia de um ex-advogado no qual se autointitula um juiz-penitente. O que quer dizer um juiz que é tão culpado quanto o julgado e por isso pode julgar.

O livro não possui narração, apenas vemos as falas do advogado conversando com seu compatriota. Essa escolha narrativa demonstra como esse juiz-penitente, na verdade, está conversando conosco. A função de seu companheiro de conversa é instigá-lo para contar mais, mas que no entanto, ao fim descobrimos que ele iria nos contar tudo independente se quiséssemos ou não.

Ele confessa seus pecados, mas até ponto vai a confissão e passa a ser acusação? Pois pouco a pouco descobrimos um homem egoísta que não faz o bem para ajudar, mas sim para excitar-se. Essas atitudes vão se acumulando até ao ponto da confissão de que não ajudou um moça que suicidou-se. A partir daí percebeu que tinha algo para ser julgado. E então, sua queda começa.

Ao fim, ele não muda, a risada não cessa, ele continua usando os outros como forma de prazer, a diferença é que agora é um juiz-penitente.
comentários(0)comente



Mareufq 22/03/2024

Nenhum homem é hipócrita em seus prazeres.
"Uma só frase lhe bastará para definir o homem moderno: fornicava e lia jornais."

"À noite, nunca passo numa ponte. É uma consequência de uma promessa. Suponha, enfim, que alguém se atire à água. De duas uma, ou o senhor o segue, para retirá-lo e tempo de frio arrisca-se ao pior, ou o abandona, e os mergulhos retidos deixam, às vezes, estranhas cãibras."

"Tratava-se, repare bem, de algo bem diferente da certeza em que eu vivia de ser mais inteligente do que todo mundo. Tal certeza, aliás, é consequência, pelo fato de ser compartilhada por tantos imbecis."

"É preciso que algo aconteça, eis a explicação da maior parte dos compromissos humanos. É preciso que algo aconteça, mesmo a servidão sem amor, mesmo a guerra ou a morte. Vivam, pois, os enterros!"

"Quando deixava um cego sobre a calçada onde eu o tinha ajudado a aterrisar, saudava-o. Evidentemente, esse cumprimento não lhe era destinado, ele não o podia ver. A quem, pois, se dirigia? Ao público."

?[...] quando não amamos a nossa vida, quando sabemos que é preciso mudá-la, não podemos escolher, não é?
Que fazer para ser outra pessoa? Impossível, seria preciso já não sermos ninguém [...] Eu sou como aquele velho mendigo que não queria largar minha mão, um dia, no terraço de um café: 'Ah, meu caro senhor?, dizia ele, ?não é que se seja mau, mas perde-se a luz.' Sim, perdemos a luz, as manhãs, a santa inocência daquele que se perdoa a si mesmo.?

"Achavam que eu tinha um certo charme, imagine! Sabe o que é isto: uma maneira de ouvir sim como resposta, sem ter feito uma pergunta clara."

"não podemos afirmar a inocência de ninguém, ao passo que podemos afirmar com segurança a culpabilidade de todos. Cada homem é testemunha do crime de todos os outros"

"A verdade, como a luz, cega. A mentira, ao contrário, é um belo crepúsculo"

"Não é verdade, afinal, que eu nunca tenha amado. Tive na minha vida pelo menos um grande amor, de que fui sempre eu o objeto."

"Para deixar de ser duvidoso é preciso, pura e simplesmente, deixar de ser."

- Camus discute sua longuíssima lista de questões sobre a existência humana: a culpa; a religião; a moral; os enganos e os acertos; a incompetência do homem e suas decepções.

- ?Penso no romance em questão como um tratado sobre decadência existencial a partir de uma autocrítica do homem espantado com a fragilidade e a indiferença da própria existência humana.?

[?] será sempre tarde demais, felizmente.
comentários(0)comente



maelenaab 29/02/2024

Confissões e recomeços
Comecei lendo Camus com o Mito do Sísifo, mas logo fui convidada a recomeçar com A Queda e lendo a sinopse, confesso que esperava uma confissão muito elaborada sobre o suicídio que foi esse grande trauma na vida do personagem. Talvez por ficar sem coragem/disposição/possibilidade de ajudar, o mesmo se encontrou numa enorme reviravolta em suas questões e trouxe esse livro como confissão própria de tudo. É um monólogo e ele mesmo vem com a auto titularidade de juiz-penitente, trazendo vários nomes que a gente não espera nos discursos de moralidade, liberdade e justiça. No geral, eu gostei do livro e mais ainda por me perder/achar em alguns pensamentos!
comentários(0)comente



carolina 28/02/2024

O peso de ser livre
Ler Camus é entender o desconforto como parte da condição humana. Esse livro me trouxe a sensação de que é mais fácil ser justo consigo mesmo, ou seja, acolher as emoções, as vivências, as vitórias e fracassos, do que lutar conta elas. Sou tudo e não sou nada. Sou eu e não sou ninguém (isso ao mesmo tempo)
comentários(0)comente



Anthoni.Brunetto 18/02/2024

A queda
Terceiro livro da trilogia composta por O Estrangeiro e A Peste escrita pelo franco-argelino e prêmio Nobel de literatura Albert Camus.

Trata-se de um romance filosófico com as confissões do juiz-penitente e ex-advogado Clamence, que se muda de Paris para Amsterdã após alguns acontecimentos que o fazem refletir profundamente sobre sua existência.

Confesso que a leitura se tornou muito mais interessante porque participei de um clube de leitura que estudou o texto, pois se fosse uma leitura rápida e desatenta, muitos detalhes seriam perdidos.
comentários(0)comente



jafnaldo 16/02/2024

A gente é culpado e culpa e, por isso, julgamos e somos penitentes. A gente reconhece no outro aquilo que temos em nós, tá dentro e fora, a condição é incontornável, faz parte, mas, sei lá, acho que talvez falte solidariedade entre a gente pelas merdas da vida e isso não seria de isentar ninguém de responsabilidade do que fez ou tem que ser feito, mas de compreender que isso pesa pra qualquer pessoa...
comentários(0)comente



Yuri181 12/02/2024

A queda
A experiência transmitida por esta obra teve um impacto significativo em meus pensamentos. Quem não se autoavalia e evita o julgamento alheio? A reflexão presente neste contexto centra-se na influência da soberba e do orgulho internos, que podem servir como barreiras emocionais conduzindo a uma trajetória de evolução melancólica e solitária, ou, alternativamente, à conquista da liberdade. Mesmo diante de uma vida aparentemente destituída de sentido, buscamos exemplos em figuras já falecidas, talvez para nos inspirarmos, considerando que talvez não tenham tido tempo para realizar algo verdadeiramente importante. No entanto, o que seria essencial, quando nem mesmo temos clareza sobre isso?

Apesar de ser uma obra compacta, sugiro uma leitura pausada, pois cada capítulo e parágrafo possuem uma relevância única
comentários(0)comente



Flavia 02/02/2024

A queda é um monólogo em que o narrador, o juiz penitente, fala de si e de eventos importantes de sua vida. É também (ou principalmente) uma avaliação sobre a sociedade e o indivíduo.
É um livro fácil de ler, a leitura flui muito bem para um monólogo, com algumas reflexões bastante sagazes, chegando até a ser cômicas. Com certeza vale a leitura
comentários(0)comente



mar__ 28/01/2024

Simplesmente uma crise existencial a cada página ( amei!!)

a leitura é densa e segue um fluxo de narrativa bem diferente em forma de monólogo, mas não achei tão difícil de acompanhar como era o esperado?

foi o meu primeiro livro do Camus e me deixou com ainda mais vontade de ler outros!
comentários(0)comente



Ludmila 28/01/2024

No início achei que o personagem era louco mas, com a leitura completa, entendi que as mudanças que ele fez na própria vida e como ele fala de si mesmo são reflexos de um autoconhecimento enorme. Será que estou certa?
comentários(0)comente



Matheus.Vanin 12/01/2024

"Jean-Baptiste Clamence, ator" - O 'Grande Inquisidor' de Camus!
Não sabia o que ia encontrar nesse livro, e foi uma experiência única. Camus tem uma tese, que não é nova e nem autoral, mas é surpreendentemente bem desenvolvida: os seres humanos são atores, a vida é um palco e a sociedade é a plateia. Vivemos para atender expectativas, para sermos gentis, polidos, bem sucedidos etc. E quando isso perde o sentido, o que sobra? Para Clamence, sobrou a profissão de "juiz-penitente": ao mesmo tempo que julga, confessa. E o que motivou sua transformação? O riso do deboche, a fugacidade da vida, a indignação com Deus. É inegável a inspiração de Camus no 'O Grande Inquisidor' de Os Irmãos Karamázov, e o resultado foi um romance espetacular (com o perdão do duplo sentido)
comentários(0)comente



Luiz Souza 08/01/2024

Silêncio no tribunal
O livro vai contar a história de Jean um advogado que vira juiz penitente , no auge de sua carreira ele era famoso agora já nem tanto mas sua vaidade exacerbada não se abala com esses pormenores mas tudo muda quando diante do Rio Sena uma mulher vai dar fim a sua vida , ele nada faz mas sua consciência vai lhe atormenta por um bom tempo sobre o que ele deveria ter feito em relação ao acontecimento passado.

O livro é bem filosófico e mostra situações da vida em que a escolha e o julgamento são colocadas em voga.

Ótima leitura.
comentários(0)comente



Nina Pina 04/01/2024

Fazer o bem, sem se mostrar ?
Albert Camus, ganhador do prêmio Nobel de literatura em 1957, gostei bastante da leitura, a escrita é bem filosófica, repleta de reflexões, um advogado parisiense, se muda para Amsterdam.
Mesmo apaixonado pelo seu país. Sua vida em Paris era perfeita, muito próspera e cheia de sucessos, na profissional e social, famoso por sua profissão e aparente generosidade, em uma noite de festa, passando por uma ponte ele vê algo que poderia ter ajudado e não o fez, após esse episódio sua queda é iminente. Ao conhecer um homem qualquer num bar frequentado por exilados e deserdados do mundo moderno, ele passa a contar a sua vida, em forma de confissão, se arrependendo de toda sua hipocrisia, de seus prazeres fúteis, fazendo um exame de consciência, Jean Baptiste Clamence ex-advogado mudou-se para um lugar onde ninguém o conhecia e está tentando fugir de suas pesadas memórias e falsidade. Excelente leitura, vamos fazer um exame de consciência também?
comentários(0)comente



Ana Lu 28/12/2023

Confesso que não entendi muita coisa do livro kkkkkk acho que não compreendi a mensagem, mas pretendo reler em algum momento
comentários(0)comente



178 encontrados | exibindo 1 a 16
1 | 2 | 3 | 4 | 5 | 6 | 7 |


Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com a Política de Privacidade. ACEITAR