A queda

A queda Albert Camus




Resenhas - A Queda


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Regis 07/05/2022

Juiz-penitente
Em Amsterdã um advogado parisiense encontra em um bar um compatriota com quem conversa por cinco dias, discorrendo sobre a mudança em sua vida após presenciar um evento traumatizante em uma ponte de Paris.
É impressionante como expõe sua culpa, e como fez para burlar o sentimento de estranheza e ainda assim continuar se amando e seguindo em frente como um autointitulado "Juiz-penitente"... rsrsr (se é que esse título existe).
Me diverti com a leitura dessa mistura de romance com filosofia, em um fluxo de consciência denso mas gratificante.
Recomendo com certeza.
DANILÃO1505 04/06/2022minha estante
Parabéns, ótimo livro


Daianne.sgs 07/11/2023minha estante
Realmente a leitura é densa, eu me confundia as vezes, mas valeu a experiência




evenancio 21/09/2010

A Queda
A Queda é um livro surpreendente. Ele não é um típico livro de fácil digestão, muito pelo contrário, exige inclusive certo esforço do leitor para acompanhá-lo sem se distrair, visto que por vezes a leitura se torna maçante, talvez por sua fórmula ousada: um monólogo que acaba por se tornar extenso, onde a figura de Jean-Baptiste Clamance, um ex-advogado que autointitula juiz-penitente, discorre sobre sua trajetória antes "A Queda" e após "A Queda", fazendo uma análise de si mesmo num boteco de bebum em Amsterdã para uma figura qualquer, a qual não nos é revelada até chegar ao término da história.

O livro não é um romance. Longe disto, é quase um tratado filosófico que perambula pelos principais conceitos da corrente existencialista. Está tudo lá, basta degustar vagarosamente e observar com um olhar atento que você saberá exatamente do que estou falando. Basicamente temos um retrato nu e cru do homem como ele é, de sua espiritualidade e como ele se apresenta ao mundo. Este retrato vai sendo desenhado ao longo da narrativa, ao término nos é oferecido e Clamance indaga quão desgraçada é a sua figura, porém ele coloca: por acaso não parece com você?

Sim, meus caros, Clamance fala de si o tempo inteiro, porém ele também está falando de mim e de você, de todas as pessoas sufocadas por este mundo tenebroso, que são obrigadas a escolher, que são condenadas a serem livres e que ainda precisam prestar contas de seus atos para o universo, que julga cada passo dado e cada decisão tomada. O livro começa com Clamance desmembrando o seu narcisismo e o seu hedonismo, assim como descrevendo fatos que descrevem seu egoísmo e seu egocentrismo.

Continua em:
http://www.evenancio.com/2010/09/albert-camus-queda.html
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Luiz Souza 08/01/2024

Silêncio no tribunal
O livro vai contar a história de Jean um advogado que vira juiz penitente , no auge de sua carreira ele era famoso agora já nem tanto mas sua vaidade exacerbada não se abala com esses pormenores mas tudo muda quando diante do Rio Sena uma mulher vai dar fim a sua vida , ele nada faz mas sua consciência vai lhe atormenta por um bom tempo sobre o que ele deveria ter feito em relação ao acontecimento passado.

O livro é bem filosófico e mostra situações da vida em que a escolha e o julgamento são colocadas em voga.

Ótima leitura.
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Bookster Pedro Pacifico 26/02/2020

A queda, de Albert Camus - 8,5/10
Camus é autor de um dos meus livros preferidos: “O estrangeiro”. Apesar disso, ainda não havia lido nenhum outro livro seu - talvez pelo medo de ficar decepcionado por já ter lido o melhor! Mas para resolver isso, coloquei “A queda” na lista dos 10 livros que com certeza leria em 2019... E já foi logo o primeiro a ser lido!

Em “A queda”, Camus vai abordar aspectos da condição humana a partir de uma perspectiva individual, de autocrítica. A obra é construída na forma de um monólogo, em que o narrador, um advogado francês, passa a fazer uma análise da condição humana e da própria existência, tendo inclusive se autodenominado “juiz penitente”. Ele é um profissional bem-sucedido, mas que vê a sua vida mudar depois de testemunhar uma mulher se jogando no rio Sena, sem ter feito nada para tentar salvá-la. O enredo é bem simples e boa parte da leitura envolve os conflitos internos do personagem, tornando bem difícil a tarefa de fazer uma resenha sobre o livro.

Logo no início da obra, o narrador conhece um indivíduo em um bar em Amsterdam e inicia um diálogo. Contudo, em nenhum momento temos contato com as falas do interlocutor. Escutamos apenas as falas e pensamentos do “juiz penitente”, que acusa, ao mesmo tempo que confessa. Julga a natureza do ser humano, mas acaba denunciando a si próprio. E o desenrolar da obra segue com os diálogos entre os dois personagens em diferentes locais e momentos.

Camus, que além de escritor era filósofo, fez de “A queda” uma obra densa e extremamente reflexiva. O leitor se depara constantemente com os pensamentos sarcásticos e amargurados do narrador. É uma forte carga psicológica, que me fez lembrar bastante de alguns romances de Dostoiévski.

Não recomendaria como uma obra para conhecer seu trabalho, mas é um excelente livro e que confirma a genialidade de Camus! O próximo que pretendo ler do autor é “A peste”... e você, já leu algum livro de Camus?

"Quando deixava um cego sobre a calçada onde eu o tinha ajudado a aterrisar, saudava-o. Evidentemente, esse cumprimento não lhe era destinado, ele não o podia ver. A quem, pois, se dirigia? Ao público."

site: https://www.instagram.com/book.ster/
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Lista de Livros 22/12/2013

Lista de livros: A Queda – Albert Camus
“A amizade é menos simples. Sua aquisição é longa e difícil, mas, quando se obtém, já não há meios de nos livrarmos dela; temos de enfrentá-la.”
*
“Nenhum homem é hipócrita em seus prazeres.”
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“Os mártires têm de escolher entre serem esquecidos, ridicularizados, ou usados. Quanto a serem compreendidos, isso, nunca.”
*
Mais em:

site: https://listadelivros-doney.blogspot.com.br/2010/06/queda-albert-camus.html
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Carla.Floores 18/12/2023

Narciso explica
Não subestime a quantidade de páginas deste livro. Ele é pequeno mas imenso. Denso e real.
Um advogado autodenominado juiz-penitente, que antes se via como caridoso, generoso, perfeito, de repente percebe que não é tudo isso e que também é mau, cruel, egoísta, sádico, perverso, egocêntrico, ganancioso, hedonista.
Sendo uma confissão existencialista nada mais justo que o reconhecimento de que somos todos vítimas e algozes. Somos críticos e indulgentes, somos carrascos, de nós e dos outros. Somos fraternos, não por vontade própria, mas por necessidade de sobrevivência. Nem preto, nem branco; o cinza é a cor. Nem Yin nem Yang; mas ambos. A dualidade, a ambiguidade, o espelho que existe em cada um de nós. É sobre isso.
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otxjunior 08/01/2021

A Queda, Albert Camus
Em um momento de A Queda, de Albert Camus, seu segundo romance que leio, o autor existencialista se dirige através de seu protagonista indiretamente ao leitor nestas palavras: "Confesse, no entanto, que se sente hoje menos contente consigo mesmo do que há cinco dias". O diagnóstico foi preciso até no período de tempo, o que me fez esboçar um sorriso irônico e desejar um feliz ano novo ao filho da mãe francês.
Confesso também que um escritor com visão de mundo deprê não me atrai. Inclusive, lamentei pelo personagem do outro lado deste discurso retórico, que não é mais que um receptáculo do próprio leitor. A autocrítica proposta pelo narrador virou portanto autopiedade. O curto romance ainda arruinou Amsterdam para mim.
O interlocutor é um operador do direito (ainda por cima!) que prega sua nova concepção de mundo após um evento, que é uma das interpretações para o título, engatilhar uma tomada de consciência profunda, mas sem deixar de lado uma certa vaidade que marcava sua vida pregressa. Identifiquei-me em alguns trechos, em outros antipatizei imensamente com o protagonista. Umas passagens pareciam ser ininteligíveis numa primeira leitura, outras apresentavam verdades óbvias demais. Romance denso ou ensaio filosófico pueril?
Certamente gostaria de mais história, considerando o gênero textual. E por isso também não posso deixar de me apegar ao personagem mudo, o que não representa a voz filosófica que o livro quer divulgar. Esta pessimista, da escola do Existencialismo, que aliás me lembrou algumas obras modernistas que já li ("tenho até dificuldades com o estilo de minhas frases"). Não sei, portanto, se deu pra imaginar por que alguém se disporia do tempo de uma viagem ao estrangeiro para ouvir literalmente um papo de bêbado chato. Eu teria sumido entre os canais de Amsterdam rapidinho.
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Giovanna.Louise96 20/04/2022

Perfeito. Amei. Leria várias vezes. É uma obra prima, sem defeitos. Envolvente e não conseguia parar de ler.
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@bibliotecagrimoria 05/01/2023

No livro somos apresentados a Jean Baptiste Clemence. Um ex advogado, e agora juiz penitente (essa profissão assumida explicada ao fim), que questiona o próprio sentido da existência ao conversar com um homem que conhece em um estabelecimento em Amsterdã.
Antes um [falso]altruísta que se achava exemplo e sempre queria estar por cima, Jean Baptiste passa a questionar suas virtudes, seu mundo, o sentido da vida e toda a relação humana base do convívio em sociedade.
Após um acontecimento (traumático) na qual o narrador (inclusive, única voz falante no texto, já que tudo que o outro homem fala só nos chega através das respostas de Jean Baptiste, que nos ajuda a deduzir o que o outro disse) se vê incapacitado de reagir, a sombra desse acontecimento o acompanha, fazendo com que ele questione se realmente há um sentido numa existência em um universo aparentemente tão apático à tudo.
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Rick Shandler 28/12/2023

A queda - Albert Camus
A Queda nos apresenta mais um homem do subsolo. Camus era um franco admirador de Dostoiévski e as semelhanças deste livro com Notas do Subsolo não são coincidências. A Queda nos mostra a derrocada da humanidade através do característico charme da escrita de Camus.

Até onde podemos cair? Camus nos mostra que o subsolo é o limite. A Queda é uma confissão. Um monólogo de Jean Baptiste Clamence contando a trajetória que o levou aos porões de Amsterdã. Ao longo do livro vamos presenciando as diferentes quedas pelas quais o personagem passou e é claro que acabamos nos identificando com algumas delas.

Este é o último livro escrito por Camus e nele vemos uma nítida maturação de suas ideias. O caminho que Jean Baptiste percorre de renomado advogado em Paris até as ruelas mais escuras de Amsterdã serve de tela para diversos assuntos caros ao autor. Vemos interessantíssimas discussões sobre a culpa, a moral, a verdade, a justiça entre outras tantas. A falsa máscara que cobre o rosto da sociedade cai sob o olhar de Camus.

A queda é repleto de ironia, referências, provocações. É aquele livro que te incomoda, um convite para cair também. Tem que ler.
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Sandrinha 26/03/2021

Um livro profundo
Eu precisei ler 2 vezes!
Confesso que na primeira vez eu não entendi nada, mas na segunda vez foi um deleite... ???
Um advogado contando a história dele através de um monólogo longo e sofrido.
Foi uma leitura cheia de questões profundas, Camus através de seu personagem nos faz pensar em nosso dia a dia, em nossa vida, em como nós somos fúteis, hipócritas e dissimulados.
Nota 4 ?
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Phelipe Guilherme Maciel 06/03/2017

Um ótimo título para reflexão
A Queda é um livro que não faz parte dos grandes escritos de Albert Camus, escritor de O mito de sísifo, O Estrangeiro e A Peste, porém, este livro é marcado como uma resposta aos seus enfurecidos críticos. O livro era para ser um conto. Cresceu demais e Camus o entregou despretensiosamente ao seu editor, que o lançou como livro e voilá.
O livro é um monólogo em segunda pessoa, onde o personagem se reporta diretamente ao leitor. A narrativa é em primeira pessoa, no presente, como se o leitor fosse convidado a interagir com o personagem.
O livro peca por falta de ambientação, Normalmente numa rápida situação, o escritor diz que o nosso Juiz Penitente encontra-se num pub de marinheiros, no caminho para sua casa, ou em seu leito, mas não há grandes descrições, de modo algum.
É um livro muito bom que discorre muitas questões filosóficas existencialistas, e apesar de pequeno, não aconselharia a leitura rápida, pois diversos momentos do livro existem frases ou parágrafos completos recheados de indagações que certamente você também têm ou já teve, então, fica aí o convite para reflexão.
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spoiler visualizar
Henrique Fendrich 30/05/2020minha estante
Eita, adorei essas citações. Essa primeira da mulher de amigo é uma tirada humorística que não imaginava em Sartre.


Maria 30/05/2020minha estante
Camus :-P


Henrique Fendrich 30/05/2020minha estante
hahaha! Isso mesmo.




Gustavo Mahler 05/06/2020

Atemporal
Embora não seja o seu melhor romance ainda assim é o Camus em sua curta e melhor fase. O existencialismo do Franco argelino, aqui, soa como um ponto final, iniciado em A Peste. O Juiz Penitente que em Amsterdã, nos pega pela mão e solta uma verborragia existencial regada a uma dose de humor e em alguns pontos, melancolia. Quem já leu outras obras dele, como a já citada e O Estrangeiro, vai se sentir confortável com o fluxo de consciência bem com comum em seus escritos e eu não preciso falar muito, Camus está no Hall dos atemporais, como Kafka e Dostoiévski. Sempre vale a pena visitá-lo e revisita-los.

Ler Camus é se olhar no espelho. E como já dizia o bom e velho Albert ?viver, como muitas outras coisas, cansa.?
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