Há Dois Mil Anos

Há Dois Mil Anos Chico Xavier




Resenhas - Há Dois Mil Anos


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Silvia Schiefler 17/03/2024

Ensinamentos e reflexões...
?? Lido! O livro fala sobre uma das  encarnações de Emmanuel, como Publius Lentulus, um senador romano, que acompanhou de perto o martírio de Jesus, bem como as primeiras luzes do Cristianismo. Na narrativa competente de Emmanuel, piscografada por Chico Xavier, entramos em um cenário perfeitamente reconstruído daquela época remota. Sobretudo, a história nos conta sobre vingança, orgulho e lei de causa e efeito (princípio espírita segundo o qual todas as ações humanas acarretam consequências consonantes para quem as pratica).
Resumidamente, Publius Lentulus é casado com Lívia, uma bela romana de bom coração, e pai de Flávia e Marcus. Flávia, por volta de seus 7 anos, é contaminada pela lepra, doença então incurável. Essa condição os leva a Cafarnaum, onde começam a ouvir as primeiras alusões ao Cristianismo. História repleta de ensinamentos e reflexões. Recomendo! #leituras2024 #21/2024
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Gabi Rosemberg 14/03/2024

Perfeito!
Os romances de Emmanuel são perfeitos! O Há Dois Mil Anos, em especial, mexeu muito comigo! Uma história linda de amor e respeito. Faz refletir demais sobre a vida, nossas relações e trocas
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Carol 11/02/2024

Uma história para nos fazer revisitar nosso passado, nossos pensamentos e conceitos arraigados.
Emmanuel explora tão bem a máxima de ?nem tudo que parece, é? que nos constrange com nossos íntimos julgamentos e conceitos de verdade absoluta!
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eduanton 16/01/2024

Maravilhoso
Um livro muito bem narrado, que nos leva à epoca de Jesus. Vemos a fé, o orgulho, o perdão, a redenção. Para ler e reler!
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Juno.Cruvinel 13/01/2024

Denso, mas história incrível
É um livro que não se pode ter pressa pra ler, é denso e com uma história cheia de interligações. Amei e nos traz muitos exemplos para repensar na vida. Que a gente possa ser mais como a Lívia e a Ana todos os dias!!!
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Karla.Kassiane 09/01/2024

Incrível!
Há Dois Mil Anos é disparado um dos mais belos romances espíritas que já li. Só de ter as impressões de outros personagens fora dos livros da Bíblia sobre Jesus já é fantástico, e conhecer um pouco mais sobre os primeiros anos de cristianismo, além de toda a história de resignação e perdão.
Livro maravilhoso!
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Thainá 08/01/2024

Um livro sobre perdão
Emmanuel me arrebatou com sua narrativa clara, fluida, elegante e rebuscada. Eu sei que esse é apenas um capítulo de uma existência (a dele própria), mas quantos ensinamentos recebi nessas breves páginas. Me senti envolvida em todo o momento por uma energia maravilhosa. Todo espírita / cristão deveria ler esse livro, que é uma fonte de força, coragem e fé para os dias atuais. Obrigada, Emmanuel. Obrigada, Chico. Viva Jesus. ?
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JanaAna90 06/12/2023

Livro Psicografado por Chico Xavier, que conta a história de uma das encarnações do espírito Emmanuel.
A história se passa na Roma antiga e narra a história de Públio Lentulus, um senador romano, que e contemporâneo de Jesus Cristo. Públio vive uma vida marcada por dile morais e busca espiritual, e através de suas experiências, o livro aborda temas como moral, e o impacto do Cristianismo nas vidas das pessoas.
A narrativa explora os desafios enfrentados por Públio à medida que ele entra em con com os ensinamentos de Jesus e as transformações que isso provoca em sua vida. O tem uma abordagem espiritual e moral, refletindo a visão espirita de Chico Xavier e Emmanuel sobre a evolução espiritual e a importância dos ensinamentos de Jesus.
Com a leitura, que são sempre marcantes nos livros psicografados por Chico Xavier, gente pode refletir sobre temas como o amor, a caridade, a paciência, a fé, além de questões filosóficas e morais.
Independente da religião professada vale a pena a leitura do livro.
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Katy :) 19/10/2023

"Nas moradas infinitas do Pai, há luz bastante para dissipar todas as trevas, consolar todas as dores, redimir todas as iniquidades..."
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Carla.Parreira 07/10/2023

Há dois mil anos
???
O livro conta à história de Emmanuel enquanto encarnado na época de Jesus como Senador Públio Lentulus. A história central do início do livro trata da doença de Flávia, irmã mais velha de Marcus, filha de Públio e sua fiel esposa Lívia Lentulus. Junto a eles somam-se os personagens Sálvio Lentulus (irmão de Públio) casado com a frívola Fúlvia e a filha do casal Aurélia (prima de Flávia). Fúlvia possui interesses pelo cunhado Públio, é amante do guardião romano Sulpício e já manteve concubinato com o governador Pôncil Pilatos (seu cunhado), o qual é casado com sua irmã Cláudia e mantém interesses buliçosos e escusos por Lívia. Cláudia e Lívia são boas amigas e sofrem as intrigas cometidas pela invejosa Fúlvia. Também entra na história o Senador Flamínio Severus, sua esposa Calpurnia, seus filhos Plínio e Agripa, e o escravo judeu Saul, filho de André de Gioras. Plínio e Agripa são apaixonados por Flávia, mas Plínio a pede em casamento por carta a Públio antes do irmão. Entremeio aos dois irmãos se junta o ódio vingativo de Saul, uma vez que, antes de ter se tornado escravo da família Severus, fora condenado a prisão por Públio após o imprevisto de Lívia receber uma pedrada no rosto durante sua viagem para a Palestina. No meio de dezenas de escravos e centuriões, fui Saul quem, culpado ou não, foi castigado dolorosamente a vista de todos e levado ao cárcere. Sulpício não se importa de saber que sua amante Fúlvia também se envolve com Pôncil, pois sabe que este possui maior interesse em Lívia. Em jogo de chantagem, Fúlvia obriga Sulpício a ajudá-la a se aproximar de Públio. Espertamente ele faz isso ajudando Pôncil a se aproximar de Lívia. Ao mesmo tempo também é contratado por Sálvio para seguir todos os passos de Fúlvia, o qual nem imaginava que ele era um dos próprios amantes dela. É uma história cheia de abusos de poder, vinganças, ciúmes, traição, calúnias, crueldade e o oposto de tudo isso pela presença benevolente de Jesus. De toda a história comentarei apenas o que mais me tocou, pois a leitura é bem cheia de pequenos episódios, dos quais não daria para contá-los todos.
Lívia, Públio e a filha Flávia saem de Roma e vão para Carfanaum levando duas servas: Ana, a qual bondosamente muito ajuda Lívia nos planos de tal viagem, e Sêmele. Gostei quando Jesus chamou por Públio e disse que não veio ao mundo questionar os erros dos homens, mas sim confortar os corações desfalecidos e aflitos. Não veio buscar os homens de estado insensível, arrogantes e orgulhosos, mas atender aos pedidos das almas esperançosas que carregam um rastro de fé. A fé é divina e basta apenas um raio das energias poderosas de Deus para que se destruam todos os monumentos da vaidade humana. Era a chance de regeneração para Públio através da humildade, mas ele não compreendeu a profundidade das palavras de Jesus. Este lhe explicou que a grandiosidade dos imperadores era pura ilusão, pois tudo desfaleceria, menos as leis criadas por Deus desde o princípio da criação, baseadas no amor. Públio percebe que Jesus, contemplando o céu e chorando, está também orando. Tal conversa o deixa muito reflexivo e, quando chega a casa, encontra Flavia alegre com a filha comemorando o fato de que, pouco antes, sentira uma grande presença espiritual a lhe envolver e agir sobre seu estado de saúde. De todo modo, Públio não acata a idéia de que foi Jesus quem curou sua filha. Em seqüência aos fatos, André de Gioras consegue executar o rapto de Marcus com a ajuda de Sêmele. Quantas intrigas! Tocou-me quando Lívia descreve a Ana que não dá valor às pessoas pela posição social que desfrutam ou pelas honras que recebem, pois mesmo sendo filha única, cidadã romana, esposa de senador e repleta de mordomias materiais, aprendeu a ser humilde por ter uma vida também cheia de amarguras. Lívia entende que ambas não possuem corações diferentes que possam as distinguir em papeis de serva e patroa, mas ao contrário disso, sabe que ambas possuem sim um verdadeiro sentimento de fraternidade que as iluminam nos dias mais difíceis. Em resposta Ana lhe diz que o destino a Deus pertence e que é preciso crer intensamente que o Senhor está ao lado de todos. É na finalização dessa conversa que Ana sugere a Lívia para ir procurar Jesus, idéia acatada sem muita dificuldade.
Após acompanhar o Mestre em suas pregações, Jesus diz para Lívia acreditar no Pai e não descrer, pois chegará o tempo em que compreenderá suas renúncias sagradas. Lívia sente que ainda terá muitas provações para sofrer. Percebo claramente nessa parte do livro o quanto o amor, sendo um sentimento divino e fonte de felicidade, é posto em prova durante os percalços da existência. Públio não aceita as atitudes de Lívia em ir procurar o Mestre e acusa-a rispidamente. Ela então se encontra com Jesus desprendida do corpo e chorando escuta-o dizer para não duvidar de sua misericórdia, pois no momento oportuno, quando estiver no limite de suas forças e todos a desprezarem, Ele a chamará em seu reino de divinas esperanças onde ela poderá aguardar o esposo no curso incessante dos séculos. Lívia faz de tudo para mostrar ao esposo as maravilhas do reino de Deus, mas ele se isola inflexível. Públio e Lívia retornam a Jerusalém em busca de Marcus e lá ela descobre, através de Ana, que Jesus foi preso a poder de Herodes Antipas. Públio é procurado por várias pessoas que tentam intervir pelo Messias, entre eles Simião (tio de Ana) e a própria esposa. Pôncil manda Sulpício e seus guardas chamarem Públio. Ao chegar ao palácio governamental ele é surpreendido por uma grande aglomeração. No enorme salão encontra-se um pequeno grupo de senadores escolhidos a dedo por Pilatos, além de militares e alguns civis romanos. Também estão presentes Sálvio Lentulus, Fúlvia Procula e Claudia Pilatos. Enquanto isso Plínio embarca no mediterrâneo sozinho, é roubado perto ao porto e salvo por André. Para liberá-lo, André lhe cobra uma gorda recompensa, mal sabendo que o próprio filho fora vendido a tal jovem por um preço duas vezes mais alto. Curado e liberto, Plínio retorna ao lar. Lívia, Flavia, Ana e Simião choram por causa do mestre. Pilatos encara a multidão ensandecida na praça, pede silêncio e propõe ao povo a troca de Jesus por Barrabás, o qual realmente tinha motivos para ser crucificado. Mas ali, a voz do povo é a voz de Deus e Jesus é levado à cruz. Totalmente abandonado pelos discípulos, ele é acompanhado por sua mãe, Ana, Simião e alguns poucos homens mais humildes. Desesperada com a condenação de Jesus, Lívia vai ao palácio falar com o governador Pilatos e é vista por Fúlvia que permanece às escondidas. Sulpício encaminha Lívia ao gabinete particular de Pilatos, donde este recebia outras várias mulheres para seus momentos libidinosos. Com sua mente pura e caridosa, Lívia reza enquanto aguarda o governados naquele local luxuoso. Fúlvia, boa conhecedora daquele recinto, aloja-se numa passagem secreta. Pilatos é interrompido em meio uma reunião, pede licença a todos e oculta a verdade de que Lívia o espera. Lívia implora a ajuda de Pilatos, mas este diz que nada pode fazer pelo Messias. Nesse instante Fúlvia vai fazer intriga fofocando para Públio que Lívia está traindo-o naquele instante com Pilatos. Públio recusa acreditar nas palavras de Fúlvia e decide espreitar a saída do gabinete de Pilatos. Nesse instante Lívia sai caminhando rapidamente em fuga do ataque de Pilatos. Públio se enche de cólera achando que sua esposa realmente o está traindo. De volta a praça, Lívia se reencontra com Ana e Simião. A sentença fora consumada e não havia nenhum recurso para livrar Jesus da condenação imposta.
Que parte imensamente triste! Ana e Simião vão para o calvário de Gólgota enquanto Lívia retorna para o lar a fim de orar. Da janela do quarto Lívia consegue ver ao longe, com os olhos espirituais, uma legião de anjos unindo céus e terra, descendo ao monte donde estavam levantadas as três cruzes. Emocionada ela visualiza muita luz ao torno da cruz de Jesus e escuta a seguinte mensagem vinda direta aos seus ouvidos esperançosos: ?filha, aguarda as claridades eternas do meu reino, porque na Terra, é assim que todos nós devemos morrer?. Logo em seguida ela é despertada de sua visão com a chegada de Públio. Este acha que as lágrimas da esposa são de arrependimento por tê-lo traído e descarrega sobre ela toda sua fúria. Públio só conserva a vida de Lívia por causa de Flávia. Em meio a tanto sofrimento ela volta a sentir a presença do Mestre junto a si.
Públio oferece uma fortuna para quem conseguir encontrar e lhe devolver seu filho. Sêmele vai ao encontro de André para combinar com ele a divisão do dinheiro do resgate e este, ambicioso para ter a quantia apenas para si ou para vingar-se de Públio de maneira mais cruel usando Marcus, oferece vinho envenenado a escrava, a qual morre ainda no mesmo dia. Simião torna-se o apóstolo da Samaria.
Públio viaja para Tiberíades, província ao norte de Israel. Sulpício sabendo disso corre para contar o fato a Pilátos e depois aproveita para se insinuar a Ana. Lívia, Flávia e Ana se escondem num aposento secreto na casa de Simeão. Sulpício junto de seus soldados prendem o velho Simeão e o tortura na vista de grande multidão. Simeão morre sem revelar o paradeiro de Lívia e, entremeio a morte, o ancião escuta os ecos suaves de um cântico celeste enquanto entidades lúcidas o acolhem levando-o para uma Galileia florida e muito mais bela.
Sulpício cheio de descontrolada raiva retalha brutalmente o corpo desfalecido de Simeão com a espada. Nisso a cruz donde este estava amarrado recebendo os açoites cai sobre Sulpício atingindo-o de modo fatal. Lívia se responsabiliza pelo sepultamento de Simeão e atribui a culpa daquele massacre a Pilatos. Públio retorna para o lar e fica surpreendido com todos os ocorridos. Pilatos revoltado desconta sua ira ordenando o assassínio ou a escravidão de elementos numerosos da população de Samaria, em sinal de vingança pela morte daquele que considerava como o melhor áulico da sua casa.
Lívia tenta conversar com o esposo, mas este não lhe dá ouvidos e ela vai chorar e rezar no isolamento de seu quarto. Durante seu momento de sofreguidão ela escuta a voz de Simeão a dizer-lhe para não esperar da Terra a felicidade que o mundo não pode dar, mas sim esperar do Reino da misericórdia divina, donde há bastante luz para que floresçam as mais santificadas esperanças a seu coração maternal. Dois anos se passam donde Públio acumula volumoso processo contra Pilatos. Em vista das distancias, por muito tempo rolou o processo nos gabinetes administrativos, até que no ano 35, foi o Procurador da Judéia chamado a Roma, onde foi destituído de todas as funções que exercia no governo imperial, sendo banido para Viena, nas Gálias, onde se suicidou, daí três anos, ralado de remorso, de privações e de amarguras. Esse foi o fim de Pôncil Pilatos. Mais de dez anos prosseguem-se na vila de Carfanaum, finalizando assim a primeira parte do livro.
Depois de quinze anos na Palestina, a família Lentulus retorna para Roma. Plínio e Agripa vão recebê-los. Ambos ficam encantados em estar diante de Flávia, agora uma jovem mulher. Nos últimos instantes da vida de Flamínio, Lívia verifica a presença de Simião entremeio a equipe espiritual que se aproxima do corpo imóvel, o qual, nesse instante, deixa escapar o ultimo suspiro, conservando na face uma serenidade de quem parte para o reino dos juntos. Plínio e Flavia se enamoram. Aurélia tenta provocar ciúmes em Plínio agindo nos seus impulsos de inveja e despeito.
Agripa também se enche de ciúmes e nos desvarios dos vícios e das companhias nocivas, adoece gravemente, acolhendo a idéia de sua mãe em viajar para Avênio a fim de tentar aliviar suas desilusões. No meio dos convidados da festa de casamento de Flávia e Plínio encontra-se Saul que, após longos anos viajando pelo oriente e dono de boa fortuna nessa altura dos fatos, abandonou o sobrenome paterno apresentando uma nova identidade romana desde muito autorizada por Flamínio Severus. Públio observa Saul sem recordar de onde o conhece, embora se lembre claramente da figura de André. Aurélia se casa com um jovem de nome Emiliano Lucius, mas insatisfeita acompanha sua mãe a procura de um célebre feiticeiro egípcio chamado Araxes em sua loja de mercadorias exóticas nas proximidades do Esquilino.
Araxes diz que Flávia não deve se colocar no meio do caminho do casal, pois a união destes é para resgates de provações amargas. Mãe e filha saem irritadas do local e esbarram em Saul sem reconhecê-lo por causa da escuridão da noite. Saul também estava à procura de Araxes na ânsia de possuir Flávia a qualquer preço. O feiticeiro aconselha-o a não se intrometer no destino de duas criaturas que as forças do céu talharam uma para a outra e ainda o faz recordar da atitude nobre de Agripa que se ausentou para não sofrer perante a perda de sua amada para o irmão. Araxes diz que Saul terá uma chance quando o casal sofrer uma dolorosa prova, algo que os irá separar dentro da própria casa. Será um momento do casal resgatar o passado doloroso ou então contrair novos débitos morais. As pretensões de Saul poderiam ser satisfeitas caso a tendência de Lívia ou Plínio pendesse para o mal. Antes disso seria inútil Saul tentar qualquer coisa contra os dois. Mesmo assim, Saul posiciona-se como amigo sincero de Flávia ao contar-lhe que sua prima Aurélia tem buscado um feiticeiro para tomar-lhe seu esposo Plínio.
No decorrer dos acontecimentos, Sálvio falece e, três anos depois, em seu momento de agonia final, Fúlvia vê seres tenebrosos, entre eles Sulpício. Somente então ela percebe sua consciência escura e manchada pelos seus longos desvios morais. Igual a mãe no desregramento e na falta de amor, é Aurora quem mata Fúlvia com veneno. E do mesmo frasco de cicuta também faz uso Emiliano, atendendo sua resolução de suicídio. Plínio trai Flávia com Aurélie e outras mulheres. Saul monta uma armadilha para que Plínio pegue a esposa saindo do teatro com Agripa. Estes tinham um relacionamento fraternal de irmão e, distante de trair o esposo, Flávia fazia companhia para Agripa apenas para amenizá-lo do sofrimento da doença de Calpúrnia. O ano de cinqüenta e oito se prolonga cheio de amarguras.
Antes de morrer, Calpúrnia vê o esposo falecido e este lhe responde a uma pergunta sobre Lívia mantida por doze anos em dúvida. Calpúrnia faz um ultimo pedido de conversar com Públio e contando-lhe sua visão espiritual, dizer que Lívia é uma mulher imaculada e inocente. Calpúrnia manda chamar Lívia, mas sem conseguir falar-lhe mais do que um sussurro de perdão por um dia tê-la julgado como mulher infiel, falece nos braços da amiga.
Ana e Lívia vão ao santuário das catacumbas escutar um emissário da igreja de Antioquia chamado João de Cleofas.
Duas centenas de pessoas se encontraram a chorar diante das seguintes palavras do profeta: ?...se Jesus permite aos ímpios a realização de monumentos maravilhosos, como os desta cidade suntuosa e apodrecida, que não reservará ele, na sua infinita misericórdia, aos homens bons e justos, nas claridades do seu Reino?? Entremeio a prece de finalização aparece Luculo e Clódio Varrus com suas armaduras a prender os cristãos e levá-los ao Circo Máximo. Edificado nos primórdios da organização romana, as proporções grandiosas do Circo se haviam desenvolvido com a cidade e, ao tempo de Domício Nero, tinha capacidade para trezentos mil espectadores comodamente instalados dentro do luxo e da demasia de ornamentos. Ali era o local dos prazeres mais hediondos. Cada um dos prisioneiros ia ser jogado na arena para as feras leoninas a mando de Nero e César. Lívia e Ana atrás das grades improvisadas são tratadas com respeito por causa das vestes de Lívia que demonstra sua nobreza.
Depois de vinte e cinco anos sentindo-se distante de Públio por causa de uma profunda diferença entre suas almas não tão afins, Lívia se predispõe a morrer por amor às suas crenças para testemunhar sua fé. Nessa idéia resoluta, ela pede a Ana suas vestes pobres para arrancar os preconceitos ligados à matéria e assim ter seu último ato de humildade. Na penumbra do ambiente, ambas trocam as vestes e Ana toma a aparência púrpura da nobreza. Lívia fica apenas com o camafeu que contém o perfil de Públio em auto-relevo. Enfrentar a morte com aquele colar foi símbolo que deixou representado seus dois grandes amores na Terra: o esposo e Jesus. Públio acorda predisposto a fazer as pazes com Lívia e preocupa-se ao sabe que esta não está na casa da filha. Depois de algumas apresentações desprazíveis, o soldado Aton recebe a ordem de separar Ana, a mulher diferenciada por causa de suas vestes, do restante dos cristãos que são jogados à morte junto aos leões famintos. Lívia se curva a orar assim que entra na arena e repentinamente é envolvida pelas patas selvagens. Numa translúcida névoa ela avista Simeão dando-lhe a doce e silenciosa certeza de haver transposto o limiar da eternidade. Públio em seu camarim de honra sente no coração imprimível angústia sem saber o que se passa consigo e angustiado retorna ao lar. Ana é liberta por causa de suas vestes e jóias, uma vez que Nero não quer complicações com a família de alguém que aparentemente pertence à nobreza. Retornando para a casa da patroa que morrera em seu lugar por livre e espontânea vontade, Ana em choro amargurado conta tudo a Públio, o qual experimenta em tal momento a dor mais terrível de sua misérrima existência. Públio recupera o colar de Lívia jogando nos contendores uma bolsa de moedas de ouro num gesto de nojo e de supremo desprezo. Repousando encostado a um tronco anoso de gigantesca árvore, ele aperta o colar junto ao peito e humildemente começa a rezar quando visualiza a expressão suave de Flamínio a lhe dizer que apenas Jesus é o caminho, a Verdade e a Vida. Públio clama por perdão ao tomar consciência de tantas verdades não percebidas até então. Ao retornar para casa ele reúne Flávia, Agripa, Ana e Plínio para transmitir-lhes as ultimas revelações. Plínio tenta jogar a culpa de tudo sobre Ana, mas Públio faz o oposto querendo resguardar a serva em memória da fidelidade que esta teve por sua esposa. De tal modo, pede segredo dos fatos a todos para honrar publicamente a memória de Lívia e não provocar a ira da sociedade.
De tal modo, é espalhada a noticia de que Lívia morreu em Tibur após grave enfermidade, sendo assim possível a translação publica das cinzas com as quais se celebra visitações de homenagem a importante posição de Lívia enquanto esposa do senador. Lívia junto a Calpúrnia contempla as alvoradas do reino do Senhor e diante dos espíritos iluminados Jesus se faz presente. Aurélia é morta a punhaladas por Sérgio, seu segundo esposo, ao surpreendê-la com outro homem. Públio recebe orientações espirituais de Flamínio para agir contra Nero e vai para Jerusalém ajudar Tito, filho do imperador Vespasiano, tornando-se assim confidente íntimo de seus préstimos. Durante um conflito de judeus e romanos, Públio se coloca diante de André e é levado preso. Marcus, tendo o nome de Ítalo e sendo um escravo romano aprisionado, é ordenado a cegar Públio com uma lamina quente, mal sabendo que está diante do próprio pai. Logo em seguida Ítalo é morto brutalmente. Tempos depois, junto à morte André pede desculpas a Públio e nesse instante Flamínio lhe aparece para apresentar as próprias culpas que ele teve para com Saul e aconselhá-lo a aceitar tal perdão humildemente. Os tempos passam enquanto Públio vai tomando consciência de todos os males cometidos. Ana lhe conta que Lívia fizera de tudo para salvar Jesus, inclusive sacrificando-se para ir conversar com Pilatos. Amargamente Públio relembra quando interpretou erroneamente a saída da esposa do gabinete particular de Pilatos. Públio não consegue entender como conseguiu desviar-se tanto do caminho do bem tendo consigo a companhia de uma alma tão pura e elevada como esposa. Plínio se regenera, retorna para o lar, pede perdão a Ana, ao pai e principalmente a Flávia. Pompéia é abalada pelo vulcão Vesúvio que leva Ana e Públio a morte. No plano espiritual, o reencontro entre todas as almas arrependidas que buscam o amor nos deixa os ensinamento de que nunca é tarde para resgatar a fé e ir atrás do tempo perdido, dos sonhos esquecidos e das alegrias não vividas.
*
Finalizando, eis o trecho que mais gostei: ?...A vida é um jogo de circunstancias que todo espírito deve entrosar para o bem, no mecanismo do seu destino. Aproveita, pois, essas possibilidades que a misericórdia dos deuses coloca ao serviço da tua redenção. Não desprezes o chamamento da verdade, quando soar a hora do testemunho e das renúncias santificadoras... Não devemos passar pela vida, mas sim deixar que a vida passe por nós, invadindo nossos sonhos apenas com as realizações que merecemos viver...? e para ti um poema em forma de texto que, em forma de música, Lívia cantou para Públio enquanto tocava harpa: ?Alma gêmea da minhalma, Flor de luz da minha vida, Sublime estrela caída Das belezas da amplidão!... Quando eu errava no mundo Triste e só, no meu caminho, Chegaste, devagarinho, E encheste-me o coração. Vinhas na bênção dos deuses, Na divina claridade, Tecer-me a felicidade, Em sorrisos de esplendor!... És meu tesouro infinito, Juro-te eterna aliança, Porque eu sou tua esperança, Como és todo o meu amor! Alma gêmea da minhalma, Se eu te perder, algum dia, Serei a escura agonia, Da saudade nos seus véus... Se um dia me abandonares, Luz terna dos meus amores, Hei de esperar-te, entre as flores, Da claridade dos céus...?
Daniele 08/01/2024minha estante
Você contou o livro todo, deveria colocar como spoiler




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ProencaKahe 11/09/2023

Progredir sem cessar, tal é a lei
A obra nos traz diversos pontos relativos ao cristianismo primitivo, como as reuniões secretas, os martírios dos cristãos, o magnetismo poderoso de Jesus em que todos que entravam em contato com Ele jamais o esqueciam, e sempre eram marcados pela infinita paz que emanada pelo Mestre se sentiam tocados nos recantos mais profundos da alma . A história de Emmanuel em uma de suas reencarnações mais remotas "há dois mil anos atrás" , onde ele tinha o nome de Publius Lentulus, nos mostra que o progresso como lei universal acaba nos "arrastando" ao Pai .Fica evidente que através das leis de ação e reação tudo que fizermos nessa ou noutra reencarnação terá uma consequência em nossa vida,e que a nossa conduta pode amenizar as nossas expiações que teremos que passar durante nossa passagem terrena ou dificultar nossa situação,mas sempre visando o nosso encontro inevitável com a Luz de Deus, onde a chave é o amor ,e esse amor deve ser vivido todos os dias , sabendo que a espiritualidade sempre está constantemente agindo em nossas vidas, e que nada que fizermos fica impune nas leis de Deus.
Vanessa.Castilhos 11/09/2023minha estante
Ótima resenha!! ????


ProencaKahe 11/09/2023minha estante
Muito obrigado ?




Elisabete53 11/08/2023

Maravilhoso
História emocionante, que nos faz refletir na vida, nas atitudes e nas prioridades.
Sempre fico emocionada
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viihast 02/08/2023

"...não duvidemos das revelações do Céu..."
"Há dois mil anos" é uma leitura que a muito tempo venho querendo começar, mas como acreditamos nessa doutrina, tudo tem sua hora, e foi com uma leitura compartilhada no instagram da @bela.lereinspirar que comecei esse livro, e fico muito feliz em finalmente poder escrever essa resenha.
Apaixonada por história, cristianismo, deuses e espiritismo, nesse livro consegui encontrar tudo isso e muito mais.
Iniciamos o livro na Roma antiga, no mesmo período em que Jesus estava encarnado entre nós, e conhecemos uma das encarnações de Emmanuel, Publius Lentulus.
Publius ainda era um espírito muito materializado, por mais que não fosse parecido com outros personagens da história, ele ainda era um espírito muito inferior, apegado a sua posição social, de grande e respeitável Senador da época.
Conhecendo sua esposa mais a fundo durante a leitura, Lívia, conseguimos notar o quão espiritualizada e evoluída ela já é desde o princípio da história, não é atoa que foi escolhida para seguir os passos do Senhor como discípula juntamente com sua serva, Ana. As duas protagonizam lindas interações ao falarem de Jesus, de seus ensinamentos e de seu evangelho.
Existe também, uma bela história de amor entre Publius e Lívia, mas infelizmente, episódios infortúnios acabam acontecendo e os dois passam por muitas dificuldades e provas, principalmente Publios por ser um espírito muito inferior em comparação com Lívia.
Uma das partes que achei mais lindo, foram os detalhes que eles relatavam de como é Jesus, tanto fisicamente como espiritualmente, detalhes como o do julgamento dele, os bastidores de tudo que estava acontecendo naquele momento, foi muito interessante.
A leitura flui muito bem, o tempo todo acontece alguma coisa que não nos faz querer parar de ler
É como se fosse uma novela mexicana, encontros e desencontros, sacrifícios, os tipos de fé, a disputa pelo império, amores proibidos, vingança, e tudo acontecendo ao mesmo tempo.
Definitivamente entrou pra lista dos meus livros favoritos da vida, é como se eu pudesse ficar o dia todo falando dele, simplesmente perfeito e até agora me pergunto o motivo da minha demora pra ler esse livro.
"Há dois Mil Anos" está mais do que recomendado para ler, todos deveriam tirar proveito dessa magnífica obra prima de Chico Xavier e Emmanuel.


"...só uma lei existe e sobreviverá aos escombros da inquietação do homem ? a lei do amor, instituída por meu Pai, desde o princípio da Criação..."

"Confiemos em Deus, nosso Pai celestial, e confiemos em Jesus, que ainda ontem nos contemplava da cruz dos seus sofrimentos, com um olhar de infinita piedade!"

? "Que fazer para alcançar do Céu o esquecimento de minhas faltas?!..."
? ?Perdoa!...?

?Nas moradas infinitas do Pai, há luz bastante para dissipar todas as trevas, consolar todas as dores, redimir todas as iniquidades..."
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