Há Dois Mil Anos

Há Dois Mil Anos Chico Xavier




Resenhas - Há Dois Mil Anos


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Katy :) 19/10/2023

"Nas moradas infinitas do Pai, há luz bastante para dissipar todas as trevas, consolar todas as dores, redimir todas as iniquidades..."
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Carla.Parreira 07/10/2023

Há dois mil anos
???
O livro conta à história de Emmanuel enquanto encarnado na época de Jesus como Senador Públio Lentulus. A história central do início do livro trata da doença de Flávia, irmã mais velha de Marcus, filha de Públio e sua fiel esposa Lívia Lentulus. Junto a eles somam-se os personagens Sálvio Lentulus (irmão de Públio) casado com a frívola Fúlvia e a filha do casal Aurélia (prima de Flávia). Fúlvia possui interesses pelo cunhado Públio, é amante do guardião romano Sulpício e já manteve concubinato com o governador Pôncil Pilatos (seu cunhado), o qual é casado com sua irmã Cláudia e mantém interesses buliçosos e escusos por Lívia. Cláudia e Lívia são boas amigas e sofrem as intrigas cometidas pela invejosa Fúlvia. Também entra na história o Senador Flamínio Severus, sua esposa Calpurnia, seus filhos Plínio e Agripa, e o escravo judeu Saul, filho de André de Gioras. Plínio e Agripa são apaixonados por Flávia, mas Plínio a pede em casamento por carta a Públio antes do irmão. Entremeio aos dois irmãos se junta o ódio vingativo de Saul, uma vez que, antes de ter se tornado escravo da família Severus, fora condenado a prisão por Públio após o imprevisto de Lívia receber uma pedrada no rosto durante sua viagem para a Palestina. No meio de dezenas de escravos e centuriões, fui Saul quem, culpado ou não, foi castigado dolorosamente a vista de todos e levado ao cárcere. Sulpício não se importa de saber que sua amante Fúlvia também se envolve com Pôncil, pois sabe que este possui maior interesse em Lívia. Em jogo de chantagem, Fúlvia obriga Sulpício a ajudá-la a se aproximar de Públio. Espertamente ele faz isso ajudando Pôncil a se aproximar de Lívia. Ao mesmo tempo também é contratado por Sálvio para seguir todos os passos de Fúlvia, o qual nem imaginava que ele era um dos próprios amantes dela. É uma história cheia de abusos de poder, vinganças, ciúmes, traição, calúnias, crueldade e o oposto de tudo isso pela presença benevolente de Jesus. De toda a história comentarei apenas o que mais me tocou, pois a leitura é bem cheia de pequenos episódios, dos quais não daria para contá-los todos.
Lívia, Públio e a filha Flávia saem de Roma e vão para Carfanaum levando duas servas: Ana, a qual bondosamente muito ajuda Lívia nos planos de tal viagem, e Sêmele. Gostei quando Jesus chamou por Públio e disse que não veio ao mundo questionar os erros dos homens, mas sim confortar os corações desfalecidos e aflitos. Não veio buscar os homens de estado insensível, arrogantes e orgulhosos, mas atender aos pedidos das almas esperançosas que carregam um rastro de fé. A fé é divina e basta apenas um raio das energias poderosas de Deus para que se destruam todos os monumentos da vaidade humana. Era a chance de regeneração para Públio através da humildade, mas ele não compreendeu a profundidade das palavras de Jesus. Este lhe explicou que a grandiosidade dos imperadores era pura ilusão, pois tudo desfaleceria, menos as leis criadas por Deus desde o princípio da criação, baseadas no amor. Públio percebe que Jesus, contemplando o céu e chorando, está também orando. Tal conversa o deixa muito reflexivo e, quando chega a casa, encontra Flavia alegre com a filha comemorando o fato de que, pouco antes, sentira uma grande presença espiritual a lhe envolver e agir sobre seu estado de saúde. De todo modo, Públio não acata a idéia de que foi Jesus quem curou sua filha. Em seqüência aos fatos, André de Gioras consegue executar o rapto de Marcus com a ajuda de Sêmele. Quantas intrigas! Tocou-me quando Lívia descreve a Ana que não dá valor às pessoas pela posição social que desfrutam ou pelas honras que recebem, pois mesmo sendo filha única, cidadã romana, esposa de senador e repleta de mordomias materiais, aprendeu a ser humilde por ter uma vida também cheia de amarguras. Lívia entende que ambas não possuem corações diferentes que possam as distinguir em papeis de serva e patroa, mas ao contrário disso, sabe que ambas possuem sim um verdadeiro sentimento de fraternidade que as iluminam nos dias mais difíceis. Em resposta Ana lhe diz que o destino a Deus pertence e que é preciso crer intensamente que o Senhor está ao lado de todos. É na finalização dessa conversa que Ana sugere a Lívia para ir procurar Jesus, idéia acatada sem muita dificuldade.
Após acompanhar o Mestre em suas pregações, Jesus diz para Lívia acreditar no Pai e não descrer, pois chegará o tempo em que compreenderá suas renúncias sagradas. Lívia sente que ainda terá muitas provações para sofrer. Percebo claramente nessa parte do livro o quanto o amor, sendo um sentimento divino e fonte de felicidade, é posto em prova durante os percalços da existência. Públio não aceita as atitudes de Lívia em ir procurar o Mestre e acusa-a rispidamente. Ela então se encontra com Jesus desprendida do corpo e chorando escuta-o dizer para não duvidar de sua misericórdia, pois no momento oportuno, quando estiver no limite de suas forças e todos a desprezarem, Ele a chamará em seu reino de divinas esperanças onde ela poderá aguardar o esposo no curso incessante dos séculos. Lívia faz de tudo para mostrar ao esposo as maravilhas do reino de Deus, mas ele se isola inflexível. Públio e Lívia retornam a Jerusalém em busca de Marcus e lá ela descobre, através de Ana, que Jesus foi preso a poder de Herodes Antipas. Públio é procurado por várias pessoas que tentam intervir pelo Messias, entre eles Simião (tio de Ana) e a própria esposa. Pôncil manda Sulpício e seus guardas chamarem Públio. Ao chegar ao palácio governamental ele é surpreendido por uma grande aglomeração. No enorme salão encontra-se um pequeno grupo de senadores escolhidos a dedo por Pilatos, além de militares e alguns civis romanos. Também estão presentes Sálvio Lentulus, Fúlvia Procula e Claudia Pilatos. Enquanto isso Plínio embarca no mediterrâneo sozinho, é roubado perto ao porto e salvo por André. Para liberá-lo, André lhe cobra uma gorda recompensa, mal sabendo que o próprio filho fora vendido a tal jovem por um preço duas vezes mais alto. Curado e liberto, Plínio retorna ao lar. Lívia, Flavia, Ana e Simião choram por causa do mestre. Pilatos encara a multidão ensandecida na praça, pede silêncio e propõe ao povo a troca de Jesus por Barrabás, o qual realmente tinha motivos para ser crucificado. Mas ali, a voz do povo é a voz de Deus e Jesus é levado à cruz. Totalmente abandonado pelos discípulos, ele é acompanhado por sua mãe, Ana, Simião e alguns poucos homens mais humildes. Desesperada com a condenação de Jesus, Lívia vai ao palácio falar com o governador Pilatos e é vista por Fúlvia que permanece às escondidas. Sulpício encaminha Lívia ao gabinete particular de Pilatos, donde este recebia outras várias mulheres para seus momentos libidinosos. Com sua mente pura e caridosa, Lívia reza enquanto aguarda o governados naquele local luxuoso. Fúlvia, boa conhecedora daquele recinto, aloja-se numa passagem secreta. Pilatos é interrompido em meio uma reunião, pede licença a todos e oculta a verdade de que Lívia o espera. Lívia implora a ajuda de Pilatos, mas este diz que nada pode fazer pelo Messias. Nesse instante Fúlvia vai fazer intriga fofocando para Públio que Lívia está traindo-o naquele instante com Pilatos. Públio recusa acreditar nas palavras de Fúlvia e decide espreitar a saída do gabinete de Pilatos. Nesse instante Lívia sai caminhando rapidamente em fuga do ataque de Pilatos. Públio se enche de cólera achando que sua esposa realmente o está traindo. De volta a praça, Lívia se reencontra com Ana e Simião. A sentença fora consumada e não havia nenhum recurso para livrar Jesus da condenação imposta.
Que parte imensamente triste! Ana e Simião vão para o calvário de Gólgota enquanto Lívia retorna para o lar a fim de orar. Da janela do quarto Lívia consegue ver ao longe, com os olhos espirituais, uma legião de anjos unindo céus e terra, descendo ao monte donde estavam levantadas as três cruzes. Emocionada ela visualiza muita luz ao torno da cruz de Jesus e escuta a seguinte mensagem vinda direta aos seus ouvidos esperançosos: ?filha, aguarda as claridades eternas do meu reino, porque na Terra, é assim que todos nós devemos morrer?. Logo em seguida ela é despertada de sua visão com a chegada de Públio. Este acha que as lágrimas da esposa são de arrependimento por tê-lo traído e descarrega sobre ela toda sua fúria. Públio só conserva a vida de Lívia por causa de Flávia. Em meio a tanto sofrimento ela volta a sentir a presença do Mestre junto a si.
Públio oferece uma fortuna para quem conseguir encontrar e lhe devolver seu filho. Sêmele vai ao encontro de André para combinar com ele a divisão do dinheiro do resgate e este, ambicioso para ter a quantia apenas para si ou para vingar-se de Públio de maneira mais cruel usando Marcus, oferece vinho envenenado a escrava, a qual morre ainda no mesmo dia. Simião torna-se o apóstolo da Samaria.
Públio viaja para Tiberíades, província ao norte de Israel. Sulpício sabendo disso corre para contar o fato a Pilátos e depois aproveita para se insinuar a Ana. Lívia, Flávia e Ana se escondem num aposento secreto na casa de Simeão. Sulpício junto de seus soldados prendem o velho Simeão e o tortura na vista de grande multidão. Simeão morre sem revelar o paradeiro de Lívia e, entremeio a morte, o ancião escuta os ecos suaves de um cântico celeste enquanto entidades lúcidas o acolhem levando-o para uma Galileia florida e muito mais bela.
Sulpício cheio de descontrolada raiva retalha brutalmente o corpo desfalecido de Simeão com a espada. Nisso a cruz donde este estava amarrado recebendo os açoites cai sobre Sulpício atingindo-o de modo fatal. Lívia se responsabiliza pelo sepultamento de Simeão e atribui a culpa daquele massacre a Pilatos. Públio retorna para o lar e fica surpreendido com todos os ocorridos. Pilatos revoltado desconta sua ira ordenando o assassínio ou a escravidão de elementos numerosos da população de Samaria, em sinal de vingança pela morte daquele que considerava como o melhor áulico da sua casa.
Lívia tenta conversar com o esposo, mas este não lhe dá ouvidos e ela vai chorar e rezar no isolamento de seu quarto. Durante seu momento de sofreguidão ela escuta a voz de Simeão a dizer-lhe para não esperar da Terra a felicidade que o mundo não pode dar, mas sim esperar do Reino da misericórdia divina, donde há bastante luz para que floresçam as mais santificadas esperanças a seu coração maternal. Dois anos se passam donde Públio acumula volumoso processo contra Pilatos. Em vista das distancias, por muito tempo rolou o processo nos gabinetes administrativos, até que no ano 35, foi o Procurador da Judéia chamado a Roma, onde foi destituído de todas as funções que exercia no governo imperial, sendo banido para Viena, nas Gálias, onde se suicidou, daí três anos, ralado de remorso, de privações e de amarguras. Esse foi o fim de Pôncil Pilatos. Mais de dez anos prosseguem-se na vila de Carfanaum, finalizando assim a primeira parte do livro.
Depois de quinze anos na Palestina, a família Lentulus retorna para Roma. Plínio e Agripa vão recebê-los. Ambos ficam encantados em estar diante de Flávia, agora uma jovem mulher. Nos últimos instantes da vida de Flamínio, Lívia verifica a presença de Simião entremeio a equipe espiritual que se aproxima do corpo imóvel, o qual, nesse instante, deixa escapar o ultimo suspiro, conservando na face uma serenidade de quem parte para o reino dos juntos. Plínio e Flavia se enamoram. Aurélia tenta provocar ciúmes em Plínio agindo nos seus impulsos de inveja e despeito.
Agripa também se enche de ciúmes e nos desvarios dos vícios e das companhias nocivas, adoece gravemente, acolhendo a idéia de sua mãe em viajar para Avênio a fim de tentar aliviar suas desilusões. No meio dos convidados da festa de casamento de Flávia e Plínio encontra-se Saul que, após longos anos viajando pelo oriente e dono de boa fortuna nessa altura dos fatos, abandonou o sobrenome paterno apresentando uma nova identidade romana desde muito autorizada por Flamínio Severus. Públio observa Saul sem recordar de onde o conhece, embora se lembre claramente da figura de André. Aurélia se casa com um jovem de nome Emiliano Lucius, mas insatisfeita acompanha sua mãe a procura de um célebre feiticeiro egípcio chamado Araxes em sua loja de mercadorias exóticas nas proximidades do Esquilino.
Araxes diz que Flávia não deve se colocar no meio do caminho do casal, pois a união destes é para resgates de provações amargas. Mãe e filha saem irritadas do local e esbarram em Saul sem reconhecê-lo por causa da escuridão da noite. Saul também estava à procura de Araxes na ânsia de possuir Flávia a qualquer preço. O feiticeiro aconselha-o a não se intrometer no destino de duas criaturas que as forças do céu talharam uma para a outra e ainda o faz recordar da atitude nobre de Agripa que se ausentou para não sofrer perante a perda de sua amada para o irmão. Araxes diz que Saul terá uma chance quando o casal sofrer uma dolorosa prova, algo que os irá separar dentro da própria casa. Será um momento do casal resgatar o passado doloroso ou então contrair novos débitos morais. As pretensões de Saul poderiam ser satisfeitas caso a tendência de Lívia ou Plínio pendesse para o mal. Antes disso seria inútil Saul tentar qualquer coisa contra os dois. Mesmo assim, Saul posiciona-se como amigo sincero de Flávia ao contar-lhe que sua prima Aurélia tem buscado um feiticeiro para tomar-lhe seu esposo Plínio.
No decorrer dos acontecimentos, Sálvio falece e, três anos depois, em seu momento de agonia final, Fúlvia vê seres tenebrosos, entre eles Sulpício. Somente então ela percebe sua consciência escura e manchada pelos seus longos desvios morais. Igual a mãe no desregramento e na falta de amor, é Aurora quem mata Fúlvia com veneno. E do mesmo frasco de cicuta também faz uso Emiliano, atendendo sua resolução de suicídio. Plínio trai Flávia com Aurélie e outras mulheres. Saul monta uma armadilha para que Plínio pegue a esposa saindo do teatro com Agripa. Estes tinham um relacionamento fraternal de irmão e, distante de trair o esposo, Flávia fazia companhia para Agripa apenas para amenizá-lo do sofrimento da doença de Calpúrnia. O ano de cinqüenta e oito se prolonga cheio de amarguras.
Antes de morrer, Calpúrnia vê o esposo falecido e este lhe responde a uma pergunta sobre Lívia mantida por doze anos em dúvida. Calpúrnia faz um ultimo pedido de conversar com Públio e contando-lhe sua visão espiritual, dizer que Lívia é uma mulher imaculada e inocente. Calpúrnia manda chamar Lívia, mas sem conseguir falar-lhe mais do que um sussurro de perdão por um dia tê-la julgado como mulher infiel, falece nos braços da amiga.
Ana e Lívia vão ao santuário das catacumbas escutar um emissário da igreja de Antioquia chamado João de Cleofas.
Duas centenas de pessoas se encontraram a chorar diante das seguintes palavras do profeta: ?...se Jesus permite aos ímpios a realização de monumentos maravilhosos, como os desta cidade suntuosa e apodrecida, que não reservará ele, na sua infinita misericórdia, aos homens bons e justos, nas claridades do seu Reino?? Entremeio a prece de finalização aparece Luculo e Clódio Varrus com suas armaduras a prender os cristãos e levá-los ao Circo Máximo. Edificado nos primórdios da organização romana, as proporções grandiosas do Circo se haviam desenvolvido com a cidade e, ao tempo de Domício Nero, tinha capacidade para trezentos mil espectadores comodamente instalados dentro do luxo e da demasia de ornamentos. Ali era o local dos prazeres mais hediondos. Cada um dos prisioneiros ia ser jogado na arena para as feras leoninas a mando de Nero e César. Lívia e Ana atrás das grades improvisadas são tratadas com respeito por causa das vestes de Lívia que demonstra sua nobreza.
Depois de vinte e cinco anos sentindo-se distante de Públio por causa de uma profunda diferença entre suas almas não tão afins, Lívia se predispõe a morrer por amor às suas crenças para testemunhar sua fé. Nessa idéia resoluta, ela pede a Ana suas vestes pobres para arrancar os preconceitos ligados à matéria e assim ter seu último ato de humildade. Na penumbra do ambiente, ambas trocam as vestes e Ana toma a aparência púrpura da nobreza. Lívia fica apenas com o camafeu que contém o perfil de Públio em auto-relevo. Enfrentar a morte com aquele colar foi símbolo que deixou representado seus dois grandes amores na Terra: o esposo e Jesus. Públio acorda predisposto a fazer as pazes com Lívia e preocupa-se ao sabe que esta não está na casa da filha. Depois de algumas apresentações desprazíveis, o soldado Aton recebe a ordem de separar Ana, a mulher diferenciada por causa de suas vestes, do restante dos cristãos que são jogados à morte junto aos leões famintos. Lívia se curva a orar assim que entra na arena e repentinamente é envolvida pelas patas selvagens. Numa translúcida névoa ela avista Simeão dando-lhe a doce e silenciosa certeza de haver transposto o limiar da eternidade. Públio em seu camarim de honra sente no coração imprimível angústia sem saber o que se passa consigo e angustiado retorna ao lar. Ana é liberta por causa de suas vestes e jóias, uma vez que Nero não quer complicações com a família de alguém que aparentemente pertence à nobreza. Retornando para a casa da patroa que morrera em seu lugar por livre e espontânea vontade, Ana em choro amargurado conta tudo a Públio, o qual experimenta em tal momento a dor mais terrível de sua misérrima existência. Públio recupera o colar de Lívia jogando nos contendores uma bolsa de moedas de ouro num gesto de nojo e de supremo desprezo. Repousando encostado a um tronco anoso de gigantesca árvore, ele aperta o colar junto ao peito e humildemente começa a rezar quando visualiza a expressão suave de Flamínio a lhe dizer que apenas Jesus é o caminho, a Verdade e a Vida. Públio clama por perdão ao tomar consciência de tantas verdades não percebidas até então. Ao retornar para casa ele reúne Flávia, Agripa, Ana e Plínio para transmitir-lhes as ultimas revelações. Plínio tenta jogar a culpa de tudo sobre Ana, mas Públio faz o oposto querendo resguardar a serva em memória da fidelidade que esta teve por sua esposa. De tal modo, pede segredo dos fatos a todos para honrar publicamente a memória de Lívia e não provocar a ira da sociedade.
De tal modo, é espalhada a noticia de que Lívia morreu em Tibur após grave enfermidade, sendo assim possível a translação publica das cinzas com as quais se celebra visitações de homenagem a importante posição de Lívia enquanto esposa do senador. Lívia junto a Calpúrnia contempla as alvoradas do reino do Senhor e diante dos espíritos iluminados Jesus se faz presente. Aurélia é morta a punhaladas por Sérgio, seu segundo esposo, ao surpreendê-la com outro homem. Públio recebe orientações espirituais de Flamínio para agir contra Nero e vai para Jerusalém ajudar Tito, filho do imperador Vespasiano, tornando-se assim confidente íntimo de seus préstimos. Durante um conflito de judeus e romanos, Públio se coloca diante de André e é levado preso. Marcus, tendo o nome de Ítalo e sendo um escravo romano aprisionado, é ordenado a cegar Públio com uma lamina quente, mal sabendo que está diante do próprio pai. Logo em seguida Ítalo é morto brutalmente. Tempos depois, junto à morte André pede desculpas a Públio e nesse instante Flamínio lhe aparece para apresentar as próprias culpas que ele teve para com Saul e aconselhá-lo a aceitar tal perdão humildemente. Os tempos passam enquanto Públio vai tomando consciência de todos os males cometidos. Ana lhe conta que Lívia fizera de tudo para salvar Jesus, inclusive sacrificando-se para ir conversar com Pilatos. Amargamente Públio relembra quando interpretou erroneamente a saída da esposa do gabinete particular de Pilatos. Públio não consegue entender como conseguiu desviar-se tanto do caminho do bem tendo consigo a companhia de uma alma tão pura e elevada como esposa. Plínio se regenera, retorna para o lar, pede perdão a Ana, ao pai e principalmente a Flávia. Pompéia é abalada pelo vulcão Vesúvio que leva Ana e Públio a morte. No plano espiritual, o reencontro entre todas as almas arrependidas que buscam o amor nos deixa os ensinamento de que nunca é tarde para resgatar a fé e ir atrás do tempo perdido, dos sonhos esquecidos e das alegrias não vividas.
*
Finalizando, eis o trecho que mais gostei: ?...A vida é um jogo de circunstancias que todo espírito deve entrosar para o bem, no mecanismo do seu destino. Aproveita, pois, essas possibilidades que a misericórdia dos deuses coloca ao serviço da tua redenção. Não desprezes o chamamento da verdade, quando soar a hora do testemunho e das renúncias santificadoras... Não devemos passar pela vida, mas sim deixar que a vida passe por nós, invadindo nossos sonhos apenas com as realizações que merecemos viver...? e para ti um poema em forma de texto que, em forma de música, Lívia cantou para Públio enquanto tocava harpa: ?Alma gêmea da minhalma, Flor de luz da minha vida, Sublime estrela caída Das belezas da amplidão!... Quando eu errava no mundo Triste e só, no meu caminho, Chegaste, devagarinho, E encheste-me o coração. Vinhas na bênção dos deuses, Na divina claridade, Tecer-me a felicidade, Em sorrisos de esplendor!... És meu tesouro infinito, Juro-te eterna aliança, Porque eu sou tua esperança, Como és todo o meu amor! Alma gêmea da minhalma, Se eu te perder, algum dia, Serei a escura agonia, Da saudade nos seus véus... Se um dia me abandonares, Luz terna dos meus amores, Hei de esperar-te, entre as flores, Da claridade dos céus...?
Daniele 08/01/2024minha estante
Você contou o livro todo, deveria colocar como spoiler




JanaAna90 06/12/2023

Livro Psicografado por Chico Xavier, que conta a história de uma das encarnações do espírito Emmanuel.
A história se passa na Roma antiga e narra a história de Públio Lentulus, um senador romano, que e contemporâneo de Jesus Cristo. Públio vive uma vida marcada por dile morais e busca espiritual, e através de suas experiências, o livro aborda temas como moral, e o impacto do Cristianismo nas vidas das pessoas.
A narrativa explora os desafios enfrentados por Públio à medida que ele entra em con com os ensinamentos de Jesus e as transformações que isso provoca em sua vida. O tem uma abordagem espiritual e moral, refletindo a visão espirita de Chico Xavier e Emmanuel sobre a evolução espiritual e a importância dos ensinamentos de Jesus.
Com a leitura, que são sempre marcantes nos livros psicografados por Chico Xavier, gente pode refletir sobre temas como o amor, a caridade, a paciência, a fé, além de questões filosóficas e morais.
Independente da religião professada vale a pena a leitura do livro.
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Hallo 30/04/2021

Incrível
Espetaculares ensinamentos como todos os livros psicografia os por Chico Xavier.
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Bia 23/01/2021

Excelente história com uma bela lição
O livro relata uma das encarnações de Emmanuel, como Públio Lentulus, senador do império romano.
Começa meio lento, mas à medida que as coisas vão acontecendo e o tempo vai passando a história vai ficando mais fluida e interessante.
Excelente livro que nos traz uma grande lição de humildade e resignação. Nos leva a uma reflexão sobre como reagimos às adversidades da vida e nossa própria responsabilidade em relação a elas.
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Leandro.Pereira 10/10/2021

Há 2000 anos
Leia tentando ter a mentalidade que o ser humano tinha na época da história deste livro (mais de 2000 anos atrás) onde não havia uma evolução do pensamento com relação a igualdade no geral..
Este livros nós ensina muitas coisas explícitas e implícitas ! Vale muito a pena... Já li "nosso lar" e percebo muita diferença na obra de Emmanuel e André Luiz mesmo tendo sido psicografada pelo nosso querido Chico Xavier.
O Livro em si é triste em muitos momentos devido Lei de causa e efeito porém o aprendizado é grande ... 5 estrelas.
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Cláudia Beccari 18/11/2020

Há 2 mil anos
O livro conta a história de Publius Lentulus (Emmanuel reencarnado), orgulhoso senador romano que viveu na época de Jesus. A história de sua vida, emocionantemente vivida ao lado de sua família e amigos, é fascinante, e nos faz perceber como nossas pequenas escolhas podem interferir no curso de nossas vidas. Impossível ler o livro sem se atentar para a importância da nossa reforma íntima e do quanto devemos ter sabedoria na escolha dos caminhos que escolhemos trilhar na nossa viagem terrena.
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JuPenoni 16/07/2023

Leitura feita em clube de leitura.
Sou espírita de nascença, mas tinha um bloqueio pra ler romances espíritas. Por isso ler com o clube foi uma ótima experiência, serviu como estímulo para concluir a leitura.
Apesar de conhecer a história, a leitura me foi muito rica, muitos detalhes que não sabia e inclusive o desfecho da vida de Publius.

Única ressalva é a narração prolixa do Emmanuel, que pra mim foi cansativa.

Gostei!
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Pri e Zed 04/09/2021

Um livro denso, mas muito bonito.
"Há dois mil anos" conta a história de um senador que foi designado à Palestina na época em que Jesus pregava lá. Muitos são os desenrolares desse encontro para o senador e toda sua família.

Esse não é o tipo de livro com um clássico final feliz, ou que vai simplesmente falar dos milagres de Jesus. Ele vai te tocar de formas muito além. Ele vai te passar uma mensagem muito profunda.

O livro é denso e detalhista (tanto que demorei um tempão para terminar a leitura). As paisagens, vestimentas, festas e situações são minuciosamente descritas. Não é o tipo de característica que eu amo em um livro, mas até que cai para para ajudar a ilustrar uma época que não vivemos. Fora isso, cenas de morte não fogem desse estilo de descrição, então pode ser meio pesado para algumas pessoas.

A leitura vale a pena para espíritas (e até outros cristãos)? Sim! Eu gostei muito mesmo do livro e recomendo sem dúvidas.
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Dvd 30/08/2020

Coração desvelado
Livro importante de Emmanuel, cuja história se afirma como o prenúncio da própria doutrina Espírita.
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lucianaraujo 04/07/2021

Meu Deus, o que é esse livro!? Me apeguei às personagens, principalmente à Lívia. Que paciência, que amor, que resignação, que fé dessa mulher! Tomei todas as dores dela.
Esse livro me deixou ansiosa para cada próxima página, para cada lição! Chorei muito em várias partes, são cenas tristes e lindíssimas!
É uma história linda, cheia de cenas transcendentais que me deixaram arrepiada, e o final foi épico!
É o tipo de livro que acaba com você de tanta agonia e lágrimas, mas que fica numa parte especial do coração!
Lindo!
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Vinicius 04/04/2023

Há Dois Mil Anos em Roma
O livro é muito bem ambientado a sociedade romana , bem como sua extratificação social , além disso a leitura acrescenta bons elementos ao vocabulário.
Publius é um senador romano e patrício, topo da pirâmide social romana, que junto com sua esposa viaja para Jerusalém, busca da melhora do estado de saúde de sua filha , que possui uma doença que não possui cura para a medicina da época.
Neste diapasão tomam ciência das ações de um profeta , Jesus, e em um ímpeto de desespero, Publius vai ao seu encontro , quebrando a ética de sua camada social.
Outros eventos ocorrem ni decorrer da história... Ocasionando el momentos piegas e por vezes triste .
Traz ensinamentos espíritas e do cristianismo no decorrer da história . Também o indico para estudantes da sociedade romana
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Inspirações Literárias 28/06/2020

Despertar do Espírito Imortal
Este livro nos traz a trajetória do Senador Publio Lentulus, um homem orgulhoso e vaidoso, que encontrou o Cristo e permaneceu inerte diante do amor. Todavia, a trajetória de dor e sofrimento o despertam para a verdadeira vida, a espiritual.

Uma obra imensamente inspiradora para a aquisição da coragem da fé.
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Daniele.Matias 12/03/2022

História linda
Chorei, sorri e fiquei triste em muitos trechos mas, não consegui parar de ler até terminar tudo.
Amo a forma como Emanuel descreve seus sentimentos e até Jesus quando eles se encontram. Livro perfeito!
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Rafaella173 02/05/2023

Que livro ??
Livro maravilhoso.. inspirador... Cheio de surpresas de emoção. As passagens do Cristo e seus ensinamentos são indefiníveis tamanha magnitude.
Só nos resta agradecer a Emmanuel dividir conosco sua experiência.
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