Amar, Verbo Intransitivo

Amar, Verbo Intransitivo Mário de Andrade




Resenhas - Amar, Verbo Intransitivo


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sosodecampos 21/01/2022

Maturidade & adolescência
O livro traz a história da iniciação sexual de um adolescente com uma institutriz alemã, mulher madura, contratada pelo pai do jovem. Na verdade, ela seria a professora de seu filho, porém seu objetivo real era de ensinar a arte de amar a Carlos, filho de Sousa e ainda desprovido de experiência. Foi um livro muito criticado e polêmico na época por abordar assuntos tratados como tabus pela sociedade.
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Jamyle Dionísio 16/01/2022

Amor como-deve-ser?
Há vinte anos, herdei os livros de uma prima que tinha acabado de passar no vestibular para Enfermagem e não precisava mais da literatura obrigatória de escola. Entre eles, Amar, Verbo Intransitivo, de Mário de Andrade.

Lia tudo o que me caía nas mãos. Entendam: eram os anos 90. As livrarias, escassas. O tédio, um monstro pesado. E Mário de Andrade, um espanto! Aquela narrativa fluida, quase onomatopaica, grudava no ouvido (?) feito letra de música popular. Parágrafos e sentenças coreografados por um narrador por vezes fofoqueiro, por vezes deliciosamente distraído.

O enredo, em si, não tem muito de novo. Sousa Costa, o burguês que contrata uma ?governanta? alemã para conduzir a iniciação sexual do filho mais velho, Carlos. Elza/Fraulein, a alemã que se julga racial e moralmente superior, e que tece ilusões sobre seu ofício: ensinar o amor ?como ele deve ser?. Coloquemos todos juntos num casarão da avenida Higienópolis. Adivinham? Pois bem.

Mudou o cenário? Nem tanto. Mário de Andrade mesmo disse que Carlos era o típico rapazote brasileiro oitocentista, mas que ainda hora encontramos por aí. Fraulein? Imagino-a retornando à Alemanha e se filiando ao Partido Nazista. Tivesse nascido no Brasil alguns anos depois, teria votado nos dois turnos das eleições presidenciais de 2018.

(E pensar que era leitura de escola! Quem tem olhos para ler, que leia: trechos disfarçados, mas picantes, eu reconheci ali desta vez. Outros tempos. Tempos em que transformavam o país inteiro num puteiro. Hoje, transformam em igreja evangélica. Mas divago. Voltemos:)

Rascunhava, na época, uma historieta com um personagem alemão, e ali tinha uma alemã a me ensinar alemanices. (Não havia internet, só enciclopédia Barsa.) E eu, aprendiz, copiei na cara dura frases, expressões inteiras. Grudei trechos na memória, e o ritmo no subconsciente. Sou prisioneira até hoje. E esse é o triunfo de Mário de Andrade: essa escrita em brasileiro, tirar a oralidade das bocas e fixá-la no papel.

E reler esse livro foi como ouvir, de novo, um disco há muito guardado no porão. Um disco cujas faixas eu sabia de cor, gasto de tanto uso. Um disco que eu ouço de fora de mim, mas de dentro também.


@chadepalavra
PedroboL 16/01/2022minha estante
Eu amei seu revidw


PedroboL 16/01/2022minha estante
Review** ksksks


PedroboL 16/01/2022minha estante
Eu definitivamente vou ler




regifreitas 29/12/2021

AMAR, VERBO INTRANSITIVO: IDÍLIO (1927), de Mário de Andrade.

Entendo a importância de Mário de Andrade para a literatura brasileira, principalmente por sua participação nos eventos da Semana de Arte Moderna de 1922 - que ano que vem completará seu primeiro centenário - e como um dos principais teóricos deste movimento. Mas, obras como MACUNAÍMA (1928), e este aqui, não conseguiram cair no meu gosto.

Comecei a leitura com muita boa vontade, e estava até gostando no início. Mas depois a história não teve atrativos suficientes para me segurar. Lá pela metade já tinha praticamente me perdido. O enredo e os desdobramentos dos personagens não foram suficientes para uma obra de maior fôlego, no meu entender. Se fosse um conto, talvez o resultado tivesse sido melhor.
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Bernal 15/12/2021

Profundo
Adorei reler esta obra, tão indicada pela minha professora de gramática nos tempos de escola. Foi realmente revolucionária no ponto de vista gramatical e também inovador em seu enredo.
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Flávio 02/12/2021

Gostoso
Apesar de todo contexto histórico dessa obra, de todas as críticas recebidas à época. Início do movimento modernista. O livro conta a história de uma família de classe média alta, onde o pai contrata uma governanta, que tinha como função principal: introduzir o filho no amor, no sexo, além disso também ensinar alemão, piano etc. Pirei, e olha que isso era até normal nas famílias tradicionais. Mas pasmem, a grande crítica feita ao livro foi a forma que ele foi escrito, um estilo mais coloquial e menos parnasiano (nem percebi). Essa nossa burguesia tradicional! Mas tirando tudo isso, o livro é gostoso de ler, me deu até um tesãozinho em algumas partes. Quem me dera, se meu pai, eu com 15 anos, contratasse uma mulher mais velha, muito bonita, que me ensinasse, alemão, piano e amor, sexo...meu sonho! Pronto falei.
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bobbie 16/11/2021

Adoro polêmicas.
Amar, verbo intransitivo, é um daqueles livros que "chocam", e justamente por isso adoro trabalhos literários canônicos. Um pai de família da elite de São Paulo contrata uma "governanta" alemã para... iniciar seu filho de 15 anos nos prazeres do sexo. A intenção? Evitar que o filho "se perca" com mulheres da rua, desconhecidas, possivelmente doentes, que podem trazer como consequência, além de doenças, o "escândalo" de uma gravidez indesejada e matrimônio inapropriado. Sim, no começo do século XX um autor lança um livro que escancara uma preocupação legítima da sociedade da época: proteger o seu "puro e influenciável" primogênito das "garras" das mulheres que trariam vergonha para a honra da família. Inicialmente, só ele e a contratada sabem do acerto. Mas a mãe acaba descobrindo também e - pasmem - tem uma atitude surpreendente. Mas o que acontece quando a contratada desenvolve um amor idílico para com o imberbe rapazola? E se este amor é correspondido? Como disse no início, adoro esses temas que mostram que a família tradicional brasileira esconde a poeira de comportamentos escusos debaixo do próprio carpete, a fim de que o verniz de retidão da família não seja "arranhado".
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Leticia.Ruve 14/09/2021

Amar verbo intransitivo
Eu sei que é de um autor MUITO bom e afins mas achei a leitura muito complexa além de não me prender a historia ainda me deu sono
So não gostei muito
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Martinha.Souza 04/09/2021

Um clássico
Uma família burguesa de São Paulo contrata uma governanta que tem a função de educar os filhos e principalmente iniciar a vida sexual do jovem adolescente Carlos.
Uma leitura interessante que nós mostra como as famílias se preocupavam com as aparências e esqueciam dos sentimentos.
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david andriotto 12/08/2021

o superestimado de 22
as escolas que frequentei forçaram muito mario de andrade e, particularmente, não gostei.

Macunaíma é um livro muito interessante até o ponto que passa a ser problemático;

Amar, verbo intransitivo é???

Contos Novos é o melhor do box, recomendo.....

Pauliceia desvairada só tem um poema bom ? ode a burguês, que justiça seja feia, é maravilhosa.
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Iza 27/07/2021

Bom..........
Obra ?Amar, verbo intransitivo? é um idílio, escrito por Mário de Andrade (1893-1945), um dos célebres autores do Modernismo brasileiro. Com suas 240 páginas este livro foi publicado em 1927, possuindo em seu corpo alguns espaçamentos  como quebras de cenas. A trama possui como enredo principal a introdução de uma professora alemã (Fräulein) na casa de uma rica família paulista, com o intuito de ensinar o verdadeiro modo de amar e realizar a iniciação sexual de Carlos, filho mais velho da família.
A história se desenvolve em um período pós Primeira Guerra Mundial, onde possuímos a crise econômica europeia (com ênfase para os países perdedores), que acarretou no alto índice de migração com destino nas Américas. Devido a grande exportação de produtos agrícolas brasileiros, o país se encontrava em boas condições financeiras, o que permitiu de certo modo o seu desenvolvimento urbano. Todos esses fatores possuem influência no desenrolar desta moderna história de amor.
Dentro desta obra modernista são apresentados inúmeras temáticas. Entre elas temos a retratação do forte machismo presente na sociedade, a hierarquia familiar, a miscigenação dos costumes e modos do Brasil, a visão de superioridade dos alemães em relação aos demais povos, o embasamento de análises comportamentais dos personagens nas teorias psicológicas de Sigmund Freud para explicar as transformações obtidas no decorrer da obra, como o amadurecimento emocional de Carlos.
Mário de Andrade, com está obra conseguiu abordar de forma simples e complacente assuntos vistos por muitos como complexos e delicados demais. Ele desenvolve toda a trama com uma linguagem coloquial brasileira da época, com um narrador que nos conta todos os fatos, além disso expõe suas próprias opiniões e faz amizade com o leitor. Amar, verbo intransitivo é um livro que realizou seu objetivo de modernismo, apresenta uma leitura fluída e instigante até o seu final.
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Carolina 20/07/2021

Polêmico e confuso.
Herdei esse livro do meu avô e li porque quero ler tudo que têm na minha estante. A sinopse dele já é polêmica mas era algo bem comum na época em que este clássico foi escrito. No ínicio eu estava achando a escrita do autor bem confusa mas depois fui entendendo e passei a gostar. Não é um clássico que flui e esta edição é bem antiga também, o que não ajuda.

Gostei de conhecer a família, de algumas mensagens passadas no livro (não todas por motivos óbvios), e apesar do casal ser totalmente errado, gostei da história deles e do final. Foi uma leitura lenta, mas no final gostei.
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Paula 07/07/2021

Linda e suave historia de amor. Me lembrou o filme (livro) o leitor. A construção do amor do adolescente pela governanta é linda.
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Rafa.Dulce 30/06/2021

Mãe de amor!
Um clássico da literatura modernista! Fraulein cumpriu seu propósito com maestria, justificando o significado de amar (e ser amada): sem complemento, sem companhia, sem o porquê... Simplesmente, amar!
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Peh 31/05/2021

Amar, Verbo Intransitivo
Mário nos concedeu uma história inovadora (para os padrões da época) caminhando junto de uma nova estética na escrita. Buscando se distanciar de uma gramática normativa e estática, Mário aborda uma linguagem mais próxima ao cotidiano, mais próxima da classe menos elitizada.

A história é simples ? uma mulher é contratada para ensinar sobre o amor para um jovem ? mas de potencial absurdo. É uma bela construção narrativa. Não se equipara aos grandes clássicos literários, mas tem o seu valor.

Se, por um lado, a linguagem usada é inédita, e por isso é saborosa, por outro é azeda. Em muitos momentos as palavras soaram apressadas, atropeladas, se atravessando umas no meio das outras, tornando a leitura meio cansativa. É uma escrita que se distancia da regrada, mas, infelizmente, não funcionou tão bem para mim.

O final foi o que mais me agradou. Não tem nada de especial e, justamente por isso, me deixou admirado com a leitura. Sentimos um gostinho de "tarefa cumprida", etapa encerrada. Ah, o amor...
brenda 31/05/2021minha estante
essas palavras me impulsionaram a terminar (:




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