Amar, Verbo Intransitivo

Amar, Verbo Intransitivo Mário de Andrade




Resenhas - Amar, Verbo Intransitivo


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Raissa Barros 06/04/2022

Amar, Verbo Intransitivo
Sousa Costa preocupado com a juventude de seu filho Carlos Alberto, decide contratar Fräulein Elza para ajudar o jovem na arte de ?amar? e a não frequentar os prostíbulos da cidade. Além disso, ela deveria ensinar alemão para Carlos e suas irmãs.

Ao se envolver com Carlos, Elza sente-se realizando uma missão, tenta cumprir seu papel como governanta e prostituta, com dignidade.

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Amar, Verbo Intransitivo foi publicada em 1927 pelo escritor Mário de Andrade. A obra modernista é repleta de críticas à sociedade paulista (no qual o autor faz parte), aos alemães que não conseguiam viver num país tropical e utiliza teorias e ideias de Freud para tentar expor o quão complexa e complicada é o ser humano sexual e amorosamente.

Mário de Andrade utiliza a linguagem informal, com gírias e anarquias gramaticais e muitas vezes o autor interrompe a trama para conversar com o leitor e deixar seus pareceres.

A obra chocou a sociedade da época por trazer à tona um costume polêmico e nunca falado, porém recorrente nas famílias de boas posições sociais e tradicionais ? cheias de mistérios e contradições.

Um detalhe interessante é sobre o título ?Amar, Verbo Intransitivo?, no qual se brinca com a ambiguidade. Amar não é um verbo intransitivo e sim, transitivo ? mesmo assim, por si só já faz sentido ("amar" não interessando quem ou o quê) e não precisa de complemento como seria o esperado.
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Geórgia 22/03/2022

Amar, verbo intransitivo
"É coisa que se ensine o amor? Creio que não. Pode ser que sim."

O livro aborda a vida de uma "professora" alemã contratada para dar aulas de alemão e iniciar a vida "amorosa" do filho adolescente dessa família paulistana de classe média (acho).

A grata surpresa é que Fraülein é descrita com bastante profundeza e complexidade. Uma personagem que contém dentro de si uma dicotomia: a vida e o sonho.

Seria estranho nos dias de hoje uma situação como essa, de maneira quase que institucionalizada, em que um pai contrata uma moça para, dentro do lar, iniciar o filho à vida sexual. Acredito que esse tenha sido o ponto que me incomodou. Mesmo assim, uma ótima leitura. Eu recomendo.
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Gabi 13/03/2022

Amor perfeito
Eu tinha lido esse livro há muitos anos atrás na escola. Apesar de ter uma lembrança de que gostei dele, não lembrava de nada do texto e resolvi reler. Que coisa boa!
O livro fala do amor de diversas formas, brincando sempre com o idealizado x o real, além de outras formas de amor, como o materno e o fraterno. A sutileza como a trama se desenrola é super envolvente e nos leva ao interior do pensamento de diferentes personagens, mostrando diferentes pontos de vista sobre a mesma história.
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Marina.Castro.F 13/03/2022

Amar verbo intransitivo
?Não se consegue tirar do Amar, verbo intransitivo, mais que a constatação de uma infelicidade que independe dos homens.?
Essa frase, de um dos posfácios do livro, consegue resumir o sentimento que é passado ao leitor ao ler o livro. Apesar de apresentar uma história, à primeira vista, simples, Mário de Andrade traz na obra muito de seu projeto literário. É um bom livro, e é visível o porquê de ser um marco na literatura brasileira porém, a linguagem e a estrutura narrativa causam estranhamento, o que, para mim, justifica a diminuição das estrelas.
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larimonttero 09/03/2022

é um livro rapidinho de ler, eu n gostei mas é pq normalmente n leria esse livro mas foi uma leitura obrigatória para a escola.
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Lucas 04/03/2022

Pre Macunaímico
Nessas polêmicas sobre a semana de 22 alguém escreveu em algum lugar que o Mário do começo era ruim, mas tinha algo de muito único. Ruim não é, mas também é mais ou menos por aí. Gostosinho
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Antony.Trindade 18/02/2022

Idílio
Amar é verbo intransitivo direto.
Quem ama, ama algo ou alguém.
Não se ama e pronto. Amar necessita de complemento.
Esse foi o livro que li na Bíblia durante essa semana. Primeira fase do modernismo, a escrita coloquial.
Conta a história de um pai que contratou uma ?governanta?, com a ideia de ensinar para o seu filho de 15 anos sobre o amor na prática. Com iniciações sexuais. Família burguesa paulista da década de 20.
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Dao 13/02/2022

Depois de ter lido três livros, finalmente me acostumei com a escrita de Mário de Andrade. Uma história que realmente me prendeu. Achei interessante.
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Talita 28/01/2022

Um livro bastante esquecido do autor no qual já seria possível observar as características marcantes da sua obra mais famosa: Macunaíma.
No livro, iremos conhecer a história de Fräulein (senhorita em alemão), a qual possuía uma profissão comum para o período da história brasileira em que se passa a narração do livro: ela era uma "professora do amor", responsável por iniciar a vida amorosa e sexual dos jovens da classe média brasileira.
A partir disso, também acompanharemos a rotina da família de Carlos (o jovem aprendiz de amor), a qual se mostra uma típica organização familiar de classe média do início do século XX, com todas suas hipocrisias e tabus.
O livro ainda possui outro personagem digno de nota: o narrador da história, o qual em semelhança com os narradores de Machado de Assis, tece críticas e comentários em relação ao comportamento dos personagens, que poderiam muito bem ser comportamentos do próprio leitor do livro. O narrador faz parte da história e seu papel deixa o texto muito mais interessante.
Alguns pontos que chamam atenção no livro são: A experimentação textual de Mário de Andrade, que buscava escrever algo que mostrasse a "linguagem brasileira", ou seja, fugindo de cópias de histórias tradicionalmente vindas dos modelos estrangeiros. Além disso, o autor também demonstra sensibilidade ao discutir o papel da mulher na sociedade da classe média da época, fazendo sutilmente críticas aos comportamentos hipócritas do período. Por fim, o desfecho que o autor dá a história, mostrando como os filhos tendem a se tornar semelhante aos pais, é digno de reflexão.
Pessoalmente gostei bastante do livro, a linguagem é acessível, o livro é curto e, mesmo assim, carrega importantes críticas.
Indico para quem, assim como eu, quer conhecer um pouco da obra de Mário de Andrade.
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sosodecampos 21/01/2022

Maturidade & adolescência
O livro traz a história da iniciação sexual de um adolescente com uma institutriz alemã, mulher madura, contratada pelo pai do jovem. Na verdade, ela seria a professora de seu filho, porém seu objetivo real era de ensinar a arte de amar a Carlos, filho de Sousa e ainda desprovido de experiência. Foi um livro muito criticado e polêmico na época por abordar assuntos tratados como tabus pela sociedade.
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Jamyle Dionísio 16/01/2022

Amor como-deve-ser?
Há vinte anos, herdei os livros de uma prima que tinha acabado de passar no vestibular para Enfermagem e não precisava mais da literatura obrigatória de escola. Entre eles, Amar, Verbo Intransitivo, de Mário de Andrade.

Lia tudo o que me caía nas mãos. Entendam: eram os anos 90. As livrarias, escassas. O tédio, um monstro pesado. E Mário de Andrade, um espanto! Aquela narrativa fluida, quase onomatopaica, grudava no ouvido (?) feito letra de música popular. Parágrafos e sentenças coreografados por um narrador por vezes fofoqueiro, por vezes deliciosamente distraído.

O enredo, em si, não tem muito de novo. Sousa Costa, o burguês que contrata uma ?governanta? alemã para conduzir a iniciação sexual do filho mais velho, Carlos. Elza/Fraulein, a alemã que se julga racial e moralmente superior, e que tece ilusões sobre seu ofício: ensinar o amor ?como ele deve ser?. Coloquemos todos juntos num casarão da avenida Higienópolis. Adivinham? Pois bem.

Mudou o cenário? Nem tanto. Mário de Andrade mesmo disse que Carlos era o típico rapazote brasileiro oitocentista, mas que ainda hora encontramos por aí. Fraulein? Imagino-a retornando à Alemanha e se filiando ao Partido Nazista. Tivesse nascido no Brasil alguns anos depois, teria votado nos dois turnos das eleições presidenciais de 2018.

(E pensar que era leitura de escola! Quem tem olhos para ler, que leia: trechos disfarçados, mas picantes, eu reconheci ali desta vez. Outros tempos. Tempos em que transformavam o país inteiro num puteiro. Hoje, transformam em igreja evangélica. Mas divago. Voltemos:)

Rascunhava, na época, uma historieta com um personagem alemão, e ali tinha uma alemã a me ensinar alemanices. (Não havia internet, só enciclopédia Barsa.) E eu, aprendiz, copiei na cara dura frases, expressões inteiras. Grudei trechos na memória, e o ritmo no subconsciente. Sou prisioneira até hoje. E esse é o triunfo de Mário de Andrade: essa escrita em brasileiro, tirar a oralidade das bocas e fixá-la no papel.

E reler esse livro foi como ouvir, de novo, um disco há muito guardado no porão. Um disco cujas faixas eu sabia de cor, gasto de tanto uso. Um disco que eu ouço de fora de mim, mas de dentro também.


@chadepalavra
PedroboL 16/01/2022minha estante
Eu amei seu revidw


PedroboL 16/01/2022minha estante
Review** ksksks


PedroboL 16/01/2022minha estante
Eu definitivamente vou ler




regifreitas 29/12/2021

AMAR, VERBO INTRANSITIVO: IDÍLIO (1927), de Mário de Andrade.

Entendo a importância de Mário de Andrade para a literatura brasileira, principalmente por sua participação nos eventos da Semana de Arte Moderna de 1922 - que ano que vem completará seu primeiro centenário - e como um dos principais teóricos deste movimento. Mas, obras como MACUNAÍMA (1928), e este aqui, não conseguiram cair no meu gosto.

Comecei a leitura com muita boa vontade, e estava até gostando no início. Mas depois a história não teve atrativos suficientes para me segurar. Lá pela metade já tinha praticamente me perdido. O enredo e os desdobramentos dos personagens não foram suficientes para uma obra de maior fôlego, no meu entender. Se fosse um conto, talvez o resultado tivesse sido melhor.
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Bernal 15/12/2021

Profundo
Adorei reler esta obra, tão indicada pela minha professora de gramática nos tempos de escola. Foi realmente revolucionária no ponto de vista gramatical e também inovador em seu enredo.
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Flávio 02/12/2021

Gostoso
Apesar de todo contexto histórico dessa obra, de todas as críticas recebidas à época. Início do movimento modernista. O livro conta a história de uma família de classe média alta, onde o pai contrata uma governanta, que tinha como função principal: introduzir o filho no amor, no sexo, além disso também ensinar alemão, piano etc. Pirei, e olha que isso era até normal nas famílias tradicionais. Mas pasmem, a grande crítica feita ao livro foi a forma que ele foi escrito, um estilo mais coloquial e menos parnasiano (nem percebi). Essa nossa burguesia tradicional! Mas tirando tudo isso, o livro é gostoso de ler, me deu até um tesãozinho em algumas partes. Quem me dera, se meu pai, eu com 15 anos, contratasse uma mulher mais velha, muito bonita, que me ensinasse, alemão, piano e amor, sexo...meu sonho! Pronto falei.
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bobbie 16/11/2021

Adoro polêmicas.
Amar, verbo intransitivo, é um daqueles livros que "chocam", e justamente por isso adoro trabalhos literários canônicos. Um pai de família da elite de São Paulo contrata uma "governanta" alemã para... iniciar seu filho de 15 anos nos prazeres do sexo. A intenção? Evitar que o filho "se perca" com mulheres da rua, desconhecidas, possivelmente doentes, que podem trazer como consequência, além de doenças, o "escândalo" de uma gravidez indesejada e matrimônio inapropriado. Sim, no começo do século XX um autor lança um livro que escancara uma preocupação legítima da sociedade da época: proteger o seu "puro e influenciável" primogênito das "garras" das mulheres que trariam vergonha para a honra da família. Inicialmente, só ele e a contratada sabem do acerto. Mas a mãe acaba descobrindo também e - pasmem - tem uma atitude surpreendente. Mas o que acontece quando a contratada desenvolve um amor idílico para com o imberbe rapazola? E se este amor é correspondido? Como disse no início, adoro esses temas que mostram que a família tradicional brasileira esconde a poeira de comportamentos escusos debaixo do próprio carpete, a fim de que o verniz de retidão da família não seja "arranhado".
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