Amar, verbo intransitivo

Amar, verbo intransitivo Mário de Andrade




Resenhas - Amar, Verbo Intransitivo


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Mariele 11/03/2021

Bafão
Depois de ler Lolita, assimilei muitas coisas. Nesse livro a pedofilia velada é retratada de maneira diferente.
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Val Alves 25/02/2021

Ah, esses modernistas...
O que falar desse livro? Não irei me apegar ao enredo pois, além de ele já estar largamente disponível, acredito que ele seja o menos relevante perante todas as facetas apresentadas nessa obra.
Não espere um texto comum e ordenado. Muitas coisas estão aí no texto pra te confundir,  pra causar uma desordem sensorial. Por vezes a prosa ganha ares de poesia. Há algo além das palavras e você precisará de uma certa engenhosidade para não se perder entre uma frase e outra. 
Por vezes você vai se sentir como se estivesse dentro sa cabeça do personagem,  e isso de forma confusa e fragmentada. As cenas parecem estar sendo narradas de um filme,  com cortes abruptos, omissão de algumas descrições e mudanças de "planos" devidamente calculadas pra interromper seu raciocínio e os diálogos parecem, muitas vezes,  sem nexo. Inúmeras digressões me deixaram em dúvida se era pra encontrar a metáfora por trás das descrições do autor-narrador ou se eram apenas um tipo de pausa no meio da estória.
Mário certamente era um apreciador da psicanálise freudiana e recheia o texto de referências sabiamente aplicadas.


"O subconsciente, que prestidigitador! Tira da carne as coisas mais inesperadas! A gente não pensa - Jornais do Rio! Correio da Manhã, País, Gazeta!.. - não quer, bruscamente espirra uma palavra sem razão."

Essa resenha poderia ter dezenas de páginas se resolvesse comentar todas as características observadas nesse texto incrível.

Na ânsia de experimentar algo além dos moldes europeus já consolidados, Mário observa o caráter despretensioso dessa obra:

"Meu destino é lembrar que existem mais coisas que as vistas e ouvidas por todos. Se conseguir que se escreva brasileiro sem por isso ser caipira mas, sistematizando erros diários de conversação, idiotismos brasileiros e sobretudo psicologia brasileira, já cumpri meu destino. Que importa ser louvado em 1985? O que eu quero é viver a minha vida e ser louvado por mim nas noites antes de dormir. Daí: Fräulein. Confesso- te que sou feliz."

Como boa mineira vou categorizar assim: bom demais da conta!
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Pedro.Marchesini 04/04/2023

A promessa de um idílio
Gostaria de começar essa resenha destacando que não encontrei a edição que li aqui no skoob, então optei pela edição com data de publicação mais próxima da que li.

Talvez seja melhor justificar o título da resenha logo de cara. Por que a obra de Mário de Andrade é uma promessa?

Fui à biblioteca em busca de um romance nacional, e que surpresa agradável foi encontrar uma obra com título tão encantador.

Me fascina a escolha tão delicada do autor por essas palavras, que infelizmente não se traduz em suas páginas, simplesmente porque o romance ocupa uma fração irrisória do texto.

Entre páginas e mais páginas de comentários confusos e mal encaixados, que muitas vezes me confundiram sobre os valores morais do autor -que muitas vezes soa racista e machista de um modo convincente demais para soar apenas como uma crítica- raramente o romance avançava.

Se ignorássemos todos os interlúdios que encobrem a trama, creio que não nos restariam mais do que 30 páginas.

O romance em si é sutil demais para construir qualquer sentimento pelos protagonistas, e a resolução é corrida e insatisfatória. Definitivamente uma leitura que não revisitarei.
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Emanuell K. 21/02/2021

Esse livro não rolou, não dessa vez!
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Renato Camargo 01/05/2013

A disciplina amor
Em “Amar, verbo intransitivo” o autor explora emoções e reações da sociedade que raramente eram citadas em outros textos, por isso Mario de Andrade, o autor, recebeu várias críticas na época. Por ser um livro modernista vários padrões foram quebrados, por exemplo, a pontuação errônea ou falta dela e até o emprego de uma linguagem coloquial.
O romance começa quando o chefe da família, o pai, Sousa costa contrata uma alemã para dar aula e ser a governanta da casa, entretanto ela possuía a missão de iniciar sexualmente e ensinar a amar o Carlos, filho mais velho.
Durante o decorrer da história a governanta de nome Elza é tratada pelo substantivo fraulen que em alemão quer dizer senhorita e em alguns casos pode significar professora, fato que retoma a ideia dela ser a professora de amor de Carlos.
Fraülen acaba seduzindo Carlos mesmo que no começo do livro o garoto não se ligue muito no que estava ocorrendo, devido a um conflito em sua mente do medo de pecar e ao mesmo tempo uma grande atração.
A família começa a ficar muito dependente de Elsa, uma vez que ela desempenhava quase um papel de mãe para todos. Fraülen até cuida de uma das irmãs mais novas quando essa fica doente. Os encontros sexuais entre Carlos e Elsa ficam mais constantes e ela muito envolvida decide que seu trabalho por ali acabou. Com isso fraülen combina com Sousa Costa um flagrante, em que numa noite o pai da família pega Carlos no quarto da governanta fazendo amor.
Elsa recebe o dinheiro por seu trabalho e vai embora da casa deixando Carlos desolado, entretanto ela também se sentia mal por ter gostado de Carlos. Fraülen precisando de dinheiro para voltar para a Alemanha é contratada por outra família e começa seu trabalho agora em outra família.
O título “Amar, verbo intransitivo” passa a ideia que Carlos teve que aprender a amar intransitivamente algo ou alguém para depois encontrar a pessoa certa e amar transitivamente, com todos os sentidos. Há quem diga que o livro possa fugir da realidade, porém em sua época foi muito importante para quebrar certos paradigmas.
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Samara Baraúna 28/06/2020

Esse livro fala do amor, amor que mesmo sem a intenção, acaba virando o amor verdadeiro
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Anderson916 23/08/2020

Eu amei a leitura
Muito bom x c c
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Jackson60 10/06/2023

Amor pode se ensinado?
Este é um dos primeiros romances de Mário de Andrade. Publicada pela primeira vez em 1927, a obra traz muito do movimento modernista.

O livro traz a história de uma professora de amor enquanto é contratada para trabalhar na casa dos Sousa Costa. Uma família paulistana abastada, formada por um pai (provedor), mãe (do lar), duas filhas e um filho (Carlos, machucador), residente no bairro de Higienópolis nos anos 20.

O enfoque narrativo se dá na professora de amor, oficialmente contratada como governante e professora de alemão (Fraülem - Elza) e o filho (Carlos).

De modo geral, é modo interessante para conhecer melhor o autor e o movimento modernista.
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Raissa Barros 06/04/2022

Amar, Verbo Intransitivo
Sousa Costa preocupado com a juventude de seu filho Carlos Alberto, decide contratar Fräulein Elza para ajudar o jovem na arte de ?amar? e a não frequentar os prostíbulos da cidade. Além disso, ela deveria ensinar alemão para Carlos e suas irmãs.

Ao se envolver com Carlos, Elza sente-se realizando uma missão, tenta cumprir seu papel como governanta e prostituta, com dignidade.

///

Amar, Verbo Intransitivo foi publicada em 1927 pelo escritor Mário de Andrade. A obra modernista é repleta de críticas à sociedade paulista (no qual o autor faz parte), aos alemães que não conseguiam viver num país tropical e utiliza teorias e ideias de Freud para tentar expor o quão complexa e complicada é o ser humano sexual e amorosamente.

Mário de Andrade utiliza a linguagem informal, com gírias e anarquias gramaticais e muitas vezes o autor interrompe a trama para conversar com o leitor e deixar seus pareceres.

A obra chocou a sociedade da época por trazer à tona um costume polêmico e nunca falado, porém recorrente nas famílias de boas posições sociais e tradicionais ? cheias de mistérios e contradições.

Um detalhe interessante é sobre o título ?Amar, Verbo Intransitivo?, no qual se brinca com a ambiguidade. Amar não é um verbo intransitivo e sim, transitivo ? mesmo assim, por si só já faz sentido ("amar" não interessando quem ou o quê) e não precisa de complemento como seria o esperado.
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Uendel.Damacena 23/07/2022

Amor e racismo não combinam
Muita pagação de pau pra Alemanha e constantes flertes com nazismo e racismo devido a declarações, por exemplo, sobre raça superior.
Só não leva menos estrelas pela identidade empregada na escrita e algumas descrições de sentimentos bem feitas, mas que são raras.
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Tabata32 17/04/2022

Sensacional
Uma boa crítica a sociedade da década de 20. O autor foi um gênio quando quebrou os padrões de escrita na época, portanto pode ler sem medo.
Super fluido, mesmo quando o autor decide interromper a história para conversar com o leitor.
Genial!
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Lucas 04/03/2022

Pre Macunaímico
Nessas polêmicas sobre a semana de 22 alguém escreveu em algum lugar que o Mário do começo era ruim, mas tinha algo de muito único. Ruim não é, mas também é mais ou menos por aí. Gostosinho
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Dirlene Piagio 02/02/2024

Um marco do Modernismo literário brasileiro...
A história é boa, mas é muito previsível. O livro está ambientado em um tempo muito remoto: assim, é possível conhecer os costumes brasileiros da década de 20 e poucos anos - o que é incrível notar como pouca coisa mudou ?. Parece que o autor quis trazer uma crítica aos hábitos da sociedade burguesa da época. As personagens são bem construídas: senti um carinho enorme por Carlos e Elza e desprezo por Sousa Costa e Laura - típicos burgueses. A pequena Aldinha é irritantemente elétrica. Algo que chamou minha atenção: a frieza de Elza... Para mim, não ficou claro que ela fazia o serviço só por necessidades financeiras, parecia mesmo que ela se considerava detentora de um saber sobrenatural que precisava ser passado para os jovens ignorantes brasileiros. Será mesmo que alguém pode ensinar o amor se não amar primeiro? Mas, ela foi pega em sua própria armadilha. Não sou de Letras, mas gostei de tomar conhecimento da revolução que foi este livro. A editora traz uma série de textos com a trajetória de criação e edição, o que é muito interessante. O livro foi um marco do Modernismo da Literatura Brasileira - já deveria ter lido no Ensino médio, mas, naqueles tempos, só queria saber de quadrinhos, ficção e terror.
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alex 17/07/2020

Amar, verbo intransitivo
Penso que, de tudo - o que inclui um bom enredo -, o que se destaca é a inovação, para a época, da linguagem, numa tentativa de trazer originalidade ao romance nacional (algo que o próprio autor deixa claro no pósfacio - e que está em linha com outros livros do Mário de Andrade, entre os quais está "Macunaíma").
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