Um homem bom é difícil de encontrar

Um homem bom é difícil de encontrar Flannery O'Connor
Flannery O'Connor




Resenhas - É difícil encontrar um homem bom


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Adonai 15/05/2020

Prepare-se para o grotesco
Já leu algum livro que deixa uma sensação estranha? Esse é um daqueles. Parece que o desconforto escapa das páginas e cerca você, cada personagem bizarro, situações grotescas, momentos de expectativa e muitas surpresas nesse livro de contos da Flannery.

Logo no primeiro conto - o que inclusive é o nome do livro - já somos atingidos por uma situação um tanto irritante, com personagens estranhos, até odiáveis e a velocidade de leitura cresce com o passar das linhas.

Cerca de dois contos são mais fracos, mas o livro como um todo é bem forte, alguns pontos intragáveis e outros que a vontade de entrar na história pra bater em certos personagens é até plausível. Vale a leitura e a indignação.
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Gigio 25/05/2022

Uma obra que me surpreendeu por sua perspicácia, uma mistura de crítica com humor, mesclando o grotesco com a malandragem, e algumas pitadas de religiosidade, racismo e crítica social.
Comecei a leitura com muita expectativa, e, infelizmente, não foi satisfeita.
Longe de ser um livro ruim, pode-se elencar inúmeras qualidades, mas só me conectei realmente com dois contos, o que dá título à obra e ao "O Negro Artificial".
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Litchas 10/03/2020

Realistico ao extremo!
Os contos retrataram a natureza egoísta e agressiva dos seres humanos.. o último conto em especial me impactou muito! A ignorância, xenofobia, racismo e narcisismo são descritos de forma incrívelmente real!! Recomendo a quem tem estômago pro lado ruim do ser humano!!
Juju 31/03/2020minha estante
Descreveste perfeitamente...




Gláucia 06/04/2020

Um Homem Bom é Difícil de Encontrar - Flannery O’Connor
Nem faz muito tempo li sua coletânea de contos por aquela edição da extinta CosaNaify e quando recebi a edição da TAG resolvi não reler tão já. Mas a edição está tão maravilhosa, as ilustrações casaram tão bem com os contos que não resisti. Já tinha gostado na primeira leitura e a releitura foi ainda melhor. Como essas histórias são tenebrosas! Como mexem conosco e nos deixam uma sensação incômoda!
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Lise 23/05/2020

Difícil de encontrar
Um livro denso e tenso. É recheado de simbologias e finais trágicos, uns mais do que os outros, mas todos igualmente bem sucedidos em passar suas mensagens de redenção, cegueira humana, confrontos com a realidade, a verdade sobre o mal.
O que mais me chamou atenção, que achei genial, foi os vilões óbvios como no conto que empresta o título ao livro e Gente boa da roça serem meros instrumentos para evidenciar os reais malfeitores. O que mais me impressionou foi O refugiado de guerra, finalizando a obra da melhor forma possível.
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Sayonnara 18/05/2020

Leitura crua, a vida como ela é. Não existe só o bem ou o mal nas pessoas, mas ambos. retrato de uma época com seus costumes muito bem descritos. Leitura que recomendo.
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Isa | @nocaminhoumlivro 01/05/2020

Flannery O'Connor morreu aos 39 anos com um tipo de lupus raro e grave. Mas antes de morrer ela já era reclusa (por conta da doença), tinha pouca energia e se dedicou incessantemente ao seus escritos até dias antes de sua morte. Ela via a vida pela janela e é essa vida que a gente tem o prazer de ver através de seus olhos e de suas palavras.
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Os contos presentes nesse livro dão voz aos esquecidos, aos sujeitos que são baixos sejam na sua posição social sejam na sua moral. Mas não se engane, não há uma carga política aparente nessas vozes. A crítica está na voz da própria O'Connor, a narradora, ou talvez até na forma como aquele que a lê interpreta e se sente com o que é dito por essas pessoas.
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Ao longo dos dez contos a autora mapeia o sul dos Estados Unidos, específicamente a Geórgia, um dos estados mais brancos dos Estados Unidos, apesar da sua longa história de luta contra o racismo ao longo dos anos. Ela registra, também, que a história de cada uma dessas pessoas retratadas está entrelaçada com a história da sua família, da sua religião, da sua cultura e da mentalidade a qual ela está inserida (mesmo que seja de forma cega e uma reprodução de discursos autoritários).

Flannery nós mostra que um homem bom é dificil de encontrar porque eles são raros, nós somos humanos e dentro de nós corre muitas complexidades boas e ruins. E as pessoas que vimos em seus contos não estão fora dessa complexidade, elas são, elas existem, elas somos nós.
@pedro.h1709 01/05/2020minha estante
O texto é narrativo, escrito em prosa ou é poesia?




Ludmila 26/05/2021

Se você gosta de finais felizes, do herói que vence, do malvado que se ferra, de justiça sendo feita...não leia esse livro!
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Tati Vizú 17/08/2020

Chocante
Um livro arrebatador, que choca e nos faz refletir sobre preconceito racial, diferenças de status e classe social. Incrível como são temas tão antigos e que ainda hoje necessitam discussões.
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Xico 06/10/2020

Literatura norteamericana seca
Ainda não conhecia o trabalho da autora e fiquei profundamente chocado com a maneira seca que ela escreve seus contos. O olhar lançado para o estranho, para o outro, para o estrangeiro, revelam as vicissitudes daqueles personagens sulistas. Um livro extremamente importante para compreendermos melhor os Estados Unidos do início do século 20.
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Yann 29/03/2020

A autora nos mostra através de contos o lado perverso do ser humano sem rodeios de forma direta e as vezes até engracado. Uma leitura pesada necessitando de um respiro, assim lendo um conto por vez. Ao mesmo tempo, ela fala de religião como forma de redenção do ser humano. Apesar de tratar de uma visão da época em que vivia, o livro nós faz refletir muito os tempos atuais.
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milton_rocha 16/06/2020

O Sul
É um livro incrível para conhecer a literatura sulista americana. O modo como o racismo, o grotesco e as tragédias são tratadas por Flannery O'Connor é muito particular e ao mesmo tempo incrível.

A cada conto você fica na borda da cadeira esperando as próximas páginas e desejando que aquilo se conclua para que você possa ter a sua opinião sobre o contexto geral. É uma obra bem pensada e que auxilia de forma real uma análise mais profunda da dicotomia Norte-Sul presente durante e pós a guerra civil.
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Paisagens Literárias 27/04/2020

O grotesco sul-estadunidense de O´Connor
Este livro é uma coletânea de dez contos, os quais são permeados pela realidade sulista dos Estados Unidos, a qual fez parte do cotidiano da autora. Com um pacto muito grande com a religião, O´Connor questiona a possibilidade de redenção de uma sociedade decadente pós-Guerra Civil dos Estados Unidos, cheia de ressentimentos e preconceitos. De maneira que, os seus personagens não são particularmente agradáveis e seus destinos são geralmente sombrios, resultado não de fatalismo, mas de suas próprias decisões anteriores. As imagens que a autora constrói são cruas e violentas, porém bonitas, dado ao seu cenário estético cheio de metáforas. Como resultado, mesmo que O´Connor não procure propriamente problematizar as questões sociais, ela monta um cenário que evidencia as camadas da existência da branquitude racista estadunidense. Nesse sentido os contos que mais me chamaram a atenção foram “O negro artificial” e “O Refugiado da Guerra” que caracterizam fortemente a construção do Outro, dos não brancos e do estrangeiro de maneira bastante explicita. Certamente, meu olhar sob estes contos foi influenciado pela obra da Toni Morrison “A origem dos Outros” que li recentemente, o diálogo entre as duas obras na construção do racismo é muito grande [tem resenha no meu perfil]. Outra questão que achei interessante nos contos foi o papel das mulheres na escrita de O´Connor. São mulheres que refletem a forma a vida das pessoas do sul dos Estados Unidos da época, porém são mulheres mais reais, não fragilizadas, apesar de todos os seus preconceitos. Essa caracterização quebra com a lógica das personagens femininas romancizadas "belas, recatadas e do lar" da região. Por fim, na minha opinião este é um ótimo livro, cheio de ironia e humor que gera muitas reflexões. Porém, pode ser uma obra bastante pesada e pessimista de ser ler para os tempos atuais de pandemia.

site: https://www.instagram.com/p/B_aap3fjhh7/
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Tiago600 18/10/2021

Uma trama de Hitchcock com mentalidade de Bergman

Flannery O'Connor não deixa nada a desejar para Cormac McCarthy e Faulkner, ambos autores de maior penetração midiática e de mercado. Assim como realmente pode ser posta no hall de grandes contistas como Borges, Tchekhov, Guy de Maupassant e etc. Nesse aspecto concordo ipsis litteris com Harold Bloom acerca do "tamanho" e do real lugar que a autora merece ser posta. Poucos literários souberam explorar o "gótico sulista" tão bem quanto ela.

Dito isso, o mundo exposto por Flannery é um lugar completamente sujo, por vezes intencionalmente caricato (basicamente expressionista) que é infestado de personagens canalhas completamente desajustados e cheio de situações no mínimo atípicas, ainda que reais.  
A escritora imprime uma selvageria na psicologia de seus textos que são muito caros para o ofício do verso. Somasse-se a isso uma visão religiosa muito forte e bastante peculiar que se faz presente em praticamente todos os contos e o resultado final será sempre uma carnificina.

Um exercício mental. Imaginemos o seguinte cenário: Um mecânico cristão dotado de um único braço aparece do nada em um fazenda, seduz a filha única da dona da propriedade. Ele se casa com a garota e depois foge sozinho com vários pertences da família roubados enquanto clama misericórdia pois acredita que o mundo está infestado de maldade. Quantos leitores após esse breve "enredo" de bate pronto não acusariam o ato de ser algo complementamente extrapolado? Praticamente um roteiro de suspense radicalizado? Suspeito que muitos. Eis o pulo o pulo do gato. Para Flannery isso não só é totalmente plausível, na verdade é executado com maestria. Os locais e mecanismos da escritora são sufocantes, onde a mera possibilidade do perdão não está em jogo. Isso que em primeira instância parece uma forçada extrapolação da caricatura, na verdade é tão cotidiano e palpável…tão tangível…ainda que muitos queiram se iludir e sempre ver um mundo em cor de rosa. Enfim. Nos contos da autora assim como na vida as pessoas estão sempre em comunhão, no entanto, a hóstia é sempre de sangue, claro.
David 18/10/2021minha estante
deu vontade de ler


Tiago600 05/11/2021minha estante
Leia sim David, vale a pena. Quando ler, espero que goste ^^




Alcio 11/08/2020

O grotesco como foco.
Os contos apresentam uma antítese entre o sagrado e profano, que coabitam o ser humano, expondo de forma caricata a maldade que existe em todos nós.
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