Bioshock Rapture

Bioshock Rapture John Shirley




Resenhas - Bioshock Rapture


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Camila(Aetria) 07/02/2013

Um dos preferidos.
Essa resenha também está em http://www.castelodecartas.com.br/index.php/2013/02/07/bioshock-rapture-ogs-42/ com mais extras!

Foi um dos melhores livros que já li, sem eufemismos. Bioshock Rapture consegue te fazer pensar em como todas essas ideologias, essas falsas liberdades, essas ideologias mascaradas de confiança que acabam terminando em hipocrisias e homens (nesse contexto como o ser humano) que tem de se contradizer para manter a ordem.
Eu simplesmente me apaixonei pelo livro. Por cada um dos personagens, que você vê mudar, vê crescer, ou que simplesmente te dão absurdos calafrios só pela menção do nome.
Rapture é a clássica utopia feita por humanos. Como tudo feito por humanos, Rapture tem uma bela chamada de frente, e muitas falhas por trás.
Até o nome da cidade é bem pensado, Rapture em inglês significa Arrebatamento, como o sentido bíblico.

A escrita de John Shirley é magnífica, ele percorre 14 anos em 430 páginas de uma forma corrida e absurda, e mesmo assim nada é deixado sem desfecho ou personagens sem explicação, você consegue entrar na mente de todos, entender suas motivações, seus passados. E não sente que ele se acelera em nenhum momento.

No livro vemos todo o início dessa cidade, conhecemos seus fundamentos, e temos pequenos spoilers sobre quem é quem. O jogo acaba por fechar algumas coisas, incluindo Bioshock 2, que encerra toda a saga de Rapture. Tem apenas um BIG spoiler (enorme mesmo, meu queixo caiu e, bem... esse spoiler consegue te fazer sentir coisas diferentes logo no início do jogo...) é suficiente para estragar o maravilhoso suspense do jogo (o que mostra para mim que jogos assim deviam dar algumas aulas para os roteiristas de filmes de terror...).

Andrew Ryan é o tipo de visionário que tem aquele orgulho que pode tender à auto-destruição, e bem, como todos sabem que o jogo começa com Rapture destruída, você vai lendo com uma tensão absurda, esperando que o ano de 1959 nunca chegue para Rapture não cumprir seu destino.

E Bill... ah, o Bill McDonagh é o eterno leal, a alma mais pura de Rapture, firme à suas amizades e uma das pessoas que mais me tocaram no livro. Ele auxilia Andrew Ryan na construção de Rapture, juntamente com os irmãos Wales, que foram os "designers" da cidade, e tantos outros que acabam por marcar seu início.
Agora... Fontaine. Frank Fontaine foi um dos poucos vilões que conseguiram me dar calafrios só pela sua constância, ele é um vilão tão perto da realidade, um vilão tão tangível, tão verossímil, que é o pior possível. É o tipo de pessoa que você sabe que não consegue discutir, você sabe que tudo será do jeito dele e fim. Ele vai chegar até onde quer. Porque ele pode.
Outro que me marcou também foi a Tenenbaum, Brigid Tenenbaum, um clássico resultado da medicina nazista, onde fins deletam qualquer meios para atingir seus objetivos pelo bem maior. Mas ela guarda algumas surpresas, e fazer parte disso enquanto se lê o livro é magnífico, ela se tornou uma das minhas personagens preferidas.

Um que me marcou negativamente foi o Dr. Steinman, uma clara e belíssima crítica à corrida desenfreada pela beleza, os eternos retoques para se chegar à uma beleza de Afrodite, um aviso de se pensar em quem se está deixando picotar, nas mãos de que tipo de pessoa.

Essa droga no livro é chamada de ADAM, ela reescreve o código genético humano para permitir que algumas habilidades se tornem possíveis, como criar chamas, eletricidade, teletransportar-se, escalar paredes, ficar forte, bonito, com mais peito, tradução, elas tornam o ser humano um super humano, algo melhor, mais perfeito. O único problema são os efeitos colaterais, para manter as habilidades se tem de injetar EVE, que ativa o ADAM que corre nas veias dos Splicers, os viciados em plasmids (que são essas drogas em si). Os efeitos variam, canceres benignos surgem como verrugas e pedaços de carne que crescem em todo o corpo, eles se tornam cada vez mais lunáticos, mais focados no seu vício.
Gostei muito do fato de explicarem como cada uma dessas drogas funcionam de forma científica. É muito legal ver que pensaram nisso... E bem... tem um trecho magnífico do McDonagh em que ele comenta que eles estão mexendo em vários genes de possíveis evoluções que a natureza descartou... será que seria realmente plausível ativá-los?

E isso lembra várias das drogas que temos na nossa sociedade. Desde os efeitos até as propagandas sobre as mesmas.

Com certeza não foi por acaso que John Shirley já ganhou um Bram Stoker Award. Ele consegue te prender e te encantar em todas as páginas.
Pablo Pacheco 24/04/2013minha estante
Ainda não terminei o livro, mas estou gostando muito. É tão bom quanto o jogo e ainda o complementa com algumas informações. Gostei da sua resenha, parabéns!


Camila(Aetria) 24/04/2013minha estante
Muito obrigada, Pablo! Exatamente, o livro é riquíssimo, um lindo complemento ao um jogo lindamente roteirizado!


Rafael Roza 10/09/2015minha estante
Camila parabéns pela resenha, ficou ótima. Estou no final do livro e estou adorando. Essa é mais uma prova que os livros baseados em games chegaram para ficar.




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