Samurai

Samurai Ron Marz...




Resenhas - Samurai


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Léo 06/07/2012

Sinopse: A história, lançada originalmente como uma minissérie em cinco edições, relata o ataque chinês ao feudo japonês de lorde Tokudaiji, em 1704. Asukai Shiro, um nobre samurai, tem a sua morada destruída, seus companheiros mortos e sua amada sequestrada.
Então, decide ir à China em busca de sua bela Yoshiko. Mas ao se deparar com o seu grande inimigo, o comandante Hsiao, descobre que ela foi levada por um árabe mercador de escravos, o que o levará à pomposa Paris, onde encontrará quatro dos maiores espadachins da guarda de elite do Rei Luís XIV.

Positivo/Negativo: Chega ao nosso mercado esta minissérie desenhada por Luke Ross, um dos mais talentosos artistas brasileiros.
A arte é realmente exuberante, com intenso realismo e extremo controle nas técnicas de luz e sombra, principalmente no uso das cores. Ross dá mostras de amplo conhecimento das vestimentas e arquiteturas orientais do início do século XVIII, além de ser um exímio fisionomista, deixando bem nítidas as diferenças mais marcantes entre japoneses e chineses.
As cenas de luta são empolgantes, com ângulos interessantes e sangue voando por todos os lados. As costumeiras elipses são utilizadas para encobrir as cenas mais sórdidas, amenizando o teor de brutalidade. As expressões dos guerreiros nos momentos de combate são quase fotográficas, chegando a impressionar.
A trama começa extremamente interessante, com bastante ação e intriga e permanece assim até que Shiro descobre que Yoshiko foi levada pelo comerciante árabe. Neste momento, a história perde a verossimilhança, quando o ronin, de uma hora para a outra, vai do Japão à China e depois para o oeste europeu, mais precisamente a Paris, na França. São milhares de quilômetros de distância e parece que os dois países são vizinhos. Numa aventura que pretende ser tão realista, isso não caiu bem.
Em Paris, a história parece que vai tomar novo fôlego quando o samurai se encontra com os três mosqueteiros – não identificados em momento algum. Surgem novas intrigas e a trama toma rumos um pouco inesperados, mas nada tão empolgante quanto no começo.
O que poderia se tornar uma história interessantíssima acaba não passando de algo mediano, com um final pouco inspirado e decepcionante – e fica a torcida para a Devir publicar a continuação. Ron Marz nunca foi dos roteiristas mais amados pelos fãs, por isso a obra acabada agradando, já que as expectativas não são tão grandes. Competente, porém muito longe de ser um clássico.
O livro traz como bônus 15 páginas de sketchbook e extras, com ilustrações de alguns artistas convidados.

(Publicado em: http://www.universohq.com/quadrinhos/2007/review_SamuraiCeuTerra.cfm)
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