O Evangelho segundo Jesus Cristo

O Evangelho segundo Jesus Cristo José Saramago




Resenhas - O Evangelho Segundo Jesus Cristo


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Mari 13/03/2023

O livro polêmico
Criei a curiosidade de ler esse livro pela forma que alguns descreviam como difamação das igrejas e a imagem de Cristo. Depois de lido, vi que é uma comoção exagerada de uma versão de Jesus não tão impossível assim. Junto à crítica irônica magistral de Saramago, onde até Deus pode ser questionado de seus comportamentos e atitudes. A ideia de bem e mal como única e existente dualidade refletem como esses ideais motivaram muitos conflitos. Não foi o livro mais genial de Saramago para mim, porém de toda forma é uma obra admirável da sua escrita.
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Juliana 08/03/2023

Ácido
Levei muito tempo para ler , mais de um mês e como todo Saramago não é tão simples de absorver e devido ao tema menos ainda, mas achei simplesmente genial .
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outroigu 02/03/2023

[...] nem eu posso dar-te todas as respostas
Sempre começo os livros do saramago me perguntando o porquê estou fazendo isso comigo mesmo e termino achando tudo que o cara escreve genial. complexo, instigante e questionador. plantou em mim um bocado de reflexões que vão me pertubar por um bom tempo. maria de magdala, obrigado por tudo.

deixo aqui uma das minhas frases favoritas dessa história: "ninguém na vida teve tantos pecados que mereça morrer duas vezes".
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01/03/2023

Recomendo
Esse livro é incrível. Uma das melhores experiências de leitura que já tive. A forma como Saramago reconta a história e vai resignificando cada personagem é muito interessante.
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Christiane 26/02/2023

Neste livro, Saramago apresenta uma reinterpretação da história de Jesus Cristo, contando-a de uma maneira que desafia as crenças religiosas convencionais.

A narrativa começa com a descrição do nascimento de Jesus em Belém, mas Saramago oferece uma visão muito diferente do que é tradicionalmente apresentado na Bíblia. Em vez de se concentrar na narrativa da infância de Jesus, Saramago avança rapidamente para a sua vida adulta, onde Jesus é confrontado com as expectativas e exigências da sua missão divina.

Saramago apresenta Jesus como um homem comum, que se debate com as suas próprias incertezas, medos e tentações, como qualquer ser humano. O livro explora as dúvidas e conflitos internos de Jesus enquanto ele lida com a sua identidade divina e a sua relação com Deus, bem como com as suas relações com os seus discípulos, a sua mãe e outras personagens bíblicas.

Ao longo do livro, Saramago questiona e desafia muitas das crenças cristãs tradicionais, como a ideia da trindade e o papel de Maria como virgem. Ele também apresenta uma visão muito crítica da Igreja Católica e do seu papel na história.

O encontro em um barco entre Jesus, Deus e o diabo tem um diálogo entre eles que é magistral.
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Sabrina.Lolli 22/02/2023

Esta é uma obra de respeito, realmente para escrever sobre um assunto tão polemico que causa tantas guerras, mortes e dor, o escritor demonstrou toda sua coragem!!!
Eu simplesmente amei, foi a melhor narrativa da vida de Jesus e talvez a mais perto da realidade, se quis Deus se fazer homem e viver como um, esteve ele sujeito a todas nossas dores, incertezas, dramas familiares, amores, traições que uma vida terrena proporciona.
Saramago não fugiu do evangelho narrado por Marcos, Mateus ou Lucas, talvez só tenha acrescentado aquilo que no Concílio de Niceia tenha -se acreditado melhor deixar de fora, já que não seria fácil endeusar um ser tão normal como Jesus e ao contrário dos próprios conciliadores não se furtou de viver tudo aquilo que Deus nos presenteou na terra, sem que isso tenha o tornado menos merecedor ou um pecador.
A visão do escritor sobre a vida de Jesus nos deixa ainda mais apaixonados por esse ser tão divino e tão humano, uma visão simples sem interesse, sem doutrina, sem manipulação, somente aprendizado, erros e acertos.
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Bruno 13/02/2023

Polêmico
Na verdade, não considero que um livro possa ser polêmico apenas por inventar situações se utilizando, para isso, de fatos e personagens históricas fundadores, de certo modo, do nosso mundo Ocidental. Ao tratar sobre a história do Cristo, Saramago busca inseri-lo dentro de um contexto mais humano, mais próximo das dúvidas e pensamentos de um homem ainda jovem. O livro se desenrola como se o narrador estivesse presente em muitos fatos narrados nos Evangelhos Canônicos oferecendo, por outro lado, uma visão muito diferente, ressignificando muitas falas constantes nos Evangelhos à luz dos fatos aqui expostos. Saramago faz, ao mesmo tempo, uma narrativa densa, como seria de se imaginar ao tentar criar uma nova narrativa àquela consolidada pelos séculos de história cristã, unida ao seu humor característico quando, por exemplo, vai enumerando nomes e mais nomes e causas de mortes no diálogo entre Deus e Jesus.
Vale a pena a leitura!
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Andre.Pithon 13/02/2023

Faz muito tempo que um livro não se prova tão desafiador de ler para mim, o que está mostrado por esse absurdo quase um mês de tempo de leitura. Saramago escreve com passagens por vezes interessantes, mas extremamente longo, em parágrafos imensos, com uma falta de pontuação, uma óbvia escolha estilística, que se torna massante, ainda mais lado a lado com capítulos de até 50 páginas. Nada disso é um crime literário, mas vai contra meu gosto literário.

Em o Evangelho Segundo Jesus Cristo, Saramago, olha que surpreendente, conta a história de Jesus Cristo. Isso significa acompanhar a vida do messias mais popular de todos os tempos, distorcida levemente pela perspectiva do autor, mas não distorcida o bastante para ser particularmente interessante. Ele se afasta pontualmente da Bíblia, mas não o bastante.

Ainda assim, existem passagens excelentes. Quando Jesus tá no barquinho dele batendo um papo com Deus e o Diabo, perto da conclusão, é um capítulo excepcional, bem demonstrativo de como é esse Deus Católico, com o que ele se importa, e qual sua relação com seu filho. Tem trechos bons, é algo doloroso pro protagonista, e é ali onde Jesus quebra, onde ele percebe o porque tudo vem acontecendo daquele jeito, e porque continuará de igual forma após sua morte. Apenas um sacrifício em nome do poder divino, combustível para mais morte.

E por mais que essa ou outra passagem sejam interessantes, é um investimento que não se paga. O final é medíocre. Tem quase 200 páginas até Jesus nascer e crescer, o começo seguindo José é dolorosamente enfadonho. É engraçado pintar Maria como completamente submissa e meio sem personalidade, só para contrastá-la com Maria Magdalena posteriormente, mas é página demais para conteúdo de menos.

Uma crítica à religião tão abertamente é poderosa para a época, e não posso negar que não me atrai uma fanfic sobre Jesus e seus amigos, que é o que isso é, mas falta mudanças drásticas para elevar o livro, e seus melhores momentos são quando O Evangelho ousa se afastar da Bíblia. Em geral, é uma leitura cansativa, que por mais de 80% apenas caminha por trilhas conhecidas, e cujas contundentes críticas são enterradas por detrás dum oceano do mais entediante marasmo.
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Alan Furiati 11/02/2023


Considero esse um dos textos mais leves de Saramago, por incrível que pareça. Leitura fluída, personagens delicados, cheios de contornos, a presença do sobrenatural que é apresentada de uma forma divertida e mesmo singela, praticamente real. É um ensaio sobre a ideia da fé e da construção da igreja ao redor dessa fé tão inocente em um primeiro momento. Talvez leve demais ou foram as minhas expectativas surpreendidas, ainda assim, mesmo sendo um livro que gostaria tivesse adquirido uma outra direção, é uma obra muito agradável de ser lida.
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lucaismaia 10/02/2023

Impossível dar menos que 5 estrelas pra essa obra prima. Depois desse quero ler muito mais do Saramago.

a posição do inimigo é dado à outra divindade ?, temos um jesus chatissimo, um diabo protetor que ensina e acolhe, um sistema patriarcal opressor, cruo e cruel, um José de altos e baixos e com uma morte triste a beça... enfim, amei!

?Homens, perdoai-lhe porque ele não sabe o que fez?
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Vanessa.Benko 02/02/2023

esta foi uma maneira mentirosa de dizer a verdade
Um gênio audacioso – Saramago descontrói anos de doutrinas com sagacidade e criatividade. Há quem o critique por suposta falta de respeito para com a religião cristã. Eu sou do time que acredita que ele foi mais respeitoso com o ser humano do que o autor original.
Sim, é uma história que nós provavelmente já ouvimos, lemos e alguns até decoraram. Versões deturpadas, irreais e conflituosas. A diferença é que Saramago não escreve com o intuito de convencer ninguém, muito mesmo criar discípulos. Sua narrativa também tem toques de fantasia, milagres inexplicáveis e seres celestiais. Mas ela traz a essência da natureza humana, escancara nossas imperfeições e egoísmo.
Jesus cresce com uma sina e um medo: seu próprio pai. Imagina então a reação ao saber que tem ainda um outro pai desconhecido e ao mesmo tempo temido por todos. Alguém que sabe tudo, mas admite que a sabedoria só vai até certo ponto. Alguém que está disposto a sacrificar outros para aumentar seu próprio alcance. Alguém que permite que ganhemos muitas batalhas, mas que nos faz perder a guerra.
Maria cegamente faz o que todos estão acostumados a fazer: obedecer às regras. Ninguém procura entender os motivos ou questionar as motivações. Apenas consideram os infortúnios como frutos de uma vontade maior. E isso fica claro o livro todo: o quanto somos moldados pela cultura e passado e o quanto somos forçados a aceitar um futuro que nem se sabe se acontecerá.
Promessas pregadas supostamente como amor, mas o sangue que escorre é bem real. Nosso sofrimento, nossas contradições, nosso orgulho. Se somos assim tão errantes, é porque assim nos fizeram.
Uma crítica talentosa a assuntos atemporais como machismo, preconceito dos mais diversos e imposições religiosas. Saramago escancara mortes e sofrimentos ocasionados pelo amor – e põe em xeque o próprio significado desta palavra. Afinal, isso é realmente amor?
Um livro que pode ser de difícil leitura pela complexidade da escrita e diálogos. Uma narrativa que pode ser dolorosa pela nossa ligação espiritual. Mas uma leitura que pode ser, simplesmente, libertadora.
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skuser02844 01/02/2023

"é preciso ser-se Deus para gostar tanto de sangue."
precisei de quase um dia inteiro refletindo antes de decidir escrever essa resenha. terminei de ler ontem e foi impossível organizar meus pensamentos de modo coerente através de palavras, pois senti mil coisas diferentes durante e após a leitura.
creio que, por ter crescido ateu-agnóstico em um ambiente católico, eu pude sentir cada palavra de saramago como uma flecha em meu peito. tudo o que eu aprendi na infância sendo dissecado e recontado d'um ponto de vista mais amplo, crítico, realista e - principalmente - humano, causou-me uma inevitável sensação de felicidade agonizante que consumiu meu cerne a cada parágrafo lido. tal sentimento tornou-se parte de mim enquanto eu passeava por suas palavras e as engolia como quem devora o corpo de Cristo.
toda a construção acerca da vida do homem que bem conhecemos, dessa vez em uma versão tão crua, onde toda a hipocrisia e injustiça é colocada em pauta perante nossos olhos, é demasiadamente enriquecedora, sendo possível questionar a igreja sem desrespeitar a fé.
saramago desconstrói a visão idealizada do tão conhecido deus cristão e expõe toda a falsídia no que concerne sua dita existência, ao tempo em que a suposta maldade do diabo é discutida e refletida.
a parte mais importante em um livro, para mim, é a escrita. o ato de transformar fragmentos da própria mente em vocábulos tecidos d'um modo harmonioso para a apreciação do interlocutor me é tão mágico. saramago, sem dúvidas, possui uma escrita (perdoem-me a comparação) deífica. as características de composição em cada parágrafo são tão únicas dele! foi a primeira obra que li do autor e com certeza lerei tudo o que eu puder! quando a escrita é bela - e aqui digo bela não apenas no sentido de ser encantadora e com lindas palavras, mas também por ser diáfana em sua essência -, qualquer história é interessante.
aqui temos personagens tão bem criados e desenvolvidos de maneira grandiosa e singular, cada qual sem perder sua essência.
houveram diversos momentos onde eu senti-me em êxtase conforme lia, mas, o principal foi quando saramago narra a sexualidade inerente ao homem, descrevendo essa experiência na vida de Jesus do melhor modo possível. outro momento que ficará para sempre em minha mente é o extraordinário diálogo entre deus, jesus e o diabo, que foi excepcionalmente épico e absurdamente bem escrito.
levarei este livro para sempre guardado na parte mais importante de meu âmago, sinto que ele será uma peça essencial na composição de meu ser.
dalloway 01/02/2023minha estante
amei a resenha, adicionando na listinha de metas! ansiosa pra começar já


skuser02844 01/02/2023minha estante
ebaaaa! fico muito feliz com isso, meu bem ? espero muito que goste




Renata 26/01/2023

A humanização de Cristo
Não tenho nem palavras para dizer o quanto esse livro é incrível e trás uma visão do evangelho que é impossível não se emocionar. A cena da conversa de Deus, Diabo e Jesus com certeza foi o ponto alto do livro, mas toda a sua escrita é de uma delicadeza e beleza impressionantes. Vale muito a leitura, para crentes e descrentes.
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Ana 24/01/2023

Ah, Saramago... que ousadia!
Este é o livro mais polêmico de Saramago porque, enfim, trata de um tema delicado: a religião.
Escrever sobre uma das histórias fundadoras da civilização ocidental não é tarefa fácil.
O Jesus que é retratado aqui é falho, conflituoso e real. Ele é um homem que sofre a dor, mas também se delicia com os prazeres terrenos que são intrínsecos a uma experiência humana abrangente.

Este evangelho é um amadurecimento em que nosso herói tenta entender o que se espera dele e reluta em aceitar um destino que o levará a tanto sofrimento, não só para ele, mas para os milhares que mais tarde morrerão em seu nome. Jesus é confrontador e constantemente questiona um Deus opressor e sanguinário (que ainda é o Deus do Antigo Testamento neste ponto) e através deste questionamento Saramago desafia o dogma religioso e a ideia de um Deus que está fora de dúvida, que foi feito por a Igreja. E ele faz tudo isso com uma forte dose de ironia.

Saramago baseou sua história nos quatro evangelhos bíblicos, mas preencheu as lacunas com o conteúdo de textos apócrifos, o que significa que esta é uma peça de ficção histórica bem pesquisada. Feito majestosamente. Ele era verdadeiramente um artesão de palavras. Como muitos críticos já disseram, nesta história, podemos sentir a poeira da estrada em que Jesus pisou.

O livro foi censurado em Portugal e o autor exilou-se devido à reação que se seguiu à publicação do livro. O Vaticano se referiu a ele como "um comunista rebelde com uma visão anti-religiosa do mundo" (como se isso fosse uma coisa ruim). Não senti que ele fosse desrespeitoso para com os cristãos. Ele nunca critica a fé, apenas a instituição. Quanto a mim, Jesus nunca pareceu tão real.

p.s. no livro, há um diálogo envolvendo Jesus, Deus e Satanás que é simplesmente fascinante!
Eliza.Beth 29/01/2023minha estante
Que resenha maravilhosa!!!!
Sigo lentamente, mas minha visão até o momento não difere da sua em nada.




Paulo 19/01/2023

Crepúsculo dos ídolos
O projeto desse livro é um ato iconoclasta perfeito, e para isso Saramago fez algo muito simples, tornou todos os personagens verdadeiramente humanos. Eles amam, choram, sentem dor, falham e se desesperam, tudo isso com uma escrita que dá a impressão de um grande monólogo, e um ritmo no enredo que se encaixa muito bem com uma boa tragédia, comunicando-se com as suas emoções. A jornada como um todo mais do que vale a pena.
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