O Evangelho segundo Jesus Cristo

O Evangelho segundo Jesus Cristo José Saramago




Resenhas - O Evangelho Segundo Jesus Cristo


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Cris 24/07/2023

24.07.2023
Acabei, mas para não criar polêmica, me isentarei de comentar...rsrsrs. Só dizer que a história foi recontada com possibilidades, ou seja, uma versão de como poderia ter ocorrido.
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Lucas 20/07/2023

A história mais conhecida da humanidade recontada não por um ateu, mas por um humanista
Cristão, agnóstico, ateu, judeu, muçulmano e assim por diante: nenhum segmento, credo religioso ou cético desconhece a história (por vezes fabular) de Jesus Cristo, filho de um carpinteiro e de uma dona de casa. A sua origem espiritual, seus ensinamentos, valores e eventuais contradições habitam o imaginário popular há dois milênios através das chamadas "Boas-novas", os Evangelhos, que no cânone oficial da Igreja Católica Apostólica Romana são os quatro primeiros livros do Novo Testamento da Bíblia.

A trajetória terrena de Jesus Cristo, a qual realmente existiu de acordo com fortes evidências históricas documentadas, por mais que seja conhecida em muitos pormenores difundidos em textos bíblicos (que, importante, são textos de fé, não de jornalismo biográfico), gera inúmeras discussões: o que é verdade ou não e o que foi escondido pela liturgia oficial sobre Jesus Cristo são e sempre serão grandes mistérios da humanidade. Prova disso são os vários escritos não aceitos pelo cânone oficial da Igreja Católica, os chamados evangelhos apócrifos. Estas divisões de pensamento sobre quem foi Jesus ou sua renegação definem até mesmo a geopolítica mundial atual, especialmente nas rivalidades existentes no Oriente Médio.

Coube ao português José de Sousa Saramago (1922-2010) tingir com um verniz literário tal tema, previamente revestido dos mais variados enfoques. O Evangelho Segundo Jesus Cristo (1991) é a mais impactante obra do autor, vencedor do Nobel de Literatura de 1998. Ateu assumido, a publicação da obra trouxe um enorme burburinho no conservadorismo católico, muito presente em Portugal desde sempre. Ainda hoje, suas linhas podem incomodar indivíduos incapazes de diferenciar fé de boa literatura. Mas não há argumento que não seja o de discordância dogmática capaz de promover uma crítica mais séria ao livro: Saramago humaniza a vida de Jesus Cristo, seus familiares e conhecidos, legando ao mundo uma rica variação da mais famosa das histórias da humanidade.

Se a vida de nós todos começa na concepção, com Jesus não poderia ser diferente, e é desse acontecimento que se percebe a humanização do personagem: enquanto que os evangelhos tradicionais trazem a Deus o papel de único pai de Jesus, mantendo, apesar da gravidez, imaculada Maria, para Saramago Jesus foi concebido da forma mais tradicional (e humana) possível, a partir da união de um casal, o já citado carpinteiro José e Maria.

Citar outras diferenças entre a Bíblia e O Evangelho Segundo Jesus Cristo seria deselegantemente tonto, pois o fascínio do livro está justamente nesse ar de imprevisibilidade que a vida de Jesus adquire nas linhas de Saramago. De inédito, a obra do escritor português amplifica a oficialmente ignorada adolescência de Jesus, a qual abriga as mais diversas teorias. Adicionalmente, Jesus nem é o protagonista do "seu" evangelho no primeiro terço de suas linhas: este papel cabe a seu pai, José, com suas dúvidas, medos e arrependimentos. José, que possui um papel injustamente secundário nos textos bíblicos oficiais, desenha um arco narrativo lindíssimo, que termina numa das mais emocionantes cenas da obra. Não à toa, ele passa o bastão ao seu filho primogênito. Então com treze anos, Jesus começa a cumprir a sua missão por aqui, mesmo que ele se pergunte frequentemente qual tarefa é esta, num (outro) claro sinal de humanidade dado por Saramago. Afinal de contas, quem nunca se sentiu em dúvida sobre o que fazer da vida, especialmente quando se está na adolescência?

Praticamente todas as "fases" da vida do Jesus de Saramago são permeadas por isso: as incertezas humanas, que nos levam de um lado para outro sem que tenhamos poder de reação ou comando. O Cristo aqui representado é um personagem por vezes cético, renegado e até humilhado, mas muito inteligente e temente a Deus. Acima de tudo, um homem, na plenitude desse substantivo, que somente aos poucos (e por interferências divinas) vai descobrindo seu papel no mundo. Para Saramago, não basta descrever Jesus Cristo como um humano: é preciso que ele seja como qualquer um de nós, com as mesmas dúvidas e medos, capaz de se desentender com a família, que ama uma mulher, que não se importa de reclamar dos fardos pesados nas quais é designado e, nem por isso, deve ser condenado por agir assim.

Talvez o "personagem" mais cutucado pela escrita de José Saramago seja aquele de cuja crença, travestida dos mais diversos nomes ao redor do planeta, tenha o alcance mais universal da humanidade: Deus. A entidade divina de Saramago é aquela do Antigo Testamento, um Deus por vezes cruel, que "impulsiona" massacres, assassinatos e muitas outras barbaridades. Não à toa, é frequente que no livro o autor questione duramente os sacrifícios e oferendas, que visavam a purificação ou perdão mediante a morte e incineração de animais como cordeiros e pássaros. De contundente, é nesse ponto que O Evangelho Segundo Jesus Cristo vai mais longe na provocação aos que são mais conservadores em matéria de fé. De resto, especialmente Jesus e suas andanças, há um cenário bem desenhado de lendas já conhecidas ou que a Bíblia não esconde de todo (como a possível existência de irmãos de sangue de Jesus, mencionada no Evangelho de Marcos).

Um Deus assim diante de um Jesus não tão conformado com o seu destino é um bom embrião para cenas literárias maravilhosas e Saramago não perde essa oportunidade: os encontros entre Deus, Jesus e a presença misteriosa de uma entidade obscura (o demônio) são momentos belíssimos e grande parte deste encanto, inegavelmente, se associa ao estilo de Saramago, que prioriza uma oralidade não vista em nenhum outro lugar. Um fascínio quase doentio por vírgulas, com suas frases enormes sem pontuação, diálogos sem separações gráficas e reflexões práticas e inesperadas fortalecem esse ambiente lúdico que permeia todo o livro. E se isso pode parecer estranho (eu recomendo que o primeiro contato de um leitor com José Saramago não seja n'O Evangelho Segundo Jesus Cristo), basta que a leitura seja feita em voz alta que tudo parece ganhar um contorno sólido (sim, essa tese, tão popular quando se fala do autor, é verdadeira e deve ser considerada pelo leitor).

A famosa passagem citada no parágrafo anterior, do encontro de Jesus, Deus e o Diabo é, narrativamente falando, o ponto alto da obra de Saramago. Ali, têm-se boa parte das razões que fazem O Evangelho Segundo Jesus Cristo um livro memorável, porque as questões debatidas pelos três abarcam os pilares da Igreja, seja em seus simbolismos eternos como também em suas hipocrisias. Nada mais pode ser dito, mas este capítulo, além de encaminhar a narrativa para o seu desfecho, torna a trajetória de Cristo mais consciente da sua missão. Mas num sentido prático isso, contudo, reforça uma percepção particular: o final do livro, por mais que seja obviamente previsto (e se relacione lindamente com a abertura da obra), pareceu-me acelerado em demasia. Muita coisa que está nos evangelhos "oficiais" poderia ser mais bem abordada por aqui, não como fio condutor da narração, mas com intuitos lúdicos ou literários. Isso não ameniza o encanto das linhas finais, pois o último parágrafo do livro, por exemplo, é totalmente inesquecível.

Nada pode desabonar O Evangelho Segundo Jesus Cristo. A obra-prima de José Saramago é a história mais famosa da humanidade despida de auras místicas e vestida com uma roupagem humana, no sentido mais puro e por vezes contraditório desse termo. É também um compêndio pessoal do seu autor: o humanismo de Saramago, comprovado em dezenas de entrevistas suas (inclusive em solo brasileiro, como as várias passagens que ele teve no Roda Viva, da TV Cultura), transcende o seu ateísmo por vezes injustificadamente criticado. Para sermos humanos, não precisamos assumir um lado religioso e por ele lutar, com fé, até o fim dos nossos dias; basta termos humildade, respeito e capacidade construtiva. O Jesus Cristo de Saramago é assim, e, por isso, a abordagem com a qual Saramago o tratou só engrandece este personagem e sua presença universal ao longo dos tempos.
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Juluzsg 20/07/2023

Jesus, o homem
Quando comecei a ler essa história, eu acabara de sair de outra história com uma narrativa bíblica (Memnoch da Anne Rice), então eu estava um pouco cansada do assunto. Mesmo assim decidi que iria seguir em frente.
Também ressalto que não tinha muita expectativa por que, em primeiro lugar, nunca li nada do Saramago, e em segundo lugar porque a história de Jesus conheço desde criança. Porém, já adianto que esse livro me surpreendeu.
Primeiro o autor nos leva a vida de José e Maria os apresentando como personagens e também outros que serão importantíssimos no futuro. Mesmo com os defeitos é difícil não se apegar aos dois, principalmente a José e então sofrer pelo fim da sua história e pelo fim inevitável que se desenha para seu filho.
Saramago, então, passa a dar muita ênfase no encerramento da história do pai e como isso corrói a relação familiar na casa de Jesus, situação que trará muitas consequências na frente. Cabe destacar que aqui já se desenha o Deus de Saramago.
Não minto que a relação entre Jesus e Maria me machucou um pouco, por eu ser uma pessoa que cresceu católica e que sempre admirou Maria. Então já imagino que o Saramago deve ter sido muito criticado aí pela igreja. Entre muitas razões por ele ter coragem de escrever essa Maria.
Quando Jesus entra na vida adulta, o autor começa a correr, mas no sentido de não dar enfase nessa parte da história que é meio que conhecida de todos e já está escrita na Bíblia. Quando comecei a ler, pensei que ele traria sua história mais para essa parte, mas ele desenvolve bem seus personagens antes de chegarmos aqui. Então quando Jesus é adulto a história já está muito bem construída.
Já perto do final, Saramago apresenta Deus mais de perto e podemos concluir que o Deus dele não é de paz e amor, e sim, está mais para adoração e guerras. Esse Deus não surpreende nada pela construção do texto, só que já começa a te deixar apreensivo pelo final que todos já sabem.
O fim chega como uma pedrada. Pai e filho, então, encontram o seu destino. Em poucas páginas todas as peças se amarram, e esse homem/personagem que você aprendeu a amar nessas páginas finalmente se despede pela crueldade divina.
Saio daqui concluindo que não é apenas mais uma história bíblica, mas um enredo que dá personalidade a esses personagens e te levando a criar outro tipo de laço com eles. Foi para mim uma surpresa bem-vinda.
Recomendo demais essa leitura, principalmente ouvindo "Chemtrails over the Country Club", álbum da Lana del Rey. Não vou mentir, é meio que uma viagem.
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Maria 14/07/2023

Muito bom
Uma versão subversiva da história de Jesus que deixaria muitos religiosos de cabelo em pé. Porém, se conseguir deixar os ditos pregados pela Igreja de lado, é uma leitura incrível, apesar de a forma de narrar de Saramago não ser fácil.
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Elisa Coelho 09/07/2023

Saramago é um gênio
Entendo o porquê de essa obra ser um tapa de luva para os católicos mais fervorosos. Retrata Jesus Cristo como? humano.
Eu nunca me identifiquei com a religião e nem mesmo sei dizer o caminho tortuoso que, segundo a Bíblia, Jesus percorreu do seu nascimento até sua morte crucificada.
O que pude perceber aqui, com Saramago, é a origem de um Jesus simples, um Jesus que era apenas mais um numa família de muitos filhos. E que foi rebelde no seu contato com Deus, tentando fazer apenas as suas crenças pessoais irem adianta. Jesus tentou controlar todo o final da obra, apenas para descobrir que fizera tudo de acordo com o plano que Deus tinha escrito para ele. Esse Jesus humano, que ri, que ama, que ajuda aos pobres e se deita com o amor da sua vida; que aprendeu quase tudo que sabe com o diabo que era seu amigo? Saramago monta uma nova história, linda, a qual se encaixa muito bem na mensagem que quer passar. Eu amei esse livro,
Meu segundo Saramago.
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joaoggur 07/07/2023

Jesus lhe abençoe, Saramago.
Saramago sempre teve uma grande influência política em Portugal. Polêmico, suas obras sempre são surpreendentes, mostrando a podridão humana. Este contexto aplica-se em O Evangelho Segundo Jesus Cristo.

As polêmicas por detrás deste livro são contraditórias. Se vemos o cristianismo com o viés protestante, a livre interpretação da Biblia, teoricamente, seria permitido. No livro, Saramago da a sua visão da conhecidíssima história de Jesus Cristo. Não colocando uma roupagem esotérica, Saramago inverte os papéis, tratando Jesus como um humano.

Talvez, este seja o grande ponto em volta das polêmicas que permeiam o livro. Saramago retrata Jesus não como uma figura religiosa, e sim uma VÍTIMA da religião. Aqui, Jesus é estritamente humano; não pediu para ser um ?filho de Deus?. A afirmação pode ser considerada um ultraje, mas é a visão do autor. Jesus era, em primeiríssimo lugar, um humano. No livro, por diversas vezes questiona sobre sua predestinação divina; quem não se solidariza, não se coloca no papel do personagem.

Convenhamos; vemos Padres e Pastores fazendo suas próprias interpretações do livro sagrado dos cristãos, e poucos se incomodam. Mas quando Saramago, um ateu, faz sua própria versão, o alarde é imenso. Contestável, não?

Recomendo fortemente, tal qual todas as obras do autor. Precisa ter estômago para ler.
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Thiago275 06/07/2023

Me faltam palavras
Demorei a ler José Saramago. Apesar de já ter visto recomendações de gente muito boa, eu tinha um certo receio de sua escrita, que possui um sistema de pontuação todo próprio, misturando narração e diálogo. Bobagem a minha, me adaptei muito rapidamente ao jeito do autor de contar suas histórias e tive contato com um livro que merece todos os elogios possíveis.

O Evangelho Segundo Jesus Cristo foi publicado pela primeira vez em 1991 e aqui temos a história de Jesus contada sob o ponto de vista de um ateu. Então, já podemos esperar certas "provocações", certas colocações que podem tirar o leitor da zona de conforto - seja ele alguém cristão ou alguém que simplesmente acha que sabe como a história aconteceu.

Saramago subverte muitos dos elementos dos Evangelhos, incluindo na Sagrada Família temas nunca discutidos, como culpa, medo e estranhamento. Jesus aqui é sim o Filho de Deus, mas ele também é humano e, como todos nós, vive em meio a um mar de dúvidas sobre o sentido da vida.

Talvez a ideia mais "chocante" do livro não seja que Jesus foi concebido e nasceu como qualquer outra pessoa, nem mesmo que ele era marido de Maria Madalena. Acredito que o que mais vai surpreender o leitor é a relação do protagonista com seu Pai. Eles se encontram em determinada passagem e o diálogo que eles travam, observados pelo Diabo, é uma das coisas mais interessantes que eu já li na vida. É uma visão cínica do Cristianismo e de duas bases, com a qual você pode concordar ou não, mas que não deixa de fazer sentido.

Quanto mais leio algo sobre a história da religião ou o Jesus histórico, mais tenho a certeza de que os aspectos práticos da vida de Jesus pouco importam. Não faz diferença se ele era casado, se teve filhos, se Maria era virgem. O seu grande mérito foi a mensagem que ele deixou. E essa mensagem independe de como ele vivia. O Evangelho Segundo Jesus Cristo é um livro que veio reforçar essa visão, e quem nunca duvidou de sua própria fé, que atire a primeira pedra.
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Nathalia958 28/06/2023

Que livro!!! Saramago cutuca feridas recontando a história de Jesus sob seu ponto ponto de vista, de forma irônica traz questionamentos sobre Deus (ou deus?) e a história que o cristianismo nos conta.
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Rick 23/06/2023

Monumental
O Evangelho Segundo Jesus Cristo de José Saramago é uma obra polêmica e impactante que narra a vida de Jesus, desde seu nascimento até sua crucificação, sob uma perspectiva bastante particular. O autor retrata um Jesus humano e falível, que convive com seus próprios conflitos e incertezas e cujas atitudes são influenciadas pelas circunstâncias políticas e sociais da época. A obra também aborda temas como religião, poder e sexualidade, questionando alguns dos pilares fundamentais do cristianismo e provocando reflexões profundas sobre a natureza da fé e da religiosidade. Escrita em um estilo único e inovador, a obra é um desafio tanto para os leitores cristãos quanto para os não religiosos, e reverbera ainda hoje como uma das mais importantes contribuições do autor para a literatura mundial.
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Luzimari Corso 21/06/2023

Um outro olhar...
Um olhar para um Jesus humanizado, nascido sujo das entranhas de sua mãe, como qualquer outro homem. Se você crê em Jesus, só vai aumentar sua fé. Se não crê, ficará no mínimo intrigado com o olhar de Saramago.
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anamariarockk 21/06/2023

Sem muitas palavras, é uma resenha só pra expressar a felicidade que senti com esta leitura.
Ah, meu primeiro Saramago foi esse.
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Vini 20/06/2023

O evangelho segundo Jesus Cristo
Brilhante! Saramago mais uma vez surpreende com sua releitura da história religiosa mais conhecida do mundo.
Há diversas passagens nesse livro que nos fazem repensar sobre os conceitos que possuímos de divindade, legado, bem e mal? sabemos é claro que se trata de uma obra literária, mas não há como negar o quanto essa narrativa possui uma força de veracidade palpável e lógica para os fatos, nos possibilitando revisitar nossa leitura de mundo.
Com certeza está nos top 3 livros de Saramago mais poderosos e incríveis.
Todos deveriam dar uma chance a essa leitura, sem preconceitos.
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19/06/2023

?Deus, apesar das suas habituais exibições de força, ele é o universo e as estrelas, ele é os raios e os trovões, ele é as vozes e o fogo no alto da montanha, não tinha o poder para obrigar-te a matar a ovelha, e, contudo, tu, por ambição, mataste-a, o sangue que ela derramou não o absorveu todo a terra do deserto, vê como chegou até nós, é aquele fio vermelho sobre a água, que, quando daqui nos formos, nos há-de seguir pelo rasto, a ti, a Deus e a mim.?
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Douglas Brilhante 06/06/2023

Simplesmente fantástico (como sempre)!

Todos os livros que li do Saramago são:

?E se??

E se Jesus, Rei dos Reis, também fosse um homem comum com toda a nossa humanidade embutida?

No evangelho do autor português, o tão conhecido caminho da história de Jesus é adptado para uma narrativa mais crítica, palpável e, honestamente, até mais provável.

Com genialidade, humor e extrema lucidez, Saramago nos faz refletir sobre as contradições óbvias e outras sutis do evangelho correntemente estabelecido e Jesus é recriado na dupla face dos seres humanos sem perder sua essência messiânica e iluminada.

Perfeito. 10/10.
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Jotinha 05/06/2023

O envagelho por outros olhos
Esta narrativa de José Saramago trás a tona uma nova visão sobre todo o percurso da vida de Jesus, ainda presente todo a religiosidade que os trechos originais possam propocionar porém a forma como o texto se conduz com um ênfase nas dramas das personagens é belíssimo. Sou cristão porém li esta obra apenas como mais uma narrativa antiga e me surpreendi, a maneira como José conduz o texto é incrível, não há cortes para diálogos ou detalhes no ambiente, tudo é conduzido propositalmente numa linha só te mergulhando naquela história sobre Bem, Mal, redenção, Divino e o mais importante sobre a Morte. Toda os subtextos presentes na Bíblia aqui tomam mais vida e com esta maior evidência se tornam mais "livres" para debate, como todos os relacionamentos que Jesus teve em vida e como eles influenciaram ele. Em suma, um belo livro até mesmo para aqueles que não forem cristãos, deem uma chance para esta obra e busquem as mensagens que ela tenta enfatizar.
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