O Evangelho segundo Jesus Cristo

O Evangelho segundo Jesus Cristo José Saramago




Resenhas - O Evangelho Segundo Jesus Cristo


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Will.Leite 06/04/2023

O que eu mais li nas resenhas desse livro foi "uma história de um Jesus humanizado". Ok, é bem isso mesmo. Mas eu esperava (e isso foi um erro de expectativa) algo ainda mais humanizado. Um Jesus comum. Nenhum milagre. Nada sobrenatural. Basicamente a história do Jesus carpinteiro.
Inclusive me empolguei muito com o primeiro terço do livro, que tem José (pai de Jesus) como protagonista. Achei que assim se seguiria por quase todo o livro.
Uma das clássicas frases de Jesus, quando crucificado, dita no final do livro, mas de uma maneira toda invertida, pra mim foi uma bela ilustração do que é o livro.
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Euller 19/11/2022

Vale a pena e deve ser lido por TODOS
Li sabendo que seria bom pois é impossível se dessepcionar com Saramago, mas novamente estou surpreso com o quão bom são os seus livros, os enredos que ele constrói, eu amei esse livro.

"o Senhor deu-nos pernas para que andássemos e nós andamos, que eu saiba nunca homem algum esperou que o Senhor lhe ordenasse Caminha, com o entendimento é o mesmo, se o Senhor no-lo deu foi para que o usássemos segundo o nosso desejo e a nossa vontade"
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Alexandre 26/04/2023

Uau
Caras, que livro! Saramago foi ousado em escrevê-lo, mas, ao meu ver, nunca desrespeitoso. A história tem muito pouco da Bíblia, e traz um Jesus mais humanizado, que comete erros e tem sentimentos mundanos.
Minha parte favorita foi o debate entre Deus e Jesus sobre o fururo da religião após o sacrifício que ele teria que fazer. Divertidíssimo!
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Weuller.Alves 31/01/2022

Inteligente, comovente e audacioso
Pra começar, essa não é uma história religiosa/cristã. Apesar dos acontecimentos serem semelhantes aos da Bíblia, as motivações e os resultados são totalmente diferentes. Fiquei surpreso com a autenticidade que o autor emprega na história.

Esse é um romance que traz em seus principais protagonistas condições muito humanas, com medos, erros, falhas e pecados. Jesus, Maria e José não são santos. Erram e precisam conviver com as consequências de suas ações, dores e perdas.

Demorei mais do que esperava pra terminar de ler, pois a escrita de Saramago é muito diferente do que sou habituado. Os diálogos são inseridos no texto corrido sem nem mesmo aspas como indicação, além das frases e dos parágrafos serem extremamente longos. Mas vale muito a pena a leitura.
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May - @may.book.s 09/04/2020

Genial!
Já tem alguns anos que venho adiando a leitura desse livro, mas nesse ano, finalmente consegui... E valeu total a pena.

É um livro que vai mexer com suas ideias e interver algumas passagens e situações bíblicas. Tornará Jesus mais humano, que erra, sente, se importa e tem problemas familiares como todos nós...

Saramago tira a divindade de Deus e nos mostra uma outra face daquilo que poderiam ser realmente os propósitos Dele.

Leia e tire suas próprias conclusões...
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Ferreirinha 24/05/2017

Excelente e desconfortável
O livro aborda uma leitura muito particular do que teria acontecido desde o nascimento até a morte de Jesus. Para os estudiosos do tema é possível se fazer várias associações e ao mesmo tempo vários questionamentos. Não indico para radicais religiosos mas sim para quem se interesse por uma belíssima escrita e ideias incríveis.
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Shirlei 10/08/2020

um livro maravilhoso. saramago tem uma escrita caracteristica, mas isso faz desse livro uma obra prima. recomendo a leitura.
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Jr. 21/06/2020

Carne, osso e lágrimas

Dos primeiros gestos do Jesus ainda menino, concebido por José e por Maria, aos últimos suspiros do Jesus já homem feito, sacrificado em uma cruz, seguimos os passos do personagem nessa narrativa de José Saramago que reinterpreta o texto bíblico interessado nos dilemas morais que ele, o Cristo, e as figuras parentes que marcam sua trajetória enfrentam diante da inevitabilidade dos já conhecidos desígnios de Deus.

Esse processo, como não poderia deixar de ser, envolve, desde a sua concepção, uma iconoclastia muito pungente, por propor outro olhar, humano, compassivo e por isso mesmo contestador, acerca de figuras basilares de toda uma religião, que assumem diferentes e reveladoras perspectivas, conforme os mitos são revistos nas páginas desse evangelho de um homem, em sua essência, não diferente dos outros homens do mundo, de carne, osso e lágrimas.

O que eu acho mais comovente é como a prosa de Saramago provoca delicadas epifanias no que há de mais humano na trajetória de Jesus Cristo, encontrando nos momentos em que o protagonista mais se parece com cada um de nós – quando sai de dentro da mãe, quando perde o pai, quando conhece o prazer ao lado de uma mulher –, à parte dos milagres que o nazareno operou, que o texto parece estabelecer uma conexão com algo mais divino, uma emoção mais pura mesmo.

Esse efeito que provoca nas descrições dos eventos mais simples diz muito sobre a intenção de Saramago, para além de maiores controvérsias quanto ao seu ceticismo, em propor uma desmistificação que se revela bastante compadecedora sobre esse filho, esse menino, esse homem que, para além de qualquer divindade que lhe fora atribuída, amou, sorriu, sofreu e morreu como todos os outros que vieram a esse mundo, antes e depois dele, questionando suas origens e seus propósitos.


“O filho de José e de Maria nasceu como todos os filhos dos homens, sujo do sangue de sua mãe, viscoso de suas mucosidades e sofrendo em silêncio. Chorou porque o fizeram chorar, e chorará por este mesmo e único motivo” (pág. 83)
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pulsaodemorte 18/07/2020

Tragicamente humano, e humanamente divino!
A vida de Jesus de Nazaré foi uma coisa de louco. mas muito bonita apesar de tudo e todos. é com certeza um dos livros mais lindos que eu já li. os diálogos, pensamentos, sensações, absolutamente é descrito da forma mais humana e fiel que poderia ser. depois dessa experiência de leitura passei a gostar mais de jesus e dos seus "defeitos" humanos, afinal, sua verdadeira labuta era seu eu divino; em paralelo desgostei um pouco de Deus, um tanto quando egoísta, ambicioso e mandão, ainda bem que existiu Jesus pra eu não desgostar totalmente da coisa. vida longa!
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Lisandro 09/08/2020

Gosto de Paulo Coelho e agora também gosto de Saramago.
Gosto de Paulo Coelho e pela primeira vez li saramago. Agora gosto dos dois. Sei que há uma rixa, se não entre os escritores, entre os leitores de um e de outro. Mas, se há quem goste de um e há quem goste de outro, há também os que gostam de um e do outro. "Não é querer dizer amor e não chegar a língua, é ter língua e não chegar ao amor" — José Saramago.
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skuser02844 01/02/2023

"é preciso ser-se Deus para gostar tanto de sangue."
precisei de quase um dia inteiro refletindo antes de decidir escrever essa resenha. terminei de ler ontem e foi impossível organizar meus pensamentos de modo coerente através de palavras, pois senti mil coisas diferentes durante e após a leitura.
creio que, por ter crescido ateu-agnóstico em um ambiente católico, eu pude sentir cada palavra de saramago como uma flecha em meu peito. tudo o que eu aprendi na infância sendo dissecado e recontado d'um ponto de vista mais amplo, crítico, realista e - principalmente - humano, causou-me uma inevitável sensação de felicidade agonizante que consumiu meu cerne a cada parágrafo lido. tal sentimento tornou-se parte de mim enquanto eu passeava por suas palavras e as engolia como quem devora o corpo de Cristo.
toda a construção acerca da vida do homem que bem conhecemos, dessa vez em uma versão tão crua, onde toda a hipocrisia e injustiça é colocada em pauta perante nossos olhos, é demasiadamente enriquecedora, sendo possível questionar a igreja sem desrespeitar a fé.
saramago desconstrói a visão idealizada do tão conhecido deus cristão e expõe toda a falsídia no que concerne sua dita existência, ao tempo em que a suposta maldade do diabo é discutida e refletida.
a parte mais importante em um livro, para mim, é a escrita. o ato de transformar fragmentos da própria mente em vocábulos tecidos d'um modo harmonioso para a apreciação do interlocutor me é tão mágico. saramago, sem dúvidas, possui uma escrita (perdoem-me a comparação) deífica. as características de composição em cada parágrafo são tão únicas dele! foi a primeira obra que li do autor e com certeza lerei tudo o que eu puder! quando a escrita é bela - e aqui digo bela não apenas no sentido de ser encantadora e com lindas palavras, mas também por ser diáfana em sua essência -, qualquer história é interessante.
aqui temos personagens tão bem criados e desenvolvidos de maneira grandiosa e singular, cada qual sem perder sua essência.
houveram diversos momentos onde eu senti-me em êxtase conforme lia, mas, o principal foi quando saramago narra a sexualidade inerente ao homem, descrevendo essa experiência na vida de Jesus do melhor modo possível. outro momento que ficará para sempre em minha mente é o extraordinário diálogo entre deus, jesus e o diabo, que foi excepcionalmente épico e absurdamente bem escrito.
levarei este livro para sempre guardado na parte mais importante de meu âmago, sinto que ele será uma peça essencial na composição de meu ser.
dalloway 01/02/2023minha estante
amei a resenha, adicionando na listinha de metas! ansiosa pra começar já


skuser02844 01/02/2023minha estante
ebaaaa! fico muito feliz com isso, meu bem ? espero muito que goste




Hildeberto 13/07/2015

Sou fã do José Saramago. Já li inúmeros livros dele, e inclusive mais de uma vez, como é o caso desta minha leitura do "Evangelho Segundo Jesus Cristo". Gosto do seu estilo crítico, meio sarcástico e irônico; suas abordagens de temas polêmicos a partir de perspectivas humanistas, além na esperança que o ser humano pode ser melhor do que realmente é.

Todos os elementos citados estão presentes neste livro. Da primeira vez que o li, não havia gostado muito, achado o desenvolvimento da estória meio pedante. Considerei que isto fora devido minha imaturidade literária na época e por isso, resolvi dar uma segunda chance ao livro.

Mas, após um intervalo de quatro anos entre a primeira e a segunda leitura, chego a mesma conclusão: provavelmente o "Evangelho Segundo Jesus Cristo" é o pior livro de Saramago, dentre os que eu li do autor. Tentar descrever a vida de Jesus de forma humana é interessante; fazer uma crítica ás contradições da religião judaica e cristã, pode ser relevante; mas o conjunto da obra não me agrada.

Em outros livros, o autor demonstra possuir uma visão negativa da sociedade mesclada com aspectos de esperança. Neste não. Tudo é uma grande crítica, não há um meio termo. Saramago descreve o ser humano como bom, divino e Deus como maquiavélico e manipulador. Mas isto é uma contradição, visto que na obra do autor a condição humana é abordada com muito mais crítica do que neste Evangelho, de modo que muito dos problemas do mundo são de sua responsabilidade - os problemas do mundo não estão no céu e sim na Terra.
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Suzi 01/11/2020

Minha primeira leitura de Saramago! Confesso que estava com um medinho por causa da forma de escrita do autor, mas foi muito tranquilo e gostei bastante da ficção em torno da vida de Jesus.
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Levi 09/09/2015minha estante
Dirce, esse também foi o meu primeiro Saramago. Lembro que um amigo me deu quase que dizendo: "esse autor vai desfazer sua fé". O tiro saiu pela culatra. Não perdi a fé (nem acho que Saramago perca tempo com isso), gostei do livro e fui totalmente cativado pelo estilo de escrita do autor, que é hoje um dos meus favoritos. Já li quase tudo dele. Seus livros são sempre recheados dessas "cutucadas" no evangelho. Algumas me rendem boas risadas, outras me levam a ótimas reflexões e pesquisas, como nenhum outro livro "cristão" (se é possível usar esse termo) faz.


DIRCE 09/09/2015minha estante
Então Levi, pode haver outros Saramago sim, mas preciso de um tempo de calmaria.


Manuella_3 22/09/2015minha estante
Ainda não li o Evangelho, Dirce, e tenho muita curiosidade. Estreei no universo Saramago com o Ensaio sobre a Cegueira,e que apesar de não ser do meu gênero preferido, foi o livro que me deixou acordada na madrugada para devorá-lo de uma vez. Coisa rara, nada tira meu sono. Aí foi encanto e paixão pela escrita de Saramago, suas ideias... emendei com A Caverna e neste há uma das mais belas cenas de amor não dito, apenas delicadamente descrito. Um livro curioso, humano. Intermitências da morte me soou cansativo, mas Saramago está no topo dos meus autores preferidos. Quero ler o Evangelho e ficar chocada, mas já sabendo disso vou me divertir.
Bela resenha, vc é responsável por muitas escolhas minhas. :)


DIRCE 23/09/2015minha estante
Saudade, Manu.
Não é do seu tempo, mas havia uma propaganda que dizia o primeiro sutiã a gente nunca esquece. Pois é: o primeiro Saramago a gente nunca esquecerá, posso afirmar. Foi um tsunami. Assisti ao filme Ensaio sobre a Cegueira. Não sei o filme faz jus ao livro, mas achei impactante e assustador. E, apesar do abalo provocado por O Evangelho... , Saramago ganhou uma leitora porque gostei muito do estilo dele. Tenho um sério problema: não gosto de narrativa recheadas de travessões, durante a leitura do Evangelho..., nem os percebi que eles estavam ali ( embora ocultos) porque Saramago os substituiu por virgulas e me passou totalmente despercebido que eu estava diante de um tipo de narrativa que me desmotiva. Beijo grande e boas leituras.


Manuella_3 23/09/2015minha estante
O filme bem fiel ao livro, uma ou outra coisinha que muda.




Arthur803 21/03/2023

Valeu muito a pena, com certeza foi ótima uma expansão de ideias.
Inicialmente, já aviso que não possuo religião, não quero que entendam minha resenha como desrespeito à crença de ninguém.

"O Evangelho segundo Jesus Cristo" certamente é um livro fora da curva, podemos pensar que já conhecemos a história de Jesus, os milagres, os apóstolos, etc. Mas pela visão de José Saramago, o rumo da história segue outra dinâmica, segue a humanização do "mito" (me perdoe o uso da palavra), os personagens sentem emoções, eles duvidam, as coisas dão errado, é como se tais condições nos aproximassem ainda mais do que poderia ter sido a realidade de Jesus.

É interessante observar também a esperteza do autor em criar a narrativa, não é simplesmente repetição do que já conhecemos, é feito com mudança em alguns pontos, determinados milagres que contam como x pra gente, aqui é contado y, mas mantendo o conceito. A esperteza também se estende no cinza de Deus e do Diabo, não o preto e branco simplório que vemos em muitos lugares, do Deus bonzinho e do Diabo ruim, brincando, os dois, de policia e ladrão. Muitos questionamentos sobre os planos de Deus são levantados, não de forma ruim, mas como qualquer humano naquele lugar faria, e por pessoas de fora também, que leem a Bíblia, por exemplo, e no seu íntimo se perguntam, "Por que Deus queria que fosse assim?" "Por que Deus decidiu fazer isto de tal maneira?".

Tendo a perspectiva de um Agnóstico, atualmente me vejo assim, encarei esta história muito bem, admirei a coragem do autor em tocar em um conto tão famoso e tão precioso para muitos, uma considerável parte dos conservadores pode encarar que determinadas passagens sejam um afronte aos costumes e uma deturpação da história do salvador, mas a questão não é essa, na realidade, acredito que aproximar Jesus da "humanidade" é um ótimo caminho de aproximar, também, a humanidade do catolicismo/religião/sagrado/etc.
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