Os emigrantes

Os emigrantes W. G. Sebald
W. G. Sebald
W. G. Sebald




Resenhas - Os Emigrantes


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Marina 17/08/2023

Eu amo histórias que falam de imigração e deslocamento, mas esse livro não me pegou. Não sei se é o jeito que o autor escreve as histórias, mas na maior parte do livro achei chato, entediante e não consegui me conectar com os personagens. São quatro histórias, as duas do meio achei melhores, mas a primeira e a última a leitura foi bem arrastada.
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Filipe 12/10/2022

Por meio de quatro histórias diferentes, W. G. Sebald nos guia por uma Europa dividida pela guerra e que é carregada na bagagem e memória do movimento migratório.

Cada personagem remonta a glória de um passado, constituída por uma simplicidade que nunca os abandona em suas jornadas biográficas.
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Julia 02/05/2020

Inesperado
Comecei a leitura sem muitas expectativas, mas o livro me surpreendeu positivamente. Adorei a escrita dessa autor e já quero ler seus outros livros.
Sobre a história, o narrador descreve a vida de quatro personagens emigrantes e suas desaventuras. Não vou entrar em detalhes, no entanto, fiquei com impressão que no livro todo permeia um clima de tristeza, porém sem exagero.
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Marcelo 08/04/2020

Os Emigrantes
? Quando hoje recordo, nossa infância em Steinach, costumo ter a impressão de que ela se estendia num tempo ilimitado, em todas as direções - aliás, como se ainda persistisse, até essas linhas que escrevo agora.
Os 4 contos do livro acaba nos remetendo às nossa próprias lembranças, ao ler surgem a nostalgia e uma ponta de melancolia ...
Não leia com pressa , leia como se saboreasse um sorvete .
Grata surpresa!!!
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Antonio 05/02/2020

Espaço da memória
Em Os Emigrantes, Sebald trabalha naquilo que se mostrou seu ponto forte em seu primeiro livro, Vertigem: o espaço da memória na narrativa.

É nítida a evolução da escrita do autor, ressaltando, em Os Emigrantes, o ponto forte de seu primeiro livro, que é justamente a memória e sua aproximação crítica a esse tema, deixando de lado o tom de narrativa de viagem que tirou um pouco do encanto de Vertigem.

Os Emigrantes apresenta quatro "contos longos", que se integram e relacionam por meio do tema comum da segunda guerra e holocausto. Sobreviventes (ou descendentes de sobreviventes) da barbárie, Sebald, por meio de seu narrador, dá voz a essas personagens de um modo magistral, no qual as vozes do narrador e da personagem em questão fluem de uma para a outra, com transições que se dão de uma forma tão natural que às vezes é apenas uma pequena sentença que marca essa mudança.

A tradução também foi muito bem feita, embora, às vezes, a estrutura das frases pareça estar mais próxima à do alemão do que à do português. Mas nada que atrapalhe a leitura desse ótimo trabalho de Sebald.
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Biblioteca Álvaro Guerra 25/09/2018

" Alguns têm escrito como se Os Emigrantes pertencessem à literatura do Holocausto. Mas é realmente mais abrangente: é sobre tempo, distância, ausência, isolamento, solidão, depressão, retiro, nostalgia, memória e esquecimento." The New York Review

Livro disponível para empréstimo nas Bibliotecas Municipais de São Paulo. De graça!



site: http://bibliotecacircula.prefeitura.sp.gov.br/pesquisa/isbn/85-01-05388-0
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Aguinaldo 02/11/2011

os emigrantes
Por comodismo vou classificar esse livro como de contos, mas ele é algo indefinível, um híbrido, um misto de relatos inventados, biografias e memórias. Vou deixar os comentários sobre a forma e o estilo dos livros de Sebald para depois, quando fizer o relato do último dos livros dele que li (que por acaso é o primeiro publicado por ele, Vertigem). "Os emigrantes" é de 1992. São quatro relatos breves, quase-biografias de sujeitos que emigraram, pessoas que experimentaram o desapego de suas histórias, de suas famílias, de suas origens. Mas esses retratados não são exatamente reais - apesar de certamente serem decalcados de pessoas reais, aparentados ou bons amigos do autor. Digo isso apenas na medida em que alguém pode ser amigo de alguém, inclusive porque o conceito de amizade de Sebald é algo mais complexo do que transparece desses relatos. Os quatro personagens (Henry Selwyn, Paul Bereyter, Ambros Adelwarth, Max Ferber) representam uma coletividade, uma legião formada por todos que experimentaram a violência, a perda e o desespero derivados das guerras que assombram os homens. Sebald fala do desapego e do desespero, mas também da idéia da morte, do suicídio, como forma - válida - de se entender o mundo (e como forma de abandoná-lo, como já nos ensinou o Vila-Matas). A origem dos personagens é variada. Selwyn é lituano, emigra para a Inglaterra no final do século XIX, exerce a medicina com relativo sucesso, mas termina seus dias despauperado, cuidando de plantas e cavalos em uma propriedade rural. Já Bereyter é um professor alemão da escola primária, de mãe alemã e pai meio judeu. A se acreditar no relato, Sebald foi seu aluno e Bereyter um excelente educador, disciplinado formador de jovens. A segunda grande guerra força Bereyter a servir no exército alemão e viajar por toda a zona de ocupação. Assim como no caso de Selwyn, no final da vida Bereyter percebe-se esgotado, sem possibilidades, sem alternativas. A idéia de suicídio é inevitável. O terceiro retratado é Ambros Adelwarth, que pode ser um tio-avô do narrador (mas as vezes ele grafa Ambrose e não Ambros, o que me faz pensar que existe um Adelwarth histórico e um ficcional - ou que houve um erro de revisão na produção do livro, o que seria engraçado afinal de contas). Esse Ambros emigra para os Estados Unidos e vive como mordomo de um rico rapaz, herdeiro de banqueiros judeus de Nova York. Esse rapaz é viciado em jogos e cassinos, acaba enlouquecendo e sendo internado em uma clínica, onde morre. Ambros continua servindo os pais desse rapaz até aposentar-se e internar-se voluntariamente também ele em uma clínica para doentes mentais, onde padece de sofrimentos terríveis nas mãos de médicos algo inescrupulosos. O último personagem é um pintor, Max Ferber, cujos pais morreram em um campo de concentração. Assim como Sebald esse sujeito emigrou da Alemanha para a Inglaterra, radicando-se na cinza, industriosa e poluída Manchester. As descrições de Sebald são poderosas. O impacto da história recolhida no diário da mãe de Ferber, às vésperas de seu internamento nos campos de concentração, é terrível. Diferentemente dos livros posteriores de Sebald nesse há um diálogo explícito entre as imagens do livro e o texto. Há idéias inventivas nele, como o comentário sobre a inveja que pretensamente os alemães tinham (e talvez ainda têm) dos nomes judeus, o uso reiterado de passaportes e vistos ou a imagem das três jovens parcas entrevista em um quadro pintado por Ferber. Uma coisa que se repete nas histórias e me chamou a atenção é o estranhamento que o narrador de Sebald sempre experimenta com atendentes nos hotéis em que se hospeda, como se ele emulasse a timidez de um emigrante que é humilhado sistematicamente ao se apresentar nos balcões de check-in. Sebald sempre encontra interlocutores (que junto com ele são os narradores das biografias de seus personagens) tão detalhistas e meticulosos como ele. Sebald, também um emigrante, alguém que se confunde com seus personagens, também poderia ter suas andanças pela Europa descritas por algum autor que se apropiasse de sua história. Esses narradores auxiliares acabam lembrando o leitor do artificialismo de sua técnica, mas isso pode também ser proposital. É coisa para se pensar. Vou deixar isso para a resenha do Vertigem, que em breve incluirei aqui. [início 14/10/2011 - fim 24/10/2011]
"Os emigrantes", W.G. Sebald, tradução de José Marcos Macedo, São Paulo: editora Companhia das Letras, 1a. edição (2009), brochura 14x21 cm, 287 págs. ISBN: 978-85-359-1462-7 [edição original: Die Ausgewanderten: Vier lange Erzählungen, (Carl Hanser Verlag) München/Deutschland, 1992]
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