Happily Ever After

Happily Ever After Neil Gaiman...




Resenhas - Happily Ever After


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Coruja 18/04/2013

Essa é bem a quarta ou quinta antologia de contos de fadas reescritos e re-imaginados por autores contemporâneos que li nos últimos seis meses (mais ou menos) em que fiquei pesquisando para o especial de aniversário sobre contos de fadas (que vem mês que vem por aqui). Cá entre nós, é também a minha favorita entre todas as que li (embora o melhor dos títulos desses livros que vi ainda seja o My Mother, She Killed Me, My Father, He Ate Me).

Começa bem com uma introdução de Bill Willingham (de Fábulas), que se transforma num conto bastante sombrio de morte e traição; continua com uma peça de Gregory Maguire (responsável por um dos meus romances e musicais favoritos, o Maligna) e daí por diante só melhora com nomes como Susanna Clarke, Holly Black, Garth Nix e Neil Gaiman (para citar apenas alguns dos autores mais conhecidos aqui no Brasil).

O projeto gráfico do livro também me agradou muito; diferente das outras antologias que estive lendo, Happily Ever After abre cada capítulo com ilustrações que lembram iluminuras. Não é nada muito complicado ou ‘oh, que maravilha’, mas é um detalhe digno de atenção, porque dá um ar a mais ao livro, ao clima das histórias.

Só não sei se concordo muito com o título, uma vez que não há muito da sensação do ‘felizes para sempre’ nessas histórias – elas são, em sua maioria, sombrias e com finais ambíguos.

Há vários destaques de que se falar... Começo com dois que eu já conhecia antes: Mr. Simonelli or the Fairy Widower, da Susanna Clarke – que já aparecera em outra antologia da autora, dentro do universo de Jonathan Strange & Mr. Norrell; e Troll Bridge, do Gaiman, que é um dos meus contos favoritos do mestre e é sempre bom reler (embora eu bem que gostaria de ter encontrado um conto inédito dele...).

Dos que eu não conhecia, My Life as a Bird, de Charles de Lint foi um dos meus favoritos e me deixou bastante curiosa para ver mais trabalhos do autor; The Night Market, da Holly Black, que tem um clima muito diferente e fantástico, inspirado no folclore filipino; as sombrias reinvenções de Chapeuzinho Vermelho e da Pequena Sereia em The Red Path e Blood & Water, respectivamente; Hansel’s Eyes de Garth Nix, que mistura bruxas e tráfico de órgãos (e que eu não me importaria se fosse mais longo...); e, sabe, tenho a ligeira impressão de que mais da metade dos contos acabaria nessa lista, então simplesmente vou dizer que destaco o livro todo e paramos por aqui.

O bom dessas antologias é que elas acabam por nos apresentar a novos autores e a novas possibilidades; pelo menos o de Lint e a Black eu com certeza vou querer ler em seus próprios romances, para além de coletâneas temáticas. Outros tantos autores ficarão em meu índice mental para o caso de cruzar com algum livro deles em uma livraria qualquer dia desses.

E a minha lista de leituras continua a aumentar, sem nunca ter fim...

(resenha originalmente postada em www.owlsroof.blogspot.com)
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