A Clínica

A Clínica Jonathan Kellerman




Resenhas - A Clínica


4 encontrados | exibindo 1 a 4


Andrea 03/01/2010

Valeu por ser mais um Delaware, mas não sei... A história não me empolgou tanto quanto outros da "série". Me surpreendi com o final (dá a impressão de ter ficado em aberto) e por descobrir quem era o assassino (nem pensei nele!), mas parece que foi tudo muito rápido. Num capítulo, Alex faz as conexões; no outro, já tem a ação.

Acho que eu me senti perdida na história. De todo jeito, ainda é um livro muito bom. Não ótimo, como estou acostumada, mas compensa ler.
comentários(0)comente



Lili Machado 11/08/2011

“Meu lugar é a torre de marfim, detetive. Poupe-me da realidade.” – professor e historiador Philip Seacrest, marido de Hope
Uma famosa escritora e professora de psicologia, Hope Alice Devane, é encontrada esfaqueada perto de sua casa, em Los Angeles – 3 vezes: no coração, na vagina e nas costas, a altura do rim esquerdo.
Profissional bem sucedida, crítica feroz do machismo e com uma história familiar bem controversa, o caso quase esquecido, passa a ser objeto de investigação do detetive Milo Sturgis (um policial homossexual cheio de contradições), que solicita ao amigo psicoterapeuta e psicólogo forense, Alex Delaware, ajuda e consultoria.
Milo é o único detetive assumidamente gay, na polícia de Los Angeles e que, apesar de sua bem sucedida carreira de 20 anos, nunca foi bem aceito em seu meio.
A forma do crime sugere vingança e muito ódio. O motivo? Este, aos poucos vai se mostrando, à medida que a investigação penetra nos mais recônditos compartimentos da vida de Hope. Um projeto controverso na Universidade onde é professora. Um trabalho escuso para uma clínica de fertilidade assistida. Um livro polêmico e apresentações em programas sensacionalistas de televisão, onde toda a sua revolta com os homens é explorada. Uma infância absurda e atordoante numa cidadezinha da Califórnia. Uma vida conjugal no mínimo, incompreensível.
Por dentro da trama, questões como aborto e esterilização de mulheres incapazes, doenças mentais e responsabilidade sociais, criadouros e matadouros clandestinos, jogo e prostituição, sado-masoquismo e sexo brutal, são abordadas de forma clara, porém preocupante – tudo se resume em CONTROLE!
Seu final é terrivelmente absurdo e, ao mesmo tempo, verossímel. Quantos mais, entre nossos pares, não vivem uma vida dupla?
Devo confessor que, lá pela metade do livro, não resisti e fui direto para suas últimas páginas, para saber quem tinha sido o assassino. Soube, mas não entendi. Voltei ao livro, em sua ordem correta – desisto de fazer isto. Pelo menos acho que desisti...
A participação da companheira de Alex, Robin, dá leveza ao texto denso e perturbador, que faz menção ao livro anterior da série, A teia (ainda por ser resenhado – na fila, na fila...)."
comentários(0)comente



spoiler visualizar
Anônimo 14/12/2013minha estante
Isso é uma sinopse.




a voz que lê 07/12/2023

Até então, os melhores momentos entre Alex e Milo
Hope Devane era uma escritora feminista e professora de psicologia que foi encontrada esfaqueada e morta em seu bairro tranquilo em Los Angeles. O detetive Milo Sturgis é encarregado de investigar o caso após duas tentativas anteriores por detetives que não conseguiram extrair muita coisa para chegarem perto da verdade. Milo tem a ajuda de Alex Delaware (o psicólogo que sempre narra os casos em parceria com Milo) para tentar descobrir mais sobre a vítima (de quem pouco se sabia além da sua persona profissional) e quais poderiam ser as motivações do assassino, pois Devane pode ter enfurecido meio mundo por causa do seu livro e seu posicionamento feminista ou alguém que fazia parte de um comitê da faculdade em que julgavam casos de abusos e importunações sexuais entre estudantes. O próprio marido de Hope Devane se torna um suspeito para Milo, pela maneira estranha como ele tem evitado falar mais com ele sobre qualquer coisa que pudesse ajudar no caso. Há também outros elos que podem levar a possíveis motivações para o crime. É um dos livros de Kellerman, entre os que li até então, com um dos seus mistérios mais intricados.

Os aspectos que eu mais gostei em A Clínica estão no retorno ao ambiente urbano de Los Angeles, um caso com um mistério bem mais específico que é seu maior foco (lembrando que em A Teia temos uma história que não se foca exclusivamente num crime), e principalmente no retorno de Milo como um agente mais participativo da história. O que ele teve de ausente em A Teia, em A Clínica ele está muito presente e eu diria que tem até então seus melhores momentos nesses livros da dupla Alex e Milo. Neste livro há todo um peso especial em como eles unem suas forças e conhecimentos, cada um em sua área, para descobrirem juntos a verdade. Um é corpo e mente do outro.

Como habitual, aqui temos temas sérios e pesados que fazem parte do contexto do mistério a ser desvendado. Não apenas a possibilidade de um assassino com motivações que envolvem o antifeminismo, mas em outras coisas que a doutora Devane estava envolvida. É incrível como a personagem parece presente mesmo que já seja apresentada morta desde o início e mesmo que pouco se saiba sobre sua vida pessoal até perto do fim do livro. É uma personagem bem complexa que, ao ter sua morte investigada, move e também desenterra toda uma teia de situações envolvendo muitas outras pessoas. A coisa vai longe, como é habitual nos livros de Jonathan Kellerman. Por isso é interessante que o seu narrador seja um psicólogo que é um agente ativo na história e não apenas uma testemunha e que ele tenha um olhar mais aprofundado de vítimas e algozes, de modo que esses mistérios não se tornem só um amontoado de fatos conectados sem nenhuma substância psicológica. Os livros de Kellerman jamais poderiam ser acusados de genéricos, pois há bastante personalidade e substância na maneira como são trabalhados.
comentários(0)comente



4 encontrados | exibindo 1 a 4


Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com a Política de Privacidade. ACEITAR