Samantha 24/07/2014
"Confiem em seus instintos. Não tenham medo de ir contra o que lhes ensinaram, contra o que os mandaram ver ou acreditar. Cada pessoa, cada par de olhos, tem direito à verdade."
Li "O Trio Wright" (cuja resenha fiz no blog Arquivo Passional) há um tempinho e ele acabou entrando na lista dos meus favoritos, na hora senti vontade de ler outras histórias da autora Blue Balliett, então descobri o livro "Procurando Vermeer" que é a história anterior à de "O Trio Wright".
Calder e Petra estudam na mesma sala, mas nunca tinham parado para conversar antes de uma visita à um museu com a escola. Logo os dois se tornam amigos e descobrem, por meio de uma notícia de jornal, que um quadro de um pintor muito famoso foi roubado com a ajuda de três pessoas.
Petra e Calder começam a perceber comportamentos estranhos de algumas pessoas da cidade onde moram e desconfiam que elas possam ser as cúmplices desse ladrão, por isso começam a investigar.
Os dois conseguirão resolver esse mistério?
Os personagens dessa história são ótimos. Petra é fantástica, mesmo as pessoas achando-a esquisita, ela tem a mania de fazer para si mesma perguntas que não possuem respostas, pois acredita que o mundo precisa de mais perguntas. Petra é muito curiosa (de uma forma positiva), ela gosta de aprender e de ler. Calder gosta de pensar com seus pentominós de plástico, são doze peças feitas de cinco quadrados que compartilham um lado ou mais, é uma ferramenta matemática. Calder consegue ver o mundo como se cada objeto fosse um pentominó e de vez em quando acha as respostas de que precisa nessas peças.
Calder e Petra fazem uma bela dupla de detetives, eles pensam melhor quando estão juntos e é incrível a forma como vão juntando várias pistas e coisas estranhas para chegar numa resposta, eu nunca ia conseguir fazer o que eles fizeram!
A narrativa é em terceira pessoa sob o ponto de vista de Calder e Petra, ela é super rápida, leve e bem fácil.
A história se passa num bairro chamado Hyde Park, Calder e Petra estudam na escola da Universidade de Chicago (lugar onde a autora trabalhou antes de virar escritora em tempo integral), a descrição do ambiente é muito rica já que os personagens são bem observadores e prestam atenção em tudo, é legal se sentir no ambiente!
Achei o final da história bem fechadinho, tem alguns livros de mistério que não são solucionados totalmente ou uma coisa não tem nada a ver com a outra, isso não aconteceu nessa história, tudo estava interligado e teve um motivo concreto para o ladrão roubar o quadro.
A diagramação é perfeita, a letra é grande e tem uma fonte boa, a capa do livro é maravilhosa, até as folhas são mais durinhas e as ilustrações do interior do livro nem se fala! Brett Helquist (o ilustrador) está de parabéns!
"Talvez as melhores ideias fossem realmente muito simples. Ou, talvez, certas experiências na vida fossem feitas para se encaixarem umas nas outras, como pentominós."
Esse livro entrou para os meus favoritos!
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