A Montanha Mágica

A Montanha Mágica Thomas Mann




Resenhas - A Montanha Mágica


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Paula 23/04/2024

Nunca demorei tanto para finalizar um livro. Foi um daqueles clássicos, que nos levam a amor e ódio . Por várias vezes, pensei em desistir. Alguns diálogos intermináveis e chatos quando o Sr. Setembrini se dispunha a explicar tópicos a Hans. A história caminha lentamente, como a estadia do personagem na montanha. Após o término, ainda não tenho uma opinião positiva ou negativa qto a esta obra. Opinião diversa, que tenho da obra dele em Os Buddenbrook, que fiquei completamente apaixonada.
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Cristian Fontoura 15/04/2024

2 reais ou uma viagem misteriosa pra Suíça?
O jovem engenheiro Hans Castorp vai até os Alpes Suíços visitar seu primo em um sanatório para pessoas com problemas respiratórios. O que ele não sabia é que aquele local em breve se tornaria seu lar. O que era pra ser uma estadia breve acaba se estendendo por anos, e com isso, vamos acompanhando a vida de Castorp naquele pequeno paraíso oculto. O personagem principal é complexo e ao longo do calhamaço, vemos sua sexualidade aflorar, seus medos serem expostos e uma filosofia de vida ser quebrada aos poucos. Uma leitura incrível.
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Paulo 01/04/2024

Boneca Russa
Uma boneca dentro de uma boneca. Um mundo dentro de outro mundo.
Até não seria por isso que o livro é recheado de personagens russos?
Logo no início, é descarregado para nós a seguinte linha de pensamento: que o homem é moldado pela época em que está vivendo e pela sociedade em que ele está inserido e que esta consequentemente está inserida nele também.
Tendo em vista isso, no decorrer do livro, Hans se lembra do momento em que conheceu aquele amigo do lápis, pelo qual tinha uma admiração sem saber a razão. Ele se recorda disso após ficar fascinado pela madame de dedos curtos, que lembra esse seu antigo amigo.
Por ele estar inserido na sociedade daquela época, ele poderia só se apaixonar por uma mulher? Pois, se apaixonar por ela, foi trazer aquele fascínio que ele sentiu pelo rapaz do lápis novamente. Dessa forma, era possível extravasar esse sentimento, direcionar para alguém, nas mesmas condições do outro que ele tinha gostado.
Inclusive, nas palestras do doutor palestrante, ele explica o quanto o amor vive escondido pelas amarras da sociedade e se aflora de formas diferentes, pois nunca é sufocado por completo.
Então, não que ele fosse homossexual, até mesmo porque esse pensamento nem poderia ser concebido nessa época e círculo social pertencente, pois essa palavra, essa classificação, não significa nada para ele. No entanto, é um sentimento sem nome, dado vazão por outra vertente, tendo se transformado em outra coisa, pois foi moldado pela época em que está inserido. É por isso que nem ele mesmo entende o motivo, o que significa aquele sentimento, aquele deslumbramento. Por não ter capacidade de identificar, por não saber que aquilo fosse possível de existência. E o livro mesmo termina expondo a sua simplicidade de pensamento, essa incapacidade de se entender.
Na primeira palestra, o doutor palestrante (novamente) explica que a origem das doenças vem do padecimento pelo amor. Tendo dado vazão a esse amor que estava guardado, Hans pôde se libertar, sem nem mesmo saber e começar a se tornar sadio. E essa teoria acaba se enfatizando quando Hans relata sobre a personagem cheia de chagas que fugiu com o amante e depois apareceu com todas as doenças possíveis.
Em outra parte, Hans fica desgostoso que sua temperatura não está tão alta e não entende o motivo de mesmo estando febril, não conseguir fazer parte do grupo dos russos. A doença serve como bilhete para entrar nessa sociedade "lá de cima". Ele recebe pontadas do senhor Settembrini (que homem insuportável, que discussões insuportáveis!!!) sobre como estava o processo de aclimatação dele, em vista que Hans não estava com eles a tanto tempo assim. Ou seja, não era participante do grupo social a tanto tempo. Era novato ainda. Se elevou (literalmente subindo a montanha) a muito pouco tempo. Essa sua ascensão social não foi, a princípio, bem aceita. Até o primo tinha vergonha do jeito espalhafatoso e afetado dele. Mostra como viver em sociedade requer um nível de loucura tremenda. Tem que ser doente (de alguma forma) para ser aceito. Que coisa mazelenta essa!
Existe uma sensação, igual de pandemia, na montanha também. Digo nessa parte sobre a reclusão e o distanciamento do cotidiano, que acaba nos transportando para outros interesses. Acha-se tempo para hobbies já esquecidos ou para conhecer novos. O interesse se aguça por mais sabedoria. Igual Hans adentrando a tantos diferentes assuntos e se dedicando nos estudos de biologia, medicina, botânica e astrologia.
Teve momentos que eu quis esganar esse Hans, que grande chato! Quer saber de tudo, conhecer tudo e o pouco de novidade que aprende, já quer jogar em cima de alguém e ficar falando sem parar. Os rótulos que o definem e que são de seu gosto, fica repetindo sem parar! "Paisano, amante da vida..." aaahhh um chato, isso sim! Mas um chato nesse fator em específico só, pois eu amei ele.
Um outro fato curioso, é quando ele se abriu para a dama que bate a porta num estrondo, em francês, e só assim, conseguiu expor tudo o que sentia. E em todo o momento, ficava enfatizando que era como se estivesse em um sonho. Eu, quando falo em outra língua, sinto que não sou eu também. Como posso explicar isso? Falo um palavrão que na minha língua materna, eu não falaria. Consigo me expressar talvez, sem vergonha. É como se eu pudesse ser outra pessoa, outra versão, estar em um sonho mesmo, só pelo ato de ter cambiado a língua.
Confesso que, como os personagens, eu também me perdi na passagem do tempo. Do primeiro dia (narrado em mais de 100 páginas), já nos pegamos substituídos por fevereiro que vem depois de 7 meses já. Mal percebi isso e fiquei o livro inteiro curiosíssimo para saber o total que Hans ficou nas paragens. O livro narra sobre o tempo que constitui uma época e não somente uma época abrangente da humanidade, mas uma época da vida pessoal do nosso personagem herói. Fica, realmente, a sensação de uma vida narrada.
Essa falta de noção do tempo que o Hans passa por lá, é nos dada por pinceladas de momentos dele naquele lugar. Dito isso, olhando para minha vida, é a mesma coisa. Me lembro de determinados momentos, atitudes, falas e isso me situa na posição da vida em que quero me recordar. Ou seja, não lembro dela 100% mas sim por fatos que aconteceram nela. Estou dando voltas e voltas na explicação igual eles já, mas o que eu quis dizer é que o livro traz essa sensação de vida "vida" mesmo. E de como foi escrever sobre uma, cruamente, transpondo essa sensação real, para o leitor.
Do momento que eu terminei esse livro, me dei de cara com o começo da mesma situação de Hans.
O mundo de hoje não se encontra exatamente onde deixamos nosso herói? O grande tédio já não se alastrou mais uma vez pelas entranhas do homem?
Se encontramos um grande amor, ele acaba não sendo do jeito que idealizamos e por conseguinte, se tornando insuficiente. Tudo que fazemos é trabalhar e viver nossa vida rotineiramente, tentando nesse interim, praticar o correto. Chega um momento que parece que você está se afogando nessa rotininha. Tudo igual, nada superior as nossas expectativas.
O grande trovão, o despertar desse torpor para o frenesi da vida, pela ânsia de viver, pelo significado literal da expressão "viver a vida", não é essa iminente sensação de uma futura guerra? Vai ser necessário que os homens se destruam novamente, para que se reergam e posteriormente se entediem por mais uma vez?
Há um fim nesse ciclo, sem que seja, por sua vez, a destruição novamente? E nesse caso, a derradeira, pois seria a destruição do mundo.
O livro chega nesse momento da minha vida que me encontro como o personagem e como o mundo se encontra no seu mesmo dilema. Iremos nos repetir? Mais uma vez? Fiquei com mais questões a serem respondidas do que cheio de respostas para o que precisava.
O personagem de Hans é tão real, que acaba parecendo que o livro é baseado em alguém. O que, na verdade, não deixa de ser. Uma junção de personalidades como a de Hans, pertencentes à época de outrora. A história é dele, mas não sobre ele. Não vai ser narrado sobre os pormenores dele. Na realidade, nem nos aprofundamos tanto em todas as suas facetas e nuances, arranhamos o que parece ser a superfície da sua personalidade, mas que no final das contas, é a rasa profundidade da mesma.
Tenho a sensação de Hans como um alguém que não é alguém. Não sei explicar... alguém avulso. Acabo sendo assim também? Reconheço essa sensação nele por refletir a minha? Pois é essa a sensação que o próprio escritor acaba nos dando nas últimas linhas. Hans foi emprestado para ele escrever essa história. Nunca mais saberemos dele e não nos interessa seu destino. Mas sim, esse período de sua vida que o levou a tomar a decisão do seu possível futuro.
Uma sensação de um grande "sei lá". De um grande tédio. De um grande vazio sem saída da vida. De um desânimo desesperançoso, com uma fantasia de que a morte será como a grande solucionadora dos problemas. O que há depois? Vai ser mais do mesmo ciclo? Posso me agarrar a esperança que finalmente será diferente? Que o tédio, a vagues, o vazio, a destruição e a morte, nesse ciclo infinito, não terão espaço também?
Como vi Hans se transformar em tudo, florescer e murchar, até então parar de existir, vou ver minha história, que não é a minha história, mas que serve para representar a de todos que estão passando por esse mesmo período na Terra, como eu. Logo mais irei desaparecer também.
Me foi horas escrevendo isso, deu quase a mesma quantidade de palavras do livro. Que horror.
Mesmo assim, gostaria de fazer um adendo. A cena do momento em que ele reencontra o primo, já morto. Essa aparição, não é para mostrar que ele viveu e experimentou tudo que àquela sociedade poderia dar à ele na época? Ficou um tanto curiosa essa passagem.
Me despeço de tudo isso, depois de 3 meses com eles, tocando delicadamente o canto de um dos olhos com a ponta do dedo.
DayanePrincipessa 01/04/2024minha estante
Nunca tinha ouvido falar desse livro, mas pela resenha acho que deve ser muito bom. (amo textao de resenha kkkkk)
Se serve de consolo, eu penso e me sinto igual a forma que você descreveu kkkkkkk, acho que é porque não somos daqui, então tudo é um eterno tédio kkkk sorte que há livros para ler para aliviar a monotonia kkk
Gostei do final poético: "tocando delicadamente o canto de um dos olhos com a ponta do dedo".




Alexx 31/03/2024

Uma obra pedante...
Vou ser direto:essa obra é muito pedante! E,da para ver que o modo que ela é escrita parece que ela quer ser um clássico e falha miseravelmente nisso,o autor da mil e uma volta para dizer algo simples. Para ser sincero,as partes que eu mais gostei foi quando os primos conversavam entre si com divagações sobre algo. Porém,esse livro só tem isso! Acaba ficando muito repetitivo. E detesto como o Italiano (um dito "progressista") falar de povos não brancos com um q de rebaixamento. Europeus do século XX, previsível.
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Nadine.Borba 25/03/2024

A montanha mágica
Encerrei hoje a jornada que iniciei no dia 01/01/24, subir a montanha mágica não foi fácil, ela me ensinou muitas coisas, a principal delas é sobre paciência. Aprendi muito com o Hans sobre o tempo ??
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Eduardo.Silva 20/03/2024

O Everest dos Romances
Sempre ouvi falar que as pessoas desistiam do livro na metade. Não é por menos, o livro é um romance filosófico embebido no calderão cultural alemão. Basicamente é um ronance de formação - que visa mostrar a evolução de um personagem - com reflexões a respeito da noção do tempo e de como podemos perde-la dependendo do ambiente que estamos inseridos. A escrita do livro é feita acredito que de forma proposital a imitar o ambiente tedioso, frio e claustrofóbico do Hospital de tuberculosos em Davos Platz. É perceptivel a influência do autor em Shopenhauer, Nietzsche e outros. Seu interesse pela música. Existe reflexões sobre a .orte e debates entre os dois eruditos que quwrem formar o protagonista em suas escolas de pensamento. O humanista liberal e um aparente jesuíta comunista. Não é possivel resumir o livro e os temas que levanta, mas qualquer que desejo le-lo deve se preparar para subir uma montanha por vezes divertida, confusa, tediosa, mistica e politica.
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daniela.claro.9 08/02/2024

Não gostei muito, não porque o livro não seja bom, mas porque não é o meu tipo de livro. Escolhi mal. Capítulos longos, muita filosofia. Um capítulo com várias páginas em francês, que não entendi nada.
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Valeria.Lamas 07/02/2024

O Thomas Mann escreve mto bem e é mto inteligente, quanto à isso nao ha dúvidas. Mas acho desnecessário esse livro heheh. Mto extenso, mtas partes sem necessidade que a acho que poderiam ter sido retiradas e um livro que pra mim foi mto dificil, exigiu mto desgaste mental pra entender e talvez por isso não tenha gostado tanto, por nem ter entendido mtas coisas e meu raciocínio nao acompanhar o do Thomas Mann hehehe acho que vale conhecer a escrita desse autor, mas sugeriria ler outra coisa mais curta heheh nao acho que a montanha valeu o desgaste pra mim heheh apesar de terem algumas reflexões e alguns capitulos interessantes.
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stcarvalho0102 31/01/2024

Foi uma jornada. Excelente livro. Contudo, extremamente denso. Em alguns momentos, tive dificuldade para entender. Mas, gostei muito!
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Bille 19/01/2024

Obra-prima de Thomas Mann; um tour de force literário que nos desafia e recompensa a cada página. A complexidade da narrativa, que funde filosofia, psicologia e uma crítica social acutilante, reflete a genialidade de Mann em capturar o zeitgeist da Europa pré-guerra. A riqueza de detalhes e a profundidade dos personagens são um convite à reflexão sobre temas universais como o tempo, a mortalidade e a busca por significado. O livro é um banquete intelectual, tecido com uma prosa que é simultaneamente opulenta e precisamente esculpida. Um verdadeiro triunfo da literatura moderna.
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Isa.liborio 04/01/2024

Uma escalada
O livro começa muito bem, no entanto, o autor faz questão de ?abrir ? diálogos reflexivos em absolutamente todas as conversas, sobre os mais variados assuntos, de forma que o livro se torna um apanhado sobre tudo e qualquer coisa. O fator tempo, mesmo, só é abordado claramente em apenas um capítulo. Embora o cerne do livro seja o tempo dos pensionistas no sanatório e a forma como ele corre diferente da ?superfície ?. Então, um livro que tinha tudo para ser muito bom, se tornou algo extremamente enfadonho e maçante. Teve um capítulo em que o autor usou páginas e páginas para falar da anatomia humana, páginas e páginas para falar de botânica ou coisa assim. É claro que a intenção dele está muito clara aqui: temos um romance de formação em que acompanhamos a estadia -involuntariamente- estendida de um personagem, e com isso, vamos ver se dia a dia na sua ?aleatoriedade?. Mas eu acho que o livro poderia ter metade do tamanho.
No entanto, quando ele é bom, ele é muito bom! Quando ele não é bom, é enfadonho. Eu diria que 60% do livro é composto por diálogo, reflexão e reflexão; mas quando chega em assuntos mais filosóficos, que são retratos do tempo em que foi escrito, você pode engatar se o tema te interessar, mas pode chorar se aquilo não faz sentido. É isso é perigoso num livro que fala sobre muita coisa. Me pareceu que Mann não sabia a hora de parar: colocou uns dois ou três personagens novos nas últimas 200 páginas do livro, sendo uma, para protagonizar a cena mais aleatória e sem sentido do livro todo.
Mas sua importância não pode ser negligenciada! Temos um retrato fiel do século XXI e suas contradições: um jesuíta comunista, para mim foi o melhor. E os diálogos mostram muito do que vemos hoje, então ler nesse aspecto acrescenta muito. Por fim, caso você queira uma leitura mais densa, um estudo mais aprofundado de alguns assuntos da virada do século XX para o século XXI, recomendo a leitura. Recomendo no entanto, que seja feita lenta e gradualmente. É um livro que requer pesquisa; agora se o que você quer é uma boa história, concisa, ele não é para você. Eu, definitivamente não sei dizer se gostei do livro ou se odiei
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Cleuzita 30/12/2023

Leitura necessária e desafiadora
Acabei agora e ainda estou impactada com minha experiência de leitura. Esse livro não é fácil, pelo menos para mim não foi, cada capítulo me apresentou circunstâncias, reflexões e contextos que exigiram de mim muito mais do que eu esperava. As múltiplas referências que eu consegui identificar, fora as tantas que tenho certeza se quer percebi, me demonstraram a riqueza do conhecimento de Mann, da erudição dessa obra e a vanguarda científica da época. Realmente, como foi apresentado no posfácio, esse livro precisa de uma releitura. Quem sabe um dia eu enfrente essa jornada novamente. Em 2024 o livro A montanha mágica fará 100 anos que foi publicado, ótima oportunidade de ler essa grande obra. Deixo aqui minha recomendação.
Andressa 08/01/2024minha estante
Orgulhosa por essa conquista literária, amiga! Sei o quanto se empenhou para concluir esse livro em 2023! Parabéns ??


Cleuzita 13/01/2024minha estante
Obrigada, amiga. Você acompanhou minha subida a essa montanha. Valeu muito cada página?




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