O Desconsolado

O Desconsolado Kazuo Ishiguro




Resenhas - O Desconsolado


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Louise Blair 21/12/2023

Encontros e desencontros no leste europeu
Achando que tinha encontrado algo realmente bom, admito que cometi um dos erros mais antigos de alguém à procura de uma nova leitura: julguei o livro pela capa.

(Sendo sincero, essa edição tem uma capa irresistível, uma bela adição na minha estante virtual.)

Imaginei uma leitura mais organizada e significativa, mas a sensação que tive era de que nunca estava saindo do lugar.

Admito que uma ou outra qualidade posso ressaltar aqui, como alguns momentos de comédia (que me renderam risadas genuínas, coisa que não acontecia faz tempo) e interessantes relações entre personagens. Gostei também da ambientação de leste europeu, hotéis chiques e bulevares com restaurantes acompanhando sua extensão.

Porém, como um todo, executei uma leitura muita arrastada e com mínimo de interesse, nunca ansiando pelo próximo capítulo. Era frustrante às vezes ver Ryder lidando com tantos problemas, resolvendo nenhum deles e ainda lidar com as consequências, ouvindo sempre o que os outros haviam de falar, mas nunca podendo realmente desabafar sobre si com essas pessoas em questão (embora ele ainda consiga fazer isso com a esposa, a qual mesmo dando algumas palavras de conforto, ele nunca leva a sério), fazendo dele realmente o tal Desconsolado.

Sinto que o livro teria sido um pouquiiiiiinho mais digerível se tivesse umas 100 páginas a menos, mas quem sabe o tamanho e a dor de passar por tantos diálogos desinteressantes faça realmente parte da experiência dolorosa do homem que se encontrou numa cidade ordinária repleta de pessoas tão sem carisma quanto ele.
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Ricardo.Vibranovski 09/02/2023

Pesadelo
Difícil de engrenar e de ler. Parece tudo um grande pesadelo. Mas essa era justamente a premissa do escritor. Seria, então, o livro bom?
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Eduardo.Mathias 27/11/2020

Experiência de desconsolo
Peguei esse livro aleatoriamente para minha meta de 1001 livros para ler antes de morrer, sem ler nada sobre embarquei de cabeça.
(E acho que embarcar de cabeça nesse livro é necessário)
O livro trata de um personagem numa cidade onde todos contam para ele histórias infinitas e consolos e ele não possui voz ativa a não ser ouvir
Gosto de pensar que o escritor fez o protagonista como o leitor, embarcando num universo desconhecido a cada livro que abre e interagindo com os personagens apenas conhecendo-os
O livro vai nesse universo dominó até o fim, onde podemos respirar e analisar paralelos de nós com o protagonista, que parece ir perdendo a paciência de estar ouvindo tantas histórias e do protagonista com seus coadjuvantes
A leitura é difícil e longa, sem consolo nenhum.
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