Blonde

Blonde Joyce Carol Oates




Resenhas - BLONDE Volume 2


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Vinicius39 05/10/2022

O triste fim de Norma Jeane e Marilyn Moroe.
Bom,nesse segundo volume (não entendo o pq de fazer 2 volumes,sendo que o livro original é um volume único) continua o desenrolar da história e vemos a ascensão da carreira da Marilyn,vemos como tudo foi muito rápido,passou em um piscar de olhos.

E mais uma vez,a autora consegue transparecer o sentimento que a personagem está sentindo,mesmo sendo uma obra ficcional,a gente entra na história,a gente se envolve nas camadas da Norma Jeane,a gente vai acompanhado toda a evolução da história,de quão profundo é tudo isso... Ao mesmo tempo que a leitura é profunda e pesada (por conta de várias situações que a autora coloca),torna-se uma leitura muito boa. Foi um ótimo trabalho da autora.

E no final de tudo,vemos como a fama se tornou uma coisa totalmente diferente,vemos esse lado mais sombrio de Hollywood,onde pessoa que tinham talento,não eram exploradas de forma certa,eram taxadas por um estereótipo (ainda mais se for mulher,quem dirá,naquela época nós anos 50/60...). E a história da Norma Jeane,acaba de uma maneira bruscamente precoce,onde o mundo perde um ícone, uma mulher que está a frente do seu tempo,com ideias,com vontade e desejos,que foram interrompidos por traumas,gente tóxica,romances que não deram certo... Um baita livro!
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Lucas1429 07/07/2022

O ídolo sobrevivente vol. 2: a vida após a morte
No início do primeiro volume, Oates nos dá a carta final adiantada, num quase tom de prólogo sabemos por pura metalinguagem que o entregador de um suposto item herdado por Marilyn, de um antigo caso muito importante, simboliza sua morte, ou a própria Morte, advinda; deste ato em diante serão derradeiras suas ações frente a quem as lê. É inevitável o destino já conhecido.

Este bloco, mais abrangente no conteúdo apesar de um período bem reconhecido, a fama, o auge de MM, os casamentos até enfim aos parabéns de Kennedy no cintilante vestido acinturado e cristalizado, traz Oates encorpando e aproximando à uma fase popular, mas tão instigante quanto se não soubéssemos os filmes do período, as vivências românticas e psicológicas da atriz-humana, suas inserções à cultura pop, seu fim. De capa, sabemos o teor justiçado da obra, ela promete ressignificar os passos da estrela escrutinando seu passado, reconstituído, então, à promissora alma e de posterior legado fincado. As nuances problemáticas de MM são sinceras no texto, a autora explora todo o contexto social de uma época machista, inescrupulosa com suas mulheres livres (a loira burra e fatale seria seu karma por mil vidas) e insalubre institucionalmente. Se é possível uma revista nos tempos pregressos de Norma Jeane para um significativo diagnóstico clínico (família instável, genealogia, abordados na resenha do vol. 1), Hollywood calcificaria a pá que desmantelaria os curtos 36 anos de Monroe. Não foi preciso as consequentes ondas de desprazer vividas em relacionamentos anteriores, nunca prosseguidos, fossem fraternais, amorosos, numa constante aura solitária que a Atriz Loira carrega das estradas de Los Angeles aos estúdios e às camas de amantes não merecedores diante de sua alma cálida, o cinema, leia-se seus poderosos portadores de um pênis, se encarregariam da sua vivissecção. E como dói a partilha documental disso tudo.

Ainda que o protele como um romance, Oates credencia seus fatos “ficcionais” como pluralidade da historicidade de uma estrela nunca apagada, em reluzente afeto de seus admiradores. Ela desmonta possíveis fatos biografados para inserir e injetar sua veia parcial, seu crédito pessoal perante àquela que considerou como uma das suas, infelizmente derrotada ao mundo cão. Em uma passagem, Marilyn (que sempre foi a carne barata a que todos pretendiam devorar, sem nunca reconhecerem a Norma Jeane presente, mas sombreada) tem a trajetória prematuramente definida como um talento inigualável para as artes, à atuação, mas não para a própria vida. Para uma mulher irrealizada enquanto viveu, sua finitude (suicídio ou homicídio, incertezas que cumpriram sua vontade, concluo) pareceu a única fuga facilitada para um mártir infinito. Blonde, enfim, em seu descanso eterno.
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Leila 30/12/2022

Ler esses romances da Joyce Carol Oates (baita autora) sobre a vida de Marilyn Monroe é para os fortes, fique você já avisado, porque é muita sofrência. O volume 1 que conta mais sobre a vida antes da fama, quando ela era ainda chamada de Norma Jeane ainda é mais fácil de ler, porém não menos doloroso. Mas esse segundo volume, haja coração viu?! Eu confesso que não sou conhecedora da historia real da vida dessa mulher que foi idolatrada por milhões em sua época e é cultuada até hoje, para saber diferenciar o que são fatos do que é ficção dentro da obra, então achei melhor encarar tudo como romance mesmo e aos poucos, conforme a curiosidade ia batendo durante a leitura ia pesquisando,mas oh, queria ser ela não. Pode ter sido famosa, pode ter sido maravilhosa, amada por milhões, mas que vida sofrida, solitária, tratada como "carne" como muitas vezes ela mesmo disse. Uma mulher inteligentíssima, leitora voraz, sedenta de conhecimento e uma excelente atriz, mas que foi reduzida ao estereótipo de loira burra que Hollywood fez dela. Um objeto que foi usado pelos homens a seu bel prazer como troféu, mas nunca respeitada como pessoa. Ao ler esse segundo volume principalmente você perceberá a luta dela em ser reconhecida e chamada como Norma Jeane e não MM, porque ela era mais que um ícone, era alguém de carne e osso. Enfim... Ver sua decadência física e mental também é algo pra lá de doloroso durante a leitura, dá vontade de nós leitores abraçarmos e acalentarmos a personagem dentro do livro (isso a Oates consegue com maestria), porque ao fim e ao cabo o que todos nós queremos e precisamos é carinho e amor, né? Só sei que terminei essa leitura com o coração dilacerado.
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Guilherme_Messias 22/10/2022

Atenção: Leia com a saúde mental em dia!!!
Finalizar este livro é só para os fortes, está segunda parte é muito mais pesada e melancólica, a jornada da Norma vai em uma decida em queda livre.

É tão bem escrito que sentimos os pensamentos dela e toda a subjetividade das sensações que simplesmente da vontade de ter o poder de ressuscitar os mortos e dar um abraço nela, por isto mesmo acho mais difícil que a primeira parte.

Confesso que o plot das cartas não me impactou tanto, só me surpreendeu, mas, o que mais fiquei chocado foi os abusos que ela sofreu dos estúdios.

É um livro que nos convida é pensarmos profundamente na sociedade patriarcal, em como mulheres na indústria do entretenimento sofreram e sofrem abusos em níveis absurdos e rola até uma crítica no plot tanto ao patriotismo quanto ao nacionalismo cego onde sempre a morte é justificada em nome destes conceitos.

Com certeza está obra criou a curiosidade para eu conhecer mais da Norma, diferentemente do diretor do longa irei procurar os filmes e assistir, aliais amei as referências verídicas da vida real dela.

Não quero trazer pontos negativos, pois, dizer um ponto negativo dentro da obra é mais um problema com minha interpretação do que um erro da premiada autora.

Recomendado para todos que estão com a saúde mental em dia, já aviso que temos muitos gatilhos durante a leitura.
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Higor 30/01/2024

"LENDO PULITZER": sobre como algumas estrelas resplandecem, independente de traduções e revisões questionáveis
Não se sabe exatamente o motivo deste "Blonde", maior calhamaço de Joyce Carol Oates, ser dividido em duas partes, quando livros com mais que as 810 páginas aqui presentes são publicados em volume único, mas eu agradeci aos céus pela divisão, pois só assim eu conseguiria encarar uma história tão pesada sem abandoná-la - com espaço de tempo de exatos um ano e dois meses entre as partes.

A parte final da saga de Marilyn Monroe, nascida Norma Jean, uma mulher com uma vida sempre difícil, desde a infância em orfanatos e adoções temporárias na adolescência, passando por um casamento frustrado com um cidadão americano qualquer, passando a trabalhar no mundo midiático, do entretenimento, não sem uma dose cavalar de humilhação e dificuldade, começa no melhor momento da atriz: ela conseguira, enfim, chegar ao auge da carreira, assim como engravidar.

É do conhecimento geral que a mãe de Monroe era uma mulher com problemas mentais, passando boa parte da vida em hospitais psiquiátricos, em que a filha sempre a visitava; logo, Norma Jean sonhava em ser mãe, talvez para externar ao bebê o amor que sentia pela mãe (e não era retribuído), ou ainda para tentar ser uma mãe melhor que a que teve. O pai não importava, afinal, o relacionamento conturbado entre o trisal Monroe-Chaplin-Robinson bastava para executar seu sonho.

Muitos foram os abortos que Marilyn Monroe teve, embora há controvérsias quanto aos espontâneos e aos intencionais, devido, principalmente, à conhecida pressão dos estúdios para que a atriz produzisse mais, tendo em vista que o que ela fizesse estourava instantaneamente. O próximo filme que estava previsto para Monroe fazer era o icônico "Os homens preferem as loiras", que, como se sabe, bateu recordes de bilheteria, mesmo a atriz ganhando um salário muito menor que o esperado para uma estrela de seu porte.

Os problemas e polêmicas que envolveram toda a vida de Marilyn Monroe não pararam por aí, mas não dá pra especificar todos eles nesta resenha por dois motivos, principalmente: o primeiro é que o objetivo de Joyce Carol Oates não é o de fazer deste livro um exemplar de fofoca barata, e sim um retrato cruel, tanta da era de ouro do cinema americano, quando dos problemas que acontecem nos bastidores do entretenimento, quando o glamour e as festas não são vistos. Prova disso é que a autora, em diversos momentos, tira Monroe de cena e apresenta tantas outras atrizes, todas usadas e abusadas à exaustão por Hollywood, quando não tinham o respeito, salários dignos e muito menos vozes em meio ao poder masculino.

E é justamente por isso que o livro está em um nível acima de tantos outros livros sobre o assunto ou a estrela, pois quando focando em Marilyn Monroe, apresenta uma mulher vítima de uma indústria feroz, e as consequências de uma vida inteira de luta, sofrimento e decepções enquanto tentava viver o american way of life, o sonho americano que todos desejam. Nesses momentos, Oates não alivia o leitor, tanto que aproveita e se apossa dos mais variados recursos para ilustrar uma mente fragmentada, machucada, dopada, que vai se deplorando a cada nova dose de espumante, a cada novo não, a cada novo estupro, a cada nova situação em que a vulnerabiliza.

Assim como quando o foco não é Monroe, Oates consegue ilustrar tão bem os Estados Unidos, Hollywood e Broadway da época, com os mesmos recursos e sua nata genialidade, que é impossível o leitor, mesmo sofrendo, pois o livro é bastante sofrido, não quer parar de ler e ver como tudo vai acabar, mesmo sabendo do final trágico.

Não é à toa que a autora é figura constante nos principais prêmios literários nacionais e internacionais, tanto que é volta e meia cogitada ao Nobel de Literatura, pois são poucos os escritores que conseguem descrever um cenário de maneira tão brilhante apenas na conversa de duas pessoas, sem sequer detalhá-lo em nenhum momento, ou mostrar a angústia, desespero, sofrimento e tensão de um personagem apenas narrando justamente o cenário, quem está acompanhando o personagem principal de perto.

Grandes momentos, como a inesquecível cena em "O pecado mora ao lado", em que o vestido branco de Marilyn é levantado na rua pelo jato do respiradouro do metrô na calçada, foram construídas assim, evitando a monotonia e o marasmo, mas buscando a curiosidade e o prazer em virar tais páginas. Por elas, essas cenas, que o sofrimento como um todo vale a leitura.

Infelizmente, preciso falar que, embora entenda a ideia de Oates, é um tanto frustrante não encontrar um alívio sequer, seja cômico ou psicológico. Nem quando Monroe está grávida de Miller, e deixa de tomar remédios para aproveitar ao máximo sua gravidez, talvez o momento mais feliz de sua vida, há um descanso para a tensão e o sofrimento. Muito triste ver esse panorama de Marilyn, apenas banhada em dor e sofrimento, quando sabemos que ela foi mais que isso, uma mulher que batia de frente com os donos dos estúdios, reivindicando melhorias, ou risonha, detendo até hoje o título de melhor filme de comédia de todos os tempos, por "Quanto mais quente melhor".

Vale lembrar que: vendido como um romance, uma espécie de biografia fictícia, "Blonde" é entendido pela própria autora como uma história condensada em diversos momentos, assim como alongada em tantos outros, tudo em nome da boa literatura, ao lidar com situações controversas e que não há o mínimo de fonte biográfica para sustentar, mas que claramente reforça pontos estratégicos para a construção do enredo.

O grande problema de "Blonde", infelizmente, mantém-se presente neste segundo volume, como era de se esperar. A tradução e sua inexistente revisão são de cair o queixo, com palavras engolidas, outras escritas de maneira errada ou repetida, fora tantos outros erros que questionam o tratamento dado ao livro e mais uma vez evidenciam a total falta de revisão, mesmo com uma pessoa designada para tal função.

Doloroso, real e sufocante, "Blonde" não mascara nenhuma das facetas de Hollywood e do mundo do entretenimento como um todo, mesmo que muitos queiram ignorá-la. Apesar de sua força, poder e influência, Marilyn Monroe sucumbiu em um cenário que volta e meia sacrifica seus próprios súditos.

Este livro faz parte do projeto "Lendo Pulitzer".
edu basílio 30/01/2024minha estante
que legal. conheço o renome da autora, mas nunca li nada dela. seu relato sugere que ela faz jus à boa fama... você sabe se ela tem também livros inteiramente ficcionais (no sentido "tradicional" do termo)?




Maria 30/03/2022

A Marilyn
Neste segundo volume a autora desenvolve trajetória da fama de Marilyn Monroe até sua morte.
Ela aborda o início da carreira, todos os procedimentos estéticos aos quais Norma era imposta para se tornar Marilyn, a podridão do meio artístico, a desvalorização das mulheres, dos seus desejos, seus medos, inseguranças e seus sonhos.
Também mostra como Marilyn ficou viciada em medicamentos para dormir e para se manter ativa no dia a dia. Ao mesmo tempo em que ela luta para não apagar sua identidade Norma Jane.
É devastador!
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Eduardo1304 08/10/2022

Blonde segundo livro.
Esse é a segunda parte do livro ,mostra uma Marilyn que alcançou a fama, mas não consegue se desvencilhar de um passado, não tão distante e repleto de sofrimentos que marcaram a alma. A obra retrata também os relacionamentos conturbado, a má fama com os homens, o incômodo causado pela fama, as indagações, a relação com a imprensa e a busca pelo aprimoramento e reconhecimento como atriz, da menina elevada ao status de símbolo sexual.
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Carla Verçoza 13/10/2021

O segundo volume é tão incrível quanto o primeiro.
Nele continuamos a acompanhar Norma Jeane em sua carreira, relacionamentos, dependência química e confusões emocionais. Sofrido, revoltante, dilacerante.
O livro é todo tão bem escrito, tão bem estruturado, fiquei apaixonada pela escrita da autora. Na minha resenha para o primeiro volume falei um pouco mais sobre a obra, aqui apenas registro minha admiração e recomendação para quem puder, que leia, vale demais!
Vinícius 13/10/2021minha estante
Procura o "Descanse em Paz" dela. É beeeem bom


Carla Verçoza 13/10/2021minha estante
Vou procurar. Valeu a dica.


Vinícius 13/10/2021minha estante
É do piru!




Fabi 15/03/2022

Blonde, Marilyn, Norma Jeane, Atriz Loira...
O Vol. 2 continua intenso e constrói a atmosfera de tragédia eminente tão bem que, conforme me aproximei do final, foi ficando cada vez mais difícil de ler por estar testemunhando a ruína de uma atriz talentosa, inteligente, culta e esforçada, que foi usada até o último fio de cabelo pela indústria do entretenimento.

Posso afirmar sem medo de errar que essa Marilyn Monroe foi a pessoa mais solitária que eu já conheci na literatura.
Mesmo nos seus casamentos com o Ex-Atleta e o Dramaturgo (Joe DeMaggio e Arthur Miller) você sente a dificuldade dela em confiar e se entregar.

Nos pouquíssimos momentos que temos acesso ao pensamento da Marilyn, entendemos sua solidão e a confusão na crescente causada por abusos de entorpecentes e é de dar dó.
Ela também tem plena consciência de que é extremamente usada porque é uma mulher bonita, mas não bonita o suficiente, afinal seu nome é trocado, os cabelos são descoloridos por uma química que cheirava tão mal que ninguém queria ficar perto, arrancam seus pelos do corpo inteiro, a vestem em roupas justas o suficiente para que ela não consiga se quer se sentar para descansar durante filmagens, por exemplo. Muitas horas são gastas por maquiadores em seu rosto e até a pinta na bochecha precisa ser milimetricamente inserida.

A beleza e a feminilidade COMPRADAS estavam sendo construídas com sua imagem, o que duraria até os nossos tempos...

Sobre sua carreira: vetavam seu desejo de interpretar peças de Shakespeare e Tchekhov e a contratavam somente para filmes que reforçariam o estereótipo da loira-bobona-gostosona que, ela mesma, detestava.

E mesmo sendo a atriz mais rentável do estúdio, a atriz de milhões, eles pagavam UMA MERRECA à ela.

E aí não demora muito para ela desenvolver o vício em medicamentos, drogas e álcool para entorpecer e aguentar a própria vida.

Diferente dos livros da Taylor Jenkins Reid, aqui temos _ZERO_ romantização da ?vida glamourosa & adicta das celebs?. A gente vê, sente e é marcado por cenas dignas do horror nos picos de vício da atriz. Muitos são muito difíceis de serem lidos e digeridos, graças a escrita gráfica e impressionante da Joyce Carol Oates.

E sim, a autora escreve maravilhosamente bem. Eu achei incrível como ela NÃO entrega tudo de cara para nós. As vezes ela deixa cenas incompletas de propósito, para só depois voltar e finalizar.
Os acontecimentos nem sempre são expositivos. Pelo contrário... Eu tive que fazer o esforço de reler alguns trechos algumas vezes... Mas não diria que isso atrapalha a fluidez não...

O que eu senti quando terminei a leitura foi uma revolta muito grande e oca. Porque sei que, apesar de romance, alguns fatos narrados pela autora realmente aconteceram e estão registrados em documentos, mas que não são exclusivos da história de Marilyn. O que faz isso tudo ser um dos dramas mais tensos, tristes e pesados que já li.

E me faz pensar em quantas celebridades não passam o mesmo e nossa postura não é nada diferente de como eram os espectadores de décadas atrás?!

Enfim, se você gosta de cinema, se gosta de Evelyn Hugo, se gosta de um bom livro bem escrito, eu recomendo e MUITO.
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Cartola de Bigode 22/01/2024

Bom, mas poderia ser melhor
O segundo volume continua seguindo com a história da vida fictícia misturada com um pouquinho de realidade de Marilyn Monroe de forma interessante só que as vezes bastante arrastada e meio repetitiva na forma de narrar a história. Algumas vezes eu me perguntei se o livro iria fluir melhor com uma personagem inventada pro livro ou se a autora tivesse pesquisado mais sobre a Marilyn real pra deixar o livro mais interessante e menos repetitivo trocando por uma "Marilyn Monroe" muitas vezes vazia onde a sua única característica é ser ingênua e sofrer sem entender o porquê por uma com nuanças e personalidade mais profunda.

Falando agora dos pontos positivos, a autora sabe como criar uma atmosfera boa sem precisar ficar descrevendo muito do ambiente, os diálogos dos personagens são interessantes e conseguem manter o interesse na trama e por último ela sabe como causar desconforto e te deixar pra baixo e mesmo assim te manter lendo.
Em geral é um bom livro, foi uma experiência boa e sofrida, mas faltou mais um pouquinho de Marilyn nessa Blonde.
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@virginiagraciela 18/01/2023

Not my Marilyn
É nessa segunda metade que a Marylin que a gente mais conhece, por seus filmes mais famosos e seus casamentos com DiMaggio e Arthur Miller, além do infame caso com Kenedy. A autora continua misturando fatos e invenções de sua própria cabeça para permanecer nessa narrativa da figura trágica. Afinal quem conheceu marilyn de verdade, aparentemente ninguém. Duas coisas me incomodaram mais, foi a forma como ela trata os abortos e a morte que nada mais é do que a voz dos malucos da teoria da conspiração.

Como um tratado e reinvenção da biografia é uma obra espetacular. Como retrato da Marilyn que realmente existiu, é uma ofensa a sua memória. No fim, segundo Blonde ela não passou de uma mulher abandonada por sua mãe e avó, e humilhada e rejeitada por todas , e reitero TODAS, as figuras masculinas de autoridade que passaram por sua vida. Este talvez é o livro com a maior reunião de homens lixo que eu já li. Deus me free.

Por fim, vale você que conheceu a Marilyn por esse livro ou pelo filme derivado dele va buscar quem era a verdadeira Marilyn. Sim, que sofreu muito, teve homens lixo na vida, mas que era inteligente, fundou sua própria produtora, leitora voraz e uma figura eterna.
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Juliano.Ramos 17/09/2021

Blonde não é um livro fácil, do começo ao fim a um declínio na personagem principal que vai tornando a leitura a cada página mais difícil, mesmo com uma leitura fluida, fácil, as páginas vão se tornando pesadas a cada vez que nos aproximamos do fim, mesmo sabendo qual foi o destino da Marilyn... Se no primeiro livro conhecemos a Cidadã Norma Jeane, nesse segundo volume a Marilyn aparece em sua totalidade, sensualidade, e a na maioria das vezes ingenuidade, ela confiava demais nas pessoas, nos sentimentos, em que tudo sempre iria dar certo e no fim nunca dava, a autora escreve sobre feminismo sem se torna cansativo ou com tendência a grupos, é natural, a revolta que vamos sentindo perto do fim, é causado por essa escrita, pela ingenuidade da marilyn, e essa revolta de jeito nenhum contra o livro, e sim contra as pessoas que poderiam ser mais leve com a Norma Jeane, consequentemente mais leve com a Marilyn Monroe, um livro esplêndido.
Mesmo não sendo biográfico, o livro transmite muitos sentimentos do que a Marilyn viveu, como a própria Carol Oates fala, blonde não é uma biografia, se trata de fatos e sensações que ocorreram com a vida da personagem, e ela romantizou brilhantemente.
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Karen 15/05/2022

Tristeza e melancolia
O livro é excepcional!!
Foi uma leitura mais fluida do que o primeiro volume - mesmo sendo este um livro triste e melancólico, pois no primeiro temos Norma criança e aquilo foi difícil de ler, incomodo (como batizei a resenha daquele).
Novamente a questão da revisão comprometeu no quesito 5 estrelas.
Como a editora não percebeu tantos erros de ortografia!!! Ortografia!!! Nos 2 volumes?
"Monroe queria ser artista. Ela era uma das poucas que eu havia conhecido que levava aquela bobagem a sério. Isso foi o que a matou, não o resto. Ela queria ser reconhecida como uma grande atriz, porém queria ser amada como uma criança e obviamente não se pode ter os dois.".
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Ariadne 17/07/2022

Ótimo livro
Esse segundo volume de Blonde (aqui no Brasil ele foi dividido em dois) foi uma experiência muito melhor de leitura que o primeiro. Acredito que porque a parte "cinematográfica" da história da Marilyn Monroe me soe muito mais interessante do que o resto, apesar da vida pessoal imaginada aqui esteja intrinsecamente ligada à vida de celebridade.

Gostei muito da forma como a Oates imaginou a vida de Monroe para além da caricatura e da atriz que nós conhecemos. A personagem criada pela escritora é interessante, vívida e senti uma profunda pena dela em diversos momentos da história. Os demais personagens do livro não são menos fascinantes.

Sobre a edição da Harper Collins, este segundo volume tem menos erros de ortografia e revisão do que o primeiro, mas ainda sim os possui e acho bastante errado por parte da editora em deixar um livro sair desta forma.

De resto, só posso dizer que a história me encantou de forma geral. Oates escreve muito bem, seus personagens e contextualização são muito interessantes e.a história sabe prender o leitor.
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