Jéssica 05/12/2022
Profundo e simples
Eu comprei o livro de forma despretenciosa no sebo, o que me chamou a atenção? O título. Este que me lembrou imediatamente de uma música do Milton Nascimento, Caçador de mim, que eu escuto na voz do Estevão Queiroga. Ao pegar o livro, abri na primeira página e lá estava o refrão da música. Senti uma conexão inexplicável e tive que levar.
O livro é curtinho e prece até bobo quando você começa a ler, mas trás com ele muitas reflexões.
A história é sobre um adolescente de 16 anos (Pedro, Pepê) que deseja ter uma aventura no mar. Ele, poeta e sonhador quer encontrar o horizonte e pescar dentro de si mesmo.
E após uma pequena discussão com a família sobre a possibilidade dele partir pra essa aventura, seus pais o liberam para buscar suas respostas.
A leitura é muito leve e os capítulos são bem curtinhos, o que eu mais gostei é ter as gírias dentro do texto de forma que eu poderia ouvir até o sotaque das personagens.
Wagner Costa conseguiu trazer profundidade e simplicidade ao mesmo tempo, embora o livro tenha sido publicado em 2003, parece ainda ser muito atual quando se trata de reflexão.
Pepê transforma tudo em poesia, seu encontro com o mar e horizonte despertam no leitor uma vontade de viver, se aventurar e lutar pelos seus sonhos.