Um dia depois do outro

Um dia depois do outro Roger Rosenblatt




Resenhas - Um dia depois do outro


3 encontrados | exibindo 1 a 3


"Ana Paula" 27/12/2012

27/12/2012
Um Dia Depois do Outro é um livro gostoso de ler. Conta como é o dia-a-dia de pessoas que perderam um ente querido. Uma história real e emocionante, onde o tempo não consola, só tras mais lembranças...

É dificil imaginar como dever ser para os pais perderem um de seus filhos, Boppo (Roger) e Ginny, passam por isso quando sua filha Amy morre derepente. Amy deixa esposo e 3 filhos, que como Boppo e sua esposa, sentem falta da mãe. Os dias vão passando, as crianças crescendo, e a falta ainda tem um significado enorme na vida dessas pessoas. Momentos de alegrias, tristezas, lembranças... Tudo tem significado agora e para as pessoas que ficaram restam somente saudades.

O livro é narrado por Boppo (Roger - o autor), e seus sentimentos e angústias são quase palpáveis. Cuidar de uma casa, das crianças, fazer coisa que a muito tempo não fazia... em cada canto lembrar de alguém que se foi e deixou tudo pela metade... E mesmo assim, rir, pois é, algumas situações no livro me tiraram ótimas risadas. Existe vida após a morte, sim!!!

"É estranho que eu pareça conhecer Amy mais plenamente na morte do que quando ela estava viva. Não a conheço melhor (duvido que eu fosse capaz de conheçê-la melhor do que já conhecia), mas existia tanta coisa em sua vida de que eu não me dava conta até agora;... Minha filha era importante para as histórias dos outros. Saber disso não impediu que meus olhos se enchessem de lágrimas sem qualquer motivo aparente numa pizzaria outro dia. Mas já é alguma coisa." Pag: 109

Gostei muito do livro, como tbm já perdi alguém que eu amava muito, descobri alguns sentimentos semelhantes. Adorei o livro, ele te dá forças, esperança. Super recomendado.
comentários(0)comente



Tami 27/06/2012

Resenha publicada em: http://gavetaabandonada.blogspot.com.br/2012/06/resenha-um-dia-depois-do-outro.html
Quando pedi o livro pela parceria com a editora, imaginava um livro que me faria derramar lágrimas, envolvendo de forma romântica uma história triste de perda ou algo do gênero. Me surpreendi quando vi que o livro não seria assim.

"O truque, quando se procura um dente perdido na borra do café, é não se deixar iludir pelas bolotas. A única maneira de ter certeza é desmanchando cada bolota entre o polegar e o indicador, o que deixa as mãos imundas. Esta manhã Ginny e eu caçamos, durante uns vinte minutos, na lixeira da cozinha, o dente superior esquerdo frontal da nossa neta de sete anos, Jessica." (pág. 7, parte do primeiro parágrafo)

Roger conta como a sua vida e a de sua família se modificou após a morte de sua filha Amy. Para começar, ele se muda junto com a mulher (Ginny) para a casa de Harris, seu genro, para ajudar a cuidar dos seus três netos: Jessica, de sete anos, Sammy, de cinco, e James, de um ano e oito meses. A narrativa não é contada de forma romanceada, mas em formato de pequenas histórias/crônicas sobre coisas em geral que aconteciam em alguns dias da família.

"- Boppo! - diz Sammy prestes a me apresentar ao colega que apareceu para brincar com ele. - Este é o Cameron! Ele é chinês! Ele come insetos!Cameron sorri e assente com a cabeça.- E abelhas! - acrescenta Sammy. - Primeiro ele mata, depois come!"

Acompanhamos algumas situações sensíveis enquanto vemos o amadurecimento e compreensão de todos sobre o que aconteceu. A história não segue uma linha única, intercalando momentos do passado (com Amy ainda viva, as vezes até histórias dela quando criança) e fatos do presente. Porém o livro realmente se foca mais no pós, retratando como as pessoas lidaram com essa situação.

As narrativas da relação com o autor com os netos são, em grande parte, engraçadas. Nada mais são do que histórias de crianças, que a gente pode facilmente relacionar ou enxergar alguma conhecida nossa fazendo as mesmas coisas, e é isso que torna elas cômicas. Ao mesmo tempo o livro traz partes muito sensíveis, mostrando como as crianças sentem falta da mãe e o choque que sua morte trouxe para elas.

As partes em que Amy aparece ou é citada são as mais tristes. Gostaria que tivesse um pouco mais sobre ela no livro. Sei que o foco do autor foi o depois, mas confesso que a história sobre a pessoa que morreu (nesse e em qualquer outro livro) sempre me emociona mais.

É um livro fácil de ler, rápido e de linguagem tranquila. Não tem grandes lições, suspenses ou um final impactante, apenas mostra a vida como ela é. Como não tem uma narrativa linear, podemos passar algum tempo sem ler e voltar a ele sem problema - ótimo para ter na bolsa e ler naqueles momentos de espera.

Recomendo: para quem gosta desse estilo de narrativa, quer uma leitura tranquila, e gostou de livros como "A lição final".

"Desejei para ela o prazer de uma conversa espirituosa com um estranho e momentos de alegria incontrolável. Desejei-lhe uma vida num lugar onde fosse possível ver uma nesga de céu. O ensaio termina com a promessa de jamais deixá-la afastar-se de mim." (pág. 66)
comentários(0)comente



Andressa 24/06/2012

Um Dia Depois do Outro - Roger Rosenblatt
Para dizer a verdade não sabia o que esperar deste livro. A única coisa que sabia era que relatava a história real de um pai que perde a filha de repente – o próprio autor do livro -, mas não fazia ideia de como seria relatada nem o quanto me emocionaria ou não com ela.

O livro na verdade não conta a história de Amy com uma narrativa linear.O autor relata vários acontecimentos de sua vida intercalando momentos diferentes. Em algumas partes vemos atos memoráveis de Amy quando criança e em outros vemos alguns dela já adulta quando vivia uma vida feliz junto com o marido e os filhos. Mas nenhum desses na verdade não foram os que mais gostei: aqueles que mostram o dia a dia da família e sua tentativa de superação, após sua morte, foram os que tornaram o livro mais interessante.

Podemos ao longo da história perceber o amadurecimento de cada um dos filhos de Amy, bem como dos seus pais e do marido e conhecer seus pensamentos sobre a morte da querida mulher. Além disso, notamos que cada um dos parentes próximos reagiu à sua morte de um jeito diferente, mostrando várias personalidades divergentes mas que ao mesmo tempo tinham uma só dor - a dor da perda - e que todos, do seu jeito, tentavam reencontrar suas vidas após o trágico acontecimento.

Porém, o que deixou a desejar em minha opinião foi que o livro não conseguiu me emocionar o quanto pensei que fosse. Talvez o real foco do autor não tenha sido esse ao nos mostrar um pouco de sua vida e sua história e sim apenas nos apresentar o que lhe aconteceu, mas senti falta de um pouco mais de sentimento na narrativa. Senti que faltou uma ligação entre mim e qualquer um dos personagens do livro, não me deixando assim abalar totalmente por suas dores.

É um livro bom, que nos mostra principalmente a tentativa de superação de uma família que perdeu um de seus entes mais queridos, mas que ao mesmo não chega a mexer tanto com os sentimentos do leitor, faltando nele um ar mais dramático e sentimental.
comentários(0)comente



3 encontrados | exibindo 1 a 3


Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com a Política de Privacidade. ACEITAR