Resenhas - A Condessa Cega e a Máquina de Escrever

Fabiola Hessel 31/08/2021

A condessa cega, seus sonhos e amores
Descobri esse livro sem querer e fui atraída de maneira irresistível. Gostei muito de como a história foi estruturada e muitas vezes me senti dentro do sonho de outra pessoa.
As histórias se misturam, os sonhos se confundem com a realidade e a condessa cega consegue enxergar no sonhar.

Achei a dinâmica das relações interessantes, como a cegueira afetou a vida da condessa e como aprisionou também. Ela não de encaixava mais na sociedade, no casamento e até como filha ela precisou se reencontrar.
O mundo que ela vivia era baseado em beleza, ela se encantou com o marido, ela amava contemplar o lago, a alta sociedade a via como um animal exótico e o marido como um belo brinquedo.
Fiquei incomodada com isso, com a falta de tato das pessoas, até dos pais dela, só restou um amigo, que entendia, amava e inventou uma máquina para ela escrever suas próprias cartas, mantendo algum contato com o mundo e um pouco de liberdade e autonomia.

Este é um livro que mistura sonho e realidade, fatos e conjecturas e passado e presente, de uma forma quase onírica e que prende a atenção do começo ao fim. Acima de tudo é uma linda história de amor.

Terminei achando que uma releitura vai ser ainda mais prazerosa.

Deiaideias 22/01/2017

História Envolvente / Final frustrante
A condessa cega e a máquina de escrever foi um daqueles livros que peguei pra ler sem fazer ideia de como seria… Estava lá, gostei da capa, o tema parecia interessante, aí comecei e fiquei muito feliz de ter começado. Gosto de ler sem ter nenhuma expectativa.

A máquina de escrever demora pra aparecer na história, mas não tem problema porque a cada página você vai se envolvendo mais e mais com a história de Carolina, vai ficando curioso em saber os próximos passos e como a história vai se desenrolar.



O livro todo é bem empolgante, mas o final deixa a desejar… E não é deixar a desejar porque eu queria que tivesse acontecido outra coisa, foi a forma de escrever… fiquei frustrada, mas nem por isso o livro é ruim. Valeu a pena a leitura, me diverti muito durante o tempo todo… Dei 3,5 estrelinhas no skoob.

Ler livros que retratam uma época antiga faz pensar em como evoluiu os direitos das mulheres, a liberdade, a medicina e principalmente a tecnologia… Ler no kindle uma história da invenção da máquina de escrever e saber que essa máquina era a única forma de uma condessa cega se comunicar a uma certa distância, digo certa porque é só até onde o mensageiro consegue entregar, faz pensar que se fosse nos dias de hoje, certeza que essa história teria um final muito diferente.

Já leu? Me conta o que achou do final nos comentários!

site: www.deiaideias.com/linumlivro

L. Derenievicz 24/02/2012

Sensível
Um livro curto para o tema, pois tudo se passa muito rápido... Mais ênfase na época em que Carolina perdeu a visão. Muito bonita sua história com Turri. Só o final ficou a desejar.

Evelyn Marques 02/01/2017

“Eu vagava pela floresta havia dias. Você era, pelo que me lembro, um pequeno córrego que não constava de nenhum mapa. Eu mesmo não a marquei no meu, pensando em mantê-la como um segredo, mas, por outro lado, nunca consegui achar o meu caminho de volta.”

Sou apaixonada por descobrir livros desconhecidos. Livros dos quais você nunca ouviu falar e nem sequer conhece o seu autor. Todos nós (espero!) já nos deparamos com um livro assim: aquele que você encontra no cantinho das enormes prateleiras de uma livraria e sente uma imediata conexão com a capa e com a sinopse. É uma compra arriscada, de fato, pois é complicado gastar dinheiro em algo tão desconhecido para depois, quem sabe, odiar. Mas em todas as minhas compras “arriscadas”, até o presente momento, fui muito feliz. E o livro “A Condessa Cega e a Máquina de Escrever” foi mais um que entrou para essa lista de descobertas magníficas.
Apesar da escritora Carey Wallace ser americana, a história se passa na Itália do século XIX. Carolina, uma jovem e bonita condessa, vai perdendo a visão gradativamente. Ela tenta alertar aos pais e ao noivo sobre o que está acontecendo, porém ninguém acredita em suas palavras. Só quem lhe dá algum crédito é Turri, seu vizinho e melhor amigo. Conforme vai vendo o mundo se apagando com o passar dos dias, Carolina abre os olhos para o mundo mágico dos sonhos, muitas vezes ajudada pela imaginação irrefreável de Turri. Quando toda a luz se vai para sempre, ela ainda consegue se enxergar em sonhos e é isso que a mantém viva.
A protagonista da história é Carolina, mas Turri rouba as cenas nos poucos (talvez nem tão poucos assim, eu é que queria Turri presente em todas as páginas mesmo!) capítulos em que aparece. Dono de uma personalidade única e que vai na contramão do estilo da sociedade em que vive, Turri é marginalizado por suas invenções mirabolantes. Se tivesse recursos e oportunidades maiores, seguramente entraria para a História como algum cientista que mudou para sempre a forma como as pessoas vêem o mundo. Mas como está preso a um pequeno vilarejo na Itália, ele é apenas considerado louco, pois suas experiências nem sempre dão certo. Sua curiosidade é tão grande que Turri vive para descobrir respostas às coisas mais simples, como por que a chuva cai do jeito que cai ou por que jogar uma pedra sobre a água provoca sobre a mesma movimentos circulares. Ninguém tem paciência para as experiências de Turri, apenas Carolina, que muitas vezes também participa de suas invenções.
Carolina e Turri se complementam e se entendem, se enxergam além das aparências e se cuidam com tanta ternura que acaba sendo difícil para ambos manter tanto amor apenas mascarado de amizade, ainda que ambos sejam comprometidos. E é a partir de um presente especial de Turri que a vida de Carolina muda para sempre.

Resenha completa:

site: http://sonhosdeletras.com.br/2016/11/03/resenha-15-a-condessa-cega-e-a-maquina-de-escrever/

turtleGraciosa 07/06/2021

A Condessa Cega e a Máquina de Escrever... mas?
Terminei o livro
Achei muito boa a introdução e a escrita leve do início. Mas dá metade do meio ao fim, as intermináveis descrições (sendo sonho ou não) me desgastaram um pouco.

Por fim, é uma história bonita. Mas faltou algo á mais!

Isabelly89 14/01/2023

Realidade cega ou sonhos surreais?
O livro tem uma premissa interessante, mas o jeito daa escrita é um tanto diferente do convencional, me lembrando bastante a narrativa de "O Morro dos Ventos Uivantes". Apesar de ter achado um tanto complexa e as vezes até me perdendo na leitura (no sentido de não entender o que está acontecendo), eu siceramente gostei do jeito utilizado para narrar a história.

Ademais, há todo o em trâmite de alternar entre a realidade da personagem e seus sonhos. Pois, mesmo após tempos com a cegueira escurencendo sua visão, a personagem ainda se lembra claramente de muitas paisagens de seu meio, e acaba misturando essas lembranças reais com imagens de como ela queria que esses lugares fossem ou onde ela queria estar.

Assim, ambos os aspectos meio que te forçam, não só a entender o que está efetivamente escrito, mas as entrelinhas de todo o contexto.