A Queda Para o Alto

A Queda Para o Alto Anderson Herzer



Resenhas - A Queda Para o Alto


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Tathi (@Doidosporserieselivros) 06/01/2024

Releitura
Olá queridos amigos leitores! Vocês costumam reler livros em determinadas épocas da vida?
Confesso que gosto de reler livros que amei quando era adolescente para perceber nuances novas, e entender meu próprio amadurecimento.

Em meados dos anos 2000, eu que já gostava de ler compulsivamente, emprestava e pegava emprestado livros de vizinhos para ler.
E eis que uma vizinha tinha em suas mãos o livro A Queda Para o Alto de Herzer, o primeiro autor trans publicado no Brasil.

Naquela época, li este livro sem a noção exata do que era uma pessoa trans, nem de quanto os menores infratores sofriam na FEBEM.
Aprendi muito sobre a violência institucional, e a identidade de gênero com essa leitura, embora não tivesse entendido tudo isso na época.

Para quem não conhece o livro ele é um relato do próprio Herzer sobre sua infância cheia de perdas, seus erros e o de sua família, e os maus tratos que recebeu na FEBEM durante anos.

Uma coisa me chamou atenção durante a leitura , a moralidade expressa de Herzer , visto que ele vivia em uma sociedade onde ser gay , lésbica ou trans era visto como promiscuidade, ele tinha valores muito bem definidos como quando relatou rapidamente a traição de sua tia/mãe ao seu pai achando aquilo muito errado pois estava acabando com o casamento, ou quando relatou o abuso sofrido.

Por ser um livro publicado nos anos 80 tem muitos elementos que chocam principalmente a comunidade LGBTQIA+ de hoje, como ele ter sido diagnosticado com Disritmia Cerebral (porque tinha que ter algo de errado em uma pessoa ?querer? ser de outro gênero) ou o prefácio na época escrito por @eduardosuplicy que trata a transexualidade quase como um fenômeno (mas incrivelmente com respeito se contarmos a desinformação que se tinha na época acerca da identidade de gênero).

A Queda Para o Alto é um relato cruel e real que traz opiniões e certezas que nem sempre estão certas, mas que expõem a realidade de tudo que já foi conquistado e o que ainda falta conquistar pela comunidade carente e a comunidade LGBTQIA+ ou ambas juntas.
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Sasah 15/09/2023

As cartas são a prévia tá intensidade que vai ser a leitura, pesada e viva, cheia de sentimentos de revolta, esperança e desilusão.

Os relatos são tão fortes que parecem ficção, me questionei a todo momento como existe violência de todas as formas, violência psicológica, moral e física.

Ser tudo real torna tudo mais intenso, a falta de expectativa em mudança, o fim e a renovação da esperança e a sensação de desamparo.
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Giselaine 01/08/2023

Impactante e triste
Livro triste que mostra a realidade da Febem, todas as torturas e privações sofridas pelos menores. Um angústia de ler e de processar o livro. Uma leitura desconfortável e pesada. Ao final as poesias de Herzer nos fazem ter um pouquinho de esperança na humanidade. Suplicy nem preciso comentar pq já tinha minha admiração, agora muito mais.
Recomendo demais essa leitura!
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Will 30/06/2023

Mataram João Ninguém
Quando o próximo sangue jorrar
daquele por quem ninguém irá chorar daquele que não deixará nada para se lembrar
daquele em quem ninguém quis acreditar.
Quando seus olhos só puderem fitar o escuro
quando seu corpo já estiver inerte, frio e duro,
quando todos perceberem morto João Ninguém
e quando longe de todos ele será seu próprio alguém.
Tantas mãos, tantas linhas incertas, tantas vidas cobertas, sem ninguém pra sentir, tantas dores, tantas noites desertas, tantas mãos entreabertas, sem ninguém pra acudir.
Qualquer dia vou despir-me da luta pisar em coisas brutas, sem me arrepender.
Tão difícil ver a vida assassinada quando estamos já tontos pra tentar sobreviver.
As perguntas sem respostas, sem nada, as vidas curtas e desamparadas o último grito que não foi ouvido calaram mais um homem iludido.
E no mundo não dão mais argumentos pra fugir aos lamentos de quem sozinho falece.
Para esses, não há mais compreensão, não há mais permissão, para que se tropece.
Na televisão o aguardo da cotação um instante ocupado, para dizer morto João Ninguém mas a aflição ataca, a cotação subiu ou caiu?
e João morreu... ninguém ouviu.
Eu vou distribuir panfletos, dizendo que João morreu talvez alguém se recorde do João que falo eu.
Falo daquele mendigo que somos pelo menos em matéria de amor, daquele amor que esquecemos de cultivar o qual com tanto dinheiro, ninguém jamais coroou.
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ezzz 27/04/2023

Muito interessante
Não sabia muito sobre o livro e iniciei a leitura na expectativa de ser algo que falasse principalmente da experiência de dissidência de gênero de Herzer, mas acabei me deparando com um relato profundo e emocionante de sua vida, com destaque para seus anos na Febem. Também conta com alguns poemas lindos de sua autoria no final.
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AndrAa 14/10/2022

Pra quem gosta de poesia
O melhor livro que já li na minha vida, recomendo essa leitura, além de um história que te prende na leitura, tem poesias lindas e encantadoras.
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LuciAlen 26/09/2022

Literatura Marginal
Eu tava entrando no mundo da leitura, tinha acabado de ler HP com toda sua magia, e uma professora de português me emprestou esse livro. Foi uma surra, sério. Me impactou e me tirou da bolha. Uma biografia de Anderson Herzer, menino trans que sofreu muito por isso, além de vários traumas da infância. Literatura Marginal que grita e expõe problemas sociais que vivenciamos ate hoje. Amo os poemas que aparecem durante o livro, de autoria dele mesmo. Uma história comovente, real, forte, que muda qualquer um que ler! O livro que mais chorei foi esse.
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Andrea Janaina 30/07/2022

Recado
A QUEDA PARA O ALTO
Li esse livro no início dos anos 90, estava na adolescência, e lembro de não desgrudar os olhos, é uma história tão impressionante que tinha vontade de chamar a Sandra, que se autodenominava Anderson, para ser meu amigo e dar acolhimento a ele.
Teve uma vida muito sofrida com a morte de seus pais quando ainda era muito criança, a família que não acolheu com carinho e muito menos entendeu a sua transição de Sandra para Anderson, recebeu muitos maus-tratos e recorreu à vida na rua para encontrar liberdade e foi enviada para a Febem.
O Eduardo Suplicy a conheceu e ofereceu ajudar para contar sua história, mas infelizmente não aguentou esperar ser publicado, preferiu deixá-lo como um recado.
É uma leitura relevante, principalmente, para os dias atuais.
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Cruz 01/04/2022

Tô me sentindo mal
Complicado demais processar toda a carga emocional que esse livro possui, principalmente por entender as dores e problemas que Herzer passou simplesmente pelo fato de estar na mesma condição de gênero que ele. Não consegui ler as poesias, vou fazer isso depois quando a cabeça estiver mais fria. É um livro que tem potencial pra ativar gatilhos em pessoas que passam pela mesma situação de preconceito no âmbito da transgeneridade. Não recomendo se estiver em período sensível. Porém o livro é uma obra-prima e extremamente necessário, uma pena que esteja nos confins dos sebos. Herzer, presente!
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Graciela.Freitas 26/01/2022

A estrela que partiu para brilhar no céu
Com quase 18 anos, Herzer foi descoberto por Eduardo Suplicy, que entrou na justiça pela sua libertação e o empregou em seu gabinete. Este foi o único que Herzer amou como pai até o fim de sua vida. Com essa nova mudança, Herzer começou a ter mais incentivo para lançar um livro com suas poesias, que ele escrevia desde criança. Ele queria mostrar ao mundo as atrocidades que aconteciam dentro da FEBEM, as surras, a fome, a sede, os maus-tratos, de modo que isso conseguisse ajudar os próximos jovens que ali entrassem, seja como um apoio para não desistir ou um estopim para uma mudança no tratamento dos internos da unidade.
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Rafa 05/01/2022

Perfeito
Tinha adicionado na minha lista de leitura há muito tempo. Cheguei a comprar o e-book e enviado para meu kindle, mas esqueci de ler.
Abri o kindle em um dia que não sabia o que ia ler e tinha esse livro baixado, o qual eu esqueci completamente do que se tratava.
Lê-lo foi uma experiência inesquecível.
Comecei com o prefácio, que não foi o autor que escreveu e achei um pouco estranho... "... como eu 'a' chamava, apesar de preferir ser chamada de anderson".
Ao ler entendi, era um livro escrito durante a ditadura, por uma pessoa trans que viveu o prior momento da febem.
O que mais levo do livro para minha vida é a sensibilidade de Anderson: todos aqueles jovens, independente do motivo pelo qual foram enviados à febem, precisavam de amor, de acolhimento. Quantos adultos teriam coragem de doar um pouco de si para fornecer esse amor a esses jovens? Aparentemente quase nenhum, nem mesmo as pessoas que trabalhavam diretamente com eles (instrutores, diretores, professores etc....).
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Gabbie 13/12/2021

A queda para o alto é cheio de diversas complexidades.
Anderson Herzer, o primeiro autor trans publicado no Brasil.
Numa época em que a ditadura dominava o Brasil, ser um garoto transexual, marginalizado, sem família, sem um lar, nao era nem de longe a melhor forma de sobreviver.
Herzer lutou muito, sua existência era contra todo o (cis)tema. Viver na Febem, ainda mais naquela época e toda a tortura por qual teve que passar.
Uma biografia do eterno Anderson Herzer, um escritor, um poeta.
Uma livro extremamente necessário.
Não abordando apenas a história de Herzer, mas de uma realidade que precisamos, todos os dias, ir contra.
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Triz 22/07/2021

Esse livro nunca pode ser esquecido.
Meu Deus, que livro, posso afirmar que foi o livro mais forte que já li. Não consigo colocar em palavras o quanto Herzer tinha talento, sua história de vida é algo que tem que ser memorável, aprendi muito lendo bem como descobri a realidade de pessoas que jamais pensaria. Obrigada por suas palavras Herzer, você repete várias vezes que nunca seria lembrado, mas posso te afirmar que no meu coração sua bondade foi fincada. Simplesmente incrivel.
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Lucas.W 10/07/2021

"O sofrimento jamais deve abalar tua esperança."

"De Herzer,
alguém que acredita nas plantações do destino
e que em todo lugar que recebamos ajuda,
existe sempre uma flor,
basta apenas que se aspire o seu perfume."
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