Todos os nomes

Todos os nomes José Saramago




Resenhas - Todos os Nomes


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Alê | @alexandrejjr 29/06/2020

A literatura dos pormenores

A obra de José Saramago é impressionante. Esse português via na ficção uma maneira muito particular de poder comunicar-se com o mundo. A visão dele deve ser preservada e, mais importante do que isso, deve ser transmitida.

Agora... preciso colocar em perspectiva a seguinte questão: o que um homem que pensou em histórias envolvendo Jesus Cristo, as agruras da Península Ibérica, uma epidemia de cegueira branca e a greve da morte poderia oferecer de novidade aos seus leitores? A resposta pode estar neste livro e ela envolve um valor caro ao autor: a simplicidade humana. É a partir desse ponto que Saramago oferece nada mais que seu habitual brilhantismo.

Em "Todos os nomes" conhecemos, para ser sincero, nenhum nome, exceto o do senhor José, um simples funcionário público daquilo que seria equivalente a um cartório nacional de Portugal. E é uma personagem fascinante. Em uma história que envolve a obsessão, a atrasada burocracia dos Estados, o amor em suas sutis nuances e, como não poderia faltar, suas dúvidas a respeito da relação entre vida e morte, Saramago convida os leitores a entrar nos seus labirintos mais íntimos.

Este foi apenas o segundo romance que encarei do autor, o anterior havia sido "Claraboia". Foi uma experiência muito interessante, pois aqui percebi o domínio técnico da palavra que ele tinha e como a sua ideia de um leitor participante através da pontuação é poderosa. Quero terminar dizendo duas coisas: leiam Saramago (e tentem driblar as adversidades, vale a pena) e agradeçam por ter alguém como ele em nossa língua, pois é algo a se celebrar sempre que possível.
Fernanda Quinderé 17/05/2021minha estante
Saramago é genial! Sempre uma leitura maravilhosa, fluída e humanizadora.


Alê | @alexandrejjr 17/05/2021minha estante
Exatamente, Fernanda, definisse bem a experiência de ler Saramago. ?


Brenda.Podanosqui 17/05/2021minha estante
Suas resenhas são ótimas! Da vontade de ler todos os livros haha. Esse com certeza será um deles


Alê | @alexandrejjr 17/05/2021minha estante
Obrigado, Brenda! Espero que eu não esteja fazendo propaganda enganosa com as minhas impressões. ?


Brenda.Podanosqui 19/05/2021minha estante
Nada disso! Só atiçam a curiosidade...




Fran Kotipelto 23/10/2011

"Conheces o nome que te deram, não conheces o nome que tens"

Às vezes, todos nós ouvimos os sinos de High Hopes do Pink Floyd, não me refiro à música em si, mas todo aquele turbilhão de sentimentos que ela causa, em particular, a nostalgia. E o fato é que muito tempo se passou, livros e mais livros foram ficando na frente, e o desejo por mais e mais sempre numa crescente. Mas como eu disse, às vezes a nostalgia invade mesmo, sem pedir licença, e foi aí que resolvi continuar minha jornada adorada e retomar a leitura de um certo gênio chamado José Saramago. Me impressiona a maneira que o Ka vem agindo, posso dizer tranquilamente, tão certa de que alguns estão pensando que ele (o Ka), é Deus,e lhes digo: "NÃO É". Na verdade, lhe darei um nome, ou melhor "Todos os Nomes".

Estatísticamente, é constatado que boa parte das pessoas é insatisfeita com seu trabalho, coisa comum não é mesmo? Mas, não para Saramago, que de uma simples constatação criou um maravilhoso romance.O livro conta a história de um escriturário chamado Sr.José,funcionário do principal cartório de registro da cidade, cansado de fazer sempre a mesma droga de coisa, resolve arranjar um hobby para distrair-se do trabalho monótono. Começa então a colecionar recortes de pessoas famosas. Quando descobre que são todas semelhantes - a vida delas é sempre igual, nunca varia, aparecem, falam, mostram-se, sorriem para os fotógrafos, estão constantemente a chegar ou a partir - até se ver envolvido em um labirinto intransitável de informações e números, sugerindo que, se a vida se resumiu a números e documentos, é preciso refazê-la, não importa de que maneira, desde que se saiba que irá morrer um dia, tendo feito aquilo que o deixasse orgulhoso de si mesmo, e não um funcionário público frustrado e esquecido num mar de gente.

Um dia com o verbete de registo de uma mulher desconhecida na mão, lhe surge uma questão um tanto interessante, na verdade bem mais interessante do que a vida dos famosos.Por que além de investigar a vida de personalidades famosas como bispos e jogadores de futebol, não vasculha também a vida de um anônimo? e passa então a buscar detalhes da vida da gente simples e desconhecida. A medida que as páginas vão passando, o livro vai ficando impossível de largar, nos vemos envolvidos e contagiados pelo novo passatempo do Sr. José que parte em uma busca desenfreada para encontrar a mulher desconhecida, usando meios por ele nunca antes pensados e que sua vida de funcionário entediado nunca permitiria. Com isso, a monótona vida do pacato e bem comportado Sr. José passa a ganhar cores mais vivas, aventuras "alucinantes" e um novo sentido, ele descobre que a vida de um desconhecido pode ser mais interessante do que a mera leitura de dados que um registro civil possa sugerir. E acredite, que ao ler esse livro, você nunca mais será o mesmo, afinal, irás conhecer o nome que tens, e não o nome que te deram...


Alan Ventura 25/10/2011minha estante
Magistral como sempre Fran, que bom que você voltou a resenhar as obras do Saramago, eu e todo o skoob estávamos morrendo de saudade. Parabéns.


Jow 02/11/2011minha estante
O doce sabor de descobrir e se encantar com a verdade descrita na essência das palavras.
Resenha monstruosamente bem escrita, Fran =*


Isa M Alvim 09/11/2011minha estante
Se eu ja desejava esse livro, imagine depois dessa resenha!! Parabens!!


Diego.Fernandes 06/05/2018minha estante
Parabéns, realmente a aventura que ele criou para bagunçar um pouco a vida monótona dele é maravilhosa, porem o final não foi tão bom. Ficou escuro.




Cinara... 11/05/2023

Que saudades eu tava...
"...Homem, não tenhas medo, a escuridão em que estás metido aqui não é maior do que a que existe dentro do seu corpo, são duas escuridões separadas por uma pele, aposto que nunca tinhas pensado nisso, transporta todo o tempo de um lado para o outro uma escuridão, e isso não te assusta, há bocado pouco faltou para que te pusesses aos gritos só porque imaginastes uns perigos, só porque te lembrastes do pesadelo de quando era pequeno, meu caro, tens de aprender a viver com a escuridão de fora como aprendeste a viver com a escuridão de dentro..."


Que saudades eu estava do Saramago! Tento "economizar " ao máximo seus livros pra sempre pode encarar algo indiscretivelmente humano!
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Claudia.Pinto 24/10/2023

E agora, José...
Passei semanas lendo e desejando chegar ao final para descobrir junto com o Sr.José toda a informação que ele necessitava. Tudo pra chegar ao final e lembrar que com Saramago nada é como queremos. Pra lembrar da nossa insignificância. O narrador nos revela tudo e não nos revela nada.
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marcelo.batista.1428 01/06/2020

Adoro o estilo de Saramago. Algumas situações que em outras leituras me deixariam entediado (descrições de pormenores de cenas e ações, a trama fica parada por capítulos, diálogos simples, as vezes monossilábicos, são escritos), com ele sempre me prendem e não sei bem explicar o porquê. As personagens são simples, e suas vidas e palavras simples, não impedem que o autor despeje bastante ironia e crítica social, além de lançar perguntas e abarcar discussões sobre temas universais (morte, amor, religião, origem, culpa, ...). Tudo isso está presente também nesse livro, e mesmo sentindo um certo incômodo com a personagem principal, Sr José, e sem conseguir compreender o desfecho da história, fiz uma leitura bem prazerosa.
Di Morais 01/06/2020minha estante
Tbm gosto dele, tenho vários, físicos , dele.


marcelo.batista.1428 08/06/2020minha estante
quais já leu dele? tem favorito?


Di Morais 10/06/2020minha estante
Ensaio sobre a cegueira é meu favorito.


marcelo.batista.1428 10/06/2020minha estante
Não li esse ainda...


Di Morais 11/06/2020minha estante
Leia.... é mt bom ..fala de uma epidemia diferente.




ricardo marçal 26/05/2020

"Meu caro senhor, eu sou um simples auxiliar de escrita de cinquenta anos que não foi promovido a oficial, se eu achasse que valia tanto como um só dos que ali tenho guardados, ou como qualquer destes cinco de menos fama, não teria começado a fazer minha colecção, Então por que é que não pára de olhar para o verbete dessa mulher desconhecida, como se de repente ela tivesse mais importância que todos os outros, Precisamente por isso, meu caro senhor, porque é desconhecida, Ora, ora, o ficheiro da Conservatória está cheio de desconhecidos, Estão no ficheiro, não estão aqui, Que quer dizer, Não sei bem, Nesse caso, deixe-se de pensamentos metafísicos para que a sua cabeça não me parece ter nascido, vá lá pôr o verbete no lugar, e durma em paz"
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Matheus Lopes 03/04/2020

Beleza na burocracia
Saramago tem uma escrita poética e pessoal que sempre me encanta, e neste livro, em que ele lida basicamente com a burocracia, sua escrita passa como uma lâmina, rasgando as palavras frias que se esperariam de um livro sobre esses temas. Muitas reflexões são extraídas de um personagem simples. De fato, genial.
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Victor Albertini 06/03/2023

Sem nome ou sobrenome, sem sentir o que não sente
SOBRE:

Em ?Todos os Nomes? Saramago brinda seus leitores com a história do melancólico Sr. José, auxiliar de escrita da Conservatória Geral do Registo Civil de um lugar fictício (tão típico dos livros do autor). Dono de uma vida monótona, resignado por natureza, o único hobby do Sr. José é colecionar recortes com informações sobre pessoas famosas, até que um dia tem a súbita ideia de complementar sua coleção com dados oficiais da Conservatória a respeito dessas pessoas. É nessa tentativa de buscar informações que o Sr. José se depara, por engano, com o verbete de uma mulher desconhecida, a quem, inexplicavelmente, sente a necessidade de encontrar, como se tivesse finalmente achado o objetivo de sua vida, e graças a quem o Sr. José nunca mais será o mesmo.

IMPRESSÕES:

Impossível ler este livro e não se lembrar de ?O Homem Duplicado?, lançado após cinco anos (para quem o leu antes, obviamente) da mesma forma que quem ler ?O Homem Duplicado? depois, dirá que é impossível não lembrar de ?Todos os Nomes?, por inúmeras razões. Ambos os livros têm como protagonista um homem solitário em uma busca obsessiva por alguém, em ambas as histórias reina uma atmosfera de mistério, com momentos de tensão, ambas possuem uma escola como um dos principais cenários, além da figura fundamental do Professor (ou Professora). Além disso, as duas narrativas contam com um cômico ?personagem? secundário, intrometido nos pensamentos do personagem principal, que são o Senso Comum, no caso de ?O Homem Duplicado? e (coisas de Saramago) o teto do quarto, em ?Todos os Nomes?. Até mesmo a sistemática repetição do nome do protagonista Tertuliano Máximo Afonso espelha-se na quantidade de vezes em que somos lembrados que o Sr. José é funcionário da Conservatória Geral do Registo Civil.

Apesar dos pontos em comum entre as duas obras, cada uma delas é única e toca o leitor de maneiras diferentes, afinal, a capacidade de reflexão de José Saramago era inesgotável. Este foi um livro que me proporcionou diversos momentos de emoção, compaixão e identificação, mas um momento que merece ser pontuado, sem dúvida, é quando o Sr. José é forçado a refletir acerca do real motivo de sua busca pela mulher desconhecida. Enfim, este não é um dos livros mais aclamados do autor, porém já é um dos meus preferidos da vida.

CITAÇÕES:

?De fato, não há nada que mais canse uma pessoa que ter de lutar, não com seu próprio espírito, mas com uma abstração.?

?Em rigor, não tomamos decisões, são as decisões que nos tomam a nós.?

?O espírito humano, porém, quantas vezes será preciso dizê-lo, é o lugar predilecto das contradições.?

?As aparências enganam muito, por isso lhes chamamos aparências.?
Hellen.Lily 20/04/2023minha estante
É o meu autor! ??


Victor Albertini 20/04/2023minha estante
Nosso ??




ANA VALÉRIA 29/05/2012

Afinal, os vivos e os mortos se confundem
Falar deste livro será uma tarefa difícil e fácil ao mesmo tempo. Alguns livros simplesmente faz com que a gente fique impaciente, queira ler, ler e ler rápido e não parar mais; essa obra de Saramago faz com que não se deseje parar de ler, porém a leitura nos transborda de sentimentos de paciência e de tranquilidade. É uma leitura que flui com muita naturalidade, que têm movimento próprio, que não permite que seja mais rápida ou mais lenta do que se tem que ser.

Devo confessar que nunca havia lido um texto com as características presentes na escrita de Saramago. Os parágrafos imensos, a inexistência de pontuação diferenciada exigem do leitor uma atenção redobrada, principalmente na leitura dos diálogos. As cenas no livro começam e vão sendo narradas em um cenário, em um tempo e quando se percebe o final da cena dá início à outra cena, que se misturam, como em um filme. Fantástico!

José Saramago, em Todos os Nomes, em 279 páginas, consegue sutilmente fazer várias críticas. Não é aquele tipo de crítica que choca, é do tipo que impressiona e deixa-nos sem voz, sem palavras. O livro trás uma reflexão acerca das relações interpessoais (do modo como tratamos e somos tratados), assim como da relação que mantemos com nós mesmos. Apresenta diálogos interiores muito reais, os quais tenho plena certeza que não apenas eu me identifiquei, mas muitas e muitas outras pessoas conseguiram perceber pensamentos próprios nos diálogos do Sr. José e a sua consciência. Quem nunca teve confusos diálogos com o seu próprio “teto”? A escrita mostra com perfeição os sentimentos, os desejos, os receios e as incertezas inerente a natureza humana: a confusão mental, o conflito de ideias. Relata com magnificência os sentimentos humanos: as muitas dúvidas e as poucas certezas.

O Senhor José, único personagem que possui nome próprio na história, é um auxiliar de escrita na Conservatória Geral do Registro Civil. A história realmente se inicia quando repentinamente o Sr. José passa de colecionador de fatos da vida de pessoas famosas, a colecionador de fatos da morte da mulher desconhecida (assim chamada durante toda narrativa). Todas as ações ocorrem em torno da busca de respostas para perguntas que nem o próprio personagem sabe quais são, trazendo uma crítica muito interessante sobre a vida e a morte, reflexão sempre presente nos discursos de Saramago. E no enfim da história onde Todos os Nomes já não se diferenciam, a mulher desconhecida é exatamente o elo entre os vivos e os mortos que se confundem.
L u d m i l a 30/05/2012minha estante
Pô, tá muito boa sua resenha. Deu vontade de ler, rs. "É uma leitura que flui com muita naturalidade, que têm movimento próprio, que não permite que seja mais rápida ou mais lenta do que se tem que ser."




Marcelo 04/01/2022

Resenha publicada no Booksgram @cellobooks ?
A primeira vista, Todos os Nomes parece um livro simples, prosaico, que relata a vida de um escriturário (Sr José) de Cartório de Notas e Registros.

Com uma vida pacata e sem grandes expectativas, tendo passado dos 50 anos e num cargo dos mais baixos na repartição, Sr José se vê a colecionar recortes de revistas de ?pessoas famosas? da cidade em que mora: o bispo, o delegado, etc... relacionando os registros de vida e morte dessas pessoas.

Acontece que num dia, uma das fichas de nascimento de outra pessoa desconhecida, uma mulher, vem junto com as que ele estava a levantar, e daí surge a aventura: e se eu investigar como está esta mulher hoje? E sem perceber começa a busca por um amor inconsciente...

A partir dai a historia se desenrola, e apesar das situações absurdas em que ele se mete, poderia ser viável com qualquer um de nós (me pergunto mesmo se já não nos metemos em situações parecidas...)

O que parece ser uma simples historia se mostra profunda, reflexiva, cheia de camadas... assim como é Saramago.

Destaque para a senhora do rés do chão direito e ao teto, personagens que ajudam a compor a história brilhantemente.

Não sei se foi percepção minha mas em algumas vezes achei que o texto apresentava diálogos e reflexões desnecessárias, o que tornava a leitura levemente enfadonha. Mas ainda assim, o balanço final é bastante positivo.
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Ernani.Maciel 01/09/2019

Busca pela identidade e um pouco mais...
Estou firme no propósito de ler todos os livros do Saramago, esta é apenas a nona leitura. É o autor que mais admiro e que mais mexe com meus sentimentos.

Saramago surpreendeu-me ao narrar uma história de amor pouco convencional, pararei aqui para não praticar spoiler. O protagonista Zé empreende-se em uma aventura amorosa entrelaçada à busca pela própria identidade.
Vários trechos tratam da introspecção, da busca incessante e infindável sobre quem somos. Será que realmente nos conhecemos? A autoanálise e o autoconhecimento são indispensáveis para que tenhamos uma boa vida. É impossível viver bem sem nos conhecermos.

Ler Saramago e como sentar aos pés de uma cadeira ocupada por um ancião de quem transborda histórias recheadas de muita sabedoria e que nos levam à reflexão.

Nota 10.
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Boneca sem manual 01/11/2020

O fio de Ariadne é uma metáfora que acalenta o coração de historiadores. Poderia ser um manual do ofício da história.
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Livros e Pão 11/01/2024

Um verbete fora de lugar
Em meio ao labirinto do escritório, Sr. José descobre um fio de Ariadne inusitado que faz com que ele afrouxe a gravata e jamais volte a ser o mesmo.
O Saramago tem uma escrita única e que te envolve pelas beiradas, às vezes deixando uma confusão, e outras vezes deixando muito claro o que ele quis dizer. Se você se permite embarcar na leitura, é uma experiência muito proveitosa
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regifreitas 02/05/2022

TODOS OS NOMES (1997), de José Saramago.

Saramago tinha o dom de tornar o cotidiano do mais humilde dos personagens em uma viagem filosófica e existencial. É o que acontece aqui com o protagonista deste romance, denominado unicamente de sr. José. Um homem de meia idade, um simples auxiliar de escrita da Conservatória Geral do Registro Civil, órgão responsável pela transcrição de nascimentos, casamentos, divórcios e mortes da população, o sr. José é um funcionário metódico, competente e discreto, e por isso mesmo apreciado por seus chefes.

Seus dias são monotonamente iguais. A única distração do sr. José é colecionar recortes sobre personalidades famosas. Um dia lhe vem à cabeça a ideia de incrementar as informações sobre essas pessoas a partir dos registros sobre elas encontradas nos arquivos da Conservatória. E a única forma de fazer isso é adentrando o recinto daquela sombria instituição na calada da noite, após o expediente, quando todos os funcionários já tivessem ido embora. Esse primeiro gesto de transgressão às rígidas regras burocráticas da Conservatória será o responsável por uma série de outros que mudarão para sempre a pacata vida do sr. José, jogando-o numa viagem de investigação que se tornará também um caminho de autoconhecimento.

Leyla Perrone-Moisés, sobre TODOS OS NOMES: "O livro é um romance policial, um romance de amor e um romance de aprendizagem [...] Três das mais clássicas categorias de romance vêem-se assim harmoniosamente fundidas de maneira absolutamente original".

É Saramago sendo genial novamente! Mais uma das obras do autor que entraram para o rol das favoritas.
jota 02/05/2022minha estante
Rapaz, quando li não era membro do Skoob então não fiz resenha e agora não lembrava quase nada da história. Mas a sua resenha, mesmo sintética ficou muito boa, me fez lembrar do "miolo" da narrativa e me deu vontade de reler o livro. Mas cadê tempo? Outra coisa: o 4,5 que apareceu nas mensagens você deu pelo celular, não foi? Não consigo dar 4,5 pelo PC; aliás aqui você teve de dar 5, certo? Eu dei 4 tempos atrás, embora também pensasse, na ocasião, que um 4,5 ficaria melhor. É isso.




olAvia6 10/12/2020

José
?o destino de todo o papel novo,logo à saída da fábrica, é começar a envelhecer?
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