Hic ! Stórias

Hic ! Stórias Ulisses Tavares




Resenhas - Hic ! Stórias


9 encontrados | exibindo 1 a 9


Felipe 15/07/2009

Decepcionante
O livro começa com sua melhor parte, o prefácio escrito por Percival Maricato, percebe-se que se trata da tentativa de ser um livro de humor, ou no mínimo, bem humorado. Entre as preferências dos povos antigos por cerveja, vinho ou uísque, é narrada por Maricato a deliciosa história que os cartagineses fabricavam seu próprio vinho no norte da África, no entanto, vendiam em jarras escritas em grego e como se tivessem sido fabricados na península grega. É o caso mais antigo que eu conheço de relato de pirataria, muito antes dos produtos chineses vendidos no Paraguai.
Tavares divide seu livro em cinquenta e seis pequenos capítulos, abordando as mais variadas histórias sobre o mesmo tempo: bebidas e as consequências de seu consumo não moderado. Entre os muitos personagens que têm suas peripécias etílicas narradas, estão: Cleópatra, Edgar Allan Poe, Mata Hari, Kennedy entre muitos outros. Porém, o leitor sente falta dos personagens brasileiros contemporâneos, a explicação é feita por Tavares no final do livro, e justificado que por força da lei teria que perdi autorização, o que ele se negou.
O texto de Tavares é recheado de frases mal construídas e de parágrafos de uma frase só e raciocínios mal acabado por falta de talento literário. Também as anedotas durante o capítulo apenas travam a leitura e nem são tão engraçadas. Para mim, os dois principais problemas do livro estão na ordem dos capítulos e nos erros de História que envergonhariam qualquer professor ou revisor. O livro é formado por cinquenta e seis contos, pois não há qualquer relação entre eles, o que pode ser uma vantagem se o leitor quiser ler capítulos isoladamente, porém como parte de uma só obra eles são desconexos. Além disto, a ordem deles não tem qualquer razão aparente, o foi escolhida em uma noite de bebedeira como o tema do livro sugere; em um exemplo haja fôlego para acompanhar os saltos entre o capítulo sobre Cleópatra seguido por um sobre Alexandre (que viveu quase trezentos anos antes) e no próximo já está no Brasil colônia e depois para os papas da idade média, ufa!! Mais o principal defeito do livro diz respeito à falta, imperdoável, de pesquisa ou de revisão aos dados históricos, erros Crassos que fariam estudantes de Ensino Médio ficarem vermelhos de vergonha. Na página 32 Tavares afirma que Roma foi governada por um triunvirato formado por Júlio César, Otávio e Marco Antônio (só para relembrar os dois triunviratos foram formados: o primeiro por Crasso, Júlio César e Caio e o segundo por Marco Antônio, Otávio e Lépido), mais uma vez parece que o autor escreveu alcoolizado para contemplar o tema do livro. Na página 50, ele afirma que um antigo pirata virou o papa João XXIII em 1410, o porre que o autor deve ter tomado quando escreveu este trecho deve ter afetado também a sua memória, pois o papa João XXIII teve seu papado no século XX, entre os anos de 1958 e 1963, e em 1410 o papa era Gregório XII. Ainda pior é o erro da página 123, onde ele afirma que Lula e Collor disputaram a eleição em 1986, só para lembrar a eleição foi em 1989, e em 86 Collor disputou e venceu a eleição para o governo de Alagoas, e pelo que eu saiba, Lula nunca disputou este cargo.
O ponto de mais mau gosto do livro é o capítulo intitulado “Exmo. sr. Presidente bebum”. Em um discurso direitista, que se repete ao longo do livro, Tavares mostra um texto tão incoerente e cheio de equívocos que fariam Diogo Mainardi ficar orgulhoso de assiná-lo. A incoerência continua na página 179, onde ele diz que os poetas são sensíveis. Até aí eu concordo, mas para alguém que se diz poeta, a incoerência aparece quando se análise seu texto, cheio de insensibilidades. Algumas delas: “Rasputin, dono de um pirocão abençoado”, “Jean Paul Sartre era um vesguinho esquisito” e “Simone Beauvoir era uma autêntica Raimunda, feia de cara, boa de bunda”.
Nos capítulos finais, o livro parece a sessão de revistas “Sem dúvida”. Tavares faz e responde perguntas sem citar a fonte, se é que ele consultou alguma, pois a julgar pelos erros que comete, pesquisa não é um hábito que pratique antes de escrever. O que se prova mais uma vez na página 232, onde coloca Kimi Raikkonen como piloto da McLaren, um livro de 2009 devia estar atualizado que Kimi é piloto Ferrari desde Michael Schumacher se aposentou, sendo inclusive campeão pela scuderia em 2007!!
O livro termina... não termina!! Como ele é um amontoado de histórias, quando a última acaba, o livro acaba, não há nem uma linha de encerramento, fica apenas a sensação de ter deixado de ler um livro bom no lugar deste.
Nan 08/04/2024minha estante
Falou tudo




rafa_._cardoso 22/04/2021

Repetitivo
Leitura descompromissada, com humor que dá as caras volta e meia, fatos que despertam a curiosidade, mas sem uma linha narrativa (a não ser pelo tema central do livro), fatos que vão se repetindo conforma a leitura avança e com “finais” parecidos, a ponto de não saber onde acaba uma e começa outra (se não fosse os títulos, passaria batido).

Leitura entre livros, quando não está com vontade de nada pesado e está preparando a mente para outra história forte.
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Van Baldacim 27/02/2010

Então...
Leitura sem compromisso, se é que vc me entende?! Histórias mil, sem linha alguma de raciocínio, com um toque de humor e algumas curiosidades. Só! Não pare nada pra lê-lo, apenas se não tiver o que fazer faça-o apenas pelo hábito da leitura.
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Nena 24/06/2016

O objetivo do livro é mostrar q a “marvada” sempre esteve presente ao longo da história e alcança todos os níveis sociais. Não segue uma linha do tempo. Tudo narrado com um toque de humor e algumas curiosidades interessantes. Personagens brasileiros são citados, porém o autor deixa uma nota na última página explicando q alguns ficaram de fora, provavelmente para preservar a integridade moral dos mesmos, tudo isso bem contra a vontade do autor, q afirma ter sofrido uma censura.
Uma ou outra história não tem tanta bebedeira envolvida. Senti falta de fontes históricas para se ter maior credibilidade nos fatos narrados. O autor tbém comete alguns erros cronológicos (por isso dei só duas estrelas), o q considero imperdoável para quem cita fatos históricos. Creio q será mais bem aproveitado para leitores acima dos 30 anos, pois alguns personagens são pouco conhecidos do grande público, em especial os mais jovens.
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Karinne 12/04/2022

De forma sarcástica e com uma linguagem bem-humorada, Ulisses Tavares conta muitas histórias curiosas envolvendo o consumo excessivo de álcool ao longo da história. Um livro que percebe-se algumas pesquisas interessantes e apresenta-as de forma leve.
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Re Nader 04/11/2023

Muito porre pra pouca história
São pequenos contextos de porres homéricos ou de pessoas que viviam com ou da bebida.
Casos interessantes ou alguns bem sem graça.
A narrativa foi feita por uma pessoa que exagerou no tom do sarcasmo na voz e deixou tudo mais pesado.
Serviu para passar o tempo, como era o intuito. Mas não indico.
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Wagner 14/01/2019

CACHAÇA, AGUARDENTE OU PINGA,,,

(...) um genuíno produto tupiniquim, testado e aprovado desde 1532, data do primeiro alambique, o Engenho dos Erasmos, instalado em Santos, estado de São Paulo.

in: TAVARES, Ulisses. Hic! Stórias. São Paulo: Panda Books, 2009. pg 29.
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Pedro 24/09/2022

277 páginas de ébrios famosos, porres homéricos e orgia grupal rsrsrs
Pra mim é bem difícil avaliar esse livro, talvez seja porque ele tem uma proposta diferente, ele não é um livro de ficção, aparenta ser baseado em fatos reais, mas, contudo, não é provável que todos os fatos narrados pelo Autor sejam verdadeiros. Na minha opinião é um livro supostamente com algumas fakenews, mas acho que a proposta é justamente essa.
A leitura é tranquila, os capítulos são pequenos e cada capítulo fala sobre uma celebridade da Hic!storia “criada” pelo Autor, contudo acho que o livro é muito desrespeitoso com a forma que descreve muitas das personalidades.
O trocadilho do nome do livro é a melhor parte pra mim, a ideia em si é boa, mas não é um livro para ser recordado ou relido, embora seja gostoso de ler um capitulo por dia antes de iniciar uma leitura mais densa.
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