Princesa

Princesa Jean P. Sasson




Resenhas - Princesa


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Math 22/03/2010

Primeira resenha masculina depois de tantas falas femininas, vejamos o que posso falar de diferente...

O livro é muito bom não por sua escrita, narrativa ou valor literário, o que fascina é o fato de nos apresentar a uma realidade tão diferente da que vivemos no ocidente que chega a parecer irreal.
As mulheres da Arábia Saudita vivem uma ditadura masculina que lhes impede de ter qualquer dignidade. O que estes homens impõe às mulheres mostra o poder de uma idéia, eles crêem que elas não tem valor e portanto as tratam como objetos.
Interessante notar que por trás de todo recato que estes impõe as mulheres está a faceta de homens sexistas extremamente violentos, cuja conduta faria qualquer feminista da revolução sexual da década de 60 a um assassinato.
A antropologia e as ciências sociais atualmente pregam que não existem culturas superiores ou inferiores, o que existe é apenas a diferença, a qual deve ser respeitada. Seria simples e muito bonito acreditar nesta assertiva se não houvessem casos como a realidade das mulheres na Arábia Saudita como nos mostra "Sultana" no livro.
Uma cultura e uma sociedade que priva suas mulheres de ter prazer, não as deixa escolherem o homem com quem se casarão, as impede de sair às ruas com o rosto à mostra e ainda por cima as trata como meros objetos sexuais. Como acreditar que não somos superiores a este tipo de sociedade doente?
Uma sociedade que deturpa e usa as palavras de seu Deus para oprimir outras pessoas não é simplesmente diferente, é a prova viva de que algumas culturas são, sim, melhores que outras, e o relato de Sultana atesta que a Arábia Saudita precisa de mudanças urgentes para que um pouco de humanidade possa chegar à pessoas que morrem apedrejadas, afogadas em suas próprias piscinas ou presas em seus quartos.
Carol 19/09/2012minha estante
mesmo assim, prefiro viver aqui no ocidente


Math 27/03/2013minha estante
Escrevi essa resenha há três anos atrás e só agora a releio e vejo os comentários.

Hoje reconheço o que Iziraissa afirma, nossa sociedade não é superior à Saudita, este tipo de comentário é extremamente preconceituoso e já não condiz com meu pensamento atual.

Sem dúvidas não conheço o suficiente daquela sociedade para afirmar superioridade ou inferioridade. Gostaria de inferir apenas que segundo o livro, que é um desabafo de uma mulher que lá vive, a realidade feminina é bastante opressiva, e sei que aqui no ocidente, mais especificamente no Brasil, também as mulheres sofrem com diversos tipos de opressões, o que corrobora o pensamento de que não existe superioridade ou inferioridade entre as sociedades.

A título de encerramento digo que, em minha visão, acredito que as mulheres devam ter autonomia e liberdade, jamais sofrendo opressão de qualquer tipo que seja. Óbvio que essa é a minha visão, de um homem brasileiro de classe média com formação universitária, o que diz muito sobre tal posicionamento.


Jossi 05/08/2016minha estante
Sim, Math! EXISTE SUPERIORIDADE de uma CULTURA para outra SIM! Os que falam o contrário são os esquerdistas, essa elite globalista que vive financiada pelo dinheiro saudita -- e naturalmente, está interessada em meter nas cabeças ocidentais o quão "linda, tolerante e gentil" é a religião muçulmana. Não sou e nem nunca fui preconceituosa com nada, com raça, com religião, com sexo, com cor de pele, etc. O que noto ultimamente, porém (exatamente de dois anos pra cá, após muitos estudos)é que os muçulmanos SÃO SIM, INTOLERANTES e ODEIAM o ocidente. Aliás, o ISIS é apenas um dos braços desse ódio voltado contra nós. Não é uma sociedade avançada ou apenas 'exótica'! É cruel, injusta e terrível. Se você acha que é apenas 'diferente', é porque talvez já esteja tendo aulas de professores esquerdistas ou libertários, daqueles tipinhos isentões que querem 'um mundo melhor', mas no fundo apenas repassam a agenda da ONU, que por sua vez defende os interesses dos petrodólares sauditas!


Mel Fernandes 19/06/2021minha estante
Uai Jossi... você por acaso sabe quem são os maiores aliados da Arábia Saudita?... Você sabia que a Arábia Saudita é financiada pelos EUA justamente por serem opositores do Irã, que tem mais afinidade com o bloco ex-comunista e onde as liberdades femininas são infinitamente maiores? Acho que te falta um pouco aprofundar sobre a política e sobre o mundo árabe...


Diã 13/11/2021minha estante
Ei, Jossi, recomendo que você leia mais.




Fernanda 19/08/2021

Muito bom
A autora conta a história (real) de Sultana, uma princesa saudita que, atrás de um pseudônimo, revela os bastidores da realeza e a forma como as mulheres são tratadas nessa sociedade regida pela Sharia, a lei Islâmica que impõe inúmeras restrições, punições e proibições às mulheres para garantir a obediência social.

Sultana é princesa por nascimento. Caçula de nove irmãs, desde criança questiona os privilégios concedidos ao único irmão, pelo fato de ser homem. Dona de uma personalidade rebelde e contestadora, não consegue se conformar com o jugo imposto às mulheres. Ainda assim, não escapa de um casamento arranjado, que, para sua felicidade, é com um homem tranquilo e comedido, pelo qual se apaixona. Um casamento onde existe amor e uma vida cercada de riquezas e privilégios inimagináveis não impedem que seu coração viva inquieto pelas injustiças cometidas contra ela e todas as mulheres.
Ao fazer seu relato, Sultana dá voz a todas as mulheres sauditas e deixa acesa a memória das que foram e ainda são estupradas, espancadas, afogadas, apedrejadas e encarceradas por uma sociedade patriarcal e arcaica, que usa a fé para oprimir.

Esse é o primeiro livro de uma quadrilogia; os outros são As filhas da princesa, Princesa Sultana e Princesa - mais lágrimas para chorar, que depois comentarei também. Essa autora escreveu vários outros livros também ambientados no Oriente Médio.

site: Estou no Instagram como @viralivros
CPF1964 20/08/2021minha estante
Excelente resenha. Parabéns !


Fernanda 21/08/2021minha estante
Grata




alinetiemi 07/08/2021

Que obra incrível. É muito triste em perceber o quanto muitas sociedades ainda são regidas pela religião e pelo machismo extremo.
Uma sociedade na qual as mulheres são apenas objetos, produtos ou acessórios para os pais e maridos, é chocante ver o quão misógino o homem pode ser.
Estou chocada e com toda certeza é um livro que vai me marcar por muito tempo, com esses relatos reais e tristíssimos, que nos mostram como as mulheres são tratadas no Oriente.
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Mel 20/07/2012

É uma história verídica sobre uma das princesas da Arábia Saudita, contando como é a vida das mulheres árabes e, especificamente, a sua história de vida particular.
Senti o livro como um apelo da Sultana para os outros países do mundo. Pelas minhas contas, ela hoje está na faixa dos cinquenta anos e, infelizmente, as coisas continuam as mesmas, conforme vi numa reportagem da globo recentemente.
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Lisania.Faria 18/09/2009

Um livro tão bom que li em um dia, a história me prendeu do início ao fim. Não vejo a hora de ler os outros...
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Mila McRad 07/03/2011

Sabe aqueles livros que te prendem.Que despertam emoções, que te faem querer levantar a bunda do sofá e fazer revolução?Foi o que esse livro despertou em mim.
A história é tão real e é admiravél a coragem dessa princesa. è uma história em que uma cultura onde os homens dominam e não permitem que nada seja mudado, que interpretam as leis de um profeta a seu favor deixando a mulher submissa, mesmo aquelas com privilegio, mesmo uma princesa.
Realmente é um livro totalmente excelente, desde a sua impressão, quanto ao estilo narrativo e principalmente a história em si que nós faz refletir sobre a cultura ocidental e o pedido de socorro das mulheres arabes.Uma grande ironia,um povo de onde veio a grande rainha de Sabá hoje tratar tão mal as mulheres.
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Goldenlion85 16/10/2009

Aborda questões fundamentais hoje em dia, alem de mostrar a vida desta mulheres no afeganistão, vale a pena ser lido!!!
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Lilia Carvalho 07/11/2012

Ótimo livro
É um livro muito bem escrito e que amplia a visão sobre a cultura e vivência de outros povos, sobre a questão da mulher nos dias atuais e política de uma forma geral, sobre valores acima de tudo.
O livro me levou a estudar um pouco mais sobre a História da Arábia Saudita. Recomendo!
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Barbara1630 12/02/2024

Incrível
A história de mulheres que ainda hoje são vistas e tratadas como simples objetos de satisfação do prazer masculino. É uma quebra na bolha ocidental que ainda tem dificuldade de entender as reais vivências de opressão de outras mulheres no mundo.
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Clube Tripas 25/03/2020

[Resenha]
Conteúdo: Adulto
Livro: Princesa, a história real da vida das mulheres árabes por trás de seus negros véus
Autora: Sasson, Jean P.
Editora: Best Seller
Páginas: 247
Avaliação: Gostei muito (4/5)
Mês: Março/20
Bibliotecária: Ivete Santos / Jundiaí-SP

Esse livro foi uma surpresa agradável pra mim. Recebido de doação, quando coloquei meus olhos na capa meu interesse foi imediato. Gosto muito dessa temática, como alguns amigos sabem e a leitura não me decepcionou. A escritora conta nesse livro a história de uma princesa da Arábia Saudita que manteve em segredo manuscritos falando sobre sua vida e sobre a sociedade Saudita. No livro não é exposta sua verdadeira identidade, de forma que essa princesa na obra leva o nome fictício de Sultana.

Ela relata desde a origem de sua família (árvore genealógica) até o nascimento de seus filhos. Sultana é uma mulher inconformada com a situação das mulheres sauditas e desafia e questiona costumes, religião e leis aplicadas. A rebeldia e ousadia é sem dúvida sua marca maior e é exatamente fazendo uso dessas armas, aliadas ao desejo de mudança e crescimento pessoal, que Sultana consegue alguns resultados. Sultana me confundiu um pouco durante a leitura, pois em alguns momentos me parecia uma mulher capaz de enfrentar o mundo pelos seus ideais e sua luta pelos direitos das mulheres sauditas, mas em outros me pareceu confortável sua situação de princesa, que mesmo sofrendo com a desvalorização feminina, era infinitamente melhor que a de outras mulheres que não faziam parte da nobreza.

O livro expõe situações chocantes como estupros, assassinatos, mutilações e tudo em nome de uma religião que aliás se mistura com leis. Os religiosos mutawas são os policiais que aplicam punições severas àqueles que desobedecem as leis do Corão. O fato é que as punições para as mulheres são muito mais cruéis do que para os homens, fato que no livro recebe críticas da princesa, dizendo que os religiosos distorcem os mandamentos do Corão para favorecer a supremacia masculina.

O livro traz partes do Corão e explicações excelentes para entender melhor a religião e cultura. Eu, como ocidental, nascida numa Cultura e família de mulheres guerreiras, fiquei indignada com as passagens lidas, mas consegui entender melhor o pensamento machista de alguns povos. A impressão que tive inclusive, é que para a maior parte dos homens sauditas, as mulheres ocidentais representam uma ameaça, assim, tornam-se inimigos perigosos. Em outros momentos e até pelas atrocidades que o livro relata, elas são apenas um pedaço de carne.

Em resumo, as mulheres servem para satisfazer os prazeres dos homens ou para dar-lhes filhos. De toda a sujeira que esses homens praticam, sentem-se como se saíssem limpos sempre. É um livro indigesto, mas necessário para reforçar a força feminina. Se fosse uma obra de ficção e a escritora fosse eu, Sultana não se casaria e não teria filhos, pois só assim ela seria plena para lutar, mas como ela é real, admiro sua coragem em gritar por meio de um livro.
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Prof. Angélica Zanin 25/08/2014

Sob o véu da discriminação
Triste, mas fundamental conhecermos a realidade terrível a que são submetidas as mulheres árabes. A protagonista conta sua história utilizando um codinome para não sofrer as sanções de um regime nada igualitário. Aos homens tudo, às mulheres a obediência e a servidão. Sultana narra sua infância, seus medos, seu casamento, seus relacionamentos com outras mulheres igualmente oprimidas e sua inconformidade com toda a violência imposta às mulheres. Sua mãe, suas irmãs, suas amigas, suas serviçais, todas vítimas do mesmo horror. Os homens sim é que se escondem sob o véu da hipocrisia."Senti as correntes da tradição se enrolando em torno de mim...Fiquei esperando meu destino se desdobrar, uma criança tão infeliz quanto um inseto preso numa teia que não foi tecida por ele"-Sultana.
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Mu 08/02/2010

O livro é ótimo!!!É chocante nos detalhes da vida de algumas mulheres sauditas e como estas são tratadas em sua sociedade. Elas passam por tantas humilhações e são subjugadas com respaldo ilógico na religião.
Foi libertador ler este livro. Quando vejo a vida destas mulheres agradeço pela cultura na qual eu nasci e fui criada, que pode ter muitas falhas mas não é desumama!
Excelente para quem precisa de uma sacudida diante da própria vida!
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Linear.t 14/09/2021

Princesa, a história real da vida das mulheres árabes por trás de seus negros véus.

O livro da escritora estadunidense Jean P. Sassom, trata-se da primeira obra de uma trilogia sobre as vidas das mulheres árabes. Jean usa as suas palavras com base em conversas e no diário de Sultana, uma princesa que luta contra a submissão extrema da mulher, costumes primitivos, punições desumanas, a favor da liberdade e valorização das mulheres em sua sociedade. Abordando de 1891 até 1991, relata a história desde os descendentes de sultana até o final da guerra do golfo. Por motivo de proteção, Sultana é impedida de revelar seu nome verdadeiro, contudo expôs a realidade cruel vivida pelas mulheres na Arábia Saudita. Tendo essas histórias em mãos, Jean teve a responsabilidade de poder contar em primeira pessoa da perspectiva de Sultana, tais acontecimentos. Para que sua revolta fosse lida, suas denúncias ouvidas e sua motivação pelo direito da mulher fosse usada como inspiração e conscientização.

Mulheres sendo punidas por infligir leis banais, sendo mortas e descartadas como algo sem valor, é visto como corriqueiro na leitura. Amigas, irmãs e até a própria Sultana são expostas a leis e costumes retirados do alcorão e modificados pelo homem ao seu bel-prazer.
Filhos são valorosos e endeusados, enquanto filhas são ignoradas em uma sociedade onde não possuem o mínimo direito de manifestar as suas opiniões. Vivem para a indiferença de seus pais, desprezo de seus irmãos e maltrato de seus companheiros.

Dessa forma, é de extrema facilidade encontrar um gigantesco nível de desigualdade de gênero, que ascende em um tratamento totalmente desproporcional e injusto. Sultana aos quatro anos de idade, ao ver os privilégios de seu irmão, rezou para ele ao invés de rezar para Meca. Isso lhe custou uma bofetada na cara e a fez ter os seguintes questionamentos: "Eu achava que ele era um deus. Como eu podia saber que não era? Se meu irmão não era mesmo um deus, por que era tratado como se fosse?"

Cheio de emoções, mostrando uma realidade distinta do mundo ocidental, o livro nos prende para saber mais sobre Sultana e seu povo. É muito claro o medo dos homens com o poder e liberdade da mulher, usando a Sharia como escudo para os seus medos. Entregam a elas proibições sem sentido algum, senão aumentar ainda mais as suas submissões.

"Este livro é como os primeiros passos de uma criança que jamais poderia correr se não tivesse a coragem de ficar em pé sozinha. Jean, você e eu vamos remexer as cinzas e atiçar o fogo. Diga-me, como pode vir o mundo em nosso auxílio se não ouvir nossos gritos? Eu sinto no fundo da alma que este é o começo de um novo tempo para as mulheres sauditas." Palavras de princesa Sultana para a escirtora Jean P. Sassom.
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Victor 30/08/2014

Igualdade?!
'Princesa'
Esse livro retrata a vida de uma princesa saudita,apesar de pertencer a nobreza Sultana sofre como todas mulheres muçulmanas nesse livro ela descreve todos seus medos,sentimentos,alegrias e tristezas.
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CleuzaFaustino 23/03/2014

A história das "mercadorias" por trás dos véus negros
Este livro retrata a situação da mulher na Arábia Saudita, onde ela é mera mercadoria de troca em negócios feitos entre homens. Tudo bem que o relato se passa nos anos 90, porém, não deixa de ser chocante, como um soco no estômago. Mais ainda por saber que algumas dessas barbáries ainda estão presentes em diversas partes do mundo, inclusive no Brasil. Quem nunca ouviu falar de meninas vendidas pela própria família, como uma mercadoria qualquer, por alguns trocados para matar a fome? Acontece no Cairo, na Tailândia, nos sertões do Brasil... assim como em qualquer lugar pobre do mundo. E esse comércio persiste porque, infelizmente, ainda existem "compradores".

A princesa Sultana, no entanto, é a voz que clama para "tirar o véu negro do segredo das mulheres".

A grande questão é: "Quantos anos ainda teriam de passar até que nós, mulheres, deixássemos de ser compradas e vendidas como uma propriedade?" Quantos? quantos? quantos???

Tomara que esse relato triste e contundente nos inspire a tomar atitudes que abreviem a chegada de um tempo em que nenhuma mulher no mundo será mais humilhada e massacrada.
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