Marina 26/07/2013Quando um rapaz indígena aparece morto em frente à casa de Ben Bailey, sua vida tom rumos inesperados. Movido pela compaixão, ele vai até o hospital de sua cidade a procura de notícias do garoto. No hospital, ele conhece Shadi, a irmã mais velha do garoto, que ele descobre se chamar Ricky.
Ben está em um relacionamento falido, há anos ele adia o casamento com sua noiva, Sara, sempre arrumando desculpas para não se casar. Ben começa a investigar o que aconteceu com Ricky, e enquanto investiga, ele se vê cada vez mais apaixonado por Shadi, enquanto seu relacionamento com Sara fica cada vez mais frio e amargo.
Enquanto busca por respostas, Ben começa a questionar sua vida, tentando decidir entre a felicidade e a responsabilidade.
Um mundo brilhante é uma história simples. Sem grandes reviravoltas, mistérios ou emoções fortes. Pelo menos não para mim. O relacionamento de Ben e Sara é bem realista, os dois mais brigam do que conversam, o tempo todo estão irritados um com o outro. Ben sente falta da “antiga Sara”, a Sara que ele começou a namorar. Sara era alegre e otimista, filha única de pais ricos, nunca teve uma decepção na vida. Sua primeira decepção foi com Ben, e ela não soube lidar com isso. Mesmo com o livro se focando nele, dá para perceber que Sara está infeliz e sempre com raiva. Quando Sara está alegre, Ben consegue se lembrar de sua antiga Sara e gostar dela, mas isso raramente acontece. Por outro lado, Ben gosta de Shadi, ele pensa nela o tempo todo, e não raras vezes tem vontade de largar tudo para ficar com ela. Mesmo achando Ben um canalha, consegui entender o que ele estava sentindo e suas ações tinham justificativas.
Ben e Shadi compartilham a mesma dor: ambos perderam um irmão. Quando Ben tinha dez anos, perdeu sua irmã mais nova, Dusty. Dusty permanece na história como um fantasma. Ela aparece o tempo todo nas lembranças de Ben e nos sonhos dele, qualquer coisa o faz lembrar-se de Dusty. Fica claro que ele não superou a perda da irmã, mesmo depois de anos. Dusty é a personagem mais cativante do livro, a única que consegui gostar realmente.
Um mundo brilhante não é um livro marcante, foi bom para passar o tempo e me distrair, mas não consegui tirar grandes lições dele ou ficar surpresa com os acontecimentos. Já esperava pelo final que teve, a maior surpresa foi a história em si, que não foi nada do que eu esperava. Pela sinopse e pelo subtítulo, imaginei uma coisa completamente diferente, e até agora não consegui entender o que esse subtítulo tem a ver com a história.
Encontrei poucos erros de revisão, as notas de rodapé (do tradutor) foram muito esclarecedoras, as folhas são amareladas e a fonte tem tamanho e espaçamento perfeitos. O único defeito é a capa, a ilustração é linda, mas a capa tem um plástico com glitter que não deixa o livro fechar. O plástico ficou tão esticado que está puxando a capa para trás. Isso não atrapalhou a minha leitura, mas eu fico aflita quando vejo uma coisa assim (leia: TOC). Sem contar que minhas canetas toda hora iam para o chão...
Um mundo brilhante não foi bem o que eu esperava, mesmo assim a história se mostrou envolvente e agradável. Terminei de ler o livro bem rápido e espero poder ler mais livros como esse.
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