spoiler visualizareriksonsr 16/05/2014
Depois de uns dois anos querendo ler este livro, quando finalmente o acho e leio fiquei meio frustrado, não que o livro seja ruim, achei muito bom por sinal, mas faltou algo que não sei o que é, talvez tenha sido só uma expectativa muito grande que o livro não satisfez completamente eu acredito.
Apesar da frustração, o livro é ótimo. O autor fala sobre vários temas, como o surgimento da escrita, neurociência, tecnologia, etc. Ele mostra vários estudos e pesquisas que mostram como nosso cérebro pode mudar e como a tecnologia é capaz de fazer e acelerar tais mudanças. Apesar dele citar tecnologias diferentes, a que ele mais comenta é a Internet. Para o autor, quanto mais usamos a internet mais superficiais nos tornamos, pois a internet e o modo como a utilizamos é muito superficial e raso, não pesquisamos e estudamos nada nela com profundidade, ao passo que o tempo que passamos na mesma é muito grande e aumenta cada vez mais.
A Internet ser superficial, rasa, passarmos muito tempo nela e a mudança que isto está ocasionando nos nossos cérebros é o ponto central do livro. E como ele nos mostra no livro, o nosso cérebro muda, tecnologias com o tempo modificam as estruturas dele e a grande mudança que a Internet está fazendo no nosso cérebro é (não que eu concorde) estar nos tornando cada vez mais superficiais, consumidores de muitas informações rasas e sem utilidade, multitarefas, porém fazendo essas várias tarefas ao mesmo tempo superficialmente. Segundo o Nicholas Carr o alto número de pessoas que tem dificuldade de se concentrar, a facilidade que temos em nos distrair e perder o foco são os efeitos da mudança que Internet vem operando em nossos cérebros, pois este é justamente o comportamento que a internet induz, "ler por cima", saltar de uma página para outra, ver as páginas rapidamente e partir para a próxima, ficar olhando várias páginas e janelas tudo ao mesmo tempo, sem uma concentração muito profunda, além é claro de nos viciar nisto, em uma ânsia por informações e atualizações constantes (a grande maioria desprovida de importância).
O "grosso" do livros é isto. Sou um pouco suspeito para falar sobre pois sou apaixonado por informação, conhecimento e conteúdo, para mim, ao contrário do autor que tem um "pé atrás" com a tecnologia, além da Internet e da tecnologia auxiliar no armazenamento de dados, disseminação e organização dos mesmos, permite que se gere cada vez mais dados, e dados geram informações e informações geram conhecimento e o conhecimento por sua vez gera mais dados. Concordo que a internet seja bastante superficial, que a maior parte do conteúdo dela é lixo e que a maioria das pessoas a utiliza para fins inúteis, porém ainda sim existem conteúdos muito ricos, sem contar que mesmo algo superficial que se tenha visto pode despertar o nosso interesse e nos levar a obter um conteúdo maior, melhor e mais profundo.
Trechos que achei mais interessantes:
"Os entusiastas, com toda a razão, elogiam a torrente de novos conteúdos que a tecnologia libera, vendo isso como sinal de "democratização da cultura. Os céticos, também com toda a razão, condenam a vulgaridade do conteúdo, vendo-o como sinal de uma "estupidificação" da cultura";
"Os meios não são meramente canais de informação. Fornecem o material para o pensamento, mas também moldam o processo do pensamento";
"A mente linear, calma, focada, sem distrações, está sendo expulsa por um novo tipo de mente que quer e precisa tomar e aquinhoar informação em surtos curtos, desconexos, frequentemente superpostos, quanto mais rapidamente, melhor";
"Segundo o ponto de vista dos empiristas, como John Lock, a mente com a qual nascemos está em branco, uma "tábua rasa". O que conhecemos provém interiamente das nossas experiências. Colocando em termos mais familiares (da dicotomia natureza versus cultura), somos o produto da cultura, e não da natureza. Já segundo o ponto de vista dos racionalistas, como Immanuel Kant, nascemos com "modelos" mentais inatos que determinam como percebemos e conhecemos o mundo. Todas as nossas experiências são filtradas por esses modelos. A natureza predomina.
Experimentos revelaram que ambos os pontos de vista têm o seu mérito, de fato eles se complementam mutuamente. Os nossos genes "especificam" muitas das "conexões" entre neurônios, isto é, quais neurônios foram conexões com quais outros neurônios, e quando. Essas conexões geneticamente determinadas formam os modelos inatos de Kant. Mas as nossas experiências regulam a intensidade, ou a "efetividade de longo prazo", dessas conexões, permitindo, como Locke sustentava, o remodelamento continuado da mente e a "expressão de novos padrões de comportamento"";
"Embora diferentes regiões do cérebro estejam associadas com diferentes funções mentais, os componentes celulares não formam estruturas permanentes ou desempenham papéis rígidos. Mudam com as experiências, circunstâncias e necessidades. Algumas das mudanças mais extensas e notáveis ocorrem em resposta a danos do sistema nervoso.
Graças à pronta adaptabilidade dos neurônios, os sentidos da audição e do tato podem se aguçar para mitigar os efeitos da perda de visão. Alterações semelhantes ocorrem nos cérebros das pessoas que são atingidas pela surdez: seus outros sentidos se intensificam para compensar a perda de audição";
"Nosso cérebro está constantemente se modificando em resposta às nossas experiências e comportamentos, remodelando os seus circuitos";
"Quando os cientistas treinaram primatas e outros animais para usarem ferramentas simples, descobriram quão profundamente o cérebro pode ser influenciado pela tecnologia. Ensinou-se aos macacos, por exemplo, como usar ancinhos e alicates... Quando os cientistas monitoraram a atividade neural no transcorrer do treinamento, encontraram um aumento significativo nas áreas motoras e visuais envolvidas em controlar as mãos que seguravam as ferramentas.";
"Não são apenas as ações físicas que podem refazer a fiação do nosso cérebro. A atividade puramente mental também pode alterar os nossos circuitos neurais. Na década de 1990, um grupo de pesquisadores britânicos fez o esquadrinhamento dos cérebros de dezesseis taxistas londrinos que tinham de dois a quarenta e dois anos de experiência ao volante. Quando comparam com os resultados de um grupo de controle, descobriram que o hipocampo posterior dos taxistas, uma parte do cérebro que desempenha um papel crucial na armazenagem e manipulação das representações visuais das cercanias de uma pessoa, era muito maior do que o normal... Testes subsequentes indicaram que a diminuição do hipocampo anterior poderia ter reduzido as aptidões dos taxistas para outras tarefas de memorização";
"Pascual-Leone recrutou pessoas que não tinham experiência em tocar piano. Ele então dividiu os participantes em dois grupos. Os membros de um dos grupos praticaram a melodia em um teclado por duas horas diárias pelo cinco dias seguintes. Ele fez com que os membros do outro grupo sentassem na frente de um teclado pela mesma extensão de tempo, mas que apenas imaginassem que tocavam a música... Descobriu que as pessoas que apenas imaginaram tocar as notas exibiam precisamente as mesmas mudanças no cérebro que aquelas pessoas que tinham de fato tocado as teclas. Seu cérebro havia mudado em resposta a ações que tiveram lugar puramente na sua imaginação, isto é, em resposta aos seus pensamentos";
"Embora a neuroplasticidade ofereça um escape ao determinismo genético, ela também impõe a sua própria forma de determinismo ao nosso comportamento. Quando circuitos particulares do nosso cérebro se fortalecem através da repetição de uma atividade física ou mental, eles começam a transformar essa atividade em um hábito";
"Como muitos neurocientistas haviam descoberto, o cérebro está permanentemente em construção";
"Nosso papel essencial é produzir ferramentas cada vez mais sofisticadas, até a tecnologia desenvolver a capacidade de se reproduzir por conta própria. Nesse ponto, tornamo-nos dispensáveis";
"Para que a tecnologia da escrita progredisse além dos modelos sumerianos e egípcios, para que se tornasse uma ferramenta usado por muitos em vez de por poucos, tinha que se tornar muito mais simples.
Isso não aconteceu até muito recentemente, cerca de 750 a.C., quando os gregos inventaram o primeiro alfabeto completo... os linguistas geralmente concordam que foi ele o primeiro a incluir caracteres representado sons de vogais, assim como consoantes. Os gregos analisaram todos os sons, ou fonemas, usados na linguagem oral e foram capazes de representá-los com apenas vinte e quatro caractes, tornando o seu alfabeto um sistema abrangente e eficiente de escrita e leitura. A "economia de caracteres", escreve Wolf, reduziu "o tempo e a tenção necessárias para um rápido reconhecimento" dos símbolos e assim exigia "menos recursos percentuais e de memória";
"Hoje é difícil imaginar, mas não havia espaços separando as palavras nos primeiros escritos. No século XIII os sinais de pontuação começaram também a se tornar mais comuns. Já no final do século XIV, as obras escritas começaram a ser divididas em parágrafos e capítulos e às vezes incluíam sumários";"
"Os livros, todavia, ainda tinham que encontrar o seu meio ideal, a tecnologia que permitisse que fossem produzidos e distribuídos a baixo custo, com rapidez e em abundância. Isso aconteceu com Gutenberg que mudou a economia da impressão e da edição. Grandes edições de cópias perfeitos podiam ser produzidas em massa rapidamente por uns poucos operários. Os livros passaram de bens caros e escassos a acessíveis e abundantes";
"Turing demonstrou como um computador poderia ser programado para realizar a função de qualquer outro dispositivo de processamento informacional.";
"Em um artigo posterior, "Computing Machinery and intelligence", Turing explicou como a existência de computadores programáveis "tem a consequência importante de que, à parte as considerações de velocidade, é desnecessário projetar várias novas máquinas para fazer vários processos computacionais. Todos eles podem ser feitos com um único computadores digital, convenientemente programado para cada caso". O que quer dizer, concluiu, que "todos os computadores digitais são, de um certo modo, equivalentes".";
"Visto que os diferentes tipos de informação distribuídos pelos meios tradicionais, palavras, números, sons, imagens e filmes, poderiam ser traduzidos em um código digital, todos eles podem ser "computados".";
"supões-se que o tempo que dedicamos à net provém daquele que de outro modo passaríamos assistindo TV. Mas as estatísticas sugerem que não é esse o caso. A maioria dos estudos das atividades de comunicação indicam que, enquanto o uso da internet cresceu, o tempo dedicado à televisão ou permaneceu constante ou cresceu";
"O que parece estar decrescendo à medida que aumento o uso da net é o tempo que passamos lendo publicações impressas, jornais, revistas e livros";
"Uma carta pessoa escrita no século XIX, digamos, assemelha-se muito pouco a um e-mail pessoal ou uma mensagem de texto escrita hoje";
"Durante o século XX, a leitura de livros resistiria a um massacre repetido de ameaças aparentemente mortais: ir ao cinema, ouvir rádio, assistir TV. Hoje, os livros permanecem tão presentes como sempre";
"Dúzias de estudos de psicólogos, neuro-biólogos, educadores e web designers indicam a mesma conclusão: quando estamos on-line, entramos em um ambiente que promove a leitura descuidada, o pensamento apressado e distraído e o aprendizado superficial";
"Nem todas as distrações são ruins, se nos concentrarmos com intensidade demasiada em um problema difícil, acabamos sempre dando voltas no mesmo lugar. O nosso pensamento se estreita e lutamos para termos ideias novas. Porém, se deixarmos de prestar atenção ao problema por um tempo, se "dormirmos com ele", muitas vezes voltamos a ele com uma nova perspectiva e um surto de criatividade. A pesquisa conduzida por AP Dijksterhuis, um psicólogo, indica que tais quebras de atenção dão à nossa mente inconsciente tempo para lidar com o problema, incluindo informações e processos cognitivos não disponíveis para a deliberação consciente. Mas o trabalho de Dijksterhuis também mostrou que os nossos processos de pensamento inconsciente não se envolvem com um problema até que o tenhamos definida clara e conscientemente. Se não tivermos em mete um particular objetivo intelectual, escreve Dijksterhuis, "o pensamento inconsciente não ocorre". A desatenção constante que a net encoraja, é muito diferente da espécie de distração temporária, proposital, de nossa mente, que refresca nosso pensamento quando estamos buscando uma decisão";
"O uso diário de computadores, smartphones, buscadores e outras ferramentas do tipo estimula a alteração das células cerebrais e a liberação de neurotransmissores, gradualmente fortalecendo novas vias neurais de nosso cérebro enquanto enfraquece as antigas. Em 2008, Gary Small e dois dos seus colegas conduziram o primeiro experimento que de fato mostrou a mudança do cérebro das pessoas em resposta ao uso da internet";
"Em outro estudo feito, os pesquisadores descobriram que, quando as pessoas fazem buscas pela internet, exibem um padrão de atividade cerebral muito diferente de quando leem um texto com o formato de livro. Os leitores de livros têm muita atividade em regiões associadas com a linguagem, memória e processamento visual, mas não exibem muito atividade nas regiões pré-frontais associadas à tomada de decisões e resolução de problemas. Usuários experientes da internet, ao contrário, exibem atividade extensiva em todas as regiões cerebrais quando vasculham a buscam web pages";
"Sempre que nós, os leitores, topamos com um link, temos que pausar, ao menos por uma fração de segundo, para permitir que o nosso córtex pré-frontal avalie se devemos clicar ou não. Isto pode parecer imperceptível para nós, mas foi demonstrado que ele impede a compreensão e a retenção, particularmente quando repetido frequentemente"
"Em outro estudo, pesquisadores solicitaram a dois grupos que respondessem a uma série de questões, pesquisando em um conjunto de documentos. Um grupo realizou buscas em documentos eletrônico com hipertexto, enquanto o outro, em documentos de papel tradicionais. O grupo que usou os documentos teve uma performance superior à do grupo dos hipertextos na tarefa designada.";
"Em um estudo de 2001, dois estudiosos canadenses solicitaram a setenta pessoas que lesse "The Demon Lover". Um grupo leu o texto em um formato tradicional, linear; um segundo grupo leu um versão com links, como se encontra em uma página web. Os leitores de hipertexto demorara mais tempo para ler a história, e além disso, em entrevistas subsequentes, demonstraram maior confusão e incerteza sobre o que haviam dito";
"Em outro experimento, os pesquisadores pediram aos sujeitos que se sentassem defronte a computadores e resumissem dois artigos on-line descrevendo teorias de aprendizagem opostas. Um artigo argumentava que "o conhecimento é objetivo"; outro defendia que "o conhecimento é relativo". Cada um tinha links para outro artigo para comparar as teorias... Os sujeitos testados que leram as páginas linearmente na realidade obtiveram notas consideravelmente mais altas em um teste de compreensão subsequente do que aqueles que tinham clicado de uma página para outra";
"Quando se trata de suprir a mente com a matéria-prima do pensamento, mais pode ser menos";
"Estudiosos da Universidade do Kansas conduziram o seguinte estudo: Um grupo de estudantes universitários assistia a uma transmissão típica da CNN, na qual a âncora apresentava quatro matérias noticiosas enquanto vários infográficos surgiam na tela e uma tira textual de notícias corria embaixo. Um segundo grupo assistia à mesma programação, mas sem os gráficos e a tira de notícias. Os estudantes que haviam tida à versão multimídia se lembravam de significativamente menos fatos das matérias do que aqueles que haviam assistido a versão mais simples";
"A net é, pelo seu design, um sistema de interrupção, uma máquina calibrada para dividir a atenção";
"Estudos descobriram que as pessoas usando sites mostram claramente "ler por cima", pulando rapidamente de um fonte para outra, raramente voltando a qualquer fonte que já houvessem consultado";
"Jordan Grafman, chefe da unidade de neurociência cognitiva do Instituo Nacional de Desordens Neurológicas e de Derrame, explica que o constante deslocamento de nossa atenção quando estamos on-line pode estar tornando nosso cérebro mais ágil quando se trata de multitarefas, mas aprimorar a nossa capacidade de fazer multitarefas na realidade prejudica a nossa capacidade de pensar profunda e criativamente";
"Winslow Taylor recrutou um grupo de operários para trabalhar em várias máquina de tornearia. Dividindo cada trabalho em uma sequência de pequenos passos e testando diferentes modos de realizá-los, criou um conjunto de instruções precisas, um "algoritmo", poderíamos dizer hoje, de como cada operário deveria trabalhar. Os empregadores da Midvale reclamaram do novo regime severo, afirmando que ele os transformava em um pouco mais do que autômatos, mas a produtividade da fábrica disparou";
"O taylorismo, é baseado em seis suposições: que o objetivo primário, senão o único, do labor e do pensamento humanos é a eficiência; que o cálculo técnico é, sob todos os aspectos, superior ao julgamento humano, que de fato não podemos confiar no julgamento humano porque ele é assolado pelo descuido, pela ambiguidade e por complexidade desnecessária; que a subjetividade é um obstáculo ao pensamento claro; que o que não pode ser medido ou não existe ou não tem valor; que os assuntos dos cidadãos são melhor guiados e conduzidos por especialistas";
"Nossas máquinas "pensantes" não têm a menor ideia do que elas estão pensando. A observação de Lewis Mumford de que "nenhum computador pode fazer um símbolo novo com os seus próprios recursos" permanece tão validade hoje como quando ele a fez em 1997";
"Criar um modelo computacional do cérebro que simule acuradamente a mente exigiria a replicação de "cada nível do cérebro que afeta e é afetado pela mente". Desde que não estamos nem perto de desentrelaçar a hierarquia do Cérebro, muito menos de compreender como os seus níveis agem e interagem, a fabricação de uma mente artificial deverá permanecer uma aspiração para a gerações futuras, senão para sempre";
"A noção de que a memória pode ser objeto de "terceirização", teria sido inimaginável em qualquer momento anterior de nossa história. Para os gregos, a memória era uma deusa: Mnemosine";
"O fato de que um gene deve ser ligado para formar memória de longo prazo mostra claramente que os genes não são simplesmente determinantes do comportamento, mas que também respondem a estímulos ambientes, como a aprendizagem";
"Muitas das conexões entre as memórias provavelmente são formadas quando estamos dormindo e o hipocampo está aliviado de algumas das suas outras tarefas cognitivas. Quando o nosso sono sofre, mostram os estudos, também sofre a memória";
"O influxo de mensagens competindo entre si, que recebemos sempre que estamos on-line torna muito mais difícil para os lobos frontais concentrarem nossa atenção em apenas uma coisa. O processo de consolidação de memória sequer pode ser iniciado. E, mais uma vez graças à plasticidade de nossas vias neurais, quanto mais usamos a web, mais treinamos nosso cérebro para ser distraído, para processar a informação muito rapidamente e muito eficientemente, mas sem atenção continuada";
"Mesmo quando as tecnologias são extensões de nós mesmos, nós nos tornamos extensões de nossas tecnologias. Quando um carpinteiro segura um martelo com a mão, ele pode usar aquela mão para fazer somente o que um martelo pode fazer. Quando um soldado encosta o binóculo em seus olhos, ele somente pode ver o que as lentes permitem que ele veja";
"Nós modelamos as nossas ferramentas e depois elas nos moldam";
"Os estudos de van Nemwegen indicam que quando "externalizamos" a solução de problemas e outros afazeres cognitivos aos nossos computadores, reduzimos a capacidade do cérebro "para construir estruturas de conhecimento estáveis", esquemas, em outras palavras, que posteriormente possam ser aplicadas em novas situações";
"à medida que passarmos a depender de computadores para mediar a nossa compreensão do mundo, então a nossa inteligência se achatará em uma inteligência artificial"