A Filha da Neve

A Filha da Neve Jack London




Resenhas - A filha da neve


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Andrea 10/01/2019

Uma livro muito preconceituoso e xenofóbico...
As paisagens árticas do Alasca impressionam por sua beleza e opulência, contudo não foi por causa do espetáculo natural que um grande número de pessoas decidiu arriscar a vida nesse ambiente inóspito durante a segunda metade do século XIX. A Corrida do Ouro foi o motivo; e até mesmo o autor Jack London, em sua juventude, tentou a sorte. Ele não encontrou ouro, ficou doente, mas a experiência trouxe a inspiração para seu primeiro romance: A Filha da Neve, publicado em 1902.
O ano é 1897. Frona Welse está voltando para sua casa no Alasca após concluir uma graduação universitária. Apesar de sua criação nada ortodoxa para a época, Frona mantém alguns estereótipos femininos e tem como único objetivo casar-se.
Vance Corliss é um jovem engenheiro de minas, criado em um ambiente aristocrático e privilegiado no qual mulheres devem ser delicadas, passivas e restritas ao ambiente caseiro. Ele chega ao Alasca buscando por fortuna e depara-se com muitas intempéries, porém o que mais o surpreende é Frona Welse. O modo livre com o qual ela leva a vida, sua honestidade e força trazem uma grande dualidade ao rapaz: de um lado, a admiração, do outro, o assombro...
Mesmo assim, eles se tornam amigos. Os problemas realmente começam quando algo além da amizade surge e, por causa de suas diferenças, ambos não conseguem lidar com isso... Ao mesmo tempo, um jornalista e pretenso aventureiro, Gregory St. Vincent, entra na jogada para piorar tudo e abala ainda mais o coração da protagonista.
Ademais, entremeados a narrativa, vemos os cotidianos das pessoas que vivem no Alasca, sendo estes muito duros e hostis. Lá, de fato, a lei do mais forte é a que prevalece. Sempre.
A Filha da Neve seria um romance interessante por tratar de algo tão fora de nossa realidade como a vida no Alasca, não fosse o alto grau de racismo e xenofobia encontrado em cada uma das falas das personagens. O discurso destas e do próprio narrador assemelha-se aos discursos nazi-fascistas, por exemplo...
Desse modo é difícil indicar esta primeira obra de Jack London, também autor de O Chamado da Floresta e Caninos Brancos, entretanto ao longo de sua vida ele tornou-se um grande defensor dos direitos humanos e do socialismo, logo, não se pode julgar um autor por uma única obra, sendo assim, embora A Filha da Neve mostre-se uma leitura duvidosa e cheia de falas bizarras e controversas, talvez, Jack London tenha algo melhor para nos mostrar...

site: Blog Livre Lendo http://livrelendo.blogspot.com
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cid 29/09/2009

O Alasca e a lei do mais forte
Jack London também sentiu a febre do ouro, e tentou a sorte no Alasca. Em contacto com a rude natureza, adoeceu e não obteve nenhum ouro. Mas, escreveu muitos romances nestas regiões. A filha da neve é um deles. Frona Welse é uma filha de sua época, que admira e respeita o trabalho do homem.É totalmente adepta da teoria da sobrevivencia do mais forte.É orgulhosa de sua raça e acredita que o mais forte deve dominar o mais fraco. Acho que London viu sofrimento demais nas regiões geladas, que ele descreve tão bem , para criar uma heroína tão darwiniana. Logo no começo do livro, quando Frona retorna ao lar, encontra em uma curva do caminho, um homem abandonado pelos companheiros, porque não podia suportar o peso da carga. Ela o aconselha a retornar à sua terra, afirmando que o norte quer homens enérgicos , não gente fraca. E em uma cena bate com o remo nas mãos de um homem que se segura em uma canoa , mesmo sabendo que isso causará a morte dele. Mas, é preciso sobreviver... Existe uma bela cena que envolve o desgelo no rio Yukon , com toda a exuberância da natureza, quebrando o gelo para a chegada da primavera.Mas, London estava apenas começando e muitos outros livros viriam , e felizmente no meu entender, com personagens mais solidárias.
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mila 16/08/2017

a filha da neve não surpreende ao seguir a linha de raciocínio darwinista de Jack London.

o romance conta a história de Frona Welse, que diferente de muitas outras resenhas, existe na obra para muito além da decisão de casar ou não. Frona é uma mulher que apresenta comportamento firme em territórios extremamente masculinos, sem deixar a feminilidade esquecida. após muitos anos morando e estudando longe do pai, miss Welse retorna à casa de infância e encontra Corliss e Saint-Vicent , outros dois importantes personagens do romance, é que formarão um triângulo amoroso.

ao longo da leitura, Frona torna-se ponte de ligação entres dois tipos de homens que London caracteriza muito bem em todo o livro: o fraco/ forte, o esperto/correto. constantemente os personagens passam por situações que testam seus caráteres e trazem sempre à tona reflexão sobre virtude.

entendendo a posição darwinista do autor, o ponto alto da obra é em julgamento de um assassinato, em que o réu deverá ter a mesma sentença que sua vítima, mas o julgamento passa por dificuldades para a decisão final pois Frona, com a racionalidade e liderança diante de um "tribunal" de trabalhadores enfurecidos, busca a razão espiritual para dar outro desfecho ao réu, o que torna a personagem contraditória ao espírito inicial que julga os merecedores da vida, apenas aqueles que são fortes o suficiente para enfrentá-la.
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Juliano.Ramos 07/07/2021

Livro ruim, mal traduzido, o que tinha tudo para ser uma boa história se torna algo confuso com situações sem sentido e desnecessárias... nota -9
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