Isabella Pina 17/03/2013Confusões... de novo.Pra quem não sabe, esse livro é a continuação de Minha vizinha Alice, um livro que foi lançado pela Galera há um bom tempo, lá por 2008. Finalmente, eles resolveram lançar o segundo volume e eu, que adorei o primeiro, fui logo lê-lo, já que eu achava que seria uma leitura gostosa e rápida (o livro é super fino!)
E o livro é mesmo uma graça, apesar de meio mirabolante. Meg, a nossa protagonista e narradora, finalmente vai visitar sua melhor amiga, Alice, que agora mora em Dublin, pois depois do divórcio dos pais, teve que se mudar pra lá com a mãe e o irmão mais novo, Jamie.
No último livro, elas inventaram um plano super maluco que envolvia a Alice se escondendo de tudo e todos embaixo da cama de Meg durante uns quatro dias. O plano não deu muito certo, mas com isso, ela conseguiu voltar a Limerick, onde costumava morar, mais vezes. Nesse livro, eu já esperava algum comportamento bem louco da menina, porque a Alice é bem impulsiva, muito mesmo.
E não é que ela arranja um plano para cumprir enquanto a Meg está passando a semana em Dublin? E, claro, a coitada da protagonista acaba aceitando fazer parte, afinal, era sua melhor amiga. Dessa vez, Alice está desconfiada de que sua mãe tenha voltado a namorar e acha isso horrível, planejando destruir o possível relacionamento. E, honestamente? MEU DEUS. Não é como se Alice acreditasse que a mãe dela vá voltar para seu pai, ela simplesmente não parece querer ver a mãe feliz com alguém novo. E ela já tem doze anos, pessoal. Sim, foi um choque o divórcio, mas namoro é a coisa mais natural depois disso, ainda mais porque sua mãe é jovem e bonita.
E isso foi o que mais me irritou no livro inteiro: a Alice. Seus planos me lembravam os do Cebolinha, sabe? Só que isso não foi o ruim, porque eu achava os achava engraçados, por mais loucos que fossem. O chato foi que a menina não parecia ter a idade que tinha – era egoísta, mimada e passava qualquer limite para conseguir o que queria. Fiquei morrendo de dó da Meg, que acabava ficando na mão da Alice e seus planos loucos, além de seu irmão, Jamie, que acabava caindo nas armadilhas da irmã.
Porém, as confusões que elas se metiam por causa dos planos eram bem divertidas e engraçadas e tínhamos alguns momentos fofos também. A conclusão foi bem diferente do que eu esperava – bem “final feliz” mesmo, o que eu achei legal, porque o livro segue mesmo esse estilo “impossível”, então, por que não optar por um final assim também?
Além disso, fechou a maioria dos arcos da história, então creio que é mesmo o último da “série”. UMA PEQUENA EDIÇÃO: NÃO é o final da série. Até agora foram lançados sete livros lá fora e um livro de receitas, segundo o Goodreads. POIS É, isso eu não esperava. Além disso, descobri que o nome da série é "Alice & Megan".
O livro é bonitinho, mas não curti tanto quanto o primeiro que, esse sim, me cativou. Eu até perdi a conta de vezes que o reli, para vocês terem noção! Em Alice de novo, a única coisa que perdi de fato foi a minha paciência com a Alice, como já deixei bem claro aí em cima. Mesmo assim, é uma ótima leitura para passar o tempo, descansar a cabeça entre coisas mais pesadas e dar algumas risadas.
É só não ficar esperando algo super profundo e reflexivo, ainda mais por se tratar de um livro voltado para um grupo mais infanto-juvenil – de uns 12 anos mesmo, a idade das protagonistas. Leia, divirta-se e tente não perder a cabeça com a Alice... Haha.