Fantoches e outros contos

Fantoches e outros contos Erico Verissimo




Resenhas - Fantoches E Outros Contos


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Matheus656 27/07/2023

SIMPLESMENTE INCRÍVEL
Verissimo é o meu escritor favorito, e eu nunca tinha lido seu livro primogênito até então. Comecei pelo primeiro volume de o tempo e o vento e fui lendo sua obra de forma não cronológica. Fantoches então é recheado de peças teatrais curtas, do início de carreira do autor como escritor, temos alguns pequenos contos também. Logo partimos para os contos propriamente dito e que são excelentes, apesar do foco do Érico em sua vida, ter sido romances. Essa edição antiga, ainda tem alguns artigos que ele escreveu para algumas revistas da época, e é ótimo poder ver esse lado e também ver um pouco mais como ele pensava. Érico Veríssimo é incrível, é um autor considerado clássico, que eu recomendo fácil para quem tem medo de clássicos por ter a ideia de que todos livros do gêneros tem escrita rebuscadas, que nada, a escrita aqui é deliciosa, além de ser o primeiro livro do autor, que pode servir como uma ótima entrada para querer ler mais coisas dele.
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Craotchky 03/04/2018

Eu, Verissimo e seu primogênito
"Há uns vinte anos, relendo os contos que formam o presente volume, tive a sensação de ser pai de mim mesmo. Tornando a lê-los agora, vinte anos mais tarde, sinto-me como se fosse o meu próprio avô..." - Erico Verissimo, 1972.

Primeiro livro lançado por Verissimo em 1932, Fantoches e outros contos é formado por diversos textos, na maioria bem curtos, alguns em formato de peças teatrais. Em 1972 a editora Globo, em comemoração aos 40 anos do lançamento do livro, resolveu fazer uma edição "fac-similada" e ainda convidou Erico para que ele tecesse comentários dos textos contidos no volume.

Assim, as páginas de Fantoches (nome da primeira parte do livro), até pouco mais de sua metade, são peculiares. É até difícil explicar mas vou tentar. As margens verticais de fora (as que ficam junto ao corte) são largas (medi 4,5cm nesta minha edição), assim como as margens horizontais inferiores (também 4,5cm). São nestas margens que Erico faz os comentários sobre os textos, bem como ilustrações. Isso torna o livro bastante bonito em sua composição gráfica.

"Concluí que seria de algum interesse fazer, de meu próprio punho, algumas notas críticas ou simplesmente informativas às margens destas páginas. Quanto às ilustrações, reconheço que são absolutamente desnecessárias. Se as fiz, foi somente para me divertir." - Erico Verissimo, 1972.

Ele sublinha passagens nos textos e depois as comenta; faz balõezinhos com notas; faz quadradinhos com críticas, desenha personagens... O que pode ser um empecilho é a caligrafia de Verissimo. Às vezes é difícil entender a escrita cursiva do autor. Posso dizer, no mínimo, que já vi letras mais legíveis... A partir da página 217 o livro, em sua parte gráfica, torna-se comum ao começar a parte Outros contos.

O último texto da parte Fantoches chama-se Nanquinóte e este me foi assaz especial. Nele "um autor" cria (desenha) um personagem à sua própria imagem. Logo depois de terminado, o bonequinho, Nanquinóte, ganha vida e começa a conversar com seu pai. Diz para ele que deseja a liberdade, quer desbravar o mundo. O autor não quer conceder, deseja proteger seu filho do mundo agressor. Nanquinóte foge, então. O final você terá que descobrir...

(Muitos outros textos do livro tratam dessa relação entre criador e criatura.)

Difícil explicar como criei tanta empatia por essa historieta em tão poucas páginas. Parecia-me que o bonequinho realmente existia e me peguei desejando conhecê-lo. Tomei as dores do autor e também quis proteger Nanquinóte da vida. Talvez o fato de haver no livro vários desenhos do bonequinho feitos por Erico tenha o tornado mais real. Ah, como em alguns singelos momentos a literatura é capaz de transcender-se!

Ademais, não achei nenhum textos do livro ruim, no máximo fiquei indiferente a alguns. É, pois, muito interessante conhecer textos do início de carreira de um autor e mais interessante ainda ver um escritor revisitando sua obra, lendo suas próprias histórias 40 anos depois de tê-las escrito e, de alguma maneira, conversando com seu Eu mais jovem. O livro vale muito a pena.
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Bielzin 30/07/2022

Curioso
Não me lembro de ter visto livro igual a esse, com esses comentários e rabisco do próprio autor, deu um toque tão diferenciado ao livro, tornou ele mais especial.

A primeira parte contém os comentários e todos os contos são no estilo peça, apresentando os personagens e depois se desenrolando tudo. Já a segunda parte que é contos mesmo.

É minha primeira vez com o estilo de Veríssimo e adorei bastante. Agora é ler todos os outros tantos, Incidente em Antares me aguarde.
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Luiz 02/07/2023

Começa chutando o balde
O primeiro livro de Érico, com uma qualidade rara de ser ver em livros de estreia, a edição fac-similada de 1972 traz notas divertidíssimas
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Marjory.Vargas 20/11/2021

“As flores da cerejeira morrem no inverno mas na primavera voltam a reflorir.”

Primeiro livro lançado por Veríssimo, lá em 1932, Fantoches e outros contos é uma coletânea de contos (dã!). Eu tive uma grata surpresa quando comecei a leitura: em 1972, a editora Globo lançou uma edição comemorativa dos 40 anos do lançamento do livro, com comentários do próprio Érico.

Então, a primeira parte do livro é como se fosse um xerox do primeiro livro, e os comentários são com a própria letra do autor – achei isso fantástico! Ainda, tem alguns desenhos, o que deixou o livro graficamente muito bonito.

No geral, achei os textos bons, mas é perceptível a evolução do autor – a segunda parte do livro é composta de contos mais recentes. Infelizmente, não teve nenhum conto que me chamou a atenção ou se destacou. Alguns são escritos em narrativa, outros em prosa e alguns como um roteiro de peça de teatro e abordam diferentes temas, desde o cotidiano até profundas reflexões sobre a existência humana.

Mas o que eu mais gostei mesmo foi essa primeira parte, com o autor revisitando sua obra, tecendo seus comentários 40 anos depois, conversando com seu eu mais jovem.
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Mariana 15/12/2023

Alguns bem legais, alguns confusos, alguns que te fazem pensar, alguns que merecem ser relidos. vale a experiência
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Procyon 20/04/2024

Fantoches ? comentário
Fantoches foi o primeiro livro de Erico Verissimo, uma coletânea de contos publicada em 1932 e que, nesta edição fac-similada, um veterano Verissimo se encontra com o principiante Erico, reunindo contos estreantes e maduros. A obra é composta por pequenas narrativas, muitas delas peças teatrais, ao qual o eminente escritor usa do humor e da ironia, tanto do seu ?eu? do passado, quanto o de 1972, de forma que o próprio ridiculariza certas noções suas de início de carreira. Acompanhando o crescimento industrial de Porto Alegre, Erico Verissimo traz uma ambientação permeada pela incerteza, e traz temas e figurariam em suas obra (no conto ?As mãos de meu filho?, o pianista Gilberto ressoa o Menandro Olinda de ?Incidente em Antares?). O autor ainda traz seu gosto pela ilustração, trazendo desenhos marginais nas páginas e ainda anotações bastante pertinentes e irônicas. Apesar que os melhores contos estão nas últimas páginas, justo os de uma fase posterior ao livro original.
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Henrique Fendrich 13/05/2022

Esse livro parece um estranho no ninho na minha estante de leituras aos 17/18 anos, porque foi o meu primeiro Erico Verissimo, mas, como sabemos, o Erico não se destacava pelos contos, mas sim pelos romances. Não lembro do que achei sobre os contos dele nessa época, mas, recentemente, li um conto dele em uma antologia de literatura brasileira e achei que era um dos melhores do livro, então bem pode ser que, embora não fosse contista contumaz, ele também tenha escrito coisas muito boas. É preciso reler.
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