A Ascensão do Governador

A Ascensão do Governador Robert Kirkman
Jay Bonansinga




Resenhas - A Ascensão do Governador


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regi @bookiane 01/03/2012

Ler uma história cujo fim você já conhece. Isso é extremamente perturbador. O Governador, eleito o "vilão do ano" por uma revista especializada em histórias em quadrinhos, é um homem de atitudes extremas. Ao ler The Walking Dead nós podemos ver do que ele é capaz, e quando soube do lançamento do livro, meu primeiro pensamento foi: "PRECISO ler isso."

O ritmo da leitura é intenso, e não espere uma história com um palavreado culto. A contracapa diz que o livro não é recomendado para menores, e os leitores dos quadrinhos já estão acostumados com a linguagem, que torna a coisa muito mais real e desesperada. Robert Kirkman tem o dom de escrever coisas que nos deixam boquiabertos com cada detalhe e com cada surpresa desagradável; enlouquecidos pelo próximo capítulo.

Cruzamos o estado de Geórgia com Philip Blake, sua filha Penny, seu irmão Brian e seus amigos Nick e Bobby procurando um lugar habitável para tentar sobreviver. Desde o começo, dá para perceber que Philip nunca foi uma pessoa de personalidade pacata. Ele sempre precisou lutar contra seus demônios internos, e no fim das contas ele lida com seus sentimentos ali através daqueles demônios putrefatos que estão por toda a parte. A frustração, a culpa, a tristeza, tudo isso é amenizado através de umas boas mortes de zumbis. Mas é notória a evolução desse comportamento brutal e incontrolável de Philip, por motivos óbvios e por todas as outras coisas que acontecem no decorrer da história e das viagens dos personagens desde Waynesboro, no começo do "apocalipse" até o início da era do Governador. Ler o nome Woodbury pela primeira vez no livro dá uma sensação muito sinistra - eu sei o que aconteceu ali e não foi bonito.

Livro fantástico. Gostei muito de ver essa história em outra mídia. Gosto muito dos quadrinhos, mas em formato de livro é muito melhor. A imaginação já está treinada com as cenas de horror, e aquele texto corrido proporciona mais emoção.

É um livro sobre mudanças. A vida de todos muda com o início daquele apocalipse. O caos está instalado, os mortos levantam-se novamente, nenhum lugar é seguro, as pessoas não são mais confiáveis, todos estão muito ocupados tentando proteger a si mesmos, e todas as perdas e danos nesse caminho transformam as pessoas. Perder um ente querido pode fazer alguém cometer coisas que jamais imaginou ser capaz.
Mayara 01/05/2012minha estante
Não vejo a hora de ler, de ter, de reler :)


regi @bookiane 02/05/2012minha estante
Mayara, e a agonia de saber que vai ser lançado o segundo livro em outubro? Não vejo a hora :)


Rods Viciedo 21/05/2012minha estante
Acabo de terminar de ler =o Livro incrível. Me deu vontade de querer saber mais. Preciso saber mais. Vai sair um segundo livro sobre? Devo esperar o segundo vir, ou devo ler os quadrinhos?


regi @bookiane 22/05/2012minha estante
Leia os quadrinhos! Além de conhecer a história toda que é sensacional, dá pra ver no que realmente o Governador se tornou.


Rods Viciedo 23/05/2012minha estante
Vou ver se consigo ler os quadrinhos. Mas tenho medo rs. Apesar de já saber que ele se tornará um personagem mau quando eu ler, não consigo vê-lo como um personagem mau rs


Maria Cecília 04/06/2012minha estante
Realmente esse livro é fantástico!Mal vejo a hora de ler o segundo. (:


Luly 26/07/2012minha estante
estou fascinada na leitura, não cheguei ler os quadrinhos, mas isso não mudou em nada. Parabens Regi, ótima resenha


Menndie 29/07/2012minha estante
Eu já estava com muita vontade de ler esse livro, com a rua resenha então... Mal vejo a hora de tê-lo em mãos!


Rachel 31/10/2012minha estante
Que resenha maravilhosa! Parabéns!


Isaura 03/11/2012minha estante
Sua resenha foi perfeita, livro intenso, prende a atenção do começo ao fim. MARAVILHOSO.


Miqueias4 01/12/2012minha estante
Estou lendo o livro. É uma leitura interessante, porém não gosto muito do tempo verbal usado para narrar a história.


Prica 08/01/2013minha estante
Acabei de ler... Amei!!! Nunca li os quadrinhos, mas acompanha fervorosamente a série... e a forma como o livro é conduzido é simplesmente de tirar o folego!!!


Mariana 25/01/2013minha estante
Este livro é muito bom mesmo,ele te prende a atenção,e a cada capítulo,você fica mais ansioso! Robert Kirkman está de parabéns!


Luiz 30/01/2013minha estante
Agora realmente alguém me convenceu a ler esse livro, só de ver a forma que você detalhou o geral do livro, vi que se encaixa em meu perfil de livro.
Obrigado ^^


César 19/02/2013minha estante
A história é muito bem narrada. E realmente sem complexidade na escrita. Ah... o final é surpreendente, até para quem está acompanhando a série de TV. Recomendo !!


Bruno 04/03/2013minha estante
Parabéns pela analise, ficou muito boa.


Murilo Lélis 27/03/2013minha estante
Show de bola!


Ray 23/04/2013minha estante
Final surpreendente.


rosai 16/05/2013minha estante
acabei de ler o livro e emocionante so nao imaginava que brian teria tal atitude...


Brunão 27/06/2013minha estante
Como um fã de carteirinha de The Walking Dead, não pude resistir e comprei o livro... resumindo em uma só palavra... Épico! Robert Kirkman e Jay Bonansinga foram perfeitos ao criar uma historia como essa! Pegando todo mundo de surpresa com o final dos irmãos Blake


Peter 11/04/2015minha estante
Eu não entendi. No seriado, o governador se chama Brian e no livro é Philip? Se sim. O que fez mais atrocidades foi o irmão do governador?


Liil 19/09/2015minha estante
Eu terminei de ler ele a alguns dias e já estou lendo o seu seguinte ( não tão bom quanto o primeiro), e continuo sempre querendo mais e mais capítulos !


Vitor 13/01/2017minha estante
Gente, qual é o livro em é baseado o game?? por favor se alguem sabe responde? xD


Aritana.Silva 23/01/2021minha estante
Eu realmente achei ele um dos piores vilões, depois do Valério, só de pensar




Juh Saint 21/04/2021

A escalada de um vilão incrível
Sou leiga na série, quadrinhos e esse é o meu primeiro contato. Expectativa era zero então e até pensei q ia achar ruim, a surpresa foi oposta.
Primeiro de tudo o livro tem coisas violentas e nfalo dos zumbis grotescos q isso é obvio. Tem agressão de várias formas contra humanos, vindo de humanos. A maior lição q fica é q se houvesse algo dessa escala no mundo, com certeza os humanos machucariam outros da mesma espécie. Seja por prazer, sobrevivência, paranoia, egoísmo.
Acho q é ótimo pra quem quer começar a ler livros de zumbis, um ótimo começo pois ele nfica explicando tudo, ele mostra de forma dinâmica os sobreviventes e suas lutas de sempre. Muito melhor!!
Na trama nós vemos uma transformação grandiosa q é difícil n saber quem é, o tal do "Governador" um dos vilões mais memoráveis. Eu mesma q n assisti ouvi dele mt...... Essa transformação é feita com mt cuidado, desenvolvido como uma escalada. Sabe q eu acho fácil resumir passados trágicos de vilões em uma única tragedia. Aqui n, vemos várias coisa do personagem e pior n é difícil simpatizarmos no início até tarde demais qd ele vira o tal monstro q os acompanhantes da série e quadrinhos conhecem.
Se prepare por isso, pra passar raiva, n é fácil acompanhar uma trajetória cruel, de alguém virando cruel.
joaoggur 21/04/2021minha estante
Leia os quadrinhos, vale muito a pena! A editora Panini já lançou tudo aq no Brasil!




spoiler visualizar
Marcelo 27/12/2013minha estante
Eu iniciei o universo "walking dead" por meio da série da FOX. Achei a primeira temporada excelente e a segunda, em que pese um início irregular, também foi boa, principalmente últimos episódios. Resolvi conhecer as HQs e adorei as histórias. Li todas as revistas. Quem ainda não leu eu recomendo vale a pena. Eis o link das HQs http://thewalkingdead-online.com/index.php?cat=3.
Bom, depois que passei pelas HQs e pela série resolvi conhecer os livros. O primeiro que li foi a ascensão do governador. Eu possuía conhecimento que era um produto secundário, ou seja, nascido a partir do sucesso da série, assim a minha expectativa não era alta. O livro é "bonzinho". Dá para passar uma tarde, mas houve algo decepcionante: o final surpresa. E por que achei decepcionante? O Brian Blake no livro é descrito como alguém franzino. Impossível imaginar que o personagem seria o futuro governador. Achei a estratégia desonesta, pois visava ludibriar o leitor. Sinceramente não gosto deste estilo, estilo que o Dan Bronw utiliza muito e que faz ter má vontade com este autor também.
P.S 1: O apontamento não me impediu de ler "Caminho para Woodbury"
P.S 2: Não me exponham a uma horda de zumbis pela opinião na favorável ao livro.




Desi Gusson 16/03/2012

“The sun ain’t gonna shine anymore”
Nunca havia ouvido falar do universo The Walking Dead. Juro. Daí, como vi que esse livro serve como prequel para os quadrinhos e série de TV, preferi continuar na santa ignorância, para poder aproveitar o máximo de surpresas possíveis.

Deu certo.

Aliás, deu mais que certo.

Eu simplesmente não consegui dormir depois. Apagar a luz do quarto então? Há, só na próxima encarnação.

“Agora me lembro, blogueira, você tem medo de zumbi, né? Então pra que? Pra que você foi ler esse livro??”

Boa pergunta. Ótima na verdade, deve ser como aquele fiapo solto na blusa, que você puxa um tiquinho e se arrepende na hora, pois está desfiando a blusa inteira. Mas quem disse que consegue parar?

Ler um livro de zumbi foi mais ou menos isso. E rendeu, porque já assisti todos os episódios lançados da série logo após a leitura. (Já, já, falo disso.)

O grande ponto de The Walking Dead – A Ascensão do Governador não é toda a ação, a matança, as tripas, os miolos e o sangue + sangue + sangue², é o efeito que todo esse horror tem sobre as pessoas comuns.

Você, nerdão metido a valente, que acha legal um apocalipse zumbi e que imagina que vai ser super irado sair por ai chutando traseiros apodrecidos, pense duas vezes. A chance desse traseiro ser de alguém que você ama é enorme. Na verdade, provavelmente é o seu traseiro zumbificado que vai ser chutado, é só um toque…

Escapar dos mortos-vivos não é nenhum piquenique no parque, e só de ver todo o esforço que Phillip faz para manter sua filhinha, seu irmão e seu amigo de infância seguros dá na gente uma vontade de sair estocando mantimentos, remédios e armas em casa, porque, vai que, né…

Ainda assim, eles são obrigados a presenciar todo tipo de atrocidade, bem como faze-las. Matar o que um dia foi humano, saber que, o-que-um-dia-foi-humano, quer te almoçar, lutar por comida e passar fome do mesmo jeito, ver quem você ama se afundando num buraco de desesperança… A partir de certo ponto eu meio que desejei que todos os personagens morressem de uma vez! A angústia era tanta, eu via o tamanho do poço em que eles estavam metidos, a loucura sem saída, tudo aquilo quase me fez largar o livro e sair correndo.

Odiei, me fez passar mal. Me viciou completamente.

Depois de terminar o livro foi que percebi, tudo aquilo estava acontecendo para moldar o caráter de um homem bom. Para transformá-lo em algo sem sentimentos, que seria capaz de tudo.

Isso despertou uma certa curiosidade em mim, fiquei imaginando o que as pessoas em geral, fariam numa situação dessas. No livro nós acompanhamos os quatro protagonistas e estamos tão no escuro quanto eles, por isso fui atrás da tão falada série de TV.

The Walking Dead, do mesmo produtor de Exterminador do Futuro, é de certa forma mais leve que o livro, eu mais chorei do que me assustei assistindo. E olha que a maquiagem é perfeita, acreditem! Mas falta algo que a deixe tão visceral quanto o livro. De certa forma isso é bom, provavelmente eles perderiam muita audiência fazendo de outra forma.

O protagonista é Rick Grimes, um policial que acorda depois do coma, no meio da muvuca. Imagina que bacana: num momento você está lá, todo homem-da-lei, tomando um tiro, indo pro hospital, seeem problemas, ossos do oficio… No outro, você está sozinho num hospital cheio de cadáveres mastigados e uma porta lacrada com os dizeres: “não abra, mortos dentro”. Beleza, você sai do hospital anda um pouco e, opa, cadê todo mundo? Tudo está tão abandonado, ah não, ali ao longe está um bom cidadão! “Senhor, senhor.! Hey, você poderia me ajud…”

Você não termina a frase porque, sabe, o bom cidadão está rosnando pra ti, com metade da cara atropelada e aquele cheiro de gorgonzola fora da geladeira…

Enfim, gostei muito da série, são bem mais protagonistas que no livro, mais personalidades e todo tipo de conflito interno e externo que posso imaginar, com o catalizador do apocalipse zumbi. Recomendo.

Continuo tendo pavor de mortos-vivos, mas já me sinto mais preparada para um possível ataque.

Xoxo

P.S.: Talvez ter um porão fortificado e energia solar não seja assim uma má ideia…

desigusson.wordpress.com
Maurinho 28/03/2012minha estante
Também li o livro e já enviei a minha resenha. Concordo com você,...é super violenta, mas é viciante na mesma medida.


Lorrayne 04/09/2012minha estante
Ótima resenha!
Qualquer barulhinho na casa, os estalos dos móveis aconchegando em seus lugares à noite, durante a leitura deste livro é motivo para dar um pulo de susto e olhar em volta.
A junção da história viciante com a leitura corrida te prendem dentro do livro junto com os protagonistas.
Todos aqueles que querem o 'Apocalipse Zumbi' vai pensar melhor nos seus desejos...


Lorrayne 04/09/2012minha estante
Ótima resenha!
Qualquer barulhinho na casa, os estalos dos móveis aconchegando em seus lugares à noite, durante a leitura deste livro é motivo para dar um pulo de susto e olhar em volta.
A junção da história viciante com a leitura corrida te prendem dentro do livro junto com os protagonistas.
Todos aqueles que querem o 'Apocalipse Zumbi' vai pensar melhor nos seus desejos...


Lorrayne 04/09/2012minha estante
Ótima resenha!
Qualquer barulhinho na casa, os estalos dos móveis aconchegando em seus lugares à noite, durante a leitura deste livro é motivo para dar um pulo de susto e olhar em volta.
A junção da história viciante com a leitura corrida te prendem dentro do livro junto com os protagonistas.
Todos aqueles que querem o 'Apocalipse Zumbi' vai pensar melhor nos seus desejos...


Flávia 28/01/2013minha estante
Ótima resenha!
Quando peguei o livro não o considerei tão bacana, mas conforme iam-se as páginas, o interesse aumentou consideravelmente... Ao ponto de já ter adquirido o volume 2, que começo a ler na próxima semana! :D




Tiago Toy 29/03/2012

O Governador nunca mais será visto com os mesmos olhos.
Acompanho The Walking Dead desde meados de 2006. Foi amor à primeira vista. Tudo o que eu gostava em uma estória estava naquelas páginas em preto e branco. Tudo, inclusive zumbis. Criei grande carinho por alguns personagens, e nutri verdadeiro ódio por outros – Phillip Blake era o mais odiado.

Sonhava em ver TWD nas telas, e imaginava que um filme, por mais longo que fosse, não conseguiria transportar toda a atmosfera da HQ com fidelidade. Duas horas de duração não seriam suficiente para fazer o telespectador se importar com os sobreviventes, tampouco curtir os zumbis criados por Robert Kirkman, em toda sua evolução: da criação ao apodrecimento. Particularmente, TWD só seria bom se fosse em formato de seriado.

Qual não foi minha surpresa diante da notícia de que isso aconteceria! De começo, achei que era apenas um boato, até que foi confirmado. E eu vibrava com cada imagem vazada dos zumbis, a maquiagem impecável. Babei! Tudo bem que não me agradou a escolha de alguns personagens, as mudanças que não seguiam fielmente a trama da HQ, entre outros detalhes, mas em suma, me tornei fã da série. É uma adaptação, oras! Pra que ser fiel ao extremo, se pode ter o melhor da HQ e o melhor que a equipe da série pode nos dar?

Quando fiquei sabendo que seria lançado um livro contando a origem de Phillip Blake, o déspota que comanda a destruída cidade de Woodbury em The Walking Dead (a série original, em quadrinhos), fiquei com um pé atrás. Caça-níquel? Era uma hipótese forte. Tanto que nem me interessei pelo lançamento.

Quando descobri o livro em pré-venda por um preço muito camarada, não hesitei. Por pior que fosse, não seria um dinheiro tão mal gasto. Ao pegar o livro nas mãos, o que primeiro me chamou atenção foi a capa. De uma qualidade incrível. O título, na frente e lateral, em verniz, combina com a imagem (muito bem) escolhida. Três vultos – dois homens e uma criança – avistando, ao longe, a cidade de Atlanta. As cores padrão caíram como uma luva. Preto e um verde gasto, como a pele de um zumbi apodrecido. A sensação ao admirar a arte é de total desolação.

Para prender minha atenção, um livro precisa, acima de tudo, ter uma narrativa gostosa. Fluída. E The Walking Dead – A Ascensão do Governador o tem. Os personagens são bem construídos e apresentam uma evolução crível. Em meio ao caos de TWD, onde cadáveres perambulam livremente em busca de carne fresca, a evolução é inevitável, seja para o bem ou para o mal. As escolhas de uma pessoa ditam seu destino, onde ela chegará e o que se tornará. Uma boa escrita é essencial para descrever todo esse trajeto sem cair no marasmo, sem cansar a vista e fazer o leitor desistir de avançar. E aqui há outra ótima escolha, o escritor. Jay Bonansinga. Ele é autor de livros de terror aclamados pela crítica, como Perfect Victim, Shattered, Twisted e Froze. Seu livro de estreia, The Black Mariah, foi finalista do Bram Stoker Award.

A Ascensão do Governador (Galera Record, 361 páginas) é dividido em três partes, e é assim que falarei sobre essa obra de arte.

Parte Um – Os Homens Ocos
A morte não tem nada de glorioso. Qualquer um pode morrer. – Johnny Rotten

O primeiro personagem que conhecemos é Brian Blake, o irmão mais velho de Phillip. Escondido em um armário com a sobrinha e filha de Phillip, Penny Blake, Brian é o mais próximo do que a maioria de nós seria se o apocalipse zumbi realmente acontecesse. Ele tem medo, não mata os zumbis, e prefere correr a lutar. Quem diz que vai estourar miolos quando os zumbis vierem está tomado pelo clima de ação cinematográfico de Resident Evil ou não parou para pensar que, entre eles, haverá parentes, amigos ou mesmo desconhecidos que um dia também foram humanos. E você não sai atirando em humanos como se fosse a coisa mais normal do mundo, nem mesmo se for um zumbi.

Penny Blake é mirrada e frágil como uma porcelana. É o xodó de Phillip e Brian, e o elo que une os irmãos e os dois amigos, Nick Parsons e Bobby Marsh, no objetivo de cruzar o estado da Geórgia, percorrendo os 30 km que separam Waynesboro de Atlanta, último refúgio para os sobreviventes. Não é um caminho tão longo certo? Errado. Em um apocalipse zumbi, chegar à esquina mais próxima pode der uma viagem longa e cansativa.

Em uma mansão de um condomínio fechado, o grupo limpa a área e permanece ali por algum tempo. A única coisa melhor do que chegar ao refúgio em Atlanta é encontrar um abrigo confortável onde a segurança da rotina quase os faça se sentir em um lar. O problema é que os mortos se aproximam, e o mínimo som os atrai aos montes. Nada é fácil como parece. Sobreviver em um mundo infestado por zumbis, adote o espírito nômade e caia na estrada. As chances de continuar vivo aumentam.

Mortos-vivos gemem e rosnam a maior parte do tempo, pelo menos enquanto perseguem a próxima refeição. Quando estão sozinhos, entregues à mente vazia e corrompida, são silenciosos como verdadeiros... Mortos. Você pode estar atento como um gavião, mas se estiver no lugar errado na hora errada, percebê-lo se aproximando não será fácil. E a mordida no rabo virá. Ela vem nas primeiras páginas, e nem dá tempo de se identificar com o infeliz que leva a bendita mordida. Azar o dele. Mais atenção aos restantes.

Uma perda e a chegada da horda é o que basta para o grupo decidir (é Phillip quem decide tudo, na verdade) ir embora de uma vez para Atlanta. As cenas de fugas são tensas e bem descritas. Fazem o leitor sentir a aproximação do hálito fedorento dos zumbis no cangote. Amassei várias páginas, tenso.

Os zumbis são como devem ser. Lentos e assustadores. Vê-los se movimentando na tela da TV é divertido, mas ler como é o cheiro deles é mais profundo. Você chega ao ponto de sentir e contorcer o rosto em uma careta. Um conselho: se entregue à leitura e a experiência será sensacional.

Nesse início, Phillip já é um cara durão como o conhecemos em TWD. É o líder que vai te manter vivo, custe o que custar. Se você estiver em um carro cercado pelos fedorentos, não se preocupe. Apenas tranque bem a porta e espere Phillip destruí-los. Todos. Sozinho. Mas nem tudo são flores. Ele vai te ajudar, sim, desde que sua burrice e medo não o atrapalhem. Caso isso aconteça, se prepare para levar uma bela surra ou, na melhor das hipóteses, ser agredido verbalmente com tanta violência que será o mesmo que um murro na boca.

Após a primeira fuga, o leitor antigo de TWD se delicia ao ler uma placa, referência direta aos quadrinhos. Uma das poucas, senão a única, mas que é o bastante para que fiquemos esperando mais e mais. E elas não vêm. Não como esperamos, talvez um encontro ou quase encontro com o grupo de Rick, ou a solitária Michonne, ou Tyreese e seus protegidos. Seria bacana, claro, mas não faria sentido. Aposto que Bonansinga se sentiu tentado a escrever um encontro assim, mas felizmente ele resistiu. Tudo pelo bem da coerência.

A chegada à Atlanta é exatamente o que esperamos, pois até o mais imbecil sabe que o refúgio seguro não existe mais. Isso nem pode ser considerado um spoiler, pelo amor de Deus! Para mim, esse refúgio não durou mais do que uma semana. Três dias, chutando alto.

A recepção é calorosa, como a fome de milhares de bocas de dentes podres e enegrecidos. Se a Terra virou o inferno, Waynesboro era apenas o hall de entrada. Atlanta é a sala de jantar da terra do capeta. Os mortos estão por toda parte. Saem das lojas, casas, terrenos vazios, igrejas, esquinas. Se coubessem em torneiras, sairiam delas também. Phillip é o primeiro é aceitar que não há salvação, e decide botar pra quebrar. Para começar, protagoniza uma das cenas mais carregada de adrenalina do livro. O carro desliza pelas ruas despedaçando zumbis por toda parte. Bonansinga faz questão de dar certas explicações, como localizações, manuseio de armas ou, no caso, capacidade de um veículo, tornando uma cena que poderia parecer fantasiosa demais, real. Se o carro pode fazer aquilo, que o faça. Pé na tábua, Phillip!


Parte Dois – Atlanta
Não enfrentes monstros sob pena de te tornares um deles, e se contemplas o abismo, a ti o abismo também contempla. – Nietzsche

Em Atlanta, conhecemos a família Chalmers, composta pelo pai David, um velho com uma séria doença respiratória, e suas filhas April e Tara. São caipiras fortes que chegaram a Atlanta pelo mesmo motivo que o grupo de Phillip. Em mais uma tentativa de levar uma vida normal, o prédio é limpo de cima a baixo e se torna um ambiente seguro, apesar da falta de comida e higiene. Nada que rápidas e arriscadas saídas pela vizinhança em busca de mantimentos não resolvam. Os encarregados, claro, são Phillip e seu amigo de longa data. Em alguns momentos, até mesmo April se arrisca, mostrando a grande mulher que é (e atraindo a atenção de Phillip). Brian prefere ficar no apartamento como protetor de Penny, que abandona aos poucos o casulo de medo diante da imagem materna e amiga que April passa. Quando você pensa que Brian vai evoluir, tomar atitude de homem, ele te decepciona. Um verdadeiro maricas.

A paixão que Phillip começa a nutrir por April é algo que ninguém espera ver. Ora, Phillip Blake não nasceu O Governador. Ele foi corajoso desde criança, um fanfarrão na adolescência, se apaixonou, casou e teve uma filha, a quem ama com todas as forças. Até onde se sabe, Phillip amava sua falecida esposa. Apesar da aparência rude, pode ser considerado um homem normal. Violento, mas normal. Até eu já quebrei uma porta de vidro no soco em um momento de raiva.

Mas vê-lo tremendo diante de uma mulher, tentando agradá-la, sentindo o coração bater rápido, não combina com seu encontro com Michonne. Para quem leu os quadrinhos sabe do que estou falando. Não teve direito nem a uma cuspida. Cheguei a torcer para April também sentir o mesmo por ele, embora soubesse como a estória terminaria, mas como a esperança é a última que morre...

Em um momento de fraqueza, Phillip comete um erro. Não é um mero deslize, nem a pior das barbaridades, mas o bastante para levar os dias felizes ao fim. O resultado de sua ação o destrói por dentro, e mais uma vez o grupo é obrigado a cair na estrada.

Essa foi a melhor parte do livro. Pudemos conhecê-los a fundo e respirar da correria da anterior. Brian mata seu primeiro zumbi (acidentalmente), Phillip mostra que até ele pode ser um amigo para todas as horas, April é a personagem feminina forte que gostamos de ver em estórias assim, e o amigo sobrevivente não é um peso morto, tem seu valor, suas utilidades. Até mesmo a presença de David Chalmers, o velhote desconfiado, é divertida, uma versão mais velha de Phillip. Tara sim é o peso morto. A situação já está fodida, aí vem uma gorda fedendo a cigarro e reclamando de tudo. Joguem essa pulha aos zumbis! Ah, e a reação dela diante do último e derradeiro acontecimento no edifício é puro despeito. Ela bem que queria ter sido a vítima.

Outra fuga é o desfecho da segunda parte, e consegue ser tão boa quanto a primeira. O ritmo não cai em momento algum. Se eu pudesse, teria lido tudo de uma vez. Não há manobras radicais desnecessárias, não há munição infinita, não há resoluções fáceis. Há o que há, e é bom ser rápido para sobreviver. Acelere a Harley Davidson e tome cuidado com o zumbi agarrado ao para-lama traseiro. As pernas já se foram, gelatinas no asfalto, mas a boca ainda está intacta. E próxima.


Parte Três – A Teoria do Caos
Nenhum homem escolhe o mal por ser o mal, mas apenas por confundi-lo com a felicidade, que é o que ele busca. – Mary Wollstonecraft

O próximo refúgio é um casarão em uma colina. Por páginas, fiquei imaginando se seria algum cenário já visitado na série original, talvez a fazenda de Hershel. Conclui que não. Sabia que, dali em diante, a próxima parada seria em Woodbury, o reino do tirano. Sabia também que O Governador mantém “algo” em seus aposentos. Algo sem dentes, sem unhas, apenas um corpo morto, mas vivo, buracos e uma língua. Mais uma vez, quem leu os quadrinhos sabe do que estou falando, e também se perguntará se aquela coisa é a mesma que pensamos no livro. Phillip chegaria a tanto?

A vida mais uma vez parece boa. Estável. Há pêssegos no pomar e calor aconchegante no casarão, um forte aliado contra o inverno que se aproxima (a mesma época em que Tyreese se une ao grupo de Rick). Phillip esconde seu erro, o que os obrigou a abandonar Atlanta e toda a boa vida que teriam pela frente junto às irmãs Chalmers. Diante do irmão Brian, que não o julga por nada, apenas o segue sabendo que enquanto Phillip resistir ele também terá uma chance, o amargurado homem confessa o que fez. É um momento de fraqueza, ainda que diante de um irmão. Embora ele esteja mudando, endurecendo por dentro, ver Phillip chorar e admitir estar errado não é uma atitude d’O Governador.

O que mais há em estórias de zumbis são momentos de calmaria seguidos de tormenta. Raramente se vê sobreviventes felizes por muito tempo em um mesmo lugar. Algo sempre acontece. Aqui não é diferente. Brian, embora seja medroso, é esperto e atento. Phillip pode ser corajoso, mas confia demais nos próprios punhos. Nunca daria ouvidos ao irmão que, embora mais velho, sempre fora um chorão covarde. É seu maior erro.

As suspeitas de Brian se concretizam e a casa é cercada por humanos que se mostram mais perigosos do que os zumbis. Afinal, eles sabem o que estão fazendo, e ainda assim o fazem. Nem mesmo uma menininha toca o coração de estúpidos ignorantes que perderam a humanidade em um mundo tomado por sangue e morte. Phillip salva a pátria mais uma vez, mas como estamos no final e precisamos de uma reviravolta, é a hora certa. Finalmente acontece o que sabíamos que aconteceria (pela terceira vez, se você leu os quadrinhos... Ah, esquece!). É triste, mas tão rápido que nem temos tempo de sentir. E rápido é Phillip em sua revanche, para retomar a casa. Pobres coitados! Não fazem ideia de com quem se meteram. O mais sortudo morrerá no tiroteio, acredite.

Os traços mais marcantes d’O Governador começam a surgir. É o treinamento para o primeiro contato com Rick e Michonne. Crueldade digna de um torturador de O Albergue. Frieza comparada a um Hannibal Lecter. O Governador não ganhou o prêmio de Melhor Vilão em 2007 pela Wizard à toa. O sadismo é fruto do medo, uma confusão no significado de felicidade. Brian e seu amigo tentam trazer o velho Phillip à tona, talvez perdido em um lugar bem fundo dentro de si, mas ele não vem. O velho Phillip não existe mais, e nunca mais existirá. Falta pouco para o final, e se isso é a origem d’O Governador, falta pouco para ele mostrar quem é.

O clima no grupo fica mais tenso e insuportável. Outra viagem, a última, leva os irmãos Blake, Penny e o amigo, ao destino final, o local onde tudo termina e, ao mesmo tempo, começa. Woodbury.
Os sobreviventes que encontram são pessoas despreparadas, cuidando da própria sobrevivência em uma terra de ninguém. Uma terra necessitada de um governador. Aqui as coisas são mais calmas, sem tantos zumbis, mas nem por isso seguras. Vimos na última parada que humanos são verdadeiros filhos-da-puta, e estão por toda parte, inclusive em Woodbury. Brian percebe que não conseguirá sobreviver se não virar homem. Phillip não o protegerá para sempre. Aliás, a surra que Brian leva na fazenda é tão violenta que por pouco não o mata. Vemos que Brian pode ser tão forte quanto quiser ser. Os primeiros traços da evolução.

Após tantas mortes e perdas irreparáveis, não há mente que continue sã. Por melhor samaritano que você seja, não espere ser o mocinho em uma terra onde os mais fortes sobrevivem. Quer continuar vivo? Vire homem. Vire macho. Se preciso, se torne o vilão.

Não vou falar mais, pois daqui pra frente spoilers são inevitáveis. O melhor com certeza é o final. Você que leu os quadrinhos (prometo que é a última vez) sabe o que esperar. Provavelmente acha que sabe quem morre e quem sobrevive. Te digo: sou super fã de TWD e pensei que sabia tudo. Ledo engano. O final é simplesmente destruidor. Por um momento, fiquei de boca aberta diante da ascensão d’O Governador. Não era o que eu esperava. Não é o que ninguém vai imaginar. Mas vai ser bom, prometo. Nunca pensei que diria isso, mas me identifiquei com O Governador. Acontecerá o mesmo com você.

Depois de conhecer a trajetória dos Blake em uma terra onde os mortos dominam, O Governador nunca mais será visto com os mesmos olhos.


http://terra-morta.blogspot.com.br/2012/03/walking-dead-ascensao-do-governador.html
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Lokow 23/04/2021

Alguém chame um psiquiatra
Os zumbis são o que menos importam em toda a trama, poderia ser qualquer coisa. Radiação? Alienígenas, talvez? Nada disso importa... a narrativa construída em cima de um mundo caótico pós apocalíptico mostra as emoções, reações e comportamentos dos seres humanos (uns nem tão humanos), em um mundo extremo. E o arco do ?governador? é incrível e surpreendente.
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Thabata.Galkowski 14/09/2023

A ascensão do governador
Esse livro me deu repulsa em cada capítulo? Sinceramente não sei qual das atrocidades é a pior, mas confesso que estou louca pra ler os próximos e saber o que vai rolar com o ?Philip?.
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KimStain 04/03/2020

Sobre o livro.
Acompanho a série TWD desde de 2013, desde lá me tornei um fã asíduo, é a minha série favorita da vida, li as Hqs (a obra original), e no momento estou reelendo. Sempre via os livros por aí, mas nunca tinha intenção de lê-los, é claro, porque até 2017 eu não lia livros. Esse ano resolvi dar a chance de eu expandir mais esse universo pra mim, e fui pros livros, estava num sebo, e achei o exemplar praticamento novo, peguei na hora.

Eu adorei demais a história, sei que esse governador é o das HQs, mas eu não imagino sendo aquele governador , eu imagino o governador da série de TV, eu amo a atuação do David Morrisey, e agora eu só vejo ele como governador e mais ninguém, além que eu odeio demais o governador dos quadrinhos (gosto de como é a construção de vilão dele, mas suas ações são nojentas), não que o da série não seja mal também, mas na série tem um episódio em especial da Quarta temporada, que meio que adapta este livro, e simplesmente é um dos meus eps favoritos da série. Enfim, a ambientação do livro, consigo sentir e imaginar que estou lá, é maravilhosa a escrita do Bonansinga, com certeza eu vou querer ler todos os livros lançados. Essa trilogia do Governador além de expandir o universo The Walking Dead, ele cria um background para o personagem, que só deixa mais rico essa obra maravilhosa. Vale mencionar o Plot Twist gigantesco do final, eu agradeço muito por nunca ter tomado spoiler, todo mundo merece sentir na hora da leitura essa virada de mesa genial, eu mesmo tive que absorver isso em dois dias, quando fechei o livro fiquei matutando em minha cabeça o que tinha acabado de acontecer. Quem não leu, leia esse livro, recomenda mais pra quem tenha lido os Quadrinhos de The Walking Dead, assim capta todas as referências, também recomendo a série pra ter mais uma boa base, mas as Hqs é essencial ter pelo menos lido o arco do governador. Fica a Dica.
Flávia 04/03/2020minha estante
Tenho a continuação disponível pra troca, se vc quiser!




Queria Estar Lendo 14/02/2015

Resenha: A Ascensão do Governador
Eu tinha deixado a resenha deste livro para a dona Eduarda fazer, porque queria saber muito como seria o surto dela em relação ao final, mas pelo visto ela nunca vai ler, então cá estou para falar desta maravilhosa obra feita de zumbis e mind-fucks!

Os livros de The Walking Dead, especialmente este primeiro, seguem a tragetória do famigerado Governador - ou, para os íntimos, Philip Blake - personagem famoso dos quadrinhos e da série. Antes de tocar o terror na vida do Rick e da turma dele (que chama mais Sessão da Tarde, aliás. shame on me), o Governador era um cara comum, com alguns problemas, tentando sobreviver e proteger a filhinha Penny junto ao irmão, Brian, e a dois amigos. O primeiro livro cobre essa jornada deles em busca de um lugar seguro; e believe me quando eu digo que ô coisa difícil de se conseguir nesse universo apocalíptico! Os caras só se ferram o tempo todo.

"A teoria do caos é a impossibilidade de um sistema fechado se manter estável. Essa cidade está condenada. Não tem ninguém no comando... e você, meu amigo, é só um punhado de serragem nesse sistema."

Foi interessante conhecer um pouco da vida do Governador antes dele se tornar aquele vilão psicopata sem alma e sem um pingo de bondade no coração amaldiçoado e traiçoeiro. Sim, eu odeio o homem, vocês podem perceber nitidamente aqui.

Philip é um homem poderoso, forte, ele impõe respeito, ele sabe sobreviver. Está ali para manter sua filha Penny viva e ajudar seus companheiros a seguirem em frente, apesar dos pesares. Brian, seu irmão mais velho, no entanto, não é nada impressionante. Ele é medroso ao extremo, está cheio de problemas de saúde, é frágil e muito abatido e não tem nem coragem de matar um zumbi; sim, poucas são as chances dele nesse mundo caótico, mas Brian está ali com o irmão. Apesar da tensão entre eles e a da pouca convivência simpática, eles estão juntos, estão sobrevivendo juntos. Nick e Bob, os amigos de Philip que o acompanham nessa viagem, são bem carismáticos - especialmente o Nick, que foi o meu favorito na trama deste livro. Enquanto Philip é todo radical e 'farei o necessário para que nós possamos sobreviver', Nick já é a parte mais racional. É corajoso, mas mantém os pés no chão e sabe que não é fácil ficar bem e completamente são num mundo como aquele. Ele é muito religioso também, mas de um jeito bacana; buscando coragem na fé e tudo mais.

Again, repito que o que tem pra ferrar com o grupo acontece. Muito. Eles só se ferram. Encontrar uma horda de zumbis quando o carro atolou, ser perseguidos quando chegam em Atlanta, ter problemas com sobreviventes, T-U-D-O de ruim acontece com esses diabos.

“Nós vamos sobreviver a esse pesadelo, e vamos fazer isso nos transformando em monstros piores que eles, está me entendendo? Agora não existem mais regras! Não existe filosofia, não existe misericórdia, não existe perdão, agora somos só nós e eles e tudo o que eles querem fazer é devorar a gente! E por isso nós é que vamos devorar a porra dos zumbis! A gente vai mastigar eles e depois cuspi-los no chão e nós vamos sobreviver a essa situação, ou então eu vou destruir toda a droga desse mundo!”

A narrativa do Jay é a coisa que mais me agradou. Honestly, eu esperava um livro fraquinho, uma leitura só 'satisfatória', mas o jeito como o Jay conta a história é FANTÁSTICO! Eu marquei tantas quotes no livro que acabei com os meus post-its. Você se sente imerso nesse mundo terrível que é a Terra depois da praga zumbi; você sente o desespero do Brian e o medo e os motivos da covardia dele - em determinados momentos chega a ser irritante, mas again, o personagem faz muito sentido - e a lenta loucura que começa a dominar esse instinto de sobrevivência do Philip. E toda a tensão que vai criando entre o grupo conforme eles vivem neste mundo pós-apocalíptico.

E O FINAL! O FINAL, GENTE, EU NÃO POSSO SURTAR SOBRE O FINAL SEM CONTAR UM BAITA SPOILER MONSTRUOSO, mas o final é destruidor. Você deixe um travesseiro debaixo do seu queixo porque ele vai C-A-I-R.

Altamente recomendável para fãs de zumbis, de bons personagens tensos e perturbados e, claro, para os fãs de The Walking Dead. Mas guarde minhas palavras: se está esperando o mamão com açúcar que é a série, tire o seu cavalinho da chuva!

Link original da resenha: http://migre.me/oBrXm
'duarda 15/02/2015minha estante
Eu preciso ler esse livro logo!




Maurinho 05/04/2012

ESPETACULAR!!!
Antes de mais nada, é preciso dizer que esse não é um livro para estômagos fracos e pessoas sensíveis. O que tem de sangue, tripas, violência, tensão, MUITA TENSÂO, e tristeza, não é brincadeira. Assim, se você é fã do estilo, siga em frente.
Eu confesso que comecei a acompanhar "the walking dead" pela série de TV, que é SENSACIONAL. Na minha opinião, é uma das melhores, senão a melhor em exibição atualmente. Por esse motivo, não fazia a menor ideia de quem seria o tal "governador", personagem que aparece nos quadrinhos, e que virá na terceira temporada. (acabou recentemente a segunda temporada, com um final demolidor).
Por isso comprei o livro, sem criar expectativa, e sem saber spoilers....e cara, foi um soco no estômago. Tô impactado até agora. Fazia tempo que não lia um livro tão tenso, que te deixa com um arrepio na espinha,...e tão triste, com cenas que me deixaram com o coração apertado,...em frangalhos.
Esse é o legítimo livro que você devora (trocadilho infame, eu sei), vira as páginas sem parar, e mergulha cada vez mais em uma história que fica mais e mais sombria, assim como os seus personagens.
Vale cada uma das cinco estrelas que eu dei.
Silvia 17/10/2012minha estante
Explêndito, aterrorizante!




Lívia Câmara 01/03/2020

Eletrizante
The walking dead não é apenas sobre zumbis, trata-se de sobrevivência, de pessoas que tentam diariamente se adaptar e escapar dos perigos de um mundo pós-apocalíptico!
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E este é o drama diário de Philip Blake, o típico cara durão que faz de tudo para manter sua filhinha, Penny, em segurança, ao lado de seu irmão Brian e seus amigos Nick e Bobby.
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Quem é fã da série de TV, que é baseada nos quadrinhos de mesmo nome, precisa fazer essa leitura para conhecer um pouco mais sobre a origem do comportamento insano do Governador! O livro explica muita coisa, mas não justifica, claro!
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A história é muito empolgante e aguça a imaginação do leitor, que fica imerso em cenários e situações de tirar o fôlego!
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E se preparem para um final surpreendente! Um plot twist de ficar com queixo caído!
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Um grande beijo, boa leitura e espero por vocês lá no instagram: @paginasdalivia
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ViniSharo 20/01/2022

Conheci o universo do TWD lá em 2010, com a série, nunca havia lido nenhum quadrinho ou nada parecido! Encontrei a bastante tempo o terceiro livro (A queda do Governador - Parte 1) em uma livraria e no momento de euforia comprei pensando ser o primeiro e só percebi o erro ao chegar em casa e muitos anos depois finalmente começo essa leitura...

O pouco que eu conhecia dessa parte da história do universo TWD, era somente oq foi apresentada na série e poder finalmente saber detalhadamente como foi o estopim de tudo foi magnífico!
A leitura é muito frenética e nem um pouco "leve", de fato, não recomendaria para um menor (como está na capa) e para pessoas mais sensíveis, mas se você, assim como eu é um amante de zumbis e ainda não tenha lido (acho difícil nessa altura do campeonato) leia, não se arrependerá!

E vamos para o segundo livro!
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Gabriela.Steindorf 23/11/2022

Espero que o resto dos livros continue assim
Gostei muito do enredo desse primeiro livro. Um começo bem diferente da serie em si, uma grande disputa de quem é o mais 🤬 #$%!& . E inclusive fiquei chocada como o livro conseguiu ser ainda mais gore que a série.

Aqui temos a apresentação da família Blake e Nick, unidos na jornada pra tentar chegar ao refugio de sobreviventes de Atlanta. Jornada pois isso toma meses do grupo, nutrido por medo, fome e tragédia.

Pra quem já assistiu a série, sinto que o final do primeiro e o segundo livro não vao ser nenhuma surpresa, porque já conhecemos o governador. Ainda assim, tem sido legal conhecer outro paralelo da história e aprofundar na construção dos vilões.
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Ricardo.Pereira 03/02/2021

O livro inteiro transcorre de uma forma extremamente interessante, a historia vai se desdobrando sempre surpreendente, é uma ótima leitura.
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