Larivrr 06/03/2023
Por favor, cuide da mamãe
Park So-nyo de 69 anos, mãe de 5 filhos desaparece. Saindo de sua aldeia para visitar um de seus filhos com seu marido que é casada há mais de 50 anos, ela é deixada para trás sem que seu parceiro perceba em uma plataforma de metrô em Seul.
"Depois que a mãe de seus filhos sumiu, você percebeu que quem tinha sumido era sua esposa. Sua esposa, de quem você se esquecerá durante cinquenta anos, estava presente em seu coração. Só depois de sumir ela voltou para você de modo tangível, como se fosse possível estender o braço e tocá-la."
Durante o livro é possível ver que apesar da Coreia do Sul ser um dos países mais avançados tecnologicamente, mas quando se trata de ideologia de gênero, a mulher é vista apenas como uma "boa esposa". Esse papel se remete apenas a seguir o homem que tem o papel de "líder da família", realizar tarefas domésticas e cuidar dos filhos.
Toda a passagem do tempo no livro se remete a lembranças dos filhos e marido de Park So-nyo, que a enxergavam apenas como mãe e não o ser humano.
É um livro lindo, que te permite refletir sobre não só a ideologia de gênero, mas a importância de valorizar o trabalho duro de uma mãe. A única crítica que tenho a esse livro, é a passagem de tempo (passado e presente) que são um pouco confusas para o leitor e a colocação também confusa das pessoas do discurso. Deixando estes pequenos detalhes de lado, é uma leitura emocionante!