@tigloko 29/06/2023
"Mamãe, no entanto, era um mundo inteiro ela mesma."
A história acompanha a procura por Park So-Nyo, de 69 anos, esposa e mãe de 5 filhos, que desapareceu em uma estação de Seul. A partir daí o livro mistura as partes em que a busca pela desaparecida acontece e as lembranças que esses personagens guardam dela.
O estilo de escrita foi um tanto diferente nesse livro. Uma mistura de primeira pessoa com terceira pessoa e mais algumas coisas estranhas. Fiquei confuso a maior parte da leitura, tentando entender quem era o narrador ou o personagem em questão. Ele vai e volta no tempo em um ritmo muito grande em meio as lembranças dos personagens e o tempo presente, assim deixando a leitura ainda mais confusa.
Apesar de pouco mostrado gostei de conhecer os costumes da Coreia do Sul, a culinária local, o Festival da Colheita.
Mas o livro se destaca em transmitir os sentimentos dos personagens. Toda a culpa e arrependimento que eles carregam a partir do desaparecimento de Park So-Nyo, o pilar desta família, é bem escrito pela autora. Aquilo de dar valor em muitos casos somente quando se perde é passado de forma realista na história. É uma livro bem triste, melancólico. Mas não diria que foi marcante.
"Você se dá conta de que pensava frequentemente em Mamãe quando alguma coisa na sua vida não ia bem, porque, quando pensava nela, era como se algo voltasse aos eixos."