O Andarilho das Estrelas

O Andarilho das Estrelas Jack London




Resenhas - O Andarilho das Estrelas


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o prevaricador 16/02/2024

Comecei a leitura do livro - o primeiro do autor - um tanto ressabiado. De início a estória me pareceu mais um romance espírita genérico com seus típicos clichês do gênero. Porém, com o decorrer da leitura, meu entusiasmo só fez crescer.
Que enterro rico! Este romance é como uma daquelas bonecas russas onde uma encaixa dentro da outra formando um todo recheado com versões de si em menores escalas; não sei se me fiz entender com essa analogia, pois então darei mais detalhes da história:
O protagonista, um homem na prisão condenado a morte e submetido a infindáveis sessões de tortura com um tipo de camisa de força ultra apertada, consegue desenvolver um meio de libertar seu espírito do corpo e fazer viagens ao passado de diversas pessoas que ele um dia foi: de um explorador que conquistou uma princesa coreana à um mero náufrago perdido durante anos em uma ilha inóspita.
Cada uma dessas histórias de vidas passadas - que constituem o todo do protagonista prisioneiro - são descritas com uma vivacidade cativante, onde o leitor de vê na pele de diversos personagens de diversas partes do mundo e de diversas eras. O término do relato desse prisioneiro liberto de seu corpo é uma reflexão filosófica poética e enternecedora.
Essa minha primeira leitura do Jack London certamente se seguirá de toda a sua obra restante.
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Regis 10/02/2024

Uma narrativa de torturas e viagens através do tempo
O Andarilho das Estrelas foi publicado em 1915, e é um livro muito diferente de tudo que Jack London já havia escrito, foi inspirado por um relato verdadeiro que foi contrabandeado da prisão de San Quentin, nos Estados Unidos, no início do Século XX, escrito por um detento chamado Danell Standing: um professor de agronomia que matou um colega de faculdade e foi condenado a prisão perpétua. Ele permaneceu na solitária por oito anos sendo torturado com a Camisa-de-força: um método de tortura da prisão no qual era obrigado a passar até cem horas ininterruptas completamente amarrado e jogado no chão de uma cela. Para escapar das terríveis dores e estado de quase morte ele submetia-se à auto-hipnose fazendo sua mente retroceder até suas vidas passadas para vislumbrá-las através de um "desdobramento astral".
Danell Standing deixou registrado um relato com provas de uma de suas existências que está exposto hoje no Museu da Filadélfia.

Jack London na dedicatória, de O Andarilho das Estrelas, que endereça a sua mãe, diz: "Sinto-me bastante culpado de tê-lo escrito, porque não acredito em nada disso" sua mãe era espírita e médium e London era devidamente materialista e engajado na luta para melhorar a condição dos oprimidos pelo sistema capitalista.
A divulgação das torturas passadas por Danell Standing em San Quentin ajudou a mudar a legislação penitenciária norte-americana.

A narrativa se passa entre as viagens astrais do personagem e o cotidiano na prisão, tornando mais fácil digerir os relatos detalhados das torturas sofridas por ele. A escrita de Jack London continua primorosa e a imersão na história é imediata.
A leitura desse livro me deixou completamente estarrecida com os métodos de torturas usados pelo diretor Atherton e o Capitão Jamie no calabouço de San Quentin e a cada relato de Standing senti arrepios por todo corpo e entendi completamente sua urgência em buscar enlouquecidamente por uma fuga. Sua luta, longa e dolorosa, para dominar o corpo através de sua mente mostra uma vontade inquebrável de fugir da realidade de sua existência naquela prisão.
Standing aprende a desprender seu espírito do corpo para suportar toda a dor excruciante que lhe é infringida e com isso consegue se libertar do sofrimento físico entrando em um estado alterado de consciência para viajar pelas memórias de suas vidas passadas.
Aprender a sofrer passivamente e manter o cérebro em sereno repouso deve ser dificílimo, mas foi o que Standing fez durante oito longos anos antes de sua execução, ele teve fé absoluta na predominância da mente.
Os relatos das aflitivas horas que passava na Camisa-de-força, que deixava seu corpo como uma massa de ferimentos e miséria, é agoniante.

A parte espiritual e filosófica de "O Andarilho das Estrelas" também aparece em outros livros que já li e foi muito interessante poder saltar através do espaço tempo e vislumbrar as vidas passadas de Standing pelos séculos e milênios da existência humana. Me vi presa em cada história de épocas diferentes das quais tomei conhecimento juntamente com ele. Foi como se estivesse lendo vários contos.

O ponto de vista de London sobre o assunto está presente e ficamos ciente do posicionamento do autor sobre o relato de Danell Standing desde o início na dedicatória do livro: "Acredito que o espírito e a matéria estão tão intimamente ligados que ambos desaparecem juntos quando a luz se apaga."

Esse foi o último livro de Jack London publicado enquanto estava vivo e foi para mim, que sou uma grande fã de seus livros, uma diferente, mas magnífica leitura que recomendo para todos.
Núbia Cortinhas 11/02/2024minha estante
Adorei a resenha, super informativa. ?????


Regis 11/02/2024minha estante
Obrigada, Núbia!?


HenryClerval 11/02/2024minha estante
É perfeição que fala? Parabéns, Régis, é uma resenha melhor que a outra!!! ????


Regis 11/02/2024minha estante
Nem sei o que dizer, Leandro... Obrigada!?


Flávia Menezes 11/02/2024minha estante
Que livro intenso!! Quanta brutalidade do sistema presidiário americano deve ter sido relatada nesse livro.
Que bela resenha, Regis! Sua forma de se aprofundar no livro e trazer uma resenha tão completa é impressionante! ????????


CPF1964 11/02/2024minha estante
A professora perguntou para o Joãozinho: Me diga um sinônimo para Pleonasmo ? Ele respondeu: Regis fessora.


Regis 11/02/2024minha estante
Obrigada, Flávia. ?
Jack London abordou um assunto no qual não acreditava apenas para abordar a tortura denunciada por Danell Standing em seu relato.


Regis 11/02/2024minha estante
Cassius... ????


Cleber 12/02/2024minha estante
Sempre com ótimas resenhas??????
Não conhecia esse livro do London, fiquei curioso para ler tbm


Regis 12/02/2024minha estante
Obrigada, Cleber! Espero que goste, é uma ótima leitura. ??




Mente.Leitora 03/09/2021

O andarilho das estrelas
Leitura de ruptura. É o que posso falar sobre minha experiência lendo esse livro. É denso e magnético. Simplesmente mergulhei na leitura e em alguns momentos me vi com total empatia e dos prantos devido ao tamanho sofrimento. É sensacional e magnífico. Super indico a leitura.
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Lorena 09/04/2021

O Andarilho das Estrelas, escrito por Jack London é um romance ficção baseado em fatos reais escrito no início do século XX. Narra a história de um prisioneiro condenado à morte pelo enforcamento na prisão de San Quetin, Califórnia/USA.

No entanto, para além do resultado da sentença, o que realmente é escancarado para o leitor são os abusos torturantes cometidos pelo sistema carcerário - principalmente com o uso da camisa de força (por vezes, duas ao mesmo tempo) e ainda mais além, os relatos minuciosos de vidas passadas do personagem principal da história ficcional, Darrell Standing.

Colocado por cinco anos na solitária da prisão, ele aprendeu com Ed Morrell - "companheiro" condenado também no calabouço da solitária - a ter consciência plena do seu corpo para poder "matá-lo" enquanto estivesse nas horas - que duravam dias - na camisa de força e deixar seu espírito, seu verdadeiro eu, livre para explorar por onde conseguisse, literalmente, ir.

É a partir do momento que Standing consegue realizar essa morte temporária para se livrar das agonias da camisa de força que o leitor é colocado diante de acontecimentos históricos com riqueza de detalhes e narrados pela posição do olhar dele em outra vida. E, ao mesmo tempo, fica entendido de onde vem a força para ele aguentar os cinco anos na solitária com todas as mazelas, torturas e fraquezas corporais que precisou suportar.

Um relato repleto de aprendizados espirituais e que desnudou as barbáries cometidas no encarceramento a tal ponto que foi capaz de mudá-las.
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Peleteiro 30/10/2020

Um livro muito bem escrito, assim como toda a obra de Jack London, porém, talvez este seja o trabalho mais prolixo dele. As precisas descrições por vezes encantam, é verdade, mas, em contrapartida, os longos capítulos sobre as vidas passadas do personagem entediam, como se outras histórias fossem sempre inseridas às pressas (apesar de, depois, o autor escrever uma linha ou duas na intenção de contextualizar os acontecimentos com a história contada, de Darre Standing). Talvez o livro se torne mais interessante para quem crê no espiritismo. De qualquer modo, uma digna leitura sobre o tema.
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Francisco.Martins 20/05/2020

Melhor livro que li neste ano até agora
"Ah, acreditem em mim, eles ficam cientificamente certos de que um homem está morto depois que o penduram numa corda"

"Há mais do que um grão de verdade no erro contido na definição infantil de memória: memória é a coisa com a qual a gente esquece. Ser capaz de esquecer significa sanidade. Lembrar incessantemente significa obsessão e loucura"

O livro é uma grande aventura que se rompe em eras e corpos. Preso em uma camisa de força darrel aconselhado por um companheiro de sela só vê uma escapatória da dor e agonia deixar que seu corpo morra e que sua mente se desprenda. Nisso darrel se vê novamente em vidas passadas ora como uma criança ora como um conde um viking um náufrago e muitíssimas outras reencarnações!
É o primeiro livro do Jack London que leio e Com certeza vou ler seus outros livros.
Mare Araujo 20/05/2020minha estante
UAU
UAU




Aldo Jr. 18/04/2017

Perfeito!
Jack London narra os devaneios de um presidiário que tenta aliviar as dores da tortura com experiencias pela história da humanidade e pela sua própria história.
A narrativa é perfeita e cada uma das experiências nos leva a concluir a composição do caráter e da condição de Darrell Standing, enquanto ele aguarda, sem quebrar nenhuma vez, sua hora no corredor da morte.
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Eder Ribeiro 10/11/2016

Aprisionado, Darrell Standing, sofrendo tortura indizível, desliga do corpo mentalmente e nos relata suas vidas passadas em diferentes épocas e lugares.
Aprecio muito os livros do Jack London. O Andarilho das Estrelas, apesar de alguns trechos maçantes, vale a pena ser lido.
Como o livro nos fala sobre liberdade, penso, pouco importa a sua condição social, o lugar que se vive, desde que seja em um regime democrático, só a conquistamos quando conseguimos controlar as nossas vontades. A liberdade, como a felicidade, é um estado que você se condiciona.
Lendo nas entrelinhas, percebe-se que o prisioneiro, no caso Darrell, ao ter controle de sua mente, consegue se libertar da dor causada pela tortura, e conseguinte, aprisiona o seu torturador numa vontade desenfreada de quebrantá-lo, tanto fisicamente quanto espiritualmente. Preso a essa vontade, o torturador perde a sua liberdade, mesmo estando livre
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Inlectus 10/04/2016

Magnífico.
Cinco estrelas, luz ao espírito.
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Rubio 12/02/2014

Li esse livro por ironia do destino, resolvi ler à frente de todos livros da minha lista de espera e fiquei contente por isso. Primeiro livro que leio desse autor e já acho o cara foda, ele conseguiu me oferecer todas as ferramentas pra uma projeção de cenários em minha mente sem nem precisar apelar pra acender um baseado, e ainda acompanhado com pensamentos filosóficos. O livro é brilhante. Um prisioneiro condenado à morte, recebe umas dicas sobre um estado de trance que pode ser alcançado nas seções de camisa de força, assim que ele consegue dominar essa técnica, ele se vê capaz de elevar sua consciência pra fora de seu corpo e andar pelo universo, e também relembrar episódios que ele acredita ser de suas antigas encarnações.Recomendo
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Mekare 12/09/2013

Trechos
P.s.: Surpreendente a exaltação à mulher que ele faz no final do livro! Passou o livro inteiro praticamente sem mal citar nada à respeito e no final, a mulher passa a ser a razão de tudo... ;)

“Nossos sonhos são feitos das coisas que conhecemos. A substância dos nossos sonhos é a substância das nossas experiências.” 23

‘Homens inteligentes são cruéis. Homens estúpidos são monstruosamente cruéis. '

'...memória é a coisa com a qual a gente esquece. Ser capaz de esquecer significa sanidade. Lembrar incessantemente significa obsessão e loucura.' 59

'Vede, o mundo é um lugar muito mau, a vida é muito triste, todos os homens devem morrer e, uma vez mortos... bem, mortos estão. Portanto, para escapar ao mal e à tristeza, os homens de hoje, como eu, buscam o aturdimento, a insensibilidade e a loucura da frivolidade' 101

'A vida não pode ser explicada em termos intelectuais. Como disse Confúcio há muito tempo: "Quando somos tão ignorantes da vida, podemos conhecer a morte?!" E ignorantes da vida somos quando, na verdade, não podemos explicá-la me termos de compreensão. Conhecemos a vida apenas como fenômeno (do mesmo modo que um selvagem conhece um dínamo) e nada conhecemos da vida como númeno, nada conhecemos sobre a natureza da substância intrínseca da vida.' 133

“Muito estranho é o homem, sempre insaciável, sempre insatisfeito, nunca em paz com Deus ou consigo mesmo, seus dias cheios de inquietude e esforços inúteis, suas noites uma fartura de sonhos vãos cheios de ambição e pecado.” 270

"Penso, às vezes, que a história do homem é a história do amor da mulher. Essa lembrança de todo o meu passado é a lembrança do meu amor pela mulher. Sempre, nos dez milhares de vidas e formas, eu a amei. Eu a amo agora. Meu sono é repleto dela; minhas fantasias na vigília, não importa onde comecem, levam-me sempre para ela. Não há como fugir dela, aquela figura eterna, esplêndida, sempre resplandecente, da mulher.
Não entenda mal, não sou nenhum rapaz imaturo e apaixonado. Sou um cientista e um filósofo. Eu, como todas as gerações de filósofos antes de mim, conheço a mulher pelo que ela é – suas fraquezas, mesquinharias, presunção, abjeção, seus pés presos à terra e seus olhos que jamais olharam as estrelas. Mas... a verdade duradoura e irrefutável permanece: Seus pés são belos, belos são seus olhos, seus braços e seu seio são o paraíso, seu encanto tem poder além de todo o encanto que jamais ofuscou o homem; e, assim como o alvo forçosamente atrai o dardo, ela forçosamente atrai o homem.
A mulher me fez rir da morte e da distância, zombar da fadiga e do sono. Massacrei homens, muitos homens, pelo amor da mulher; em sangue batizei nossas núpcias e com sangue lavei a nódoa de seus favores a outro homem. Desci aos abismos da morte e da desonra, traí os companheiros e as estrelas do céu, por amor à mulher – ou melhor, por amor a mim mesmo, que tanto a desejava. E escondi-me entre as espigas de cevada, doente de desejo por ela, apenas para vê-la passar e encher os olhos com sua ondulante formosura, com seus cabelos negros como a noite ou castanhos ou cor de linho ou com todo o ouro do sol.
Pois a mulher é bela... para o homem. Ela é doce ao paladar do homem, ela é perfume em suas narinas. Ela é fogo em seu sangue, é o toque das trombetas. Sua voz é a mais pura música em seus ouvidos. E ela pode abalar a alma do homem, que, de outro modo, mantém-se inabalável diante da terrível presença dos Titãs da Luz e das Trevas. E além de suas estrelas, nos distantes paraísos de sua imaginação, valkíria ou houri, o homem faz, de bom grado, um lugar para a mulher; pois ele não poderia ver um paraíso sem ela. E a espada cantando na batalha não canta canção tão doce como aquela que a mulher canta ao homem só com seu sorriso ao luar, seu gemido de amor na escuridão ou seu andar ondulante ao sol, enquanto ele cai, tonto de desejo, na grama.
Morri de amor. Morri por amor..." 293

“Eu vivi muitas vidas através de longas eras. O homem, o indivíduo, não fez nenhum progresso moral nos últimos dez mil anos. A diferença entre o potro selvagem e o paciente cavalo de carga é apenas uma diferença de treinamento. O treinamento é a única diferença moral entre o homem de hoje e o homem de dez mil anos atrás. Sob a fina casca de moralidade que poliu sobre si, ele é o mesmo selvagem que era há dez mil anos. A moralidade é um capital social que se ampliou gradualmente através de longas e dolorosas eras. A criança recém-nascida se tornará um selvagem a menos que seja treinada e polida pela moralidade abstrata que foi se acumulando por tão longo tempo.”


site: https://www.facebook.com/renatapslima http://moonlit-lady.tumblr.com/
Rubio 12/02/2014minha estante
Concordo que a mulher seja a razão de tudo.


Joyce 30/05/2014minha estante
Adorei a resenha, fiquei com muita vontade de ler esse livro!


Jim 03/07/2018minha estante
Spoiler!!!




Kelly 17/05/2013

Vida? O que é isso?!
Gosto do tema do livro mas, não consegui me identificar muito com o texto. Vou ler outros livros do autor para ver se melhoro a percepção.
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Gouget 16/07/2012

Não é um livro esotérico
O livro consegue te prender pelos fatos bem contados. As histórias são um pouco pesadas, recheadas de violência e tensão. Não recomendo lê-lo na hora de dormir.
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Karla 04/06/2012

É um livro que me confunde e me perturba... Fico pensando se é ficção ou se é realidade, no que devo acreditar, se eu deveria pensar nisso e as perguntas não param.
Lembro que sempre senti curiosidade em relação à esse livro, pois muitos lugares o cita como um mistério, de início pensei que teria uma decepção, mas isso não aconteceu.
É intenso e muitas vezes perturbador, você acaba refletindo muitas coisas em sua vida e confesso que muitas partes do livro, eu queria que tivesse mais detalhes.
Quero escrever essa resenha, sem fazer spoiler, então digo que é um ótimo livro, se você tiver uma mente aberta, se você deseja ter seu lado de crenças afetado ou ao menos é um curioso não-fanático.
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cid 25/05/2009

Não é um Jack london regular, é fantastico
O livro faz pensar, principalmente sendo assinado por J L .
Envolve camisa de força, desdobramento fora do corpo fisico e vidas passadas.
"Eu vivi tantas vidas. Estou cansado da infindável batalha, da dor e da tragédia que caem sobre aqueles que ficam nas alturas, trilham os caminhos luminosos e vagueiam entre as estrelas."
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