O Sol Também Se Levanta

O Sol Também Se Levanta Ernest Hemingway




Resenhas - O Sol Também Se Levanta


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GCV 23/03/2009

Ah, a Espanha...
Primeiro, confissão particular: quando terminei de ler, pensei "Poxa vida, mas sobre o que é esse livro?". Aquela dúvida me corroeu. Sentei então na varanda e comecei a divagar.

Precisei então rememorar todo aquele vinho, os copos de champagne, as touradas, os piqueniques, as trutas frescas, as viagens... Embora o cânone a leia como uma obra sobre a geração do entre-guerras, minha leitura nem levemente tocou nisso. Eram tantos bares, e bebedeiras, e novos amigos a fazer que a guerra não precisava ser lembrada: afinal, "uma geração vai, e outra geração vem; mas a terra para sempre permanece. Nasce o sol [The sun also ariseth], e o sol se põe, e apressa-se e volta ao seu lugar de onde nasceu" (Eclesiastes, 1:5-6; de onde, aliás, saiu o título).

Então todo aquele vinho, os copos de champagne, as touradas, os piqueniques, as trutas frescas, as viagens, já faziam mais sentido do que qualquer guerra. E isso basta.
Adriana F. 23/08/2009minha estante
Não li o livro, mas não consegui evitar de comentar esta resenha: Linda! Li apenas um livro do Hemingway e é um dos meus grandes favoritos EVER. Depois de ler esta resenha, procurarei conhecer a obra!


Bell_016 01/06/2010minha estante
Não entendi. Você quis dizer que a preocupação em "viver o momento" deles era tão grande que as lembranças da guerra não importavam mais? Que ela tinha ficado para trás enquanto eles "celebravam o momento?



Ariba 23/11/2010minha estante
Me senti da mesma forma que você qaundo acabei de ler esse livro.


wolfbraga 23/02/2013minha estante
Discordo completamente de você. Esse livro e sobre uma geração perdida sim. superficial, sem rumo, vivendo apenas 10% do que se pode viver e se afogando no álcool (como a geração perdida de agora se afoga em drogas mais pesadas). Do mesmo modo que Hermann Hesse retratou as profundesas da alma do periodo entre guerras Hemingway fez o caminho inverso ficando na superficie. Pena que isso tenha lhe custado a sanidade e depois a a vida.


Renan Machado 10/12/2014minha estante
Também não entendi muito quando acabei de ler. Só fui entender quando assisti o filme "A Doce Vida", que também é sobre uma geração que afoga as mágoas no copo e na cama. O que fica mesmo é o estilo leve e bem humorado do Hemingway mesmo em cenas complicadas.


Luiz Marcelo 15/02/2016minha estante
Galera, é justamente o oposto. Eles bebem o tempo pq estão fugindo. Não é que não precisam lembrar da guerra, eles querem esquecê-la. Não tem nada de festivo, a não ser na aparência. É pra fugir da guerra, que tirou amigos e parentes deles. Jake ta na merda, perdeu a virilidade na guerra, ficou brocha e isso o impede de ficar com a mulher q ama (e q o ama), pq não consegue consumar o amor. Isso é curtição?




Aline 30/09/2011

Teor Alcoólico 40%
Jake, Brett, Bill, Mike e Cohn bebem. Bebem Whisky. Bebem Vinho. Bebem Cerveja. Bebem Martini. Bebem Absinto. Bebem em Paris. Bem em Pamplona. Bebem em Madri. Entre uma dose e outra, se amam e se odeiam. E participam da Festa de São Firmino, espécie de Sapucaí com ímpetos de crueldade contra os animais.

Os fãs podem argumentar que a história trata das relações humanas e de seus conflitos. E eu responderia o seguinte: pois então me arranja um pano de fundo melhor, porque eu não gosto de bêbado e abomino touradas.
Aline 30/09/2011minha estante
Já estou esperando a represália, uma vez que a minha foi a única resenha que critica o livro negativamente. Hehehe


Matheus 13/03/2013minha estante
Fui me busca deste livro por causa do ótimo "Meia Noite em Paris", de Woody Allen. Nunca havia me interessado pelos grandes escritores americanos, como Hemingwuay e Fitzgerald. Comprei o livro esperando uma história que mostrasse como era o universo dos boêmios que iam dos EUA para a capital francesa, e depois para a Espanha. Mas o livro está mais para um diário de viagem, do qual fiquei esperando, até quase o final, um acontecimento singular que despertasse minha atenção. Não aconteceu. Não é que Hemingwsy não fosse um grande escritor; eu é que não gosto de histórias que parecem não ter objetivo, que são só um relato do cotidiano. Quando pego um livro, quero ver algo diferente do que eu veria num filme da sessão da tarde. Quero emoção, quero profundidade, quero personagem pelos quais torcer ou ao menos me interessar. E em O Sol Também se Levanta, não encontrei nada disso.


Edison Garreta 19/12/2013minha estante
Faltou dizer que além de tudo isso, o livro é chato.


Luiz993 30/12/2014minha estante
Hemingway escreve muito bem, mas concordo com você, as sequências de bebedeiras são um pé no saco, e mais, as intermináveis descrições das paisagens, do recolhimento aos aposentos de Jake são chatas demais. Terminei de ler o livro por teimosia e por esperança de encontrar uma boa trama, mas senti pena de mim mesmo em não ter lido outros clássicos que na época gostaria de ter lido.


Christie 11/01/2021minha estante
Aline, você expressou exatamente o que pensei ao terminar o livro. Sinceramente eu não encontrei nada de útil nessa obra, alias havia terminado a pouco "Por quem os sinos dobram" e anteriormente "O velho e o mar", e com exceção aos odres de vinho e alguns nuances, O Sol Também Se Levanta em nada lembrou o Hemingway que eu tanto admirei nas outras leituras. Sem contar que eu tive que ler a primeira parte do livro com um mapa de Paris do lado (risos)




Andre.28 15/12/2020

Uma viagem pelo País Basco e pelas Touradas de Pamplona
Ernest Hemingway teve uma vida literária prolífica, tendo como ponto máximo um tipo de literatura apurada. Os seus livros apresentavam um caráter de tragédia, recheados de personagens melancólicos em um ambiente catártico e/ou revolucionário, propunha para seus personagens e para seus leitores uma literatura de contemplação e participação nos atos. A paixão Hemingway pela Espanha vem desde os tempos de jornalista, e aqui é estampada também pela cultura dos povos espanhóis, em especial do País Basco. Em “O Sol também se Levanta” temos estes elementos, entre a tragédia e a contemplação, o livro passeia pela Europa, de Paris às Touradas de Pamplona, uma visita aos recantos das culturas da Espanha contemporânea. Publicado em 1927, este romance de estreia de Hemingway foi aclamado pelo público e elogiado pela crítica especializada.

O livro narra a história de viagem de Jake Barnes, um jornalista estadunidense e de Lady Brett Ashley, jovem viúva inglesa por quem ele estava apaixonado. Nessa jornada eles saem de Paris com outros amigos, o experiente jornalista e escritor Robert Cohn, e Mike Campbell, um playboy esbanjador inglês e que também é apaixonado por Lady Brett. De Paris ao País Basco eles aproveitam a viagem, vivenciado a cultura dessa região da Espanha. A história se detém, em seu final, a festa de São Férmin e as touradas em Pamplona. Lá eles se deparam com Pedro Romero, toureiro espanhol em uma eminente disputa amorosa. Paixão, melancolia e esperança se misturam numa narrativa cheia de elementos culturais.

Este livro apresenta elementos bem trabalhados por Hemingway. A história é recheada de muitos diálogos com um pano de fundo simbólico. O poder da narrativa é sentido na melancolia das palavras, numa literatura que retrata os conflitos e frustrações de pessoas adultas que deixam uma metrópole em busca de aproveitar a vida em uma viagem. Os arquétipos humanos de Hemingway são dotados dessa melancolia juvenil, e vivem um caos de complexidade em relações humanas quebradas. Arquétipos que abraçam o vazio existencial de forma irônica e trágica. Narrativa para refletir sobre a juventude, vida adulta, morte, realidades difíceis de encarar e uma busca pela esperança perdida. Leitura que vale a pena.
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gariglio 26/03/2021

tomar café e encher o cu de cachaça
Hemingway foi um grande autor, mas foi uma pessoa controversa. Isso se reflete na sua obra.

Durante a infância, ele foi forçado a se vestir como menina e isso deixou uma marca profunda: ele se tornou um estereótipo de hipermasculinidade. Isso se reflete no livro, com as touradas e o boxe, por exemplo.

Não sei ao certo, mas pelo visto ele era gênero fluido. E a obra dele foca bastante em sexo: Jake, impotente. Brett, uma mulher sexualmente independente e com vários casos.

Interpreto corte de cabelo "masculino" da Brett como uma alusão ao fetiche que ele tinha com isso.

Os curtos diálogos refletem o próprio autor: não muito propenso a papear.

Outro ponto a ser levantado é que quanto mais escroto Robert Cohn se tornava, mais comentarios antissemitas apareciam (e isso chega a ficar indigesto).

O escritor foi extremamente machista e misógino nos casamentos que teve. O anti-semitismo também foi presente em cartas pessoais, não é presente apenas pelo fato do cara em que a personagem foi inspirada ter tido desavenças com ele.

Entretanto, é um livro bem escrito, bem interessante pra entender a "geração perdida" entre as guerras mundiais e como o trauma da violência (não) era enfrentado. Além do mais, transpor nossa visão atual de sociedade pro contexto da época seria anacrônico.

Em uma obra praticamente autobiográfica, que agrada alguns e desagrada outros, uma coisa é certa: o que não falta nela é tomar café e encher o cu de cachaça.
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Bernal 24/06/2022

Vidas vazias e solidão
No início, não achei o livro interessante, foi difícil entender o propósito da conexão entre os personagens. O antissemitismo pincelado vez ou outra também me incomodou, mas acredito que pelo contexto histórico, trata-se de uma leitura muito válida. Sendo assim, recomendo!

Resenha completa no IG @be.thereader
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Raphael 13/11/2012

O Sol Também se Levanta
Hemingway é um dos meus favoritos. Um homem que não se preocupava com histórias épicas e fantásticas, pois sabia que nenhuma história é boa se não se sabe contá-la. E ele sabia e sabia que sabia - confiança que quase nenhum escritor tem.

Li alguns comentários sobre como esse livro não tem gênero definido ou trata apenas sobre superficialidades, tornando-se, então, um livro sobre nada. Bom, esse é o livro sobre nada mais profundo que eu já li na vida. Para aqueles que precisam de um gênero para se situar, o gênero é a vida. É isso que acontece nesse livro - a realidade.

Tente imaginar por um segundo, viver sua vida de forma normal após ter lutado em uma guerra. Amigos seus foram assassinados em sua frente e você matou alguns jovens da sua idade, com os seus sonhos e desejos. Tudo isso em nome de alguma coisa, eles te disseram, mas essa coisa nunca veio, ou pelo menos não para você. Tudo que você tem é sangue nas mãos e um ferimento que te impede de demonstrar o amor àquela que você ama. Agora tente passar por isso sem se tornar um tanto cínico, como os personagens "tão superficiais" do livro.

A bebida, as festas, a luta contra a natureza, tudo isso é uma grande compensação, com o objetivo de superar ou fazer esquecer todas as perdas. É tudo falso, então uma hora explode, mas é só isso que é possível fazer, adiar a explosão a qualquer custo.

Esse livro não deve apenas ser lido. Deve ser analisado. Cada caso, cada personagem, cada palavra, está no livro por algum motivo muito maior que simplesmente contar uma história para animar o leitor.

Obs.: Não indicado para aqueles que precisam ser emocionalente masturbados por tudo e por todos.
Maria Ferreira / @impressoesdemaria 03/05/2014minha estante
Suas resenhas são as melhores!


Flávia Lira 03/04/2016minha estante
Puxa Raphael adorei suas palavras, caraca! por isso gosto de ler resenha antes de começar o livro antes de qualquer expectativa é melhor começar com a essência. Vou atrás desse livro.




Cesar Garcia 28/07/2023

Uma geração perdida
O livro oscila entre momentos muito interessantes e momentos de tédio, onde os personagens não fazem nada e são extremamente chatos.
Gostei bastante do protagonista e das partes onde ele aproveita a vida e fica contemplativo.
A escrita de Hemingway como sempre é magnífica.
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igormarx 03/07/2021

Uma bela imersão
Esse livro não gira em torno de um tema específico. Ele simplesmente acompanha as vivências das personagens, colocando o enredo em segundo plano, como um mero pretexto para explorar os anseios e angústias da "geração perdida". Imagino que muitos, como eu, gostaria de um aprofundamento nas personagens, mas acho que essa representação sem o toque onipresente da narração enriquece muito a imersão na narrativa. Eu particularmente gosto muito desse estilo de escrita, mas reconheço que não é pra todos
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Fabio 22/10/2010

Em primeiro lugar preciso dizer que estou falando de Ernest Hemingway. Seria equivalente ao comentar algo sobre a obra de Machado de Assis. Inclusive, na minha opinião pessoal, eles tem estilos um pouco parecidos, mas temas completamente diferentes.

O resumo da história é bem breve. Um grupo de amigos: escritores, jornalistas, correspondentes e afins, passam seu tempo em Paris. As primeiras setenta páginas do livro mostra a interação das personagens se movimentando entre hotéis, bares, cabarés e restaurantes. Mostrava boemia, efervescência cultural e a "geração perdida". Tudo bem descritivo...

Lembro que o livro foi escrito em 1926. A lei seca imperava nos EUA e a maioria da intelectualidade boêmia americana foi para a Europa. Principalmente Paris.

Esses amigos decidem ir para a Espanha, na cidade de Pamplona para ver o festival de São Fermin e as touradas. É isso.

O livro mostra basicamente três coisas que Hemingway mais gostava. Bebida, boemia e a força da natureza contra o homem.

É um bom livro. Um clássico.

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Elizabeth 28/01/2023

Cansativo
Muito lento, diálogo triviais, história rasas. Personagens cansativos. Só li para ter certeza que não faz meu estilo. Fiquei revoltado com as touradas.
Iara53 29/05/2023minha estante
Chato demais


Elizabeth 29/05/2023minha estante
Concordo




Cris.Aguiar 22/06/2023

Comecei errado
Acho que entrei em Hemingway pela porta (livro) errado.

Embora seja interessante a história e o que ela me propôs a pensar; a escrita em si, os diálogos, as descrições.... muuuuuuuuuuuuito chato!

Esse foi o segundo livro desse ano que quase abandonei. Só não o fiz porque é Hemingway e queria ver se no final teria algo que fizesse valer a pena. O livro fica mais fluído de ler depois do meio quando enfim chegam às touradas, mas ainda assim... é enfadonho (o que pelo visto é proposital para o que ele queria que pensássemos dos personagens)...

Enfim, não desistirei do escritor, porém não recomendo ninguém a começar por esse livro.
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Gabrielle 19/12/2022

Livro sobre a solidão
Eu amei ler O Velho e o Mar, e foi justamente ele que me motivou a procurar outros livros do autor. No entanto, esse não me cativou.

Acho que a solidão é a personagem principal de O Sol também se levanta. Ela aparece transvestida em um grupo de amigos que se encontra após a guerra para beber e festejar na Espanha. Porém, é tudo fachada, pois todos estão com diversos problemas pessoais.

Mesmo a escrita sendo impecável, é um livro que eu não leria de novo.
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Nati Sampaio 01/01/2021

O título é lindo, não é mesmo? Achei que teria uma grande história, com um título desses. Mas não se enganem, caros leitores, porque esse livro não possui história alguma.
É um romance narrado em primeira pessoa por um rapaz, Jake Barnes, entediado e rico. Tão entediado, que fiquei também. A trama se baseia em idas a bares e restaurantes infindáveis, com assuntos triviais, e personagens detestáveis. Eis o Jake, nosso narrador, entediado e ausente de qualquer emoção. Temos a Brett, uma mulher detestável, egoísta e dissimulada, que nada faz além de brincar com os sentimentos dos homens que a amam, e ficar depois se fazendo de coitada e desentendida. Temos Robert Cohn, que por mais detestável que seja, pelo menos é sincero e mais real. Ele ao menos sente coisas, e expõe. Mas ainda assim, uma ridícula pessoa da qual só nutri raiva. Temos Bill e Mike, que são mais legais. Pelo menos, eles sabem o que querem, e são mais divertidos. Os poucos momentos divertidos do livro se deram em trechos com esses dois rapazes.
Eu estava infinitamente cansada de acompanhar esses personagens em restaurantes e bares, para NADA ACONTECER. Honestamente, absolutamente nada aconteceu. Em Paris, eram todos reclamando da vida e bebendo e comendo. Na Espanha, o mesmo drama, com o acréscimo de que estavam nas ?fiestas? e tive que ler a desagradável descrição das touradas, e os tristes fins dos bois, cavalos e touros.
Enfim, eu me perguntei inúmeras vezes se eu estava perdendo algo do livro. Porque não me conformo que seja um livro tão aclamado, e ainda assim, tão detestável pra mim. Ficaria mais tranquila se alguém me dissesse que eu li errado, que eu não entendi, que eu fui burra demais pra entender a essência do livro.
Porém não posso negar a felicidade que fiquei em terminar esse livro. Porque ele acabou.
Lucas 08/02/2021minha estante
Muito Obrigado por esse comentário!!! Por um instante eu pensei que estava ficando burro e não tinha entendido o livro. Aquele monte de nada que aconteceu...zzzzzzzz


PH 19/08/2021minha estante
Tive a mesma impressão. Não entendo o frenesi em torno desse livro... não entendo mesmo. Li também os críticos especializados e mesmo assim não me convenço da possível beleza que dizem que esse livro possui. Segundo livro que leio do autor e continuo não gostando.




Bell_016 26/06/2010

O Sol também se Levanta conta a história de um grupo de amigos conhecidos como a Geração Perdida. Pós-guerra eles não encontram mais motivos sólidos para viver. Jake raramente fala de si mesmo, só podemos perceber seu personagem pelo modo como ele interage com o mundo, ele é esperto o suficiente para captar os problemas, mas não tem força para mudá-los. Só sutilmente chegamos a saber a real natureza do seu ferimento e como isso afeta sua vida, seu amor por Brett pelo qual ele faz qualquer coisa inclusive trair seus próprios desejos. Jake ressente-se dos outros por poderem proporcionar a ela o que ele não pode e isso reflete-se inconscientemente no tratamento que dispensa.


Uma geração de homens que se viram enfraquecidos, perdeu-se a imagem romântica do homem capaz e suficiente, pois a guerra provou não ser assim. Insegurança, tentativas de impor-se, dificuldade de criar qualquer tipo de laço, isso tornou-se essa geração. A mulher, Brett, no livro se mostra o ser dominante, apesar de ela mesma estar perdida, é ao seu redor que todos orbitam e por ela que se batem e brigam entre si. O fim do seu relacionamento com Romero se dá mais porque ele tenta mudá-la do que por auto-sacrifício.


O aumento de proximidade masculina fez surgir uma preocupação em não confundir esse comportamento com qualquer tipo de homosexualidade, como Bill deixa claro ao dizer que gosta de Jake.


Hemingway sempre escreve pouco para dizer muito, as cenas dos bois são metáforas da personalidade de Jack, assim como as corridas e a morte de um aficionado a metáfora da morte do velho mundo, pré-guerra.


Mike, sempre bêbado, confronta os outros com as perguntas que tem medo de fazer a si mesmo, seus comentários sobre uma época tão traumatizante são sempre disfarçados com piadas e grosserias.


Cohn, deslocado e tímido, encara os valores pré-guerra que ele mesmo acaba por trair e tenta recuperá-los, porém isso é impossível. Pra alguns ele é o personagem principal do livro por encarnar a metáfora maior da morte dos velhos valores. Todos ressentem-se de Cohn que não consegue mais impor-se e foge.


Não há esperança nessa novela, talvez com um leve vislumbre no capítulo da pescaria, essa é realmente uma Geração Perdida.
Itala 25/12/2012minha estante
sua resenha me fez entender um pouco melhor o livro... mas mesmo assim, não tive uma boa impressão dele... me pareceu fútil pela sequencia interminável beber-comer-dormir-brigar... enfim... valeu a leitura por ser um clássico mas... não recomendo!


bieel 26/02/2015minha estante
Nossa, enquanto lia os comentários nas resenhas fui me desanimando, mas percebi na sua resenha que não se trata da interminável sequencia de beber,comer,dormir,brigar... até porquê isso é uma característica de uma 'geração perdida' chegando a ser quase inevitável (como o filme embalos de um sábado a noite consegue) retratar, ela mostrou (sua resenha) que a superficialidade dos acontecimentos e alguns eventos não mostram apenas um conto (filme) sem objetivo, mas sim a complexidade de sentimentos envolvidos na construção de cada personagem. Estou muito empolgado para poder lê lo. thanks!




Jacqueline 29/05/2022

Ruim ruim ruim
Jake Barnes é um jornalista americano morando em Paris após primeira guerra mundial, vivendo junto a seus amigos escritores que resolvem ir para a Espanha acompanhar uma famosa fiesta em Pamplona.
A história é narrada com diálogos simples, dando um ar de diário de viagem dos personagens, vivendo uma vida boêmia, regada a vinho do café da manhã à janta, vivendo conflitos emocionais e medos reprimidos.
Porém, as falas racistas e antissemitas terminaram de destruir esse livro para mim, acabando com a narrativa que já não era lá essas coisas. Mesmo levando em consideração que a história se passa nos anos 1920, não merece todo o reconhecimento nos dias atuais.
Ruim e desnecessário.
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