Nati Sampaio 01/01/2021
O título é lindo, não é mesmo? Achei que teria uma grande história, com um título desses. Mas não se enganem, caros leitores, porque esse livro não possui história alguma.
É um romance narrado em primeira pessoa por um rapaz, Jake Barnes, entediado e rico. Tão entediado, que fiquei também. A trama se baseia em idas a bares e restaurantes infindáveis, com assuntos triviais, e personagens detestáveis. Eis o Jake, nosso narrador, entediado e ausente de qualquer emoção. Temos a Brett, uma mulher detestável, egoísta e dissimulada, que nada faz além de brincar com os sentimentos dos homens que a amam, e ficar depois se fazendo de coitada e desentendida. Temos Robert Cohn, que por mais detestável que seja, pelo menos é sincero e mais real. Ele ao menos sente coisas, e expõe. Mas ainda assim, uma ridícula pessoa da qual só nutri raiva. Temos Bill e Mike, que são mais legais. Pelo menos, eles sabem o que querem, e são mais divertidos. Os poucos momentos divertidos do livro se deram em trechos com esses dois rapazes.
Eu estava infinitamente cansada de acompanhar esses personagens em restaurantes e bares, para NADA ACONTECER. Honestamente, absolutamente nada aconteceu. Em Paris, eram todos reclamando da vida e bebendo e comendo. Na Espanha, o mesmo drama, com o acréscimo de que estavam nas ?fiestas? e tive que ler a desagradável descrição das touradas, e os tristes fins dos bois, cavalos e touros.
Enfim, eu me perguntei inúmeras vezes se eu estava perdendo algo do livro. Porque não me conformo que seja um livro tão aclamado, e ainda assim, tão detestável pra mim. Ficaria mais tranquila se alguém me dissesse que eu li errado, que eu não entendi, que eu fui burra demais pra entender a essência do livro.
Porém não posso negar a felicidade que fiquei em terminar esse livro. Porque ele acabou.